Poesia ou Texto Amigo Professor
NÃO QUERO FLORES
Flores ao morrer?... Não!
Eu não quero flores ao morrer
morto não poderei sentir perfumes
muito menos ver
Se não pode me mandar flores...
Enquanto vivo morto... Pra que?!
Flores e sorriso?
Sim, sim eu preciso
... Preciso enquanto estou vivo
Morto não terei alegria nem prazer
também não poderei agradecer
então não!...
Eu não quero flores ao morrer.
Antonio Montes
AO LÉU
Um choro na noite
no amontoado lixo
um cão, há se fosse...
Seria um feitiço?
Apena um inocente
para a morte jogado
atirados aos braços
de uma vida um fado.
Nem sabe ao que veio
e o que fazer agora
sobre frio e reio
sua alma triste, chora.
Não conhece o mundo
nem os beijos gerado
ao nascer por segundo
teve o peito minguado.
Antonio Montes
VERÃO NO CERRADO
Um vento seco, no sertão ressequido
Mas, o céu está úmido, está aquoso
As nuvens cavalgando no azul vívido
As aves (andorinhas) num voo gostoso...
Pontilhando o céu com o seu colorido lívido
Ao som das cigarras num canto preguiçoso
É o verão dando as caras no cerrado árido...
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
PASSADOURO
Minha chave não trinca, as trincas do aqui
pois no buraco de trincar, não pode abrir,
se a minha chave trincasse, as portas de mim...
Talvez o mundo falasse antes do meu partir.
Mesmo assim, vou levar as chaves por onde ir
tentarei, abrir portas, caminhos, aonde andar
se nos riscos da vida eu não saber discernir
então saberei, que na verdade, não sei amar.
A minha chave, foi feita para abrir a solução
com ela quero abrir, os portões do jardins florido
se lá eu não encontrar a flor do meu coração...
Então saberei que vivo no mundo de atrevido.
Abri noite, porta da lua e as janelas das estrelas
o eco escuro para o urro do lobisomem passar
abri, meu sorriso de sentimento para vela
e o jardim do meu perito, para viver e te amar.
Antonio Montes
EREMÍTICO
Para não esta sozinho...
Rascunhei seu nome,
em um, pedacinho de papel,
lendo ele, eu imagino você
... Imagino o seu sorriso, o seu olhar
ouço a sua voz e o seu sussurro
... Meu Deus, é tão meu esse amar...
Quanto querer!
Penso até, que para esse mundo eu vim
somente para amar você.
Para não esta sozinho...
Escrevi seu nome,
sobre os grãos de areia da minha praia
ao lado dele eu fiquei a noite inteira!
E sobre a densa escuridão da noite
... Eu vi a lua sendo iluminada pelo sol
da mesma forma em que você me ilumina
quando estou sob sombras,
mais abscuras da minha vida.
Ali eu vi as estrelas cintilar sobre o céu
assim como você brilha no meu amor,
mesmo estando curtindo as ondas de solidão...
Ali na beira do mar, com o seu nome,
eu estava sentindo você e presenciei
... As minhas lagrimas dissiparem
sob espumas das águas...
Eu vi as águas do mar,
banhando o nosso amar.
Antonio Montes
ARDIDO GOSTO
Destampa a tampa preta e cheira,
cheira o cheiro da pimenta malagueta
... Ardida picante, coisa louca na boca.
Verdadeiro mal gosto de gosto...
Pelos sentidos, sentidos nos ouvidos
estonteante, ardido, atrevido.
É... Não se acanhe com essa lagrima...
passe a língua, pegue o gato se arranhe,
esta com saudade de mamãe?
Antonio Montes
AS PRAGAS
Seu Stenio...
se não for abusar da amizade
o senhor me traga da cidade...
Um vidro pequeno,
cheio e veneno?!
É para eu aqui, matar as pragas
que tragam com atrocidade
tudo aquilo que plantei.
Estão sucumbindo toda lavoura.
Já terminaram com as beterrabas
agora, destroem minhas cenouras.
Antonio Montes
MAR E BRUMAS
Pintei o mar colorido
de vermelho como sangue
um oceano rebojo e revolto
outra hora, um mar morto
com triângulos e brumas...
E um desande que se expande.
