Poesia sobre Arte
As ruas são nossos museus
os muros as nossas telas
o sangue nos olhos a nossa tinta
e a poesia marginal a nossa arte.
"Acho que vou optar por trabalhar 8 horas por dia, ter um salário fixo, plano de saúde e outros benefícios...
Essa vida difícil e imprevisível da arte, já deu!"
Disse ela, antes de morrer aprisionando ideias.
Vejo constantemente pessoas subestimarem o trabalho de artistas em geral, como se não houvesse profissão séria dentro da arte, encarando distorcidamente como coisa de vagabundo, louco ou gente preguiçosa.
A maioria só vê o trabalho dos artistas quando tudo já está concluído e é apresentado publicamente. É unânime a reação de achar lindo e imaginar o quanto deve ter sido divertido e fácil produzir algo muitas vezes associado ao mero entretenimento. Como se num estalar de dedos e passe de mágica uma excelente obra ou espetáculo fosse surgir do nada.
Mas ao contrário do que está visível aos olhos de todos, a grandiosidade da coisa está justamente nos bastidores, que abrange um conjunto complexo de fatores: tais como estudos, pesquisas e aprimoramentos incessantes; experimentações; aprofundamento de conceitos; associações complementares com outras áreas profissionais; bagagem cultural; feeling; mixagem de sentidos e influências; e o compromisso consigo mesmos de estimular sempre a criatividade para se superarem a cada nova produção. São horas, dias, muitas vezes, meses e anos de esforço. E só quando o resultado estiver alcançado um nível de excelência é que será apresentado à sociedade.
Infelizmente, quanto mais impressionar e agradar o público, mais a tendência é achar que vida de artista é "mamão com açúcar" e tudo não passa de brincadeira e festa.
Já passou da hora de abrir a cabeça, refletir a respeito, respeitar mais os artistas como trabalhadores e abolir o preconceito.
"Não sou cantor, poeta ou escritor... Só um apreciador, que usa todos os meios para tentar se conectar com a verdadeira arte! Prefiro dispensar títulos e simplesmente sentir."
__K.M.
Armadura
Eu me desapeguei do mundo inteiro
eu me desapeguei para que o mundo não mudasse o meu jeito
eu me desapeguei pra ter respeito
pois precisei me libertar de qualquer jeito
Deixei de ser romântico
deixei de ser amigável
deixei de ser bonzinho...
Parei de ter carinho
Tornei-me um grosso
bicho solto a me rebelar,
parei de ouvir todo mundo
para aprender a me amar,
e só assim aprenderam a me respeitar
Vesti-me com cara mais emburrada
e minha personalidade mais mal criada
como uma espécie de armadura,
pois foi assim que conseguir a minha proteção,
já que sem a armadura...
Eu seria uma preza fácil no meio da multidão
Os sentimentos se desfizeram
não cultivo mais amor
não cultivo amizade
nem carinho, ternura ou qualquer emoção,
não foi por minha vontade
foi à única solução
Eu me desapeguei de tudo
para assim poder me encontrar
a se o mundo inteiro pudesse saber
como estou feliz por me amar.
Te Intriga nosso silêncio, irmão?
Não concorda com nosso segredo?.
Já construíste seu templo no coração?
És um real obreiro sem medo?
Quando nele te recolhes, o que mais importa?.
Talvez lá encontre nas chamas de lareira
Pedaços de alguma lembranças já morta
Alimentando as brasas da fogueira
Se são coisas mundanas. Ignora-as.
Sabes bem que para lá delas,
aquilo a que chamas de tempo
e que usas para medir silêncios,
não existe! Somente são como caravelas
Vem e vão ao sabor do vento.
Pelas regras da matéria e não do Espírito,
o silêncio pode ser um curto e surdo intervalo
Que habita entre duas batidas do coração.
No teu, ele é dificilmente perceptível, um estalo.
No meu será dolorosamente infinito.
Agora, se para ti o tempo não existe,
porque te há de intrigar o silêncio?
Não vale a pena, não é triste
Conhecer-te a si mesmo?
E se me disseres o que vi em ti,
Glórias, prestigio, honrarias sem fim?
Direi que sem erro o que vi...
Foi aquilo que faltava em mim.
