Poesias
FOTOGRAFIA
O diálogo
Que arranha na garganta
E como conjugues, a celebrar
Eis a questão,
Do mesmo hexágono,
E ao decair a tarde
Quão lindamente
Nos devora lado a lado
A focalizar que vindes,
Eu vi, que vinhas!,
Repreendo o vento,
E sobre a palma da mão,
O suor, a se tornar um orvalho
Que colherdes das hortelãs
3 cubos de açúcar,
E um chá para nos dois.
Livro: 1.205 F: 251.
FADO DA AQUARELA
Dos subúrbios, avisto
O arranha céu, um cata-vento
Inspiro e assovio, transcende cor
De norte ao sul,
A forjar, o quão escuro, descende
O espelho de narciso
Os tufões de já não haver,
Anistia, de cada engenho
Cobrir-se a névoa, deprede o espelho
O absinto, sobre a mesa, que reluz
Do inspiro,
Um arco-íris!
De outrora jaz.
Livro: 1.205 Folha: 251
Ela só quer alguém que a faça sentir no outono, na primavera...
Que a faça esquecer que um dia foi triste..
Alguém que fale com ela, enquanto dorme em teus braços...
E que quando não a entender apenas a beije sem censuras...
Alguém que compartilhe um café..
ou porque não..
a vida???
;..
Você precisa sorrir...
Você deve sorrir!
Não deixe ninguém tirar o seu sorriso
Não se trata de ir sorrindo, para todos que você encontra pelo caminho,
Mas
sorria sim, da vida..
Sorria por dentro..
Sorria por fora!!
Sorria sem se dar conta
Sorria sonhando
E quando acordar, vai ver o seu mundo colorido..
Sorria
principalmente depois de brincar com o fofo,
depois de passar pelo fogo,
Sorria brindando e dando gargalhadas..
do fogo!!
Sorria porque tudo é passado!
Porque tudo já passou!
.
Você não entende...
que você não é a pedra ou madeira
que me afunda que ou me faz flutuar!
Você é além disso!
muito mais que isso!
É o oceano em que o meu corpo implora nadar!!
..
É que eu,
por enquanto
vou vivendo,
vou sorrindo,
vou cantando!!
às vezes escorregando,
passando raspando...
Com um toque leve
e sutilmente..!!
Enquanto a minha consciência estiver limpa!!
sobre meus atos..
Eu vou em frente,
não importa
o julgamente de parentes,
aderentes,
terceiros...
ou seja; não me interessa
a opinião alheia, mesmo porque
quem me mantem viva sou eu!
..
Não desista,
Não desanime,
Creia,
tenha confiança
Nunca deixe de tentar!
Não tenha medo da chuva..
Não tenha medo dos temoráis!
Porque mesmo que a vida
não seja a festa que você
desejou..
se for preciso recomece...
nunca deixe de dançar!!
..
E quem é que vai dizer ao coração que a paixão é loucura??
Quem disse que ele vai acreditar
Ele é insano, incongruente.
inconsequente..
não vacila!
.
Tomadores de Lanches
Quando meninos.
Quantas brigas compradas.
Meninos que tomavam o lanche.
De meninos que não tinham nada.
Era de escola pobre.
Não tinha muito o que fazer.
Mas tirar pão de criança.
Somente para mostrar poder.
A covardia que se via.
Causava indignação.
E os pequenos se juntavam,
para fazer objeção.
Muitas vezes apanhavam,
mas justiça se fazia.
Os grande não se saciavam,
com a maldades que faziam.
Passou-se o tempo. E com ele o crescimento.
Os covardes que tomavam,
dos pequenos não aprenderam.
Com o suficiente não satisfaziam.
Só queria se apossar.
Do pão para dividir.
Seu prazer era juntar.
Tanta falta de zelo,
para tão pequena afirmação.
Crescerão e se educaram,
fazendo malversação.
E do contrário que queriam.
