Poesia ou Texto Amigo Professor

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SAIA

Se a casa vai cair, saia...
Saia de calça ou de saia,
saia sem roupa, ou de cambraia
... Saia de mim, saia por ai...
Pelas ruas pelas praças,
saia de saia, em sua saia!
Saia d'aquela forma que ensaia
... Saia, pela praia.

Se a casa vai cair, saia...
Pode ir, não atrapalha!
Saia de óculos de sombrinha,
de binóculo ou de guarda-chuva
... Saia no sol, saia na chuva,
se todos agora estão de saia!
Saia da curva e das uvas
Saia com esses olhos de dormir...
Saia, saia já dai! Saia d'aqui!
Saia se tiver por onde ir...

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ESSE PRAZO

Eu preciso de tempo,
antes que me acabo, me de prazo,
para que eu possa, me ajuizar
nesse juízo de mandatos
que sem ouvidos, me arrastam
pelos meus gritos e castigos
pelos trilhos que estavam contigo
e pela leis desses proscritos.

Vida sem prazo, não é nada
... Enforcamento de tempo
afogamento d'água
me vejo molhado, sem asas,
em angustia, que arrasa,
mesmo sem lado, sou de casa,
n'essa brasa, que me aça
no estrangulo nesse fado
me sucumbo nesse enfado.

Meu prazo longo...
meu tempo passa,
vida me abraça, com essa brasa
ébrio me acha...
E eu, fico assim, n'essa cachaça
... Na incisão de prestação
de uma nação sem coração
quanta paixão!!!
Quantas bombas, nesse torrão.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

LAMBUZO DA PAIXÃO

Com pentagrama eu rascunhei
as notas envolventes da nossa paixão
e sob passos do meu peito
eu marquei os contra passos
do nosso amor,
e, induzido pelo seu calor
e dancei sob passos entrelaçados,
e laçados pelas notas do coração.

Uma vez no salão da sedução...
Enquanto o frenesi, elevava meu ego,
eu, rodopiei em seu chamego...
desfalecendo sobre seu corpo
e lambuzando-me sobre sua volúpia...
Eu pincelei amores que deixavam loco.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ESSE CLIMA

Seu moço... E esse frio...
Deixando todos roxos!
Frio, que mais parece rio,
congelando osso
tremendo pescoço.

Frio, frio que nem fio de navalha...
sepando o couro da cara
com esse vento insosso,
ah seu moço!
Poderia em vez de frio, calor...
Clima de colosso.

Um clima que todos
possam ir a praia
entrar na gandaia
nadar na água
e com pedaços de pedras
brincar atirando-a ao tempo
como se fosse piaba
saltando aos ventos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PORTA DO TEMPO

Tranque a porta, tranque a porta
... A pancada do coração a horta
quando passar pelo tempo...
tranque em ti os sentimentos
e a porta com seus momentos.

Não deixe as rugas passarem
nem o cansaço desse corpo
não deixe os olhos embaçar
por causa dos sentimentos locos.

Tranque a porta, tranque a porta
P´ra que deixá-la aberta...
Somente para atrapalhar!
Não vê que não se tem hora certa
quando a velha morte chegar.

Tranque a porta, tranque a porta
quando aportar as saudades
assim quando o passado passar
ainda deixará felicidade.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

MAR BRAVIO

O mar bravio estendeu,
o mar bravio estendeu...
Nas águas das esperanças
no amor de você e eu...

Eu joguei minha tarrafa
na saudade que passava
achei as malhas das lagrimas
e a esperanças, em fornalha.

Queimei de amor a distancia
... Que de ti me separava
me perdi, na vil lembrança
do abraço que nos faltava.

A mar bravio estendeu,
o mar bravio estendeu...
nas águas das esperanças
no amor de você e eu.

Sem você eu perco sono
e me afundo no pesadelo
sou ancora em abandono
pedra no desfiladeiro.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PAREDE VERDE

Parede verde...
Não tem folhas
não tem sede...

Parede verde,
é uma rede...
Para os olhos secos de cor
e sentimentos molhado de amor.

Eu vi a parede verde...
Sem ventos,
sem chuvas, sem rios
sem mares, marés...
Aroma de flores navios
sem amores...
Sem passarinhos e sem ninhos.

Parede verde, eu vejo...
Sem musicas de realejo
sem gosto e sem desejos,
tristeza que enseja...
aos olhos do sertanejo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Contrariedades

Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.

Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.

Sentei-me à secretária. Ali defronte mora
Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.

Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas!
Tão lívida! O doutor deixou-a. Mortifica.
Lidando sempre! E deve conta à botica!
Mal ganha para sopas...