Claudio – 24/05;2016
CULTURA
Eu semeio, cultivo e colho (agricultura), essa foi à primeira atividade de trabalho planejada pelo homem, que permitiu a sua fixação em um só lugar, possibilitando sua vivencia em sociedade.
Eu pinto, escrevo, canto e danço (arte), expressões artísticas do homem que o mantem conectado com o meio em que vive.
Ambas são essenciais a nossa vida, pois são ações que dependendo de nossa relação com elas, nos sentiremos mais ou menos realizados na sobrevivência (trabalho) e existência (convívio).
Se em coisas banais repousar o meu silêncio, ali viverei.
A luz já não precisa ser branca, luminosa, transparente, não tem que provocar nada, não necessita de aprovação.
A luz é só luz de novo, intimista, queimada de amarelo, uma teoria antiquíssima, um trajeto percorrido repousando numa clareira. Entre o ser e o estar, o que existe, entre a onda e a partícula, a incandescência.
Um repouso trabalhado, desejado, esperado por milênios, uma torre alta e o vento que nos rouba o ar. Os feixes de realidade decompostos em manchetes criminosas que aquecem os sonhos das fachadas cinzas, de homens raquíticos e empoeirados.
Onde tudo é verde a força é natural e despreparada, a luz é filtrada, e o canto dos pássaros nos distrai..
Quando a tristeza chegar, não se acanhe.
Se apegue a melodia, e cante.
Porque como diz o ditado:
"Quem canta seus males espanta".
A poesia é árvore gigantesca
Com lindas folhas de emoção
E uma seiva pitoresca
Que suaviza qualquer coração.
Inocência dos que sabem
Sabe quando você teve certeza que ia dar errado,
Mas mesmo assim arriscou,
Sabe quando tudo está indo tão bem, mas seu coração esta apertado,
Pois sabe que quando você perceber o bom já passou,
Sabe quando tudo o que você queria é seu, mas por apenas um segundo;
Sabe quando acontece algo que não é culpa sua, não é de ninguém, nem mesmo do mundo,
Sabe que tudo se sabe mas, infelizmente ,se age,
Mesmo sabendo que o sofrer vem logo depois afinal, faz parte;
Sabe ...,
Quer saber, nada mais quero saber
Só quero viver,
Viver com a inocência de quem não sabe
Viver como quem com o coração age
E mesmo que sofra não se abate
Afinal, o amor, é apenas uma arte.
O diabo disse para Daniel na cova dos
leões
É o fim!
•E Deus disse, assim:
•É o começo! Sua história mudará o
mundo!
•O diabo disse para Jonas, na barriga
de um
peixe: É o fim!
•E Deus disse:
•É o começo! Nínive será salva através
da tua
pregação!
•O diabo disse para João,
exilado na Ilha de Patmos: É o fim!
•E Deus disse:
•É o começo! Você escreverá a maior
revelação
de todos os tempos (O Apocalipse)
•O diabo disse para Jesus, morto na
cruz: É o
fim!
•E Deus disse:
•É o começo! Todo o poder no céu e na
terra,
Eu entrego nas Tuas Mãos!
•Por isso se o diabo disser a você, que
É o
fim!
•Comece a dar Glória a Deus e se
alegre no
Senhor!
•Porque Deus está dizendo: É o
começo!
•Eis que tenho maravilhas para
cumprir em
sua vida!
Yo soy
Soy el lienzo de un pintor enamorado,
Descuidado,
Y a veces hasta amargado.
Soy también la música en la voz del cantante que sueña,
Que llora alto resonando su voz.
¡Que grita el amor para alguien que solamente él sabe quien es!
Soy el actor de un escenario decorado,
De un teatro ensenado,
De un circo armado.
Soy una pieza en un cartel.
También soy el pincel en la mano de un niño,
Y soy la esperanza,
Soy el dibujo gravado en la roca,
Soy el garabato en la vieja hoja de papel.
Soy el poema de amor inspirado,
Por un poeta completamente alucinado.
Soy un romance,
Soy humor,
Drama,
Ardor y esplendor.
También me encuentro en los muros de la ciudad,
Es las iglesias,
En las plazas y museos...
¡Hola!, es un placer
Mi nombre es Arte.
