Poesia sobre Silêncio
“Nem sempre aquilo que somos transparece. Mas, em breves momentos, a essência rompe o silêncio — e revela, ainda que sutilmente, quem realmente somos.”
A calmaria é o maior estado de loucura. O silêncio absoluto, a vontade de não falar, de não ouvir, é torturante. Você se perde nele como num mar sem fim. Mas então surgem sons abafados ao longe, ostinados que quebram o silêncio. Pessoas ao seu redor começam a chamar seu nome. Aos poucos, te puxando de volta, forçando você a abandonar o conforto do silêncio. O mundo não tolera a paz por muito tempo, e te obriga a responder, a existir...
Quando a vontade de desistir sussurrar no silêncio, lembre-se: todos carregam feridas, invisíveis, mas reais. Na escuridão das crises, essa dor compartilhada é a ponte que me une ao mundo, minhas lágrimas, embora mudas, dançam no coro silencioso de almas que teimam em seguir, mesmo quando tudo pesa.
Força não é silêncio infinito. Entre a armadura e o pranto contido, Deus sorri ao meu desabar em segredo.
Tomar remédios é andar sobre um fio. Cada comprimido é um pacto, uma promessa de silêncio na mente, mas também o risco de naufragar mais fundo. É um mar instável, uma química que tenta domar os monstros, mas às vezes os alimenta. Vivo entre marolas e calmarias artificiais, tentando não me perder no balanço frágil do que chamam equilíbrio.
Tem dias em que o cansaço pesa e a vida parece uma canção repetida. Mas mesmo nessa rotina silenciosa, há um fio tênue de esperança, o sono que acolhe, o descanso que renova, e a certeza de que, a cada amanhecer, uma nova nota pode surgir na melodia.
Mesmo cercado de vozes, às vezes sou só silêncio. Aprendi que a solidão não mora na falta de pessoas, mas no espaço invisível entre o que sinto e o que o mundo enxerga. Há dias em que sou multidão por fora e deserto por dentro, mas ainda assim, sigo procurando um olhar, um gesto simples, que me alcance além das palavras.
Entre as sombras da alma, habita o silêncio que não se desfaz, e é nele que a psique se descobre, metamorfoseando dor em renascimento.
Carrego mil pensamentos que dançam no silêncio de uma mente inquieta, mas é no abismo das emoções que descubro quem realmente sou. Falo com ternura e escrevo como quem tenta decifrar a alma — não a do mundo, mas a minha.
Sou aquilo que aparece quando o silêncio dura mais do que deveria. Nasço quando as palavras travam na garganta e os olhos desviam. Cresço quando a resposta demora, quando a promessa falha, quando o pensamento se repete. Estou entre o toque que hesita e o passo que recua. Habito os pensamentos dos que pensam demais, destruindo certezas com perguntas sem resposta. Não preciso ser mencionada para existir, porque mesmo sem ser dita, eu machuco. Eu me espalho em olhares, em mensagens não vistas, em gestos quebrados. Sou o que transforma amores em medos e decisões em prisões. Sou sutil, mas insuportável. Sou constante, mas jamais determinado. Eu sou a dúvida.
“Tua palavra te alivia ou te afirma? Dependendo da resposta, talvez o silêncio seja a melhor escolha.”
Cada palavra é pétala que se abre no silêncio: ao escrever, semeamos jardins invisíveis onde corações encontram abrigo e almas florescem em versos.
Ergui sonhos e afeições como castelos de bruma, mas nada se prendeu às minhas mãos. No silêncio desse desvelo, acolhi minha essência, o pulso livre de uma luz que sempre foi só minha, pois, não posso sentir falta do que nunca foi meu.
"Você escolhe: viver escondido no silêncio das opiniões alheias ou se levantar com fé e declarar ao mundo o que Deus te confiou."
A resistência é uma arte que mora no silêncio, como pinceladas secretas sobre a tela invisível da vida, onde o que não se vê se transforma na mais imensa forma de força.
Se alguém visse o que pulsa na minha mente, me acolheria em silêncio e guardaria minhas lágrimas como a promessa de dias melhores.
Minha mente é uma máquina que não perdoa, funciona em silêncio, mas nunca repousa. Arquiva dores com precisão cirúrgica, como se cada ferida fosse sagrada. Não esquece, não apaga, apenas acumula. Faz da mágoa um mapa, do trauma, um relicário. E cada lembrança mal curada vira engrenagem, girando sem fim no escuro.
Adotar é reconhecer no olhar de alguém o lar que a vida prometeu em silêncio — é reencontrar o amor em forma de destino.
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