Poesias sobre Alimento
Eu não tenho nada
Apenas uma escolha
Uma escada a pular
Um sol a escalar
E uma lua a imaginar
Imaginar um encontro desencontrado
Imaginar a lágrima que não rolou
Mas molhou um rosto
Queria te encontrar agora
Te dar aquele abraço
Teu pôr do sol
Mas vou ficar na vontade
Pois anoiteceu
A madrugada chegou
A vontade passou
E o que posso levar
E a vontade que ficou
Se você é apolítico,
não é nenhum defeito.
Perigoso mesmo
é ser apoético.
Se você é apoético,
os seus sonhos
não sobreviverão
ao quê é apocalíptico.
DESPEDIDA
Hoje tive que deixar você
Te deixar de lado pra eu poder viver
Essa despedida eu sei que vai doer
Mas não resta nada que eu possa fazer.
Tive que te deixar seguir com sua vida
Pra poder também seguir a minha
Ou acabava agora ou mais tarde
Você não viu que essa amizade tem prazo de validade.
Eu gosto de você e você não gosta de mim
Não consigo sustentar uma amizade assim
Te olhar e não poder te tocar dói demais
Faz mal pra mim e eu não aguento mais.
Essa despedida é necessária
Mas não esqueça que o tempo passa
E que um dia vou aprender a viver
E de você não vou mais sentir falta.
Morta, acabada
É assim, que minha alma,
Vaga desesperada.
Na esperança de um dia,
Encontrar a tal sonhada felicidade.
A Morte
Gavetas mortuária cheias.
Uma geração que daqui se foi.
Junta-se os ossos do passado,
coloca-os em sacos plásticos,
o nossos ancestrais, esquecidos.
Abrindo jazigo para os próximos,
que chegam o fim da vida.
É somente um buraco,
oque precisamos ao partir.
Nessa hora as novas gerações se olham,
se questionam, ficam assustados.
Por que enquanto o tempo passa,
a fila da vida segue, e a morte chega.
Sem avisar e sem pedir licença,
e sem ordem etária, sem motivo algum.
Sim a senhora morte e desorganizada, e ansiosa.
E anda faminta nesses últimos dias.
O cavalo descorado cavalga solto,
anunciando o apocalipse.
As pessoas seguem descrentes,
Quiçá cansadas e desanimadas.
Simplesmente seguem a trilha,
O rasto o caminho largo o mais fácil
Que leva ao mesmo lugar vazio
O nada, o fim!
"Folhas secas destorcem meu caminho
Antes eu era o sol
Hoje sou apenas a brisa leve
De uma tarde de inverno.
Meus passos ainda cansados
Procuram repouso
Mas só vejo folhas
Encobrindo o rastro que um dia
Criastes para mim...
A natureza desta vez foi mais forte
E me perdi de você..."
Pala amigo
Meu velho pala amigo
Companheiro de vaquejada
Contigo rodeei os muros
Das geladas madrugadas.
Meu velho amigo, meu pala
Do aço provaste o gosto,
E sem fazer muito esforço
Cerzi alguns buracos de bala.
Agora descansa ai...
Deitado sobre os pelegos,
Feito a velha gaita surrada
Pelo tempo e pelos dedos.
Minuano aguerrido,
Não te faz de distraído...
Com certeza tu sabes
Da enorme saudade
Que sibila na tua canção,
Pois traz na tua garupa,
Mais que frio... traz solidão...
Brasão farroupilha
Meu velho manto sagrado de pala a coberto
Sempre com muito valor te levei na minha encilha,
Hoje te trago por cima dos meus joelhos dobrado
Pois sei que no meu passado, muito tu me cobriu
Da chuva, do vento e do frio...
Hoje... porém, estou velho não monto só pastoreis...
Quando me despedir dos arreios que encilham esta vida
E se fizer liberta minha alma farroupilha,
Te levarei jaz ali... jogado por cima,
Minha mortalha, o meu brasão farroupilha.
Ouvindo os cantos
dos pássaros
nesta manhã gris,
pelo menos tenho
algo que me diz
que apesar de tudo
ainda serei feliz.
Não faço idéia
onde você está;
no teu coração
um mundo todo
para nós dois
irei construir,
e nada irá destruir.
Algo me diz que não
posso por parar
de ir em tua busca
mesmo em dias
dias de sol ou chuva,
eu sou a eterna
tal noiva em fuga.