O obstáculo estimula, torna-nos perversos;
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.

Que mau humor! Rasguei uma epopeia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais uma redacção, das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.

A crítica segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A Imprensa
Vale um desdém solene.

Com raras excepções, merece-me o epigrama.
Deu meia-noite; e a paz pela calçada abaixo,
Um sol-e-dó. Chovisca. O populacho
Diverte-se na lama.

Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim, por deferência, a amigos ou a artistas.
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.

Receiam que o assinante ingénuo os abandone,
Se forem publicar tais coisas, tais autores.
Arte? Não lhes convém, visto que os seus leitores
Deliram por Zaccone.

Um prosador qualquer desfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua "coterie";
Ea mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.

A adulaçãao repugna aos sentimento finos;
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exactos,
Os meus alexandrinos...

E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a combustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe humedece as casas,
E fina-se ao desprezo!

Mantém-se a chá e pão! Antes entrar na cova.
Esvai-se; e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a cantarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!

Perfeitamente. Vou findar sem azedume.
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas,
Impressas em volume?

Nas letras eu conheço um campo de manobras;
Emprega-se a "réclame", a intriga, o anúncio, a "blague",
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras...

E estou melhor; passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe a luz no quarto. Inda trabalha. É feia...
Que mundo! Coitadinha!

Inserida por pensador

HOMENAGEM À MINHA MÃE

60 anos já se passaram
Desde que uma noticia foi dada
Era o nascimento de uma criança
Uma menina abençoada

Deram-lhe o nome de Ana
Que significa "Graciosa"
Desde já ficou marcado
Na vida seria Vitoriosa

Frequentou pouco a escola
Pois precisava trabalhar
Mas nem por isso a sabedoria
Deixou de lhe acompanhar

Ajudava sempre os pais
E o esposo no que podia
Mesmo em tempos difíceis
Ao seu lado estaria

Nos filhos nem se fala
Em esperteza tinham "bacharelu"
Mas ela sempre os ensinava
Com palavras e com "chinelu"

Aos parentes,amigos e netos
Sempre estende sua mão
Com toda a inteligência
Refletida em gestos e ação

"A fé sem obras é morta
É morta a obra sem fé"
Verdadeiramente esse é o exemplo
Exemplo de Grande Mulher.

Inserida por eusouassim

DIA DE CASAMENTO(PARTE I)

Grandes não só na altura
mas também em pensamentos
Unidos por um objetivo
Hoje é dia de casamento

Olhares se cruzaram
Sentimentos também
Sentimentos quando em comum
Sempre se dão bem

O Amor que já não é contido
Precisa ser compartilhado
E diante de um Altar
Deve ser ofertado.

Inserida por eusouassim

TRISTEZA

As vezes ela chega e nem avisa
Quando percebemos já estamos a sentir
Ninguém sabe descrevê-la direito
Ninguém sabe seu modo de agir

Sua causa tem vários motivos
Alguns a sentem com facilidade
Um exemplo é se na vida
Surgir uma pequena dificuldade

Pessoas a sentem de modo diferente
Também depende da situação
Basta algo sair do ritmo
Que ela entra em ação

A tristeza é como doença
Pode deixar alguns de cama
Estes muitas vezes
Alguma lágrima derrama

Outros são mais reservados
Escondendo-a ficam a tentar
Mas não enganam os amigos
Que são hábeis em observar

A tristeza é delicada
Não devemos menosprezar
Devemos dá atenção
E seu motivo encontrar

Se prolongada demais
Pode trazer alguns problemas
Tanto físico como mental
Pois prende como algema

Mas de qualquer forma
Procure se vigiar
Pra quando ela surgir
Você corretamente a tratar.

Inserida por eusouassim

"" Não convêm abraçar o tempo, apertado demais
a estrada da vida segue o ritmo das estrelas
viver é desejo da alma
e a saudade ninguém explica
noites são desertos sonhadores
amores, formas de vidas que resistem
águas de março
nada têm a ver com o verão
hoje faz frio
quem sabe haja um bom lugar
para lermos aquele nosso livro...

Inserida por OscarKlemz

A CHAMA MAIS BELA DO AMOR
Profª Lourdes Duarte

De repente num momento fugaz,
Os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam
Luzes interior, resplandecem nos olhares
Dando afago para o amor que adormecia.

Como num sono encantado a fada desperta
Um amor que os corações não sentiam
Olhando o céu estrelado, a nevar
Braços enroscados se acariciam.

Frases lindas trazidas pela voz do amor
Sussurram aos ouvidos, casal enamorado
A luz interior resplandece como uma chama
A chama ardente, a chama do amor.