Então pintei como folha
em tons verde de esperança
um mar com andas e bolhas
saltando pelas longas praias
como se fosse criança.
Ai, colori de azul
assim, igual as cores do céu
e com a sua mare cheia
as águas em aranzel
as espumas nas areia
e suas partículas ao léu.
Antonio Montes
Qual a diferença entre a mansão e a casa simples, se elas não forem habitadas com amor, se em uma delas faltar saúde a algum morador, se a alegria de viver der lugar a brigas e discórdias
qual o valor de bens que ostentam riqueza, se no coração não houver caridade, ou pior, se ele estiver impregnado de inveja.
qual a diferença entre uma e outra no azul do céu, nas estrelas que se vê da janela, na grama fresca do parque, no sorriso de um filho.
assim como o ouro enfeita a vida, as flores amenizam e perfumam a morte.
o luxo também será em parte lixo, assim como o pão não permanecerá fresco para sempre
a verdadeira riqueza está além de bens materiais...
VARREDURA
Que as vistas... Invista
com troços e o binóculo
n'aquilo que esta por baixo
ou naquilo que esta, por cima da pista.
Que na mira, passe o pente
com óculos ou sem óculos
para traz ou para frente
assim como o ato de invólucro.
Não como se fosse um pêssego
ou um pente sem dentes, vesgo...
Escravo manipulado com seus apegos
na fricção repentina dos seus dedos.
... Mas de repente aqueles pente fino
dos olhos de tiros, de uma águia gaga
que com seu voou, arrasa e extravaga,
não passa despercebido ao olhar do menino.
Antonio Montes
BRASEIRO
Quero tinta, tinteiro
para escrever ao mundo inteiro
colorir, esses desejos de amor.
Assim, tão puro e verdadeiro
vou rascunhando toda a felicidade
e atirando ao léu, toda forma de dor.
Não quero com isso...
Escrevinhar a tão falada esperança
e pontuar a verdadeiro botão de flor.
Com firmes pinceladas de confiança
desenharei orvalho e amanhecer do labor
e a goteira do oitão, serenando o coração.
Quero tinta, tinteiro
braseiro de um corpo inteiro
a queimar a volúpia de minha paixão.
Antonio Montes
BENEFICIO DO FIM
A morte perdeu a fala
em meio a sua mimica
fez careta a sua dor,
e com gestos e protestos...
Fez a sua despedida
aterrando-se ao lado
escuro da vida.
Às vezes a morte vive
... Vive para ser...
explorada, aclamada
tilintada pelos dotes da vida
ou para comemorar os bens
que não levaste com seu
ultimo suspiro.
Outras vezes...
para ser lembrada, relembrada
marcada pelo dia do fim...
Ou demarcada ao tempo
em que esteve aqui.
Antonio Montes
CABEÇA DE ALHO
Estou de olho e até surpreso
com a cabeça de alho
às vezes, eu fico preso.
Ela não coça a carcaça
e nem, carrega piolho
não embaralha o baralho
nem se deixa de molho.
A cabeça de alho, é a cabeça,
que se o povo tivesse...
Não teria encalhos
não armaria arapucas,
com as suas deixas
e nem pregaria talhos,
com suas madeixas.
O povo...
Não tem cabeça de alho
e vivem a se embaralhar
com seus reles baralhos.
Antonio Montes
CATA DUM AMOR (soneto)
Na cata dum amor, amor busquei
Em cada olhar, um olhar de rogo
E na sorte de tê-lo, em ter afago
Se tudo preciso novamente farei
Então constatei, que não é jogo
Ele acontece, é destino, eu sei
E em cada dia sempre acreditei
Na chama, que na paixão é fogo
No ser um amor sem fim, estarei
Sempre de prontidão, no epílogo
No destinado. Pois por ele ideei
Na conquista o que vale é diálogo
O amor é mago, gesto, nele saudei
A vida, pois é essência no âmago...
