Poesia os Dedos da minha Mao
JÁ NEM SEI
Não sei se sou eu que grito
Ou roubei a voz de alguém
Se a dor que sinto é minha
Ou sofro por outra pessoa
Já nem sei se sou dona dos versos
Ou eles são donos de mim
Como é duro ser poeta
Que se afoga nos próprios versos
Ora chora
Em outra ri
Se esvai em grãos de areia
Renasce da folha morta.
MINHA RAINHA.
Quem te acompanha sempre
Que cuida de ti desde antes da luz,
Que te acompanha até no momento da cruz.
Te acolhe desde o primeiro choro,
Te acompanha até o último suspiro.
Da lágrima ao sorriso,
Do sussurro ao grito,
Ela sempre está contigo.
Guerreira: assim pode ser classificada,
Poderosa: assim pode ser denominada,
Mãe: assim pode ser simplesmente chamada.
Ela vence até o maior medo por ti,
E, se feliz não está, ela é capaz de sentir,
Ela olha para ti e faz-te sorrir,
Como n'uma simples canção de amor,
Que, por maior que seja a dor,
Não aceita tipo algum de rancor.
Ela é mãe... única e insubstituível,
Mulher batalhadora de força incrível,
De beleza inigualável.
Ela merece tudo de melhor,
Ou, ainda melhor,
Ela merece o melhor de tudo.
A rainha de espada e escudo,
A guerreira de coroa e vestido.
A primeira mulher da tua vida,
Que está contigo por onde quer que siga,
E continuará independente do que diga.
Sua maneira singular é sempre mantida,
Ninguém é capaz de copiá-la.
Mãe... se eu pudesse, neste momento, fazer um pedido,
Se eu tivesse uma lâmpada do gênio,
Que você vivesse comigo para sempre, seria o meu desejo.
Minha Bagunça
Desculpe a bagunça da minha vida
Não imaginei receber visita
Principalmente nessa hora
Que tanta água cai lá fora
Mas o que te traz aqui ?
Já deseja ir ?
Não é sempre que alguém entra
E me traz boa presença
Mas se quiser faço um chá
Para a gente relaxar
E enquanto a água cai
Toda preocupação se vai
E quando a água parar
E o tempo se acalmar
Você pode partir
Para onde quiser ir
"Gosto do gosto da tua boca não somente na minha saliva
Sua boca tem gosto de estrelas
E estrelas nas nossas noites meu bem,
excita meu universo sem fim!"
Elisa Salles
ITINERÁRIO
Hoje eu escolhi o caminho mais longo.
e deixei ser apenas um cisco
o objeto da minha distância.
Hoje eu quis ter asas e romper setembro.
como icaro querendo morada no sol .
Mas como fugir daquilo que levo por dentro?
se sempre me perco entre prédios famintos ,
engolidores de gente.
Com suas sombras gigantes
e suas solidões geométricas.
VIDA ALHEIA
Vivia a tua vida
Não a minha
Sonhava teus sonhos
Esquecia dos meus
E assim vou deixando
De voar, para preso ao teu lado ficar
Por vezes até tentava voar
Voava...
Não ia longe
Talvez com medo de me perder
Ou de nunca mais querer voltar
Até que um dia, resolvi voar...
Fui longe, conheci a liberdade
Tomei outra rota, uma nova direção
Achei os sonhos perdidos
Ou esquecidos no tempo
Nunca mais vou deixar de voar, voar...
Não veja como ingratidão
Fiz o que dizia meu coração
" Teu cheiro
Ah!! que loucura
foi minha procura
meu Armagedom
teu cheiro
eterno poema
flor no alto da serra
teu cheiro
odor que embriaga o meu coração
Você sente quando olho com ameaça de fazer
o que penso e que revelo no meu gesto de roer
As minhas unhas com nervoso de emoções ,
na ânsia de sentir o teu perfume e te beber
Direto da tua boca os teus amores de ilusões
CELA DE SALA
Enclausurado em minha sala
eu vejo TV
vejo TV e me acorrento na tela
... Sou um preso dessa esparrela
que me atrela em cadeados
e correntes , d'essas mentes
que mentem...
Desses olhos que sentem, e
essas bocas que se dizem crentes.
Enclausurado em minha sala
recebe palmas do nada
e continuo preso...
Nessa cela espalmada,
entre quatro paredes e um ar
um sofá para imaginar...
E a vontade doida de voar.
Antonio Montes
És minha!
...E não te atrevas
a buscar astros
em quaisquer outros céus.
Deixe que te ame
e te farei
a minha estrela de maior grandeza.
Mas és minha
Minha rainha e
meu sublime amor.
Então meu bem
não me peça nada...
Ordena e
ama-me apenas,
com minha cabeça posta no travesseiro de penas.
Doce, inocente e amorosa
Incógnita de mim mesma
Livre de alma para ti.
Somente para ti...
Eu,
que já nem me sei mais,
me deixo ser tua.
Sem véus
Sem segredos ou medos.
Pertencendo à ti,
me liberto!
Ah, meu bem. Meu doce bem...
Se soubesse o quanto desejo o seu colo
O quanto espero colar minha pele à sua
Ouvir sussurrar meu nome nesta voz rouca
Que me deixa louca!
