Poesia Toada do Amor de Carlos Drumond
O relacionamento a dois e como uma roseira na primavera.
Cheia de rosas uma mais linda que a outra.
Quado chega o verao ela ainda resiste mais perde algumas rosas mais estah lá.
quado chega o outono e inverno parece tudo acabado
mais mesmo que todas rosas se forem ainda ah uma galho de esperança para tudo recomeçar.
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver
Que eu não consigo te esquecer
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você...
Vem... Vem... Vem...
A vida te trouxe alguém ruim ? Isso aconteceu porque
esta pessoa precisava de alguém como você!
A vida não parece fazer sentido ? se nada realmente fizesse sentido,
você nem existiria..!
A vida deixou de existir ? Jamais se sinta assim porque não deixou de existir,
você é que está deixando de acreditar !
A vida levou quem amava ? Apenas adiou o dia do reencontro!
A vida não te acrescentou um grande amor ? Ela nos revela tudo no momento certo!
A vida é cruel as vezes ? Tudo acontece não só pra te orientar no presente,
mas pra te auxiliar no futuro!
A vida é injusta ? O que é injusto se torna justo, e de justo para injusto..
basta observar como você vive, e como viverá daqui pra frente!
A vida nos ensina? A quem consegue aprender!
A vida te deixou sozinho ? Teve que te mostrar o gosto amargo da solidão,
pra assim saber o quão é bom o gosto do conforto!
A vida retirou suas oportunidades ? Pessoas vem e vão um amor vem e as vezes fica,
mas se por algum motivo momentos bons chegam ao fim.. é pra dar lugar a momentos melhores que estão por vir!
A vida é pra ser vivida, basta viver a vida com vida!
Quero beber o mel de sua boca
Como se fosse uma abelha rainha
Quero escrever na areia sua história
Junto com a minha
E no acorde doce da guitarra
Tocar as notas do meu pensamento
E em cada verso traduzir as fibras
Do meu sentimento
Lua de prata no céu
O brilho das estrelas no chão
Tenho certeza que não sonhava
A noite linda continuava
E a voz tão doce que me falava
O mundo pertence a nós
E hoje a noite não tem luar
A tarde cai noite levanta a magia
Quem sabe a gente vai se ver outro dia
Quem sabe o sonho vai ficar na conversa
Quem sabe até a vida pague essa promessa...
A diferença que um papel de bala no chão faz
Muita gente não tem noção do quanto um papel de bala jogado no chão de uma rua pode fazer uma grande diferença, e ajudar a destruir cada vez mais o meio ambiente, e a deixar a local mais feio.
Cada papel de bala jogado na rua pode com o vento e com uma chuva ir para um bueiro, entupi-lo e causa uma enchente, não, não estou falando de só um papel de bala, mas quem joga um papel de bala na rua não joga apenas uma vez, e não é só uma pessoa no mundo que faz isso, por tanto esses muitos papéis de bala, jogados por muitas pessoas podem causar uma grande enchente e deixar muita gente sem casa, sem móveis e até sem vida, isso pode acontecer até com a própria pessoa quer jogou o papel de bala na rua.
O vento também pode levar esse papel de bala para uma reserva ambiental, ou um rio, um lago, imagina esse papel multiplicado por muita coisa?
Agora se cada pessoa que joga papel de bala no chão fosse jogada pra fora do mundo, quantas enchentes não aconteceriam mais, quantas matas, rios e lagoas não seria mais poluídos?
Não precisamos de heróis
Tem gente que espera, ou deposita tanta esperança em outras pessoas que acabam transformando essas pessoas em heróis, salvadores da pátria, da vida ou de qualquer coisa que precise de salvação. Por isso muita gente se decepciona e pior do que se decepcionar é esperar que os outros façam o que nós podemos fazer.
A mudança em diversos aspectos não depende dos outros, depende de nós, e pequenas mudanças e atos podem fazer grandes transformações, e todos nós podemos e devemos ser protagonistas dessas transformações.
Todos nós vivemos no mundo, no país, no estado, na cidade e no bairro, a responsabilidade das mudanças que queremos, é toda nossa não espere que um único ser, ou um grupo de seres façam essas mudanças, até porque talvez as mudanças que eles desejam não sejam as mesmas que você deseja, e precisamos de todos juntos para as transformações que são tão necessárias, como melhores condições de vida, cuidados com o meio ambiente, entre outras.
Se todos forem seus próprios heróis, não precisaremos de heróis nenhum, e mudanças virão mais rápidas, e da forma que desejamos.
Por dentro é mais bonito
Muita gente afirma que beleza não põe mesa, ou seja, a beleza não importa quando o assunto é amor, mas e quando o assunto é apenas uma paquera, ou como se diz hoje em dia, uma ficada? Como sempre essa afirmação só fica no discurso, na prática é totalmente diferente.
Nossas atrações podem se acontecer de diversas formas cada um tem uma, mas de fato a beleza é o que mais influencia no primeiro momento. Como explicar então a euforia que as mulheres sentem ao ver um Murilo Benício, Zezé di Camargo, Luciano, Leonardo entre outros artistas que elas sequer sabem o verdadeiro nome completo? Ou então nós homens que ficamos excitados em ver a Mulher Melancia na TV sem saber se ela tem mau hálito?
Eu ficaria com a Camila Pitanga mesmo se ela não falasse nada, sem hesitar. A hipocrisia é o mal da humanidade. Beleza faz muita diferença sim, esse papo de o que tem por dentro é mais bonito é desculpa ninguém vai beijar o caráter, a ética e a honestidade de uma pessoa. Agora quando se quer alguém pra viver junto, outras características também são importantes, mas a beleza é imprescindível.
Roletas na frente
Não tem muito tempo que aqui no Rio as roletas, ou catracas dos ônibus passaram a ser na frente, fazendo assim a entrada dos pagantes ser na frente também.
Não dá pra entender a necessidade disso, a não ser para atrapalhar as nossas vidas e causar constrangimento. Quando a entrada era atrás ninguém via quem estava entrando, a não ser que virassem e olhassem para trás, mas acredito que ninguém seja tão curioso a ponto de fazer isso. Agora com a entrada na frente, você já entra com medo de tropeçar nos degraus sabendo que todo mundo verá isso, fica com medo do seu cartão eletrônico de passagens não passar, der problema, enfim vão pensar que você não tem créditos no cartão, e você será o culpado de empacar a fila e todos estarão olhando para a sua cara, você fica com medo de sua roupa ter algum problema, todos ficarão reparando, portanto mesmo que nada disso aconteça, você vai entrar pensando que isso pode acontecer e vai ficar suando frio, tremendo, pálido e com cara de assustado, todo mundo vai reparar isso em você.
Mesmo que você fique tranqüilo, até mesmo pelo costume, e nada de errado aconteça, vão continuar olhando para sua cara, como se algo de errado tivesse acontecido, você vai achar que alguma coisa aconteceu e vai ficar constrangido, mesmo sem saber por que, simplesmente porque a roleta do ônibus é na frente.
A terceirização
Terceirizar virou moda hoje em dia, hoje em dia e com a ajuda do neoliberalismo. A terceirização pode ser caracterizada de diversas formas, mas é mais comum citar a terceirização nos serviços, e está cada vez mais inserido nos serviços públicos e nas esferas do poder.
Terceirizar significa contratação de terceiros, ou seja, de outros para a realização de serviços, racionalizar custos, economizar recursos, mas em outras palavras também pode significar a incompetência, ignorância, covardia, facilitação de desvios de verba, acordos indecorosos, imoral, antiético, enfim, são tantos que as pessoas não entendem e preferem se abster desse assunto.
Se eu falar pra Dona Genoveva que trabalha na cozinha da minha antiga escola que ela é terceirizada ela pode até me bater achando que estou xingando-a, outras senhoras como a Dona Genoveva até sabem que são terceirizadas e sentem orgulho de serem, é porque na verdade elas não sabem o que é terceirização.
A única coisa que não se terceiriza é o eleitor, o eleitor é único, é especial, não se pode racionalizar, não se pode economizar, nem deixar que outro tome conta dele. O eleitor é o “meu nobre”, é o “meu bom”, é o “meu camarada”, “meu parceiro”, “gente fina”, “meu peixe”, mas ele só tem essas qualidades em período eleitoral.
Monarquia republicanamente democrática
Insistem em dizer que vivemos num estado democrático de direito, onde os poderes executivo e legislativo são representativos, eleitos pelo povo. Dessa forma os parlamentares e os representantes do poder executivo, os prefeitos, governadores e presidente estão no poder para representar as nossas vontades, governar pelos nossos anseios, estão no poder para de fato servirem as nossas vontades, que são simples: Trabalho, condição de vida digna, acesso à cultura, educação, lazer, etc., que são direitos, garantidos por lei.
Mas se pararmos pra pensar, não é isso que acontece. Somos tratados como servos dos governos, e os parlamentares acham que estão fazendo um favor pra gente. Recebem salários absurdos e sempre acham alguma forma de desviar mais dinheiro pras suas contas bancárias, ou melhor, desviar para a conta de parentes e “amigos” assim ninguém tem como provar que aquele dinheiro de fato é deles. Colocam até as empregadas domésticas e babás nas jogatinas de corrupção mesmo sem saberem, coitadas, que tem contas até na suíça.
