Poesia para Alguém que Morreu
Estou morrendo. Nasci e naquele exato momento, uma parte de mim morreu.
E a todo instante desde então, venho morrendo dia após dia. Meu fim está próximo. Se é hoje ? não sei.
Amanhã ? talvez. O certo é que ele vira, inevitavelmente e disto não posso escapar.
Natal
O Natal (ainda) vai mal...o Cristo nasceu nesta data... ou será que morreu?
...tanta confusão das tradições, que ao nos lembrarmos das comemorações natalinas, o que nos vem à mente é um velho gordo vestido de vermelho, um pão com frutinhas, sorrisos ameaçados pelo dia seguinte que tende a apagar tudo isso, um peru que esteve apavorado às vésperas e finalmente descansará em paz na panela de alguém. Ah, tem os familiares e os amigos... brincam de "amigo secreto"...deve ser por isso que muitos nem vão mais à casa um do outro durante longa data, senão perde-se o sentido da brincadeira no natal... fogos iluminam o céu... tão lindos, mas se dissolvem tão rapidamente, assim como aqueles sorrisos (ainda bem que temos smartphones).
Festa da alegria, de fartura e comunhão, não podemos negar. Muitos dizem que nesta data as pessoas ficam melhores...
Presentes e mais presentes... estão presentes, todos...
E o Cristo?
Eii...será que o convidaram??
- Quem entenderá?
Quando Jesus Cristo nasceu, a religião morreu. Então não houve mais necessidade de religamento do homem com Deus através de sacrifícios. Jesus se tornou a própria ponte da Graça para a Redenção, e todas as Leis resumiram em amor e amar.
Tempo de Semana Santa
é pra homenagear
Aquele que veio à Terra,
e morreu pra nos salvar.
O nosso Senhor Jesus
foi pregado a uma cruz
pra depois ressuscitar.
Nossa Morte
Hoje o tempo está fúnebre
O sepultamento se iníciou
Nosso grande amor morreu
Mas morto não está aquilo que ainda pode ser lembrado
E com dolorosos éons até a morte pode morrer
O "para sempre" se trata apenas de uma ilusão
Ilusão qual nos perpetuou até o fim
E continua eterna em nossas memórias
As sombras eternas de uma mente com lembranças
Essa seria a nossa versão do seu filme favorito
Odeio ainda ver você em todos os lugares
Hoje a noite está nublada
Tão escura que parece refletir a terra negra do cemitério
Onde foi enterrada a nossa história
Se nem a morte foi capaz de levar ao esquecimento
O que será?
Então esse será o fardo que carregarei para minha cova
Te perder
Talvez com minha morte esse luto chegue ao fim
E com estranhos éons até a morte pode morrer
Preciso reler meu livro favorito uma última vez
Bruna Furtado
O PASSADO
Sempre vai morar no MUSEU,
Quem disser que a história morreu,
Está muito enganado...
Do histórico dele é levantado
Muitas vítimas e vários réus
***
“O Homem Fabianno era morador da mansão em Minnesota
Em 1859 vivia ali
Morreu assassinado na estrada”
"Todos temos uma criança dentro de nós
Ela nunca morreu
Aquela baixa voz.
Porém, você a esqueceu..."
Será ...
que morreu...
faleceu...
se cansou...
se mudou...
envelheceu...
se convenceu...
Que nada mais somos,
que nada mais seremos
além de pensamentos...
velhos momentos,
velhas lembranças, pouco esperança...
Nossa herança a amizade de infância...
Será que morreu,
faleceu...
Que se mudou, eu sei...
Que envelheceu também...
Que se convenceu não sei...
Que nada mais somos, talvez...
Que nada mais seremos, por quê?
Só sei que além dos pensamentos, junto com o vento, guarda momentos de eu e você...
Ontem morreu uma estrela
E nós nem ficamos sabendo, ela era linda, maravilhosa, tinha 12 planetas um era muito especial, pois havia seres nele, seres que sonhavam, que lutavam, e que queriam viver pra sempre. Mas não foi possível, com a morte da estrela o planeta também morreu, eles não tinham tecnologia o suficiente para sobreviver sem a estrela, ou fugir para outro planeta, eles não mandaram uma sonda ao espaço para que assim outros seres, algum dia ficasse sabendo da existência deles. Todos os dias morre uma estrela no Universo é o circulo da vida, quantas possibilidades morrem com uma estrela, poderia ter sido nós, e um dia será, não, não vamos viver para sempre, nem temos tempo suficiente, o pouco que temos, mero cem anos, pra quem consegue viver cem anos, é desperdiçado com banalidade. O quão egoísta é a raça humana, se sente especial, se sente mais do que os animais, acham mesmo que somos especiais em um Universo que é praticamente infinito para conceito humano. Talvez a raça humana acaba transcendo, e ultrapasse a ignorância e aprenda a viver com harmonia com natureza, e consiga sobreviver por tempo suficiente para evoluir, e não acabe se destruindo, nem seja destruída por causas naturais.