Anseio com desespero pelo gosto da sua saliva
Pelo calor do seu abraço que poe luz na minha vida
... Se soubesse,
chegaria cedo,
me traria um buquê de margaridas
só para me encantar...
Mas não sabe não é?
Mas não é por não saber
ou por fingir não ver, que o amarei menos.
Te amo pelo bem que me faz ama-lo
... Desejo-o pelo simples prazer
de amar você.
Saudades de você minha amiga
Garota, seu lindo olhar
Incendiou meu coração
Sequestrou meu pensamento
Libertou minha inspiração
E num momento perfeito
Não sei explicar direito
Era tipo ficção
O sol tocou sua pele
Revelando seu sorriso
Era igual ao paraíso
Que descrevi num poema
Sua mão macia e pequena
Escondendo – se no moletom
Sua voz em afinado tom
Que dominava o espaço
Fez – me querer seu abraço
Que de tão apertado é bom…
Quanto mais o sol subia
Mais mostrava o seu brilho
Já me via fora do trilho
Toda vez que tu sorria
Abrilhantava meu dia
Trabalhava mais contente
Torço muito pra que a gente
Volte a se encontrar um dia…
Mando-te neste cordel
Um abraço carinhoso
Bem forte e bem gostoso
Com um sabor de saudade
Para que nossa amizade
Dure o século todo...
Minha vida foi andar,
Pelas estradas da vida.
Pelos caminhos que eu passava.
Construía meu ninho.
Curtia rock e bebia vinho.
Hoje em dia vivo de história.
E o rock ficou na memória.
GRITO LITERÁRIO
Na minha cabeça.
Palavras e letras. Misturam-se.
Sem parar, minha arma.
É o livro na mão.
SINAIS DO AMOR
Depois do dia em que seu adeus tornou-se
um ponto.
A minha paixão, veleja pela... Reticência
da vontade e a saudade do meu eu,
cavalgando pelos dois ponto: Tentando
agregar ao nosso passado, não quero saber
de ponto e virgula; Muito menos de Calígula
espezinhando meu caminho.
O meu sonho é virgula, velejando por esse
verde oceano, e os meus braços estão se
abrindo como se fossem parênteses (Para te
isolar sob meu peito) e lhes manter em meu
colchete {} divagando sobre nossas []
barras de aconchegos.
Meus olhos choram serpenteando o travessão
_ Ambos almeja o perpendicular e o enfatizar
das aspas " " d'essa estrada.
Depois do dia em que seu adeus, tornou-se
um ponto.
Quando cai a noite eu ergo os olhos para o céu
e faço uma exclamação... Meu Deus... Quanto
te amo! E tudo se torna um interrogo do meu eu
Meu amor quanto te amo! Volte, me de a sua
mão? volte para mim, volte para essa paixão...
Volte e traga-me o seu coração.
Antonio Montes
CÁCERES DA SAUDADE
A saudade cárcereira
que instigou minha paixão
atiça os sonhos como feira
esse cubículo é uma asneira
apedrejando meu coração.
Cavalga sobre a vontade
arco e flecha, meu avexo
trepida o amanhecer
sem direito ao espairecer
do segredo e do confesso.
A saudade enclausurada
fisga-me em quatro paredes
no meu peito ela faz cáceres
do sonhos uma ampla rede
do meu futuro, grande cede.
Estou dentro, estou fora
desse mundo emparedado
viajando por todas as horas
esse quadro me apavora
pelo amor teleportado.
Antonio Montes
As Profecias
Esses CDs em minha estante que cantam canções tão antigas acertaram em cheio como uma profecia e sua palavra cumprida.
Os versos que outrora falsos, vivos apenas para tocar o sentimento nas almas transeuntes, se tornaram reais como se fosse as palavras de um vidente.
Seria meu futuro predestinado?
Talvez escrito em papel dourado...
Talvez cantado...
Recitado em prosa!
Eu não sei, talvez.
E quem é esse cantor, escritor, poeta, pregador, profeta que insiste em me desvendar?
Deve haver algum livro em verso escrito os dias futuros meus.
Se houver este livro, rasguem a página final.
Afinal, quem escreve minha história é Deus.
Minha história já está no papel faz tempo, mas apenas os dias passados e em todo verso eu tenho que dizer...
Foi escrito, foi sentido e é tudo isso que eu tenho a dizer!
- Igor Improtta Figueredo
Céu infinito
que dá cordas
no meu coração
e azuleja
a minha alma
por favor
acerta os ponteiros
do tempo
do verbo
"pluriamar" .
ESPELHO DA PIA
De manhã cedo ao acordar...
O espelho da minha pia, me espia
... Me espia mostrando-me
a pilha da minha insônia
as rugas medonha da minha idade
e a casa da minha vergonha.
Me espia, mostrando-me...
A juventude guardada na saudade
o tempo que não vejo
os segredos dos meus desejos
as mentiras inclusas da verdade.
De manhã cedo ao acordar...
Como se fosse um bedelho
o espelho da pia mostra-me...
Os sonhos velhos de festas
a planície na minha testa
os buracos do meu amanhã
a queda dos cabelos...
e as duvidas do meu divã.
Esse espelho da minha pia,
é mesmo...
O refletor da minha agonia
... A peia do meu acordar,
o chicote do meu dia.
Antonio Montes
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Frases de Raul Seixas para quem ama rock e poesia
- Eu sou assim: frases que definem a minha essência
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados