Poesias Carne
em época de tanta modernidade
acabaram de dar um duplo sentido à frase:
"A carne é fraca"...
banalizando o sentido da primeira!!!
Diminutivo de Carne: Espetinho
Aumentativo de Carne: Churrasco
Aumentativo de fogo: fogueira
Diminutivo de fogo: faisca
Feminino de Corno: Esposa
Masculino de carne: Bife
Adjetivo de sogra: Bruxa, inferno, cão
Diminutivo de porco: torresmo
Aumentativo de porco: feijoada
Macho do porco: Cachaço
Fêmea do porco: Carne na lata...(Patife)
FOME
Cortou aquele pedaço de pão
para poder matar a fome,
que já lhe cortava a carne.
Não desperdiçou nada daquele alimento,
recolhendo cada uma das migalhas,
já que, na maioria das vezes,
até mesmo elas lhe têm faltado.
O pão nosso de cada dia
só lhe vem à boca, ultimamente,
quando reza aquela oração.
Mas, para que querer pão,
se quase não tem dentes?!
Para que os dentes
se não tem mais sorriso?!
Para que o sorriso
se não tem esperança?!
Para que a esperança,
se quase não tem vida?!
Para que a vida,
se viver é ‘morrer de fome’
aos poucos, todos os dias,
até, literalmente, morrer de fome
num dia qualquer,
num canto qualquer?!
(Publicado no livro “Arcos e Frestas”, página 16)
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- O texto recebeu Menção Honrosa no “XIII Concurso Nacional de Poesias Marcos Andreani”, da Academia de Letras e Artes de Paranapuã-ALAP, de Tijuca-RJ.
Irmãs.
Somos como unha e carne,
Somos como união e amor,
Somos como uma em duas;
Somos Aline e Bianca,
Somos irmã e amigas inseparáveis.
A carne foi meu alimento, o meu pecado foi minha fraqueza por você
Pelos ares já sentia a putrefação que me cercava a dias
Pesado como se carregasse ferro
Meu ar estava poluto quase encarregado
Olhos longe vazio no infinito, para a imensidão ábdito do espirito
Na espera do cair da neblina com a esperança que ela leve tudo
Como uma concepção anunciada
Pela cimitarra tinha um fim pronunciado
Um apelo aos meus ouvidos, que não param de ranger
A cada instante meus pulmões fluem e precisam de mais ar
Como eu queria que o tempo passasse para a dor sumir
Que os prédios da minha cabeça caíssem, para eu levantar e recomeçar
Como um peixe fui fisgado, e dependo nas garras do pescador
De me devolver a água e voltar a não se perverter
Ou ir para o caldeirão sofrer as consequências da minha mazela
Como um fantasma vivo alerto aos que restam, o caminho da volta não é vergonha
A integridade não me alcançou, como eu queria agora, mas na hora não clamei por ela
Humildemente pagarei até o último dia, para com a maior glória que tive de hastear
Agora estou terso, sem culpa esperando a brisa da tarde me levar a claridade da bondade.
ACORDAI-VOS
Não procureis a fé na carne morta,
No montão de bactérias e de humores,
Que a sugestão das sombras exteriores
É fantasia que não reconforta.
Penetrai os caminhos interiores,
Onde a consciência ensina, ampara e exorta;
Lá dentro, encontrareis a chave e a porta
Para o mundo de excelsos resplendores.
Prender-se à teia obscura do sensório
É demorar no engano transitório,
Desde o primitivismo da caverna!...
Toda razão sem luz dorme infecunda,
E é na consciência lúcida e profunda
Que vibra o campo da verdade eterna.
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((((Do livro Coletânea do Além
de autoria de Espíritos diversos
Augusto dos Anjos))))
psicografia de Francisco Cândido Xavier
Fonte: Revista "O Consolador"
Nossa carne é envenenada,
Posta ela nesse tabuleiro de xadrez,
Para sermos manipulados,
Nesse jogo somos piões esperando um dia ser rei.
Eu fui feita de carne..
E carne sangra...
Dói. .. machuca..
Eu fui feita de sonhos ...
Eu fui feita de amor..
Eu fui feita do sopro de vida...
Assim eu vim.. vim pra ficar..
Pra passar por essa vida e deixar um pouco de mim..
Pra quem quiser me conhecer. ..
Tudo dilacerado, amigos e parentes...
Tudo dado para isso, um enigma sem fim
Minha carne desgastada, meu coração rasgado, minha mente, minhas memórias, perdidos...
Enquanto vago, frio e sem sentimentos
Agora, para onde minha mãe, minha chama?
