Poesias sobre a Cultura Indigena
Sobre o trabalho excessivo na sociedade pós-moderna:
Esse ritmo frenético conjugado a ideia de progresso, fruto da arrogância do "moderno", pode nos custar caro demais, o preço de ter existido e vendido toda a vida pra pagar contas.
"Eu vivo mentindo pra mim... Minto que estou bem... Minto sobre quem sou...E quem eu era antes de conhecer você.
Porque você ainda continua morando em mim...E isso me causa desespero, e parece que estou prestes a explodir.
Tem tantos de você em mim que me perco procurando por mim mesma.
Às vezes suas lembranças toma conta de meu ser e eu não sei quem sou, pois se penso em deixar você ir não me acho...Espero que um dia desses qualquer eu acorde e vejo apenas a mim mesma..."
-Roseane Rodrigues
Enquanto as pessoas continuarem, sentadas sobre seu "monturo" de falhas, batendo no peito a dizer o quanto são perfeitas e apontando
o que consideram os erros alheios...o mundo continuará sendo um aglomerado de mesquinharias, onde o mau cheiro das almas feias
será insuportável.
TRAMBIQUE
Nessa rede eu me enredo
... Em madorna sobre o ar...
Em sono com minha parede
para assim melhor sonhar.
Durmo... E em sono me pego
sonhando com seu amar
e no tráfico desse meu ego
sou impedido de te amar.
Nessa rede eu balanço
para não vê o mundo rodar
em meu balançar, avanço
nem vejo o tempo passar.
Nessa rede eu me lanço
como peixe em desespero
avanço de molho e gancho...
Nas malhas dos trambiqueiros.
Antonio Montes
OUTRAS TERRAS
Era água, e eu...
Naveguei sobre ela
cheguei em outras águas,
águas de outras terras
outros seios...
Outras línguas
outras pernas.
Gente de sentimentos serpentes
... Não sorria,
nem mostrava os dentes.
Era terra de outras terras
onde o verde emperra...
Sedento por sede
e por águas de outras heras.
Antonio Montes
E o que nos importa meu amor
o que pensam de nós?
O que falam sobre nós.
O que importa?
Nos bastamos no amor que conjugamos
Quanto aos de corações amargurados
e pensamentos isentos de toques de ternura;
deixe-os meu bem...
Vem,
façamos amor no universo.
Deixe que falem
Deixe o resto, aos restos!
O tempo não castiga, ele é aliado daqueles que sabem como melhor usá-lo.
Sobre o futuro? - Sei algo muito importante...
O futuro não feito de velhos erros, muito menos de velhas escolhas.
SOBRE COISAS BANAIS
E por falar de coisas tão banais
Nada de novo por aqui
Nada de novo
Lugar comum nem sempre satisfaz
Nada de novo por aqui
Nada de novo
Eu sempre disse para você
O quanto custa te querer
Você nunca me deu razão
Amar demais não é a solução
Fazer sofrer machuca o coração
É para você esta canção
Amor real Amor
Sobre esse novelo de fios dourados,
passo os dedos, na tentativa de pegar
fio por fio, na intenção de os enrolar
à minha volta, e neles me tornar um
prisioneiro.
O meu rosto deslizo nessa pele suave
e branca, com dois pontos verdes, e dois
lábios de um rosa suave, onde a boca
passo para melhor os sentir.
Minhas mãos passeiam pelo resto dessa pele,
passando por pontos altos, quentes e macios.
Escorrego por duas coxas, longas roliças e
fartas, e entre elas o céu feito de dois
lábios diferentes.
Passeio por ti meu sonho, encanto que quero
junto a mim.
Foges com medo que te engane, difícil será
de isto acontecer, não vejo ninguém tão doce
e linda, seda de mulher, deixa nesses fios me
me enrolar, e nessa teia linda me perder.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Era um caminho. Aberto. Vago. Alheio.
Pesava sobre meus ombros posses, abstrações.
Não há setas, bússolas, perdões.
Não há um destino, mas vários ou nenhum.
As pegadas dos últimos passos, eu vi adiante.
Que garantias isso me dá?
O que é o destino se não a morte?
Caminho em direção a ela?
E eu tentei ver nas réstias do horizonte onde dará.
Dará na última pegada, ao cair numa armadilha.
E o que será adiante se não um ponto de vista?
20 anos e os ombros pesados.
A dificuldade de se desvencilhar…
É preciso estar leve pra escalar montanhas.
Um dejá vu. Me pergunto se já estive nesse ponto
Ou se os pontos se repetem gradativamente.
Talvez a natureza não seja tão criativa.
Parece que o ar se torna cada vez mais rarefeito.
Ou eu me sufoco com meus próprios ombros.
Fui tirando pedaços da bolsa. Um apelido, uma mentira...
Alguns pedaços saíam com muita dificuldade,
um chiclete grudado aqui e ali.
No final… no final… estava leve?
Mas afinal alguma coisa permaneceu, aguada e inconsciente
e essa coisa afinal sou eu?
Havia um vazio pesado. Como o ar rarefeito.
Como a melancolia que inunda os domingos.
Um cemitério vazio encharcado de medo.
Afinal, quando acabara já estaria acabado?
O mais se temia já teria se adiantado?
Não sei o que eu era e o era um estado de mim.
Nem ao menos sei a diferença.
Sei que quando chegar a hora
a hora já terá passado.
Tão lógico e paradoxalmente.
Era um mar de rosas, violetas, jasmins.
Mergulhávamos sobre pétalas, o perfume do primeiro amor.
Mas a correnteza corre e todo o cheio se dissolve.
Deságuam as rosas sobre as cachoeiras.
Então sob as pétalas, no caule, os espinhos.
Os meus espinhos, os seus espinhos.
Qualquer aproximação brusca, machucávamos um o outro.
O espinho é a defesa da rosa, como o orgulho e vaidade na gente.
Espinhos sobre espinhos e todos já estavam feridos.
Feridos, sem lembrar bem do que houve, só o peso do ódio, do mal humor.
Tentamos nos aproximar pouco a pouco
Era quase um estudo anatômico.
Cutucávamos as cicatrizes. Doía.
Eu cutucava suas feridas ferozmente,
queria chegar à raiz, à verdadeira natureza de si.
Não podíamos remover o passado,
mas remoíamos paulatinamente.
minhas percepções sobre o tempo.
Aprendir que o tempo não é estático, mais movimenta conforme as nossas buscas.
Que o mesmo tempo que aproxima, distancia por isso, é fundamental aproveitar o tempo juntos.
Aprendir ainda que nunca perdemos tempo, por mais que o achamos inútil, pode ser que pensamos assim por não perceber a preciosidade daquele momento que o tempo nos proporcionou. (Cláudio Santiago)
E quantas vezes eu fiquei no meu quarto, escrevendo tanto sobre você.
Mas no final tudo que foi escrito
virou aviãozinho jogado pela janela do
meu quarto fechado
Me falta inspiração
"Repousa sobre a mesa os óculos, o caderno em branco, nos fones já não se ouve melodia alguma e a caneta, velha e inseparável amiga de longa data; há quem me dera contigo voltasse a escrever . Antes fora bem mais fácil escrever, no momento me limito apenas a te observar. Será a idade que me avança dia a pós dia, ou quem sabe uma mente abatida pelo cansaço de uma vida solitária?
Lendo e relendo, fui esquecido e abandonado por quem sempre esteve ao meu lado em noites frias e solitárias, minha grande parceira a INSPIRAÇÃO."
Datas !
Sobre comemorações, nos apoiamos nas datas.
Precisamos comemorar festejar, ser feliz.
Nos seres chamados de humanos, desumanamente precisamos de datas e festejar.
Sem as datas que me induzem a bebida, a self, a comida regada no churrasco, na cuba livre ou uísque.
O fato é que estamos querendo viver comprando felicidade.
Estamos acostumados ainda que imperceptivelmente o modo de vivenciarmos nosso status feito foto em quadro na parede.
Não vemos uma foto se quer em quadro de parede, triste ou chorando.
Todas estão alegres e vibrantes.
Poucas estão representadas sem total alegria.
Todos vão dizer ao armarem suas câmeras ``sorria´´, e caso alguém não obedeça a foto será removida, apagada.
Estamos fadados ao status do ``X´´ do possível prazer.