Luciano Spagnol
03 de dezembro, 2016
Cerrado goiano
SONETO ENDEREÇADO
Este é um soneto endereçado ao amor
Que redige na flor o doado nascimento
E nas estrelas segredos em sentimento
No imenso palco, a vida, ventura maior
Se a imperfeição influência detrimento
Sob o mesmo céu, sob o mesmo clamor
Nela também, brota um olhar acolhedor
O que se faz perfeito e um complemento
Quando penso que tudo nele é só primor
Há bravatas, desculpas apenas, momento
Também tem dor, que cessa o sonhador
Porém, amor que é amor, é sacramento
Não é vaidade, e sim, um transformador
Se de ti roubar, tente o mesmo fomento
Luciano Spagnol
2016, dezembro
Cerrado goiano
A vida é Ferreira e tão sinGullar
A dor é o que te faz sofrer em dor ou a amplitude da razão sem ser
Perder é transferir a conquista do nada para coisa alguma colher as flores que não plantou
Tristeza é "Ferreira" a perda de tão singular pessoa que na arte fez a virtude do escrever e transformar amor em terra pátria.
Iluminação do poeta e tantas outras virtudes de um genial gesto de sua alma alada num céu de flores refletidas no pântano reluzente
Segue seu trilhar com toda poesia és e sempre será a construção da invenção do bom e belo olhar poetizar o mundo e semear sementes propulsão dos ventos soprados em brisa de seu falar gestual
Ferreira Sim Gollar esta é sua expressão sua intensa maneira de ser referência nos trejeitos de sua escrita prazerosa leitura verdadeira modernidade com sabor de letras de macarrão e luar num dia de Sol
Tristeza é a inspiração da poesia é a arte do arteiro que transforma tudo de todas que forem as formas concretas ou bizarras a fervura da alma artista reflete os tons das cores e sabores que traduz as flores com cheiros ou odores és tão singular.
Pra onde vai Ferreira Gullar, pois estás em tudo e pra sempre não haverá um só dia sem que a poesia traga seu nome ao ser homem trazer o artista em um lindo ensaio traduzido em língua e linguagem sabor e saudades.
Hélio Ramos de Oliveira a vida é Ferreira meu amigo poeta tão sinGullar.
CABEÇA DE VENTO
Cabeça de vento
voando aos sonhos
não pousa em seu tempo
nem vive tristonho.
Vaga aos sorriso
sem que sem pra que
com pouco juízo
sorrir pra valer.
Cabeça de vento
não pensa em mandões
não vive atento
e faz seus bordões.
Não preocupa com voto
nem com o amanhã
vive o hoje devoto
o seu tempo é divã.
Antonio Montes
HOMOCROMIA
Ao comando de uma voz...
leva se elevas e galga, léguas
atira se atira e arranca as tiras
projeta flecha nas fresta e nos caminhos
assina e determina a própria sina
sacode as ordens as desordens...
Ativa o tino dos assassinos
Ao comando de uma voz...
Atira-se ordens voraz
projeta dardos do sul ao norte
desperta pesadelo e a peleja
edifica favas, e as igrejas
passa, calote e o trote
e acorda o ódio, para morte.
Ao comando de uma voz...
Se ama se esgana, engana
ganha grana edifica gana
bota carranca e desengana
voa livre, e perde as asas
se tranca nas trancas da casa
aperta se aperta e se esgana.
A voz... Determina os fortes
recebe os bons e os fracos,
não burla os ventos...
Mas comanda pensamentos
polui todos os sentimentos
e camufla obedientes no saco.
Antonio Montes
CABELOS
Cabelos tê-los, sem apelos
com cascos,todos cheios
despachando,belos zelos
sem permeação dos meios.
Solto... Aos ventos espatifados
amarrado com fita, penteado
feito cocó,estiradas tranças
esbanjando simplicidade
ou esperança de uma criança.
Cabelos ao tempo na tinta preta
cabeça descabelada sem nada,
despenteada lenta,aos ventos...
Caretas palhaços rindo voando,
no tempo tudo, no mundo, fado.
Antonio Montes
CARLOTA
... Carlota de roda
que roda ao rodar
Voando por baixo
sem asas no ar.
Com odômetro que marca
esmurrando seu tempo
agrega quilometro
sem nunca voar...
Carlota de roda
faz vento e soprar
saudade, levou pra lá
sem nunca chorar.
Já levou o amor
no passeio do amar
maltratou, confortou
já correu, foi buscar.
Carlota de rodas
já fez meu sorrir
com essas margens florida
avistadas daqui.
Antonio Montes
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