Todo tamanho não lhes servil.
Quando encontravam a parede.
No rumo se definiu.
E os pequenos que só viam.
Passavam a acreditar.
Que um dia crescidos.
Tão grande covardia.
Um dia acabaria.
marcos fereS
De repente você percebe que alguém está te olhando..
Mirando...secando...e disfarçadamente..
Então você percebe..
Se sente incomodada, mas gostou...
Então você olha e...
seus olhos se encontram..
Você tenta baixar o olhar...
quase que fecha os olhos..
levanta os olhos..e....agora
o que fazer, dizer,
Então...você sorri...!!
Sacou?
+sonia solange da silveira Ssolsevilha
Gastando o Pão da Vida
Ó pequena centelha.
Não enxergas que seu cálice,
é cheio todos os dias.
E transborda, renovando a aliança eterna.
O espirito, insuflado em carne humana.
Animando a vida?
Teu ciume não permite compreender?
Que jamais compreenderá,
completamente esse amor?
Preferes esconder seus talentos.
E gasta-los, construindo torres de babel?
Que algum dia, seguramente. Será destruída?
O enxergas o maná , se derramando nesse deserto?
Alimentando sua consciência. Para alimentar esse amor?
Não enxergas. Que que criastes?
É o que te fazes sofrer?
Decifra-me, ou te devoro.
Te prostras a mim, e te darei o mundo.
A que diabo, tu serves?
A quem enganas, pensas enganar?
O tempo é chegado.
E a arvore que não produz o seu fruto.
será arrancada,
e, servirá de lenha para a fogueira.
Se o coração, não estiver pacificado na paz.
De nada adiantará todo o tesouro acumulado.
Quem anda na luz. Não tropeça da pedra.
E não adianta procurar a moeda perdida.
Próximo ao candieiro.
Se a perdeste no escuro.
Da tua alma.
Antes lava-se no tanque de Siloé.
Saia da sua cama e comece a andar.
marcos fereS
Esse sou eu e ninguém copia
sou poeta e escrevo poesia
crio rimas, falo, canto
digo verdades, desperto encanto
vivo da rima
respiro emoção
cada palavra
bombeia meu coração
meus olhos enxergam
poesia e beleza
no cotidiano em pessoas
na linda natureza
tudo que escrevo
eu vivo todo dia
pois poesia e vida
e minha vida é poesia
Caderninho
A vida é como as letras escritas,
em um caderninho.
As palavras e frases uma após a outra,
sobre as linhas a se gastar.
As vezes escrevemos rápido,
e não a vemos passar.
As vezes as palavras saem tremulas,
Ilegível.Caprichosa, alegres. caçadas.
Mas continuamos a escrever, sem rascunho.
Uma palavra , após a outra.
Floreando verbos. Escondendo substantivos.
Foçando o imperativo.
E pacificando no objetivo.
Logo vem a escrita. Repetida.
Sismada. Inter locutiva.
Mas sempre palavras.
Representando uma imagem,
Que se agrega e se desfaz.
Nesse fazer da Vida.
marcos fereS
Pergunta ao poeta.
Porque o poeta não me contou
Que a cada frase montada
Um coração sente dor
Seja pela saudade
Ou proximidade falsa de um amor
Porque o poeta não me contou
Que não adianta tentar desvendar
Numa rima desconexa
A causa de amargo sabor
Mas, que é fruto da lembrança dos carinhos
Do aconchego do ninho
Que não cansa de esperar
Porque o poeta não me contou
Que até em um sopro de passarinho
Se possa sentir o clamor
De um corpo cuja sina
É buscar o teu calor.
Os pensionistas
Uns chegam de dia.
Outros chegam a noite.
O tempo da estadia.
Ninguém sabe o tempo.
Varia, conforme os dias.
Varia. Com o movimento.
Alguns ficam poucas horas.
Alguns por muitas semanas.
Alguns nem saem do quarto.