Durante quatro anos somos abandonados, chamados até de vagabundos, depois voltamos a ser adorados. As coisas estão no avesso, como foi dito no filme V de Vingança: “o Estado deve temer o povo, e não o contrário”. Nosso estado é uma república quando se aproxima a eleição, democrática no processo eleitoral e monarquia ao longo de quatro anos.
Os detalhes, a única diferença
E viveram felizes para sempre. Ouvimos e lemos isso constantemente quando criança, nas histórias que nossas mães, pais e professoras nos contaram, ou nos livros de histórias infantis. Engraçado é que muita gente continua vendo esses finais quando adultos, com histórias que são praticamente iguais, apenas pequenos detalhes diferenciam uma das outras.
Um casal que é o centro das atenções, esse casal se ama, ou descobre um dia que se amam, por motivo de força maior, que pode ser pessoas más, a religião, a condição financeira, etc., se separam, mas no final tudo dá certo e ficam juntos, muitas vezes tem filhos e os outros casais da novela se casam e tem filhos, ninguém fica solteiro, todo mundo fica junto, até o cachorrinho do casal principal não termina sozinho. Quanto às pessoas más, no fim elas tem uma lição, ou se regeneram...
São praticamente iguais, e mesmo assim conseguem prender atenção de muita gente. Causa até briga conjugal, e é a vingança das mulheres quando trocam seus maridos pela TV, já que os mesmos fazem isso na hora do futebol. Tem gente que chega cansado do trabalho, mal toma banho, faz sua refeição em frente à TV e fica ali praticamente 4 horas, vendo histórias que já sabe o fim, que será o mesmo fim de outras tantas... Talvez a descoberta do telespectador de saber o que vai acontecer, e que não é difícil, essa coisa de se tornar um vidente do óbvio, faz com que ele se prenda na telenovela.
Um jovem frustrado poeta
Quando eu tinha uns quinze anos de idade comecei a escrever, a princípio eram letras das músicas da banda que eu iria ter, até guitarra eu tinha, mas não sabia tocar. Depois de um tempo, convencido de que aquele lance de banda não daria certo comecei a escrever poemas, que não se diferenciava muito daquilo que eu chamava de letra de música. Sentia-me o poeta, Cazuza passava longe daquilo que eu via como meu futuro.
Eu tinha o prazer em mostrar para todos os meus escritos, minhas obras de artes. Hoje sinto vergonha de um dia ter feito isso. Quando me lembro das letras eu penso: “Quanta bobagem!”. Eu falava sobre o amor sem nunca ter vivido-o, falava de paixão, de mulher, não rimava nada, mas eu era um poeta.
As coisas vão evoluindo, com o tempo fui escrevendo coisas mais maduras, o amor passou a ser menos encantador como o de antes, porque eu o vivi. As paixões passaram a ter mais críticas e eu não escrevia mais sobre as mulheres, pois eu passei a conhecê-las, a partir daí não conseguia mais entendê-las. Hoje não escrevo mais poemas, passei a ler mais, a conhecer os poetas e descobri que não sou um poeta. Passei a escrever crônicas, escrever críticas de tudo, descobri que sou como um velho rabugento cansado de tudo. Talvez depois de um tempo eu volte a olhar o que escrevo hoje e perceber que sou um péssimo cronista, talvez porque até lá, com certeza eu vivi muito mais coisa, e sentirei saudades do que hoje eu já me cansei.
Impulsos
Talvez, em muitos casos eu fiz a coisa errada, em muitos casos a coisa certa, só sei que me arrependo pouco, de poucas coisas. Não sou hipócrita de dizer que não me arrependo, todos nós nos arrependemos de coisas que fizemos, mesmo que poucas, de coisas que deixamos de fazer, não há como viver sem erros, mas há como consertá-los, e evitar alguns.
Mas eu acho interessante, por mais arriscado que seja, acompanhar e seguir os meus impulsos, realizando seus desejos. Gosto dessa coisa de sentir o prazer na hora, e aquilo que não desejo mais eu deixo de lado, ou dou pra alguém.
Sinto o maior interesse em viver a hora, amanha ninguém sabe, o hoje exige de mim atitude, é agora ou agora, não tenho escolhas, não luto contra mim, eu sei que eu quero. Razão, só a minha importa, moral só minha importa, sou eu que faço. Não invado o espaço de ninguém, apenas quando sou convidado, por isso ninguém invade o meu. Meu orgulho tem limites, pedir desculpa não é vergonha, perdoar é um ato heróico, supera os orgulhos, por isso me sinto um herói e desejo que todos também sejam heróis, no mais, a vida está aí, na sua frente e não espera você voltar do banheiro, ela vai embora.