Ainda que passemos os piores perrengues, nos esforçaremos em uma data especifica ao afirmar terei que está em alegria constante com uma felicidade ainda que remota, mas terei que me esforçar no teatrinho pessoal caprichando na representação.
Somos inúteis no pensar em viver a releitura do outro, porque ao perceber sua alegria em me ver alegre, fico feliz e viajo na sua ideia.
Parece que temos que ter uma constância em nos mostrar pra quem sabe morrer feliz, já que viver sofro atrás desta caricatura alugada de uma elite formatadora regada a um fotoshop.
Nilton Mendonça
Tua pele branca sobre o sol
Brilhando sobre um nevoeiro
Me faz ver a beleza de teus cabelos
Os teus olhos a cintilar
Me faz duvidar se eu não vou me apaixonar
Tua voz doce me faz refletir
Que é você quem eu quero pra mimv
Já vi tantos poemas,
sobre a vida!
Tantas vidas
feitas de poema...
Já vivi poesia,
Já vivi a vida,
Hoje escrevo problemas!
Sobre a nossa relação com os outros:
Buscar a essência da nossa relação com os outros é mais um dos objetivo da filosofia pois estamos ligados aos outros através de uma comunidade natural. O filósofo deve buscar a razão, a essência da natureza que nos liga a nós mesmos, ao mundo e aos outros. Esta razão da natureza é a lei que tudo regula, regula o homem, regula a relação entre os homens e regula a natureza externa. Esta lei é o ser do mundo e este ser é que vai se revelar na pesquisa filosófica.
Ter essa atitude filosófica é para Heráclito uma opção constante que os homens tem que fazer. É semelhante à opção de estar acordado ou dormindo, entre fechar-se em si em seu pensamento e abrir-se à comunicação consigo mesmo, com os outros e com o mundo objetivo. Quem está dormindo se isola como indivíduo. Quem está acordado vai pesquisar além das aparências e pode alcançar o mais profundo da própria consciência, da relação com os outros e a essência da lei única de todas as substâncias que coordena o mundo. Esta opção entre estar dormindo ou acordado para o mundo é a opção que pode levar o homem à esperteza ou à sabedoria, ela determina também qual será o caráter do homem, que é o que vai definir o seu destino.
(da filosofia de Heráclito)
►Conte Para Mim
Jogue sobre mim a sua dor, seu rancor
Passe para mim seu sentimento de amor
Quantas vezes você pediu por favor
Quantas foram as oportunidades que não aproveitou
Conte para mim tudo que te chateou
Fale para mim quantas lágrimas derramou
Suas histórias estão gravadas,
Suas memórias sobre mim foram eternizadas
Eu sou seu, diga o que te ocorreu
Não me esconda nada, me diga o que te agrada
Me dê detalhes sobre como é sua vida em casa
A sua rotina, ela é conturbada?
Diga para mim se você está magoado, ou magoada.
Descreva como foi o seu dia
Se quiser, escreva uma redação sobre a sua vida
Faça uma anatomia dela, com maestria
Onde estará contida suas tristezas e alegrias
Me faça seu confidente pessoal, não te farei mal
Confie a mim seus sentimentos, estou no aguardo deles
Estarei esperando a chegada da caneta
Tenho certeza que lhe farei bem, venha, não tema
Me preencha com informações, me deixe ciente de suas desilusões
Compartilhe comigo suas decisões, suas intenções
Diga o que quiser dizer,
Escreva o que quiser escrever
Mas escreva e depois me leia.
E, mesmo que passe horas sem me ver
Mesmo que passe horas sem escrever
Vou sempre estar aberto, esperando sua vinda
Estarei aqui, quietinho, mudo como uma formiga
Talvez você nem me note,
Mas minha vontade de você me olhar é forte
Eu te conheço, por isso, aos desafios da vida não te desejo sorte
Pois sei que irá enfrentá-los com firmeza
Mas admito me sentir bem com sua beleza escrita,
Quando me coloca sobre a mesa
Se precisar pode me chamar e me usar
Fico no aguardo, lembre-se que estou em seu quarto
Se necessário, preencha-me com assuntos variados
Aqui quem sala sou eu,
Seu diário.
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