Poesia Tristeza
Surras da vida
Às vezes apanhamos da vida por consequência de nossos erros, mas mesmo a surra sendo dolorosa, voltamos a cometê-los novamente. Muitas vezes envolvendo as mesmas pessoas de outrora, outras, incluindo novos personagens, noutras, pior ainda, juntando todos os personagens ao mesmo tempo. O final disso tudo, todos nós já sabemos... a vida vai nos bater forte novamente.
O Homem
O choro revela,
E a mulher que antes gritava de dor,
Sorrindo pelo seu nome o chama,
Pois assim age quem ama,
Entregando seu amor.
Tão pequeno, tão frágil,
Como poderá tanto ser?
Quem sorrindo olha tão pequena criatura,
Perfeita escultura,
No futuro, fecha os olhos para não ver.
Pois cresceu.
Já não chora,
E os seus dedos que outrora,
Finos, delicados,
Hoje ajudam seus amados,
E condenam quem perdeu.
Na loucura da rotina,
Tantos sonhos...
Frustração.
Trata bem, cuida, humilha,
A quem lhe estende a mão.
Perdão?
Quem pede deseja,
Quem o concede não quer,
E tudo foge do controle,
Quando surge uma mulher.
Planos e desejos,
Mas o imprevisto aconteceu,
O que se pode esperar dele,
Se parte dele se perdeu?
Nasceu seu fruto!
Se pergunta:
-Em meio a nossa tristeza,
Como tanta delicadeza,
Aquece um coração tão bruto?
Não deveria,
Para uma rocha ser quebrada,
Ao invés da alegria,
Usar-se a força e a espada?
Pôde então observar.
Quem antes lá estava,
Quem chorava,
Agora vê chorar.
Tenta mudar,
Talvez seja tarde,
Pois seu coração covarde,
Já não pensa em lutar.
A água escorre pela terra rumo ao oceano,
Por onde passa deixa sua marca ao rio criar,
Da mesma forma o rosto é a terra do engano,
E o rio da vida deixa marcas ao passar.
Nesses mares diariamente desbravados,
Cansado, o homem põe-se a navegar,
Se encontra só, mesmo sem ser abandonado,
Enfim descansa, pois partiu, mas sem chorar.
Eu largaria tudo por você
Mas quando percebi que você não queria que eu fizesse isso porque não queria que eu me arrependesse
Foi que eu percebi:
Você não tinha dúvidas
Você já sabia que não me amava
E já sabia que iria embora da minha vida
Só não tinha me dito antes...
Não sei o que é...
Estou sentindo um aperto
Aqui dentro do meu peito
É uma vontade de chorar
De sair pelo mundo a gritar
Parece que o mundo esta desabando
Todo em cima do meu ser
E eu fico aqui procurando
Algo que me faça compreender
Não tenho como desabafar
Pois ninguém iria entender
O que estou sentido agora
Pois nem eu sei por que fico a chorar
Só sei que depois da tristeza atacar
Não há quem faça a alegria voltar
Não sei o que é, não sei explicar
Esta angustia que vive a me amolar.
estive na luz, estive nas trevas,estou na luz nas trevas estou.
como o dia que passa aguardando a noite chegar,assim é minha vida, de dia na luz em meio a sorrisos conversas e vida e a noite em meio a lágrimas tremores ,temores e medo que só passam com a Luz do sol na janela do meu quarto.
quando você pensa que é forte , você se vê fraco, quando você pensa que vai conseguir a sua própria mente é sua inimiga a sua cabeça para e seu corpo sente sente dor,sente desespero, sente tristeza.
Uma tristeza que não tem fim que te aperta como, um punho apertado seu peito.
Tristeza não é bonita , tristeza não é romântico, tristeza é apenas tortura.
Dor
faca de dois gumes
que se transforma
arte
poesia
metamorfose
passado, presente, futuro
a mais benigna
maçã envenenada
Dor
uma palavra pequena
que carrega tanto
o ser
o renascer
quem fui
e quem serei
depois de ti?
Chegamos naquela fase,
que tanto ouvimos falar,
não somos mais tão jovens,
não temos o mesmo tempo...
Eu sinto muito não conseguir entender,
como e quando nos perdemos,
mas aqui estamos nós,
distantes e amargurados...
Permissão
Permita partidas, permita chegadas
Permita-se partir, permita-se chegar
Dê-se permissão para dizer adeus, mas permita-se mais ainda a dar boas vindas
A vida é feita de idas e voltas, não fique estático, permita-se acompanhar o seu vai e vem.
Soluço afogado em águas ferventes,
Sinto o choro gemer dentro de mim,
Dor agonizante sem fim,
Inefável sentimento enfim,
Morro sempre assim,
Ouvindo o desespero do meu choro dizendo,
Morri,
Morri,
Chores, ó menina,
Que não sei quem és,
Que não sei onde estás,
Que não conheço tua sorte,
Mas que sorte teria?
Junto às cinzas da tragédia,
Que desnuda tua alma,
Que acutila tua história,
Que traz somente uma atroz certeza,
A dor não passa, te rasga,
— Olá velha amiga. Seja bem vinda. Sente-se e fique a vontade, já que conseguiu arrombar a porta.