Cavalheirismo interesseiro
Saindo da casa da minha namorada, que agora é ex-namorada, isso faz uns três meses, eu acho, fui dar uma passada na praça, coisa que não fazia havia tempo, por causa das repressões do namoro. No caminho encontrei uns amigos e a Margarida. Eu não tinha nada com a Margarida, muito menos imaginaria ter algum dia. Passei apenas pra dar um alô, e já me despedi e Margarida foi comigo até a praça, paramos numa lanchonete, ela não queria comer, ficou fazendo-me companhia enquanto eu comia.
Tivemos uma conversa muito agradável, embora eu não me sinta bem quando estou comendo e conversando com alguém. Tenho medo da imagem bizarra das minhas mastigações e minhas abocanhadas no sanduíche, isso é muito pessoal. Mas eu gostei muito da doçura, da inteligência e da sensatez daquela menina, mas logo vinha à minha mente a lembrança do meu compromisso de namoro.
Meu último ônibus era às vinte e três horas, e trinta minutos, e já eram vinte e três e vinte minutos, ou seja, eu tinha ainda dez minutos até o ônibus aparecer. Ela decidiu ir embora também, não havia mais quase ninguém na praça. Margarida morava ali perto, eu poderia acompanhá-la até em casa, mas mesmo que eu voltasse correndo pro ponto passariam os dez minutos. Eu poderia ir andando pra casa, mas demoraria quarenta minutos, e eu tinha namorada, portanto o cavalheirismo não valeria à pena.
- Tchau Margarida, obrigado pela companhia.
- Obrigado você, boa noite!
Um mês depois eu estava solteiro, e apaixonado por Margarida, e ela nem olhava mais pra mim.
Maldito cavalheirismo interesseiro!
Esqueça
Esqueça as cartas que te mandei,
Eu sei apenas agora que me enganei.
Esqueça as fotos que tiramos,
Talvez, nunca nos amamos.
Esqueça os discos que ouvimos,
Como esqueceu os versos que dividimos.
Esqueça meus perfumes de outras,
Sua preocupação não é mais nas minhas roupas.
Esqueça os lençóis com cheiro de nosso amor,
Eles agora possuem outro odor.
Esqueça minhas partidas de futebol,
Também das rosas, e do girassol.
Esqueça minhas notas musicais,
Nos seus ouvidos não vão entrar mais.
Esqueça-me, enquanto eu tento.
Vestibular
Nem sempre fazer quase tudo pra passar no vestibular é vantagem.
Zezinho estava desesperado para passar no vestibular, estudava demais, além do cursinho preparatório para vestibulares.
Parou de sair, parou de namorar, até sua navegação na internet ele cortou, para a surpresa da mãe.
As visitas constantes que recebia de seus amigos, que eram sempre para comer a comida de sua mãe, parou de receber.
Nos últimos dias que antecediam o vestibular, Zezinho não dormia mais, ficava estudando a noite toda, sua mãe preocupada só faltava bater no filho para que ele fosse dormir, e ela coitada, ficava quase a noite toda insistindo para que o filho fosse dormir. Não aceitava essa insônia forçada do filho.
Zezinho querendo estudar em paz, sem sua mãe insistindo que ele durma, pelo menos na última noite antes do vestibular, comprou um sonífero e colocou no chá que sua mãe toma todas as noites antes de dormir.
A mãe de Zezinho preocupada com o estado físico e psicológico que o filho faria a prova, por causa das noites sem dormir, comprou sonífero para que o filho dormisse, pelo menos na noite que antecedia a prova, com o intuito de acordá-lo bem cedo, põe o despertador para de despertar 3 horas antes da prova. Coloca um pouco de sonífero na garrafa de água do filho, pega seu chá leva a garrafa de água para Zezinho, dá boa noite ao filho e vai dormir.
Um olhar apenas,
Diz tudo aquilo que
A boca não consegue
Traduzir com palavras.
Um olhar apenas,
Diz tudo o que
Não conseguimos
Traduzir com gestos ou ações.
Um olhar apenas,
Diz tudo aquilo
Que está encerrado
No silêncio do coração.
Um olhar apenas,
Revela nossos sentimentos,
Sejam de angústia ou
Simplesmente de alegria.
Um olhar apenas,
Denuncia quem somos,
A situação em que estamos,
E aquilo que almejamos.
Um simples olhar
Pode dizer tudo isso
Sem termos que dizer nada!
Não é à toa
Que os olhos são chamados
O espelho da alma.