Rasgam-se as nuvens no céu estrelado,
Invade o peito, a vontade de gritar,
O amor nasceu forte e devassador,
Ardente, a chama mais bela do amor!

Inserida por lourdesduarte

SEU FILME

Olhos, olha... Olhem?!
Vocês estão sendo filmado...
De cima,
de baixo
do alto
do lado...

Para cima concreto
para baixo asfalto
paredes... Muros em sua volta
quanto tato se perdeu...
Observem, o que não é janela
é porta.

Mundo gago
mundo sarro
mundo te engole...
Não faça corpo mole,
não tente seu escapole
se escorregar, não corre
se cair, morre.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O POETINHA E A RÉGUA

O poetinha acordou
Tomado de inspiração
Quis abrir o coração
A tudo o que lhe acontecia
Quis dizer do sentimento
Da dor daquele momento
E tudo o mais que sofria

Pegou a régua o poetinha
E passou a medir os versos
Passou a contar as rimas
Que corriam no papel
E quanto mais ele contava
E quanto mais ele media
Bem mais a rima escorria
Em inspirado cordel

Mas o poetinha, coitado
Desejava ser letrado
Sonhava em ser publicado
No mais famoso jornal
E até quem sabe um dia
Entrar para a academia
E ter da sua poesia
O aplauso universal

Metrificou cada verso
Enquadrou a redondilha
Enfiou uma sextilha
Escreveu um alexandrino
E pra mostrar que era bom
Esquadrinhou cada som
Findou com um tom sobre tom
O seu trabalho mais fino

Seu poema magistral
Logo saiu no jornal
Ficou famoso afinal
E convidado à academia
Envergou o seu fardão
Seguiu toda a convenção
Mas no fundo do coração
A sua alma sofria

Era a poesia que gritava
Chorando por liberdade
Pois o poeta covarde
A mantinha acorrentada
Presa em vil estrutura
A sua essência mais pura
Perdia toda a formosura
Estava metrificada

Então o poetinha entendeu
Que o verso não era seu
E aquilo que escreveu
Não era da sua lavra
Ou era, mas não dizia
De verdade o que sentia
E que a verdadeira poesia
Não mede suas palavras

E ele jogou fora a régua
Quebrou a calculadora
E a poesia avassaladora
Lhe chegou em inspiração
Passou a noite escrevendo
E com o dia amanhecendo
O poeta foi reaprendendo
A escrever com o coração.

(Joseli Dias)

Inserida por joselidias

SE ACABOU

Ele foi de tal enfarte
ou na parada cerebral...
AVC levou a marte
em nave estomacal.

Dor no peito, de jeito
circulação toda tona
pressão e seus trejeito
futuro que te arromba.

A noite te foi insônia
manipulada cafeína
fantasmas e suas sombras
ao amanhã desanima.

E esse colesterol...
com a banha que arranha
saúde em bi menor
o coveiro faz barganha.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DISFARÇADO

Minhas pernas tremulas,
na taberna, beira
Inverna, anima
poemas e rimas
assina, assassina mina...
Na sina que ensina.

Sina que condena
milhares, centenas
com sua antena encima
sem pena sem medida
pela vida, plena mídia
treina, trena na despedia.

Treina, penas para cima
renas para baixo
Uma novena em março
uma trova em cacho
na arena, remo rema...
Canoa, resma remado
reinado todo cansado.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DISFARÇADO

Minhas pernas tremulas,
na taberna, beira
Inverna, anima
poemas e rimas
assina, assassina mina...
Na sina que ensina.

Sina que condena
milhares, centenas
com sua antena encima
sem pena sem medida
pela vida, plena mídia
treina, trena na despedia.

Treina, penas para cima
renas para baixo
Uma novena em março
uma trova em cacho
na arena, remo rema...
Canoa, resma remado
reinado todo cansado.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TABAQUE DA SAUDADE

O tempo sob meus dias
esvazia a revelia
bom dia... Boa tarde!
Meu amor, quanta saudade!
Me invade, quando de balde
Frenesia, frenesia... Quem diria!
que um dia, de saudade
... Eu morreria

O tempo sob meus dias
as lembranças são escape
e no tabaque da verdade
coração pulsa aos baque.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SOBRE MESA

Sobre mesa,
sobre a mesa...
Jogo sobre toalha,
palha, pala empala,
que me valha a peleja
com framboesa...
E com frutos grená de cereja.

Sobre a mesa...
Essa prosa,
que me empolga,
empalha e me embala
talha-me, e coalha a cara...
Nessa minha vida de farra.

Sobra a mesa...
Minha galha,
escangalha a minha falha
a vida então me baila
e sentimentos me ampara.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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