Poesia Poema Natureza
MEU MUNDO
No meu mundo,
Existe um universo perdido...
Cheio de rimas
cheio de versos,
cheio d'aquilo que eu duvido.
No meu mundo...
Eu procuro o fundo atrevido
... Cheio de mundo
seco de fundo
desprovido de ouvido.
Antonio Montes
APORTA TICTAC
Que tic,tac importa
se o coração esta na porta
dando adeus a velha horta?
Pra voar p'ro nível azul
importa ou desentorta...
Qualquer coisa, não importa.
Se o tic, tac da voltas
já não porta jardas nenhuma
por um tic esta na rua.
E se a vida fosse comprida
p'ra passar por essa lida
... Valia toda essa vida?
Será que valia os dias
se os dias a revelia
fossem revelia de dias?
Antonio Montes
AMOR PENDENTE
A parte pendente do nosso amor,
Sente dor...
Uma dor cociente
pelo ranger de dentes
presente do vil pavor.
Ou, ou nosso amor...
Não deixe assim ausente
esse amor quente pendente
se esbaldar no inconsciente.
A nossa paixão já sente,
gentilmente inocente...
A nossa lagrima descontente.
Ou, ou nosso amor...
Um dia a lua floriu
aquele livro no rio
com paixão nos endossou.
Hoje as águas passou
nosso amor vive o estio
d'aquele rio que secou.
Antonio Montes
UNIVERSO CEGO
Existe um universo perdido
no entroncamento d'aquela rua...
na faixa... Estrelas cintilantes
piscando cores, minhas e suas.
Vermelho, pare... Atenção!
Amarelo, consciência...
Verde, pulsar de coração
passos para vida intensa.
Existe um universo perdido...
Alem d'aquela esquina
janelas, portas abertas bandidos
na placa, uma frase que rima.
Aglomeração do outro lado
copiando impedimento
o mundo esta fadado
com esquema fraudulento.
Existe um universo perdido
no mundo em que vivemos
viríamos se estivéssemos vivos
observando a verdade e vendo.
Antonio Montes
PREOCUPAR
Eu não preciso
me preocupar com o olfato
nem com os ratos...
O olfato pertence ao nariz
os ratos pertence ao país.
Antonio Montes
PAGINAS DA VIDA
Nas paginas da vida,
eu te li...
Com a minha vida,
nunca lida.
A lida da vida aqui
não lida para partir
nem muda nada da ida.
Nas paginas da vida,
eu te li...
Li o dia, mês e o ano
do nascimento de ti
do vento, vida soprando.
O seu estado de vida
aqui esta na partida
e seus dias só tem planos.
Antonio Montes
Mãe... Morada do Amor
Nas tardes que das manhãs iluminaste,
Vejo a noite aparecer
Teu canto numa voz de paz
Sabedoria tão certa
O céu canta festa...
Tua presença me faz viver.
Foste poesia em minha vida
E ainda nova, tu se foi,
Nas estrelas morar.
Brilhar o firmamento,
Rimar tua prosa, tocar as violas,
Pros anjos ali se enfeitar.
Mas, graças eu dou a Deus,
Pela mãe que eu tive (e ainda tenho)
Sorriso tão singelo, morada do amor.
Por me ensinar,
Fez o meu mundo se transformar
Em cor, em flor...
Em toda parte em mim, por ti,
Existe o amor.
Mãe, a melhor definição que eu posso te dar,
Não sei nem falar.
Coisa boa a gente não fala. Sente!
E, se sentir é o melhor que existe em alguém,
Então, deixo o coração se expressar,
E o meu amor a ti se eternizar.
TEM DOR...
Tem dor que dói pra valer
Tem dor que passa rapidamente
As que te fazem outro querer
E as que ficam n'alma da gente
Sempre com marcas no viver
E nunca para o âmago mente
Tem vario tipo de dor há ter
Nunca as que duram eternamente...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
ELIDIR
Eliminamos... Eu sei,
o quanto tempo eliminamos
o barulho da goteira
o velho canto do galo
o sino d'aquela torre
o reio e seus estalos.
Eliminamos, sim...
O ranger da velha porteira
o trupe d'aquela boiada
o pingar d'água na goteira
a paixão apaixonada
a farofa na algibeira.
Eliminamos, eliminamos...
Flores nas margens da estradas
vidas que cruzam caminhos
saudades do primeiro olhar
o chilrear das passaradas
enigma dos pergaminhos.
Eliminamos, sim, sim!
Os dízimos dados aos gostos
os gostos do mês de agosto
o tutano do velho osso
o endosso do insosso.
Eliminamos os risos...
os dois mais dois igual cinco
... Espalhados pelas ruas
a lua de tudo aquilo
que não precisa da lua
Eliminamos todos os erros...
O bater de assa e voar,
do que sinto ou não sinto
o desvio de entidade
a ganância de tudo isso...
P'ra não desviar aquilo.