Os ditames da educação
É possível ser cordial, agir educadamente com alguém que nos tenha ofendido? Quando um coração é ferido existe discordância de sentimentos que podem ir além, dependendo do grau de educação de cada pessoa, mas... é possível realmente ser amável com alguém que nos magoou sem parecer hipócrita? Como proceder realmente? Existe também a questão de princípios, os preceitos da boa educação não permitem que sejamos falsos com nosso semelhante. Pertinente a sentimento humano as coisas se tornam muito mais complexas, é complicado seguir as regras da boa etiqueta sob a pressão do coração, pois existe certa dificuldade para discernir os sentimentos, a convergência de pontos de vista, a falta de disposição em ser sincero com alguém são questões que devem ser consideradas, afinal houve uma quebra de decoro por parte de outrem e diante dessa premissa o obvio seria o hermetismo sentimental. Exageros à parte, devemos concordar que a vida, embora irônica em certas ocasiões, precisa ser levada a sério e todos nós temos o dever de ser sinceros com todas as pessoas a nossa volta, portanto, é apropriado que sejamos cordiais, gentis, amáveis sem ser hipócritas com quem quer que seja, independentemente da situação. Essa regra deve ser aplicada a todas as pessoas. No entanto, somos seres ligados a uma ordem natural, o temperamento, o caráter e a personalidade de cada indivíduo deve ser levada em conta. É o que constitui a natureza de cada ser, as pessoas têm sua própria designação, sua índole. De tal modo que podemos ser capazes da quebra de decoro, devemos ter aptidão a perdoar o nosso semelhante.
Respeito todo mundo quer.
O idoso, o aposentado.
O doente acamado.
A criança carente.
O filho adolescente.
O jovem trabalhador.
O adulto desempregado.
O pobre ou milionário.
Respeito todo mundo quer.
A arte de respeitar está em saber aceitar,
as diversas maneiras,
que cada um tem de pensar.
Respeitar o amor, seja qual for a união.
Respeitar aquele pobre cidadão,
que não tem dinheiro para comprar o pão.
Respeito está até aqui neste texto.
Se gostou compartilhe e se não gostou silencie.
Quantas vezes o poeta já "dançou"
por não saber dançar;
quisera ele ser apenas a sombra
dos passos...
Segundo a literatura psicológica, a pintura artística em tela é uma forma de arteterapia. “Ela ativa a dopamina, neurotransmissor associado ao bem-estar, e inibe a amígdala, que é ativada cada vez que sentimos medo ou tensão, por isso, o hábito promove sentimentos de calma, alívio, expressão das emoções e alucinações."
Por isso muitos artistas, como eu, somos loucos.
sentir
parei
perplexa
melancolicamente perdida em meus sentimentos
senti, senti demais
todos eles
por cada milímetro do meu corpo
eu só não consegui identificar qual gritava mais alto
(...)
me senti desamparada
procurei em mim um refúgio, um conforto e não consegui encontrar
mas encontrei na arte
a arte ampara
conforta
olhei, me apaixonei e chorei
a realidade destrói e a arte consola
Dentro das lembranças moram as melodias
Umas de tons tristes outras no tom da vida.
Moram nas lembranças jardineiras
Moram nos morros das trepadeiras.
Dentro do tempo moram versos
Uns de conhecidos poetas, outras de indigentes cinzas.
Moram nas sombras iluminadas
Moram nos amores não próprios.
Dentro da dor mora um César
Uns de tons toscanos, outros de tom italiano.
Moram Romas e gladios
Moram colinas de desencarnados soldados.
Dentro da morte nasce uma flor
Umas em belas cidades, outras em sutilezas e densidades
Moram aromas sem cheiro de orvalho
Moram corações no cheiro desfeitos.
Dentro de mim se apagam os segredos
Uns bons e de espelhos, outros em rios sem margens e tempero.
Moram histórias esquecidas e esquinas vazias,
Moram rimas de solidão, sem barcos e marinas sem som.
Dentro de mim moram saudades
Umas do criador, outras de anjos e dor.
Moram legiões esquecidas
Moram pincéis, telas sem tintas.
Dentro de mim mora um início, um meio e um fim.
Mora um começo no meio, um fim sem começo e voltando pra casa um dia: um início sem fim.