Amor, até a Lua
e o Universo todo
sabem do meu
plano convicto
até te encontrar
e o destino vir
a nos enveredar.
Por nós e tudo o quê
creio fiz um grande
e fino juramento
para não quebrar,
demore o tempo
que for e custe
o preço que custar.
Não engane e nem se engane:
se você tem a necessidade
de jogar ou seduzir,
pode ter certeza que não é amor.
O sonho de cavalgar
Desde muito pequeno
Em seu cavalo de pau a trotar
imagina ser bravo guerreiro
seu inimigo derrotar
Corre aqui , tropeça ali
Vagueia pela casa inteira
sem nunca se dar por vencido
imagina o inimigo banido
Assim cresce o garoto
disputando com a irmãzinha
o maroto cavalinho
deixando nervosa , agitada
e preocupada a mamãezinha
Assim crescem os dois
inseparáveis irmãos
vencendo todos seus medos
numa brincadeira de emoção
Cresce o garoto ,
cresce a irmãzinha
Um cavalo de verdade
Sonham os dois cavalgar
Na fazenda do vovô
seu sonho vai se realizar
Um verdadeiro animal
toma o lugar do cavalinho de pau
Lá vai o garoto feliz
montando seu cavalinho
Seu porte não é de aprendiz
Quer logo mostrar coragem
compartilhando a montaria
com a inseparável irmãzinha
Pé no estribo
Rédea firme nas mãos
Sai devagar a trotar
Para depois em seguida
No galope se aventurar
Lá vai o garoto feliz
montando seu cavalinho
Vai ganhando confiança
Neste novo companheiro
Que acaba de ganhar
editelima/ 2020
Longe dos teus olhos
vivo no teu coração
como a tua Lua lírica
em meio a escuridão.
As estrelas instruíram
que as noites seriam
longas como todos
estão testemunhando.
Rocha em silêncio
inabalável no peito,
ciente que a paixão
nasceu anunciada.
Lua junto a Mercúrio
Júpiter e Saturno,
a tua espera no porvir
do Equinócio de Outono.
Do sequestro das meninas
da Nigéria o mundo cala
o nó na garganta sufoca,
e sem nada saber: tudo desespera.
O amor é a força mais
extraordinária do Universo
porque só ele é capaz
de nos devolver para a vida.
Uma real história de amor pode ser vivida
por todos que tenham a disposição
de vivê-la como ela merece.
No mundo onde povos
usam as dores
de outros e as próprias
para forjar poder
as custas de outros povos,
Opto em ser o vento
que anuncia a tempestade
que arrasta as areias
do deserto da consciência,
Porque sou a persistência
de passos nômades
que não temem escuridão.
Não declino da rebeldia
diária às àlgidas horas,
as noites de agonia
e aos dias agridoces;
Te ter em poesia
salva a verve em linhas,
Não abrirei a mão
da jura da espera infinita.
Na vida onde muitos
passam sob os limites
dos outros para mimar
o ego em noite de Lua Nova,
O Universo em viração
tem dado constante prova,
E só não tem visto quem
quer viver de pura ilusão.
Eu como aquela que provoca
porque da intocável rosa
eis-me espinho de titânio,
do violino a corda
e da música a melodia
que nem mesmo o tempo
será capaz da memória apagar.
A política quase
sempre é necro,
a poesia nunca;
Prefiram a poesia
porque a política
nunca deu certo.
Cai a tarde
O sol cansado vai se pondo
Ainda uma réstia de sol
insiste em permanecer brilhando
O dia vai declinando
um vento suave soprando
ventos de outono surgindo
consigo trazendo
o perfume das flores
trazendo à mente
lembrança de amores
outrora felizes
mas que se foram
neste vaguear da imaginação
meu olhar se perde no horizonte
sempre acompanhando as sombras
que se desenham nos montes...
Cai a tarde , tristonha e serena ...
editelima
março/ 2021
Escrevo para
correr riscos
que me levam
pelos bosques,
E me envolver
com(paixões)
em longas noites;
Se não fosse
pela poesia
tais riscos
nunca correria.
21 De Março - Dia Mundial Da Poesia
Sem poesia o mundo é cinza
Um lugar triste e sofrido
Cemitério do amor
Doente e dolorido
A poesia traz a calma
É a música da alma
Torna tudo colorido
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