E preferem assim permanecer.
Outros passeiam em tudo,
E saem por todas as partes,
procurando tudo conhecer.
Alguns para não tem hora.
Deixam a chave na porta.
E só volta depois da aurora.
Tem aqueles desarrumados.
Que deixam todas bagagens abertas.
Que só se organizam. Antes de sair.
Outros vivem arrumados.
Como nem estivessem ali.
Alguns provocam discussão.
Não foi como quiseram.
E dizem naquele lugar.
Nunca mais voltar.
Outros, ficam felizes,
já sentindo saudade do lugar.
Todos os pensionistas,
possuem algo em comum.
Antes de pegar o elevador.
Suas credenciais devem deixar.
Para pegar as chaves.
No roll, devem passar.
E ao sair . Pagam suas estadias,
Fruto de seus próprios talentos.
Desejando , ou não desejando.
Os pensionistas um dia terão de partir.
Precisarão partir.
Ou por causa de compromisso.
Ou por não ter mais aonde ir.
Tudo visitou. Tudo conheceu.
O estalajadeiro. Abre novas reservas.
Para novos viajantes vir atender.
Aqueles que um dia parte.
Sabem que, foram bem recebidos.
E nas suas malas, levam suas roupas
e algumas lembranças.
Se aproveitaram a estadia.
Terão histórias para contar.
Se apenas se ensimesmaram.
Poucas coisas irão lembrar.
O tempo nessa hospedagem nada conta.
Apenas os momentos realizados.
Em um mundo de faz de contas.
marcos fereS
poema.
o que é um poema
algo que acalma
rima à que se trema
ao suor que se exala
cada frase um sentido
algo exprimido
no clamor d'alma
traduzido em sua essência
por aquela à quem dirigido.
Dúbio.
Nao posso jamais te perder
tu que aguentas meu peso sem reclamar
embora as vezes um gemido se perceber
ao de ti me levantar.
Ao me receber em teus bracos
não te incomodas se a amasso
já se acostumou com a rotina
essa tua eterna sina.
Mas tenha toda certeza
seras sempre a mais querida
minha preferida
e estarei sempre a te disputar
em todas as minhas tardes
minha querida poltrona/sofá.
Para mim viver hoje
é enfrentar os problemas com coragem , fé.
Aprendi comigo
e sem pressa, sem hora de chegar.
Olhar as coisas com amor,
Sentir e,
Ouvir e ter compaixão das pessoas,
ouvir seus problemas...ajudar.
Sou sincera, tenho um coração grande de mãe,
de avó, de tia, de sogra, de amiga, compartilho
o pão, o vinho, a cerveja, com os vivos, como faziam os meus antepassados.
Lembro-me o que me dizia meus avós, com muito orgulho e como lição
Não temer as ameaças, porque todos nós temos inimigos, vivos e mortos.
Nunca permitir que nos humilhem, nem nos enganem,
e não contestar, se dizer sim, que seja o sim, se dizer não,
que seja o não.
Viver é saber ficar sozinha, para aprender estar em companhia.
É saber envelhecer, sim,
sem rótulos.
Viver é se, se explicar..
e não se questionar, não se culpar.
é sorrir, é cantar, é chorar..é deixar rolar..!
é também dançar na chuva, caminhar descalço,
de saldo, é tropeçar, cair e se levantar.
Viver é saber ficar, e se for preciso voltar...!!
+sonia solange da silveira Ssolsevilha
Hoje meus olhos fixaram o horizonte
Me veio aquela casinha
Bem ao lado do monte
Muito simplesinha
Mas aconchegante.
Ali quase em noite congelante
Buscava a namoradinha
Com seu perfume enebriante
Colonia "agua de cheiro"
Mas nada entediante
Que saudade da inocência
Hoje tão distante
De minha insipiência
Meus momentos de infancia
Da casinha, quase sapê
Da cuia de beber
Hoje no horizonte.