Cello Vieira
Para alegações extraordinárias é preciso provas extraordinárias
Carl Sagan
O cidadão que se distraiu ao atravessar a rua morreu atropelado pelo motorista que não podia se atrasar.
O Amor Morreu
Pensaram ser um simples mal estar
Diariamente era a tristeza a chamar
Ilusão de quem roubou seu coração
Tocando angústia como bela canção
A mentira cruel chegou para ficar
Na troca de corpos pegou seu lugar
O choro desprezado ganhou solidão
A vida de sonho virou traição
Seu bom coração não pode aguentar
Triste fim não se pode voltar
Nas mágoas da vida ele se perdeu
Infelizmente o amor morreu
Tudo que move vive,
Nem sempre dizer é certo
(“Maria ele morreu em movimento?”)
“Sim! Por uma bala dura
Que saiu de um canhão
Do homem da viatura pública que solta:
Bang, bang, bang”
(“como assim Maria?”)
Morreu-me
Morreu-me o visto como palavra,
luminosidade intercalada
pelo raio entre os azuis
com os trovões
Eis-me aqui por dentro: o que captei
fez com que eu perdesse um de meus centros
Um peso oco soa na cabeça
como um lamento
O homem morreu de fome. E quando já era tarde demais, serviram comida no velório. Não é metáfora. É o retrato do quanto as pessoas se importam... só quando já não dá mais tempo.
Todo mundo diz que vai ajudar, todo mundo jura que se preocupa, mas a verdade é que quase ninguém está disposto a fazer algo enquanto você ainda está respirando.
Preferem te aplaudir no caixão do que estender a mão quando você ainda podia ser salvo.
Gostam de parecer bons — não de fazer o bem.
Então entenda: se você espera ser alimentado pela compaixão dos outros, vai morrer com fome. E ainda vão dizer que você partiu em paz.
Em meu peito, seu nome escrito.
Memórias de um amor que cresceu e morreu sozinho. A felicidade já não parece tão próxima, e a morte não se parece com um pesadelo. Doente, quebrado, o quão desesperado estive para viver pensando em você?
Ore comigo.
Deus, por intermédio de vosso filho Jesus, que morreu naquela cruz por mim, agora Senhor, eu me entrego de todo meu coração, me arrependo Senhor de tudo que eu fiz, e sou, e desejo Senhor ser um novo ser, debaixo de sua misericórdia, e amor, me recebe Senhor, escreve o meu nome no livro da vida, em nome de Jesus Cristo meu único Salvador. Amém.
MORREU O FONSECA-VIVA MANUEL
Dos ares de S. Pedro de Paus
Do concelho de Resende
Banhado pelo Bestança
Que desmaia depois no Douro,
Veio em tempos uma criança
E a família como herança,
O seu mais puro tesouro,
Habitar no litoral.
Chegado o tempo de vida
De procurar companheira,
A sua amada querida,
Estandarte da bandeira,
Conheceu uma donzela
Adelaide, jovem bela
E a ela depois se uniu
Num amor puro e total.
Pelo Graça então Divinal
E desígnios do Criador,
Conceberam com muito amor
Dois seres, seus diamantes,
Vidas que lhes davam alento
No agora e no antes,
Em tempos de sofrimento.
Mas eis que toca a sineta
Que Deus escolheu por sinal
Quando quer na sua Messe
Gente muito boa e reta,
Veio, penso eu como mortal
E que Deus não me leve a mal,
Buscar o nosso Fonseca,
Mas deixando o Manuel vivo
E do alto desta caneca
Que com ele já não faz tchim!
Só te peço grande amigo
E sei que tu vais dizer sim,
Pede a Deus e sem castigo
Que livre todos do perigo,
Mas nunca peças por mim.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Muito Triste Por Escrever, em 30-07-2025.
Última Luz
A tarde morreu nos teus olhos.
Nem o céu teve coragem de dizer adeus.
O silêncio gritou entre os copos vazios,
enquanto tu partias sem olhar pra trás.
Fiquei com o som dos passos,
a memória da tua respiração
e um gosto de inverno na boca.
Tudo que era quente virou sombra.
A casa ainda fala teu nome
(mas agora sussurrando, com medo).
O espelho me nega a imagem de antes.
Como se o tempo tivesse me amputado.
E todas as minhas cartas
que jamais enviei
queimam sozinhas
no centro da minha alma.
Não voltas.
E mesmo assim, te espero
como quem espera
a última luz de um farol
sabendo que o mar
já levou tudo.
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