Poesia te Perdi
SER CRIANÇA
Ser criança é
Viajar ao planeta dos sonhos
Fantasiar a realidade
Tornar real a fantasia.
Ser criança é
Brincar com a seriedade
Desafiar a gravidade
Ter a melhor idade.
Ser criança é
Navegar no mar da ilusão
Surfar ondas da imaginação
Velejar além do alcance da visão.
O que seria do mundo sem as crianças?
Um deserto de tristeza?
Um rio de solidão?
Seria um vazio imenso
Um nada
E nada mais.
queda.
crush.
quem sabe um dia.
quem sabe os dias.
quem sabe a estação,
ou uma, ou várias.
primavera,
verão...
olha,
quem sabe de baixo,
parasitando.
no subsolo.
quem sabe?
aliás,
quem sabe o que não se sabe?
vai saber.
crush.
queda.
paixão.
queda.
súbita.
queda.
enquanto debatias
não menos caía.
não menos levantava.
Dentre a graxa e óleo um caçador de falhas
Olhos e ouvidos que trabalham como um radar
Que detectam a imperfeição,a avaria,o erro,a causa,o motivo,o defeito,o problema
Aquele maldito ruído que talvez você não ouça
E pra ele é como se a maquina chorasse
Ou que falasse com ele
Como uma criança que caiu e ralou o joelho
E ta enchendo a droga do saco dizendo que machucou
Como se fosse um tipo de idioma ou alguma coisa parecida que a gente não entende
Pra ele as vezes um castigo,um pesadelo ou uma prisão
Mas mesmo assim ,a satisfação de corrigir um erro ,de fazer voltar a funcionar como deveria
Como tem quer ser ,como nasceu pra ser.
Essa sim, não tem conserto.
Dicotomia Poética
Digo adeus à inspiração
E na triste partilha do desamor
Comigo ficam as palavras
Com ela a poesia
COMO PORTA
Como porta em seu vai e vem
abrindo para se fechar
se escancara...
fecha-se em suas costas
Ou tranca-se em sua cara.
Se vai pra fora... Volta...
Pelas frestas dos meus sentimentos,
vejo o fim com a sua partida
mas você chora, chora vertendo...
Lágrimas em sua despedida.
Você passa e vai embora...
Meus pensamentos te seguem,
abrindo para sua volta
si comportando, como porta.
Antonio Montes
DESFALEÇO
O meu amor é eterno...
Feito para lhe dar,
mas se você não querer...
Eu não me quero, porque...
Somente em você encontro
O doce gostoso d’esse amar.
Atiro-me em seus braços
para aninhar-me em rede
no aconchego do seu querer
e me deleito com seus abraços
aonde,no carinho, umedeço...
Morrendo por você.
Antonio Montes
FLAVESCENTE
Peixe d'oirado, d'oira
os olhos da minha amada
e o gosto da sua senhora...
O prato branco de louça
a mesa toda enfeitada
e o alvo prata da roupa.
Peixe d'oirado d'oira
o céu do meu jardim
e o amor que sinto por ti...
D'oira a lua e sua calma
todas as estrelas da noite
e os sonhos da minha alma.
D'oira a esperança do meu ser
sentimentos que me arrastam
com a vontade desse querer.
Peixe d'oirado d'oira
os sonhos do meu agora
e a hora, que estou com você.
Antonio Montes
LÁGRIMA (soneto)
Quando meus olhos leram o cerrado
Umedeceram de lágrima ressequida
Que pagou os meus pecados da vida
E o que devo, ainda num tempo calado
Por outro lado, brada a poesia, e lida
Se não é como gastaria, é um estado
Faço todos os dias, pois me é sagrado
Nela, as lágrimas, escrevo a dor doida
Também rimam a felicidade, o meu fado
No poema misturado, n'alma repartida
Porém, cada lágrima, um sonho sonhado
De lágrima em lágrima, a poesia cumprida
A existência traduzida, o verbo anunciado
E segue, poeto, até a hora da despedida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
Viva a vida, não se sinta largado
O amor no coração é muito mais
Tire a tristura, não olhe para trás
O caminho por Deus é marcado
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Família é assim, muda só o endereço
Se complicada, simples é a tradição
No sangue é o amor, o amor é união
Mas o que mesmo conta é o apreço
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Família em família tem direito e avesso
A emergência numa quase legislação
É nome, é sobrenome e de vital preço
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
EMANCIPAÇÃO
Liberdade! Liberdade
Pelos arames de fome nas fronteiras
pelo choro ensacado no lixo
pelo roubos de vidas inteiras
a prisão da ganância o enguiçou.