E ao longo das espirais de luz, a vida que eu desejava?
Valha-me, Deus
Se é da carne o sentimento bom
O pensamento que me soa o tom
A poesia à toa
A nostalgia boa
Acima das mais terríveis doenças do coração em carne,
está a ausência de amor em espirito e em verdade.
Paciência!!!
é a palavra para o momento:
Quanta "navalha na carne"...
Dessa dor e decepção preciso repousar!
Choro e calo,
calo e choro...
Procuro pelos sorrisos e
abraços verdadeiros,
para a alma se aquietar.
Busco forças nas palavras de Deus:
"TIRAREIS MUITO FRUTO COM A PACIÊNCIA."
Não venha me dizer que amar não dói,
quando me encontro em carne viva,
e cada segundo que passa algo aqui dentro vai dilacerando,vai ardendo,vai queimando.
Já não sou mais aquela de ontem, não acredito
em quase nada.
As pessoas mentem,jogam, traem.
E estão todas por aí, espalhadas,nas piores versões delas mesmas.
As vagas travestidas sob a derme, entranhadas na carne, não se esgotam no engano. Do torpor que obstrui os meus passos, replica-se uma agulha dessecada pela chaga inconsumível, sorrateira como as leoas que não declinam da caça, mas fogem atentas às abnegações que lhe são próximas.
É na rotina que se obtém o atestado da dedicação pura.
De Campos errantes, livro!
Sobre o que somos e o que seremos.
De um sopro fomos criados!
Eu, você hoje somos carne e osso...
Somos gente!
Fomos criados a imagem e a semelhança de Deus.
As nossas atitudes falam muito sobre nós...
É sobre o que fizemos ou deixamos de fazer que seremos julgados.
E no final, seremos ossos e nos tornaremos pó... Porque do pó viemos e ao pó voltaremos!
A Maldição
A maldição do homem é sua prisão;
também chamada de corpo;
esta cela de carne e osso;
o limita, o aprisiona, o diminui;
Fomos feitos com uma incessante vontade de ser mais;
com a consciência de que podemos tudo;
mas ao mesmo tempo limitados ao nada;
Mas afinal, como algo a mais podemos ser?
Se eu e você, compartilhamos a mesma prisão;
pés que nos mantêm no chão;
Esta énossa maldição.
“Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fôssemos de ferro"
Sigmund Freud
Sem dúvida, somos testados diariamente e não podemos desistir para cumprir a missão que nos cabe.
Muitas vezes fazemos a vontade da nossa carne em Cristo, mas não
queremos fazer a vontade
do Cristo em nossa carne.
CONTAMINAR-SE É SECESSÁRIO ("Somos carne exposta, Em um mundo putrefato, Tentando ficar imunes a contaminação." — Maicon Fraga)
Se você quer as respostas certas e sábias, venda as fantasias depravadas das religiões e estude as páginas da natureza e os acontecimentos entre nós (remédio para a contaminação). Seja um exímio observador, assim procede o velho cronista. Já viram algo feito para andar e não anda? Pois é, DETESTO burro que empaca, mas esse câncer me trouxe uma revelação: Sou esse burro que empacou, e meu veneno é meu combustível. Sou uma contradição ambulante, é verdade; por isso, devo ficar longe de tudo que me faz mal, e pessoas na dose excessivas, são tóxicas, e essas coisas ruins são muitas, diga-se de passagem. Então, por querer tanto viver, serei tão radical que não aceito a neutralidade, tolerância zero. Os que não fazem nada também me fazem muito mal. Os de longe e os que não têm nada com isso não merecem a manifestação alegre da pouca energia que me resta. O câncer também destrói a alma dos contaminados e não assistidos. Todavia, desenvolve no organismo os anticorpos da necessidade, tenho deixado de precisar. O desapego é o estágio do fim, e uma expressão de amor para os que ficam com saudades. O esquecimento é inimigo da gratidão e não tive tempo de sê-lo. Estou indo cedo, pois o curso acabou; meus colegas de classe me viram passar. Eu os contaminei e não poderia deixar por menos. CiFA
Rasgo o peito para fazer da carne,
o papel, e do sangue, a tinta.
Mas não importa.
Esse é só mais um poema qualquer,
que escrevo por motivos quaisquer.
Amanhã talvez, mas hoje não.
Não importa, eu ainda não morri;
não completamente.
Tudo que eu sei,
se resume em quase nada.
Mas eu sei o suficiente para sentir
a dor e a alegria de existir.
Eu sei.
O poema só vive de verdade
depois que poeta morre literalmente.