Antonio Montes
Moça
Moça ainda na mocidade
Moça que vive a puberdade
E desfruta da vaidade
Moça, não viverás eternamente na mocidade
Ou rodeada de amizade
Moça, é apenas uma verdade!
Busquemos a luz
O inconformismo ante nossa humanidade
tão decadente.
Sejamos mais altruístas,
menos " eus"
mais " nós"...
Assim,
escapando à escuridão
da nossa finitude,
transladamos o ser.
De mortais que nascemos
nos tornamos anjos
a revoar pelos céus
do outro.
Evolução.
Basta-nos a dança da vida
Dançamos ao embalo das ondas,
sob a imensidão de um mar azul
de ternuras e gentilezas...
Oxigênio?
... Dispensável!
Respiramos poesia!
Menina do campo
Menina do campo...
Brinca alegre no seu jardim
Corre descalsa, colhendo
azaleias, rosas e jasmins...
Sonhos, afins!
Menina do campo
com seu vestidinho rosa
corre solta pela vida
cantando cantigas, versos e prosas.
Menina do campo
Nascida para o amor e as flores
No céu um querubim grita seu nome
...Ternura, gentileza.Louvores!
Amém!
Menina do campo
Nada sabe das dores. Ainda.
...Deixe-a!_ Inocente, alheia,
de todos os horrores!
E quando a noite chegar
que a encontre com seu cestinho
repleto de margaridas e panapanás.
... De todo o resto. Ainda são restos
de um futuro incerto.
PORÃO DE NAVIO
No porão d'aquele navio..
Quantas lembranças de dor!
Choros contidos a noite...
Saudades, distante do amor
e as, esperanças em açoite.
Pesadelos das chibatadas
marcas pressão e correntes
a fome ali, quieta é mata
as abrangentes cascatas
das incoerências, aos inocentes.
No porão d'aquele navio...
Quantas lagrimas derramadas!
amor ali, tornou-se pavio
com a ganância desenfreada.
Até o mar rangeu de dor
em meio a lamuria das águas
nem os sonhos confortou
a dor infindas das lagrimas.
Antonio Montes
MOCO BROCO
Com esse sopro
e esse mal gosto,
soprando sob agosto...
O degustar fica insosso
... O reto fica torto
o outro, coloca-se roco...
Enquanto um escorrega e cai
... O moco fica broco.
Antonio Montes
NA TELHA
Lua cheia
lobo na telha
urro no mundo...
O medo em cima do muro
vento na areia.
Maré com sereia...
Farol encandeia,
sombras no escuro...
O fim, não faz corpo duro
e a peia, rodeia.
Antonio Montes
ALPENDRE
Do alpendre...
Uma lua, uma rua
a brisa da noite se estende
... E as recordações se entendem
com todas saudades sua.
A quanto tempo ficou!
A corda que voce pulava...
Os sorrisos e o anel da noite
que pelas mãos, inocentes passava...
Aquele primeiro beijo...
Dado com tanto tremor!
Depois do temporal da chuva
o arco-íres e suas cores
em meio a ciranda da roda...
Trazia, jardins e amores.
O sonhar com tanto amar
propagava-se cantando versos
o tempo era de cirandá
os versos, eram de confesso.
Hoje, d'aquele alpendre
a lua te faz recordar
d'aquela infância encantada
que encantou-se no tempo
levando-te, sem avisar.
Antonio Montes
DECRETO
Se decreto decretasse, a mim...
Para decreto fazer, eu decretaria
e um decreto, eu, iria fazer...
Decreto para servir a todos
a mim, a ti, e a você.
Um decreto de liberdade
que causasse euforia
decreto, que podes-se, ir e vim
servindo João, José e Maria
Eu decretava que desvio
não seria permitido
exceto, desvio de estrada
ou de rios poluídos...
Estrada para passadas
e rios, para sorriso.
Decretava que os desvios
feitos por mãos de bandidos
recebessem, os castigos das leis
e nunca mais fossem envolvidos.
Antonio Montes
FARRAPO DE AMOR
Não me disse adeus, e se foi...
E eu, afogado pelas lagrimas da despedida
não esbocei, uma só palavra!
Parei no tempo...
Viajei sentido em sentimentos
te encontrei em meus sonhos, ali! bem ali
... Nos meus despedaçados momentos.
Todavia, você colocava-se calada
enquanto abanava a mão por aquela estrada
... Eu naveguei em minha loucura,
perdi o sono, em desatino...
Fiquei a noite inteira acordado!
Buscava-te a todo canto do meu ser
e só a sua presença,
encontrava-se do meu lado.
Quanto desespero...
Quanto mais o tempo passava!
Mais e mais! Despencava-me lagrimas...
E essas, turvaram meus olhos chorosos!
Enquanto a sua presencia se fazia ausente...
a minha visão intensa, pressentia você.
Você estava li, você se fazia presente,
como encanto, no canto do meu coração...
você me sorria, você adentrava na minha dor
se propagando por todo meu consciente...
Estou aqui, farrapo humano...
Escravo desse imenso amor.
Antonio Monte
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