Poesias de Pedro Bandeira Mariana

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Para Cristiano Araújo

O uirapuru há de calar sentido
Lembrando do menino que partiu tão cedo
Pequeno tempo pode ser vivido
Pelo cantor que se jogou sem medo
Nos braços de uma plateia embevecida
Ficando a voz num ressoar de asas
De Anjos e Arcanjos que o receberam
Lá no alto, patamar de glória.
Verá o mito toda a sua história
Desfiar nas bocas tantas que o amaram
Partiu... Que pena...
Quanta dor!
Fica a saudade
Que nada mais é do que a lembrança
Recheada de amor.

Inserida por elenimariana

Apaixonada

As minhas madrugadas fervilham de sonhos

Eu os apanho nas notas musicais soltas das vozes

Que brotam das gargantas apaixonadas

Embriagadas de luares tintos de luz

E dos amantes bêbados de amores

Dos chilreado quente e agudo que o prazer

Provoca quando o roçar dos lábios

Desemboca

Num quente e ardoroso beijo.

E sou fico assim enamorada

Apaixonada

Pelo amor.

Inserida por elenimariana

Mundo de Alegria


Não vou economizar candura

Nas minhas palavras recheadas de amor

Nem na brandura

Dos meus gestos e carinhos

Quando chegares

E bem devagarinho

Ei de sorver o teu cheiro

E provar do teu sabor

Terei mais vida no meu mundo

E um mundo de alegria em minha vida

Meu coração é quem me diz

Talvez eu fique tão emocionada

Que eu posso até morrer de tão feliz

Inserida por elenimariana

Migrantes


Migro minguando a minha vida

Já esfacelada pelas intempéries

De uma Nação em desconstrução

Abatido. Faminto e desesperançado

Magras migalhas me jogam por onde passo

Penetro

Estreitas passagens debaixo de arames farpados que

Roçam minha pele abrindo feridas pelo meu corpo

Ou pulo cercas

Suado. Cansado pelo caminhar desnorteado.

Minguantes. Crescentes. Novas

A Lua não muda a minha sorte

De migrante destruído pelas armas

E corações empedernidos

Com discursos de ódio

Locupletam as esferas de poder

E por querer

Um mundo indiferente

Patético, assiste a minha triste sina...

De ter nascido numa Pátria fria

Calculista.

Onde o ouro negro jorra

Materialista

Contrastando com o vermelho

Dos que tombam sem nenhuma chance de vida.

Ainda que como a minha

Vida MINGUANTE.

Inserida por elenimariana

Miligrama de verso XXIII


No dia em que milagrosamente, o meu caminho com o teu se cruzar...

Podes se quiseres, até me abraçar.

Inserida por elenimariana

Quando nasci


O amor escolheu entre 7,2 bilhões de pessoas
Você e eu pra entrarmos num caleidoscópio
De olhares refulgentes. Tintos do vermelho
Das paixões ardentes.
O amor ordenou que eu atravessasse milhões de
Invernos rigorosos para estar aqui
Neste verão ardente diante do seu olhar
Exigiu que eu permanecesse muda e quieta
Diante das vitrines dos homens deste mundo
Eu não os via. Não os ouvia.
Era uma vivente assexuada e fria
Agora, você me olhou. E então
Aconteceu uma explosão
De querer vivenciar, saborear o amor
E, somente Neste mágico instante...
Que de fato, nasci.

Inserida por elenimariana

Explosões


O riacho soluçou sombrio

Havia sonhado ser um rio

O rio queria ser um mar aberto

O mar sonhava ser deserto.

O deserto pedia ser abismo

O abismo sem nenhum altruísmo

Queria ser o nada devorador de tudo

E o nada emitia um agudo

Bocejar de esperança de virar ao menos

Um riacho inda que pequeno.

Insípido, vagaroso e sereno.

É a vontade da essência que se dilata atrevida.

É a vida que explode dentro de outra vida.

Verdade tão bonita que faz jus ao próprio nome

Até Deus quis ser outro, e nasceu homem

Inserida por elenimariana

Meu Manacá


A Lua está no teu sorriso cheio

De promessas de amor com que me acenas

Deixando-me prisioneira e feliz nas tuas redes

Os teus braços são laços de ferro fundido

Quando abarcas meu corpo e fugir nem poderia

Mesmo que quisesse, mas não quero.

A tua boca é o mar mediterrâneo

Que se abre sobre mim e me engole inteira

Sou tragada pelas infinitas ondas

De carinhos da tua essência

Teu cheiro é manacá na madrugada

Exalando um perfume embriagador

Teu nome tem a sonoridade da palavra amor

Inserida por elenimariana

Bem-te-vi


Bem-te-vi não vi meu bem
Pelos caminhos que trilhei
Ele deve estar aqui, porém...
Não andou por onde andei

Bem-te-vi vê se me ajuda
É enorme a minha dor
Tudo passa tudo muda
E não vejo o meu amor

Às vezes vivo às vezes morro
É dilacerante a minha dor
Na estrada que eu percorro
Não encontro o meu amor.

Meu desgosto é profundo
Meu pesar causa torpor
Vi, não vi, vi todo o mundo
Só não vi o meu amor.

Minha pena não é pequena
Meu viver é um constante dissabor
Vi tanta gente, vi o rico o indigente.
Mas, não vi o meu amor.

Inserida por elenimariana

Online


A rua onde moro e que namoro
É minha estrada meu refúgio.
Onde se dá a
Minha estada no mundo
Meu mar onde flutua
Minha existência em quase inércia
É só nela que eu transito
Por isto insisto
Ela é minha cidadela
onde eu me sinto bem e
o vai e vem
de carros e pedestres
Fazem-me bem
Sinto-me inclusa
Em centenas de milhares de cidades que eu jamais porei os pés
Nas suas ruas todas
Então,
deixo minha alma visitá-las
Quando fica online navegando por elas
O meu coração.

Inserida por elenimariana

Cristo

Suponho que tinhas a impetuosidade
Do homem que nasceu Santo.
E que podias mandar e desmandar
Da ordem natural das coisas.
E é sabido que o fazias.
Pássaros de barro voar.
Meninos malvados caírem mortos
E secos diante da tua ira.
Deus entre o mal nascido por escolha
Pobre e revolucionário.
Do contrário o que pregam é heresia.
Ou serei eu a única herege?
Porque fico ensimesmada
Ante tamanha contradição.
Não que eu não acredite em tua Divindade.
Deusdade.
Mas, convenhamos Senhor
Morrer por um mundo torpe?
Desigual até ultrapassar limites
De aceitação pacífica e cômoda.
É ultrajante.
Ver caminhar entre rios de dinheiro.
A corja maltrapilha e esfomeada.
Os excluídos do bojo da abastança.
É, no mínimo, insofismável.
De que morreste em vão.
Ou não?
Tenho sido anacrônica
Por voltar atrás em busca
De conceitos e preceitos
Que não casam mais na nossa dura realidade.
Fria e calculista.
Do mercado capitalista.
Que utiliza seu nome para gerar fartura
De dinheiro, não de almas.
Vendem sua fala que torceram
Para enganar o incauto.
Duvido que falavas em divisões
Desiguais.
Aconselhando-nos
A não nos importarmos com os pobres
Pois o mundo sempre os teria.
Não consigo imaginar um Deus
Criando um mundo para povoá-lo
De miseráveis.
E vê-los chafurdar na lama
Por puro prazer.
A desigualdade Senhor, é filha
Da cobiça
Do desmando dos lá de cima.
Que acham que podem posar de
Donos e posam sem escrúpulos
De curadores de almas e feridas
Da humanidade esquecida
Dos direitos básicos da vida.
E se foi por ela que morreste,
Então por que tardas tanto?
Senhor, em voltar.
Já é sem tempo, pois o teu mundo
Degringolou
Tudo piorou.
Tens de vir para ficar.
Não morrer mais pendurado
Pelos pecados.
Mas ficar eternamente entre nós.
Pois o que pregam é tão distante.
Da verdade;
Que nós deixam errantes.
E incrédulos.
Da tua sorte.
Da tua escolha de morte.

Inserida por elenimariana

Manifesto para o diretor da FUNAI

“Senhor, peço sua licença para levantar a minha voz pela vida. O infanticídio de crianças indígenas é vergonhoso e revoltante.
Tenho lido que alguns antropólogos não são favoráveis ao diálogo entre as culturas e a qualquer tipo de interferência.
No entanto, deixar essas pequenas criaturas serem sacrificadas porque nasceram diferentes é fechar os olhos para o desumano.
É repetir ou permitir que repitam o espetáculo sangrento e grotesco das câmaras de gás de Adolf Hitler que o mundo tanto condena.
Deixar que crianças indígenas brasileiras sejam assassinadas porque existe essa cultura de morte em seu povo, é o mesmo que abrir-lhe a sepultura com as próprias mãos. Eu salvei Endi, e outros quem os salvarão?
Esses povos precisam ser chamados ao diálogo franco e sereno. “Alguém precisa tocar-lhes o coração e mostrar-lhes que uma mudança na cultura, não irá apagar sua história, pelo contrário, a valorizará, pois tudo é dinâmico e o mundo está em constante evolução.”

Do livro: As Filhas de Geruza

Inserida por elenimariana

PALESTINOS PEDEM PASSAGEM

POBRE

POVO

PALESTINO

PEDINTE

PISOTEADO

PERPLEXO

PROTESTA

PEGA

PESADO

PARA

PERMANECER

PORTADOR

PATRIOTA e

PERMANENTE na

PROMETIDA

PÁTRIA.

PARLAMENTARES Israelenses.

PIEDADE

POUPEM a

POPULAÇÃO civil, ao menos.

PESEM os atos antes de

PRATICAREM

PUNIÇÕES

PERIGOSAS

POR favor

PARLAMENTO de Israel,

PRIMEIRO-ministro Benjamin Netanyahu

PARE com o

PISOTEAMENTO nas vidas humanas

PEQUENAS criaturas sendo mortas.

PROMESSAS de uma vida drasticamente

PRIVADAS do maravilhoso milagre de existir.

Inserida por elenimariana

Tu sabes do meu amor.

Não há como negares
Essa cor, essa pele, esse sorriso
Esse jeito de falar e essa voz
Esse tom, esse eco de infinito.
O andar, o modo com que me fitas
Eu não me enganaria tanto.
Não, a carência não traduziria fielmente
A leitura que faço da tua pose.
Teus ares com as brisas que me inundam.
Teu cheiro com a intensidade que me causa embriaguez
De alma.
A leveza com que giras à minha volta
Roçando os teus cabelos no meu rosto
Quando finges examinar a outra.
Não precisarias chegar tão perto
Demasiadamente indiscreto
Teu olhar que sonda meu arfar irrequieto
De aflição por te amar tanto.
Tudo em ti grita e ressoa na minha mente.
Que és meu
Inteiramente.
Que sabes o amor que há em mim.
Completamente.

Inserida por elenimariana

Meu lado habitável

O meu lado habitável é afável
E manso é meu coração.
Sorrio com os olhos e estendo a mão
Pra quem me amar ou não
Apenas passar pela contramão
Da minha estrada povoada
De sonhos e se deixar ficar
Sentado comigo no mesmo abrigo
Da frágil ilusão de sermos eternos
E jamais precisarmos partir deste mundo.
Comungar do meu sono profundo
Dormir e sonhar o mesmo delírio
De ser infinito o amor divido com um par sem igual
E buscar o martírio de morrer por amar
Mais que pode um vivente.
E assim de repente, despedir-se da vida
E voar pro eterno
Com a leveza de alma
De quem vira Arcanjo somente
Por ter amado Mais que o humanamente
Possível e ter vivido a incrível.
Loucura de amar sem limites.
O meu lado habitável é amável
E doce o meu coração.

Inserida por elenimariana

A dona do Universo

Extasiada com os raios
Que tingem de dourado
A minha estrada.
Brilhos são tantos que ofuscam
Às vezes a minha visão deslumbrada.
Radiante e forte como a rocha
Que não se parte com as arremetidas
Das ondas. Boto a minha alma abastecida
Nas composições que teço à luz da Lua.
Tenho por guia um sonar oriundo do
Amor repleto de arrebóis
Que regurgitam na minha mente
Crente e construída de verdades
Doces e belas como as primaveras
Que percorri com pés de Anjos
E passos de Arcanjos
Numa revoada ousada
Pra um simples mortal que eu seria
Caso eu não me desenhasse nos meus versos
O inverso do que posso ser.
Agiganto-me e posso tudo quando penso
E sonho e me atrevo a ser muito mais.
Penso ter bebido o Sol.
Acho até que a sou eu, a dona do Universo.

Inserida por elenimariana

Miligrama de Verso VII

Nada Crawl
Nada Costas
Nada Peito
Nada Borboleta.
E nada de me olhar.
Nada de sorrir pra mim.
E, me amar, então?
Nem pensar...
'Nadinha' de nada
Nada a ver
No nado é o Campeão
E nada de me dar o seu coração.
No meu nada livremente
E com cheiro de eterno.

Inserida por elenimariana

Desvia de mim este olhar

Desvia de mim este olhar
Que sou capaz de morrer.
Só faço me abrasar.
Mais sofrer por mais querer
Quando em mim postos teus olhos
Mais te quero e mais te adoro.
Desespero em saber.
Que a vida nos afasta.
Inda mais se o tempo passa.
Doloroso e se arrasta
É martírio o meu viver.
Gritam os meus para ti.
Todo amor que não vivi
Mas posto está em mim.
Na minha alma impresso.
Muito mais do que em verso.
Destilando em carmim.
Em brasas vivas marcado
Mortalmente apaixonado
Meu olhar que se despede
Do teu quente e ardoroso.
Por não poder resistir.
Expira-se em chama ardente.
Ainda mais resistente.
Por saber que vais partir.

Inserida por elenimariana

Deixa eu entrar na tua vida

Estou aqui, do lado de fora
Pedindo para entrar na tua vida.
Sou eu quem te ama, te adora.
O teu amor será minha guarida.
Minha cidadela. Minha estrela.
Minha bússola que me guiará os passos.
Preciso deste amparo doce, terno
Que só encontro dentro dos teus braços.
Estou aqui, batendo à tua porta.
Implorando moradia permanente.
Dentro dos teus dias. Só me importa.
Navegar pelos teus mares livremente.
Meu porto seguro será o teu sorriso.
Teu colo cobiçado, meu eterno abrigo.
Como troca eu te trago o meu viver.
Integral. Minha alma imortal
Meu despertar. Meu amanhecer.
Minha ternura proibida
E completa.
Tuas flores prediletas.
Minha fala adocicada. Minha vida.

Inserida por elenimariana

Volte pra mim

Volte meu amor para mim,
Venha colorir os meus olhos
Que não distinguem mais cores.
Venha replantar meu jardim
Pois nele não tem mais flores.
As borboletas partiram.
Ficaram paisagens mortas
Em preto e branco, desnudas
De coloridos e luzes.
Meu coração é deserto
Sem um oásis sequer
E navega em céu aberto
Sem um abrigo, sem teto.
Meu sonho de bem-querer
Estou só, desamparada.
Necessitando de abraços.
Esperando a tão sonhada.
Vida vivida em seus braços.
Volte meu amor para mim.
Eu guardei tantos segredos
Que só serão revelados.
Sem pudor e sem medos
Ardentes, apaixonados.
Delicados, mas atrevidos.
Como um hino aos seus ouvidos.

Inserida por elenimariana

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