Digo que é um imenso desprazer sua presença, mas você já faz parte de mim. Costumo te manter afastada pra proteger meu bem estar, porém é inevitável sua volta.
Te rejeito, pois traz consigo meus medos, meus traumas, minha insegurança... Mas vamos, tome um pouco de café, enquanto me lembra de como meu mundo é pequeno e destrutivo.
Conte-me como foi ficar tanto tempo afastada e o quanto lutou pra conseguir me abalar ainda que só um pouco e hoje conseguir forças suficiente pra atropelar meu castelo de areia que construí com tanto cuidado.
Cante para mim suas canções melancólicas enquanto dilareça meu coração e embaraça meus pensamentos.
Não ligue pra minhas lágrimas, nem pras minhas mãos trêmulas e muito menos pra minhas frases incompletas, que falo enquanto sufoco com falta de ar.
Mas seja breve por favor, depois que concluir seu trabalho vá embora.
Não te demores muito. Pois estarei recolhendo meus cacos espalhados por todo o carpete, e pedaço por pedaço tentarei colocá-los de volta no lugar.
E então até eu terminar não retornes, velha amiga.
Não se preocupes, você sabe exatamente onde me encontrar, e se possível se perca pelo caminho e nunca mais volte.
E se um dia eu precisar de você, o que garanto que não vai acontecer, gritarei bem alto: —Volte amiga Ansiedade, sinto sua falta!!!
Mente nublada de preocupações deixa o coração inquieto.
Sensação de ansiedade por dias melhores que, apenas passando por uma densa nuvem negra, é possível alcançar.
Dias melhores virão depois de muita tristeza.
Vi os dias passarem como um raio, observei a chuva cair como uma lesma em sua velocidade, admirei as estrelas com dor e saudade.
Derramei gotas de tristeza presas entre lembranças, cada segundo passei apenas sendo um. Não fui muito, mas existi, infelizmente só existi. O que me restou foi apenas a dúvida se devo seguir quem me chamas, eu deveria?. Ainda não consigo responder.
Eu queria estar entre as estrelas, vagando na vasta escuridão, sentindo o frio da solidão. Sendo apenas um ao navegar entre o infinito e vasto vazio.
Es tão solitário admirar-te apenas sendo uma variação sem propósito, ao meu olhar é tão magnífico a vastidão do universo. Penso em quanto libertador seria se eu fizesse parte.
Manequim
Naturalmente esperançosa
Naturalmente desesperançosa
Lamentavelmente melancólica
Pacientemente sem pressa
Enganadamente no aguardo
Terrificamente dialética
Surpreendentemente útil
Explicitamente chorosa
Densamente tristonha
Caladamente gritante
Curiosamente forte
Vitoriosamente tenra
Tardiamente estudando
Saudosamente suportando
Cuidadosamente ponderando
Normalmente arrependendo
Milagrosamente adormecida
Redencialmente tentando
Desesperadamente ansiando
Inevitavelmente aqui
Tudo na vida tem um motivo
Hoje o dia está nublado com nuvens negras sobre mim
Mas tenho esperança que amanhã o sol se abrirá
E a luz será ainda mais forte
E essa luz fará com que o a escuridão vivida nesse momento, se torne energia para continuar brilhando ainda mais.
descem sem controle, salgam face...
deixam o ser leve e a ponderar:
qual desses motivos pedem reclamar?
respirar, ainda.
comer coisas boas
(pois que boa coisa
é ter a comida)?
ter um teto quente
(pois que tanta gente
passa o mês pensando
no vil aluguel
e outros são chamados
"morador de rua",
mas ser "morador"
implica ter casa)?
lágrimas são burras!
descem, mas nem sabem
que viver poeta
implica tristeza
ou inconformismo
(é mais bonitinho)....
vai-te depressão!
já não tenho espaço.
sou minimalista
(decidi faz tempo).
só não minimizo
deslizar, de fato,
nesse mundo doido
de corpo e de alma
com a inteireza
dos que todas noites
pensam: fiz o que de bom?
se resposta é nada,
se não mudei vidas,
fui menos que esterco,
pois esse é adubo
e quem nada faz
pra mudar seu mundo
faz aqui o que?
somente atrapalha...
Novamente eu caí dentro de um buraco e esse buraco me parece fundo de mais, não consigo ver os sinais de uma saída onde há luz e paz.
A tristeza me persegue de forma tão feroz e voraz
Toda vez que eu canto.
Quando estou feliz
Eu canto
Quando infeliz,
Deixo de cantar.
Quando me apaixono
Canto.
Ultimamente venho cantando
Com uma certa frequência.
Sou como um pássaro,
Faço cerimônia ao nascer do sol.
E em todas as tardes
Eu estarei de volta!
A fim de cantar mais uma vez,
Para você.
E quando você não me escuta
Você me prende,
Novamente naquela mesma gaiola.
E eu pereço outra vez
Pra você poder me ouvir.
~ Portella.
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