Liberdade... Liberdade!
Pelo choro das ruas escuras
pelos porões da solidão negra
pelos mórbidos semblantes das ruas
e o funeral dos sentimentos piegas.
Liberdade... Liberdade!
Ao salário mesquinho de fome
as vontades perdidas e vãs
as lagrimas de esperança do homem
e pelos ofuscado café da manhã.
Liberdade... Liberdade
Pela liberdade de ir e vim
pelo direito do desabrochar da flor
e gargalhada do saudável sorrir
na expressão do verdadeiro amor.
Pelo aparecimentos das rugas
o respeito e direitos da idade
pelo sonhos que não tem fuga
pelas asas livres... Liberdade!
Antonio Montes
SONETO PRUM ADEUS
Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento
No redobrar dos sinos, a total nudez
Dum defunto sem data de nascimento
Um ninguém, de solidão e sofrimento
Dos que à vida, na vida foi escassez
Deixei atos em versos de sentimento
Podem até ser os tais sem a polidez
Mas, foram vozes, e não só momento
No adeus, o adeus com total lucidez
Pois se meu fado foi sem argumento
Então, pós morte, perde-se a validez...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
EMINENTE
Sabemos que o céu é blues...
Blues, é sua cor toda calma alada
e essa cor toda calma toda azul assim...
Nós sabemos, e como sabemos!
Sabemos que sobre ele,
pauta uma tristeza em elevado silencio
um marasmo de canto a canto!
Sabemos que nas altura, sem cântico
e sem som... Nem uma musica ecoa
nem uma boca contem batom
tudo é apenas... Blues.
Antonio Montes
Tendo a cova por último ornamento
Na incógnita lápide minha pequenez
Lembrança na lembrança, um talvez
Sob a terra o mais vil esquecimento
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
ANTES FOSSE
Quantas noites! Quantos medos...
Quantos escuros!
Escuridão.
Quantos becos! Quantos segredos...
Quantos todos
Hum! Corujão?!
Cachorro uivando na rua
Ladrão pula sobre o muro
O mundo inteiro no terreiro
No quarto...
Plóc, plóc sapateiro.
Olhe o pé da Cinderela?!
Aquela moça na favela
Tão pobre!
Tão bela!
Espera o encanto no cavalo
O sonho trota no ralo
Antes mesmo do badalo.
O canto do galo...
Os segredos das noites
A prata da lua, causo bom
Kkkkk... Antes fosse.
Antonio Montes
GEADAS DA VIDA
Verde, preto em manhãs desfolhada
sacode gelo sobre a terra
bacia com água fica coalhada,
é assim que amanhece o dia
em manhãs de geadas.
A dona Quitéria, mulher fera
se levanta sedo, bem cedinho!
E segue em passos frios,
para tirar leite da vacada.
O curral esta cheio de berros
as vacas com vestes em malhas
mugem em suas danças sobre a janta
e os bezerro em desespero...
Almejam em suas sedes de esperanças.
É... O viver tem lá o seu preço
nem sempre a vida sana
os sonhos de sua gana.
Antonio Montes
AQUELA BOLHA
Aquela bolha de sabão colorida
Tão leve... Tão solta no ar
Continha n’ela o nosso amor
Você colocou sobre ela!
E como se fosse um sonho...
Sopraste rumo a lua,rumo marte
Sopras-te para o alto do calor.
Com os ventos dos sentimentos
Aquela bolha de sabão, subiu...
Subiu, subiu e ao o sol tiniu...
Tiniu de tanto carinho e amor!
Tiniu nas anciãs e vontades
Tiniu nas volúpias dos nossos corpos
Tinindo ela se elevou sob as estrelas
Rodopiou sob os anéis de saturno
E ao mundo todo em segundos
Cantou suas alegrias pelos ares
E nunca mais, sentiu dor.
Antonio Montes
CORRI DAS ÁGUAS
Corri das águas que choviam
E minhas lagrimas orvalhadas
e molhadas, fugindo eu não as via.
Também não via o tempo
que jazia
Partículas no ar me empurravam
e molhavam os sentimentos
que na vida escorregavam
e eu não sentia.
Antonio Montes
TRANSLADO
Essas marcas, essa pele
um dia irá se acabar
sucumbirá com as favas
que em sua derme esta.
Ficarás os seus rascunhos
moldado com sentimentos
desenhos feitos em punho
configuração dos pensamento.
Você vai... Você fia
estudo de tudo novo
sabedorias te indica
avanço de novos povos.
Te copiarão como cria
no refazer da geração
serás novo nesse dia
ao cunho de novas mãos.
Antonio Montes
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