Poesias do Leonardo da Vinci
QUARENTENA
Chovia. Lembro da praia vazia, do céu cinzento,
No meio da tarde de um domingo nublado.
Belle de Jour, Alceu não a teria avistado,
Posto que era época de isolamento.
Chovia. Parei no tempo por um momento...
Tão longas eram as noites de confinamento,
Nem pareciam finitas. Casal distanciado.
Mas o amor haveria de ser preservado,
Posto que se pretendia o seu avivamento.
Chovia. No coração, um sentimento...
Não apareceu o sol, mas soprava o vento no mar.
A pandemia congelara a vida,
Mas ontem ela voltou a pulsar,
Ao te rever, minha querida.
Chovia. Havia sobrevida...
Poesia Nublada
Ei, você mesmo que está lendo,
já não ouço mais o seu canto,
o que houve?
Sinto falta das suas poesias
declamadas entre risos às 02 (h)
da manhã.
Eu sei, você se foi,
a chuva chegou,
escondeu o sol,
o meu sol se foi.
O que tenho é um dia nublado,
com nuvens espessas em pleno céu,
e ainda assim, o dia alvoreceu,
eu ainda acredito em arco-íris.
Se seus olhos fossem um farol
Iluminariam certamente o caminho dos navegantes
Ninguém no mar ficaria perdido
Nem mesmo os barcos errantes
Carregue desde o amanhecer até o anoitecer
Esses três F
FOCO FORÇA FÉ
Faz deles seu mantra diário. Seu incentivo
Você verá que o dia ficará mais leve
Errei. Cai.
Levantei. Aprendi.
Prometi a mim mesma, que irei fazer o melhor que eu puder para ser:
ESCANDALOSAMENTE FELIZ!
Chuva
Então ontem a noite choveu!
E também foi ontem a noite,
Que o nosso relacionamento
Rompeu.
Hoje também choveu!
A nossa playlist estava tocando,
E com ela me peguei lembrando
Do que a gente viveu.
Amanhã poderá chover…
Mas não me importa o que o
Tempo vai escolher,pois para mim,
Todo dia que vier agora tem chuva.
7 dias:
No 1°, nos encontramos
No 2°, conversamos
No 3°, nos beijamos
No 4°, transamos
No 5°, nos amamos
No 6°, nos decepcionamos
No 7°, nos distanciamos
Não importa o tempo, importa a intensidade
Foram apenas 7 dias, pareceu eternidade
SIM, POETA...
...Em dias bons sou poeta...
Em dias maus sou poeta...
Em dias, apenas dias, sou poeta...
E sou poeta...
os dias não contam...
O poeta sou eu...
...Os dias são meus.
Só poeta por trás dos vidros
das janelas...
no rolar grotesco,
empurrado penhasco abaixo.
E para a calmaria em que a alma
escorrega silenciosa...
E quando mais nada houver
embaixo dos tapetes...
Sim...Quem sabe...
Quem sabe.
Onde nasce a estrada
que traz a madrugada,
tão longa,
onde começa
a escuridão.
Quem responde,
se os monstros são reais,
todavia, se sim, não são iguais
aos monstros de minha imaginação.
Versos lindos, imaginados,
elfos, duendes, lendas, jardins,
noite estrelada, corações apaixonados,
ainda puros, guardados estão.
Esses que me rasgaram a alma
avessos são ...
E quando tiverem os braços abertos,
versos apenas serão,
os excessos do coração.
O meio da tempestade,
o último grito do navegante,
o barco que vira na cerração...
Paraíso de Tupã
Saia da casa grande,
Em busca de comida,
Na travessia do mato.
Chegava ao terreno
Pantanoso.
No Rio de muitas curvas.
Onde as garças brancas,
Planavam em volta das
Lagoas de jacarés.
Refazendo a travessia;
Só tirava da natureza
O que trazia. E o que
Precisava para cuidar da família.
De coração agradecido.
Minha prece a Tupã fazia.
Sabia que morava no paraíso.
E nada que vinha da natureza
Esse tupi temia.
Estava no vale. No Vale do Paraíba.
Marcos fereS
Um brinde a esta noite bela
Cheia de velas e duas esbeltas taças de vinho
Uma garrafa na mesa e ao lado dela sentados dois bobinhos
Chamaste meu nome pelo alvorecer
Não consegui perceber
Você estava distante
E eu não pude evitar
Você gritou por amor
Eu não pude escutar
Assim seu socorro não chegou
E a segunda taça se quebrou
Junto com a ela você me levou
Com os cacos me feriu
E meu coração se partiu
Assim como aquela linda taça
Que se e stilhaçou
E dos reflexos o vi partir.
Tem amigos que eu deixei escapar como água...
mas agora vejo que preciso deles assim como preciso de oxigênio.
E chove,
chove torrencialmente
Choveu a noite inteira
Embalando o sono
Ao lado da casa
O som de uma biqueira
Casualmente também
surge indiscreta uma goteira
Grossas gotas explodem
aguaceiro inunda a calçada
Ilhados ficamos
Mas protegidos em nossas casas
Mas o que é uma goteira
Uma calçada inundada
Um pequeno bueiro transbordando
Um galho cansado caindo?
Tragédias invadem vilas
periferias desprotegidas
casas do barranco deslizando
enxurradas invadindo casas
Assim passam a madrugada
Temendo a vida perder
Moradores alarmadoss
agem com rapidez
Há urgência de viver
E a chuva continua
dilúvio despenca dos céus
Nível dos rios sobem
alagando tudo à volta
crateras se abrem
carros são tragados
Quanta calamidade
Famílias desabrigadas
Pessoas ilhadas
Situação de vulnerabilidade
Eu era a chance de um recomeço,
Mas você não quis seguir em frente...
Foi só seu antigo amor voltar
Pra você me esquecer completamente
Só fui útil quando foi conveniente
Você só me quis enquanto estava carente
Rabiscos do Amor
Que o brilhar diário do Sol seja para expressar nossos momentos de alegria
Que as chuvas sejam para demonstrar que em todos os dias é possível recomeçar
Que as discussões sejam apenas pretextos para reconciliação
E que o nosso amor seja tão finito quanto a imensidão do universo.
Minha boca ainda sente o gosto do seu beijo.
Por um momento senti
Um gostoso arrepio
Minhas lágrimas virou rio
Quando você foi embora
Meu peito até hoje chora
Lamentando sua partida
Igualmente a despedida
Que nós tivemos outrora
Minha garganta estranha
Essa voz que hoje tenho
Vivo em atrito ferrenho
Com minha angústia tamanha
Por fazer tempo que não te vejo
Esse meu olhar não mente
Nele vejo que minha boca ainda sente
O gosto do seu beijo!
Esperança
Dizem que ela nos dá força
que sem ela não há conquista
que temos de manter a esperança
para não perder os sonhos de vista
que por mais difícil que seja
é somente com a esperança
que se alcança oque deseja
pois ela nos dá perseverança.
Preciso alimenta-la
porque me sinto fraca
preciso fortalece-la
se não eu vou perde-la
espero e anseio
espero e creio
então oro
por muito esperar
eu choro
mas não deixo de acreditar
que a vitória vai chegar.
_________________________Juliana Rossi Cordeiro
Em plena madrugada, acordada
lápis e caderno em mãos
e o meu coração
caído no chão
Tic-tac do relógio
pinga - pinga da torneira
em meu peito um vazio
pernas em tremedeira
Escrevo aqui sensações
medos e pesadelos
faço aqui minhas orações
esperando aquietar meu
coração
O caderno não me julga
o lápis me é fraterno
talvez agora eu durma
no abraço do meu caderno.
_____Juliana Rossi Cordeiro
Mãe é nosso primeiro amor
ela acalenta e amamenta
tenta nos salvar de qualquer dor
com carinho e paciência
Depois a gente cresce
e quer navegar por ai
e fala: __"mãe me esquece!"
mas ela fica quietinha ali
nunca nos esquece
sempre orando por nós
sempre esperando por nós
Porque, mãe é porto seguro
você pode ir muito longe e se perder
mas ela sempre estará com amor puro
pronta a te acolher.
_________ Juliana Rossi Cordeiro
"ERROS"
Rauzi de Carvalho Pereira
Errei,
em não em entender,
errei de várias maneiras,
nunca pensei em você.
Fiz tudo
o que era errado na vida,
brigas, ciúmes e bebidas,
fiz tudo prá te perder.
Agora,
que está tudo acabado,
consigo ver claramente,
que sempre fui o errado.
E hoje,
reconhecendo meus erros,
velo meu próprio enterro,
sem conseguir te esquecer.
Ao ver,
você de longe passar,
só chego à conclusão,
meu erro foi sempre errar.
Quem sabe,
se eu sofrendo então,
reflita sobre meus erros,
prá conseguir seu perdão.
