Poesia Operarios em Construcao

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⁠... Nos versos, a vida está escrita
por poetas que acreditam na realidade dos sonhos
e na complexidade do simples.

Inserida por Ruptura

⁠Dádiva

As minhas asas deixei,
por entre as árvores passei...
Em todos os oceanos nadei...
Por sobre as pedras voei...
Meu segredo não saberei,
não sei ao certo se sou anjo,
ou humano...
Se sou poeta ou anônimo,
se sei, ou não sei...
Se são conceitos ou liberdade para novos sonhos.

Mas se lhe digo que te amo, acredite...
Se estou contigo, confie...
Se sou presente, é porque sua presença me fascina...
Se inventei, eu inventei novamente...
Não estou aqui para ser fraco ou forte ...
Quero ser real na não-realidade...
Ser desejo por não existir, e por existir você desejar...

Por sobre as flores lembrei...
Lembrei de você... Novamente, eu lembrei de você...
Se aqui estou, é porque na alvorada conquistei a minha dádiva.
Decidi por não ter asas, para permanecer aqui e poder te amar...
Os dias eu vencerei...
E os meus segredos contigo, dividirei.

Inserida por Ruptura

⁠Estranho seria se os dias fossem apenas dias.
Desconfio de tudo, eu sei,
mas acredito que existem coisas que nos fazem bem.
E, nesse jeito maluco de ser, quero todos os dias aprender,
vivendo com intensidade,
preservando sempre a sinceridade.
Estranho seria se não existisse a poesia.
Ser diferente, desejar o "pra sempre",
expressar um sorriso de felicidade,
e um olhar sem maldade.
Fazer surpresas, demonstrar carinho,
acreditar em um único sentido.
Que o mundo tenha mais dias desiguais,
que existam flores, e, independente do que for,
cada momento seja tempo de amor.

Inserida por Ruptura

⁠Onde estão as flores?
Que sonham com o ideal.
Buscam uma vida sem igual,
desejam viver sem idade
e valorizam sua raridade.
Que transformam este mundo em verdade,
sem se deixar levar pela maldade.

Onde estão as flores?
Que acreditam no bem,
que existe alguém para ir mais além.

Onde estão as flores que brilham os olhos,
com flores.
Que vivem no mundo real,
sem deixar que as pessoas
destruam sua realização pessoal.

Inserida por Ruptura

⁠PAPEL DE MUSA
.
Minha adorada e inspiradora musa
Preciso urgentemente da sua ajuda
Porque a escrever a intuição me compele
Quero abordar o nosso amor sem limites
Mas por ter acabado o meu papel sulfite
Terei que escrever sobre sua pele.
.
Sobre esta testa escrevo
O maior dos meus desejos
Com letras garrafais:
‘Este local é exclusivo
Como lousa e abrigo
Deste poeta e de ninguém mais’.
.
Nestas bochechas rosadas
Deixo as seguintes palavras
Gravadas com simetria:
‘Aqui só tem permissão para beijar
Aquele que sabe me transformar
Em tema para as suas poesias’.
.
Nestes seus lábios carnudos
Com verbetes minúsculos
Deixo um recado meu:
‘Afaste-se destes lábios doces
São dela, mas é como se fossem
Deste amante que neles escreveu’.
.
Neste aveludado pescoço
Sem querer provocar alvoroço
Escrevo ousadamente assim:
‘É aqui onde está o segredo
Para romper da minha musa o medo
E fazê-la se entregar para mim’.
.
Entre estes lindos seios
Escrevo com certo receio
De ser malcompreendido:
‘Estes são os dois culpados
Por eu ficar descontrolado
Diante da minha libido’.
.
Sobre esta barriga
Branca, macia e lisa
Escrevo delicadamente:
‘Não se aproxime deste lugar
Porque é aqui que brotará
A minha secreta semente’.
.
Nesta sua área mais íntima
Registro uma declaração mística
Escrevendo a seguinte mensagem:
‘Este é o meu tapete voador
No qual me acomodo com amor
E levito em emocionantes viagens’.
.
Nestas coxas torneadas
Deixo para sempre gravadas
Estas palavras nas partes internas:
‘Adoro os abraços dos seus braços
Mas eu perco as forças e me desfaço
Ao receber abraços das suas pernas’.
.
De repente ela abre os seus olhos lindos
E percebe que no seu corpo despido
Não existe nem sequer uma letra
Mas isso não a entristece
Porque em pleno êxtase reconhece
Que fiz dos meus lábios uma caneta.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

⁠FOLHAS SECAS DE OUTONO
.
Caiam folhas secas de outono
Sobre a terra avermelhada
E no mais repousante sono
Num mundo livre sem dono
Suspirava a moça apaixonada.
.
Ela viu chegar um lindo cavaleiro
Montado num cavalo branco
Ele a arrebatou por inteiro
E sobre o animal faceiro
Saíram a passear pelo campo.
.
Milhares de pássaros entoavam canções
Os jardins estavam floridos e perfumados
Não existiam as quatro estações
E ela sentiu muitas palpitações
Quando percebeu que o cavalo era alado.
.
Lá do alto ela via as serras
E as nuvens que as cobriam
Via também escorrendo pela terra
Alimentando as plantas e as feras
As águas que nos rios corriam.
.
Ao pousar sobre uma colina
Nos braços ele a tomou
E olhando para cima
Viu-se refletida na retina
Do homem que a conquistou.
.
Ela não resistiu aos encantos
E se deixou beijar pelo amante tão hábil
Mas acordou em prantos
Ao perceber que foi o vento brando
Que jogou folhas secas sobre os seus lábios.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

⁠ZUMBIS
.
Enquanto um menino sonha ser craque
De futebol outro usa pedras de crack
Para se imaginar alguém feliz
E assim surgem times nos campos
E nos guetos das cidades entretanto
Surgem legiões de zumbis.
.
São seres cujos corpos caminham
Enquanto suas mentes definham
Os transformando em armas vivas
Que para satisfazerem o vício
Fazem uso de qualquer artifício
Chegando até mesmo a tirar vidas.
.
A polícia com rigor os persegue
Usando bombas e cassetetes
E às vezes até os mata
Tal estratégia parece eficaz
Quando este procedimento se faz
Não contra gente, mas contra baratas.
.
Estes zumbis que nos assustam
Nos tornam reclusos e nos furtam
Além do dinheiro a liberdade
Têm que ser retirados do convívio social
Criminosos na cadeia, viciados no hospital
Para que as ruas voltem a ser da sociedade.
.
Quero viver sem medo do perigo
E ao encontrar jovens reunidos
Sob o escaldante Sol
Sentar-me tranquilo na calçada
Apenas para ver a criançada
Jogar mais uma partida de futebol.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

⁠BATALHA DAS IDEIAS
.
Eu também quero me manifestar
Contra o que está a me incomodar
Neste País e também no Planeta
Uns marcham com gritos de guerra
Outros brigam como se fossem feras
E eu me manifesto com a caneta.
.
Criticamos os desvios do erário
Nas construções dos estádios
De futebol para a Copa
Mas só tem direito de criticar
Aquele que se põe a gritar
Estando do lado de fora.
.
Todo aquele que vai às arenas
É conivente com a triste cena
Do roubo do dinheiro do povo
Quem grita das arquibancadas
Não tem direito a mais nada
Além de considerar-se um bobo.
.
Eu quero um País sem corrupção
No qual a pacífica população
Possa ter acesso às riquezas
Traduzidas na saúde, educação
Segurança, transporte, recreação
E ao bom alimento na mesa.
.
Mas rechaço o oportunismo
De podres partidos políticos
Que promovem a baderna
Transformando as manifestações
Cheias de boas intenções
Em verdadeiros cenários de guerra.
.
Todo ato violento deve ser reprovado
Seja ele do povo ou do Estado
Para que a vitória se eternize
Porque as lutas inteligentes
Fazem surgir nas mentes
As mais profundas raízes.
.
Grite nas ruas e sussurre aos ouvidos
Ideias que criem conceitos definitivos
Mas que a nossa luta seja harmônica
E se lembre que a arma mais eficiente
Para mudar o que nos faz descontentes
É a poderosa urna eletrônica.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

⁠MACHADO DE ASSIS
.
Joaquim Maria Machado de Assis
Mulato carente em cuja cerviz
Pesava o opróbrio do preconceito
Filho de pais pobres
Mas dono de talentos nobres
E de originais conceitos.
.
Criado pela madrasta
Suplantou a dor da desgraça
Da perda da mãe querida
Frequentou a escola pública
Mas sua sabedoria única
Adquiriu na escola da vida.
.
Aprendeu francês e latim
Exerceu atividades sem fim
No universo da cultura
Mas o seu maior legado
Para sempre ficou gravado
Nas páginas da literatura.
.
Foi jornalista, contista
Cronista, romancista
Poeta e teatrólogo
E na fundação da ABL
Foi distinto cerne
E mentor do seu prólogo.
.
Chamava-se Carolina
A musa que inspirava as rimas
Dos seus versos de amor
Ela foi a sua obra mais perfeita
Mas que cometeu a desfeita
De morrer antes de seu autor.
.
A saudade abreviou os seus dias
E os textos que ele escrevia
Não o acompanharam ao cemitério
Ficaram espalhados como a fumaça
Que subia das fogueirinhas da casa
18 da Rua Cosme Velho.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

⁠VERSOS E AMARGURA
.
Se de mim retirassem os enganos
Em mim apenas acertos restariam
Seria um poeta de versos levianos
Que como bolas de sabão se esvaziam
Prefiro ser alguém cujas conjecturas
Correm o risco de trazer amarguras
Do que ser um ser vivo sem opinião
Prefiro que me calem com mordaças
Do que ao me ouvirem achem graça
Por repetir os gracejos da multidão.
.
Prefiro ser chamado de subversivo
Do que receber afagos dos opressores
Porque tais afagos só são oferecidos
Aos fracos em troca de favores
Com os quais traem a sua dignidade
E ganham uma falsa felicidade
Como troféu para a covardia
Prefiro ter a honra da clausura
Nos frios porões da ditadura
Do que a desonra na democracia.
.
Se de mim retirarem os versos
Ainda me restarão os pensamentos
Que voarão na amplitude do Universo
Montados nas costas do vento
E baterão à porta de Deus
Que atendendo ao apelo meu
Mandará uma forte tempestade
Formada por poesias agudas
Que caindo regarão as mudas
Que aflorarão como liberdade.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

Te quero,
jamais viverei a felicidade sem você ao meu lado,
sem teu cheiro em meus casacos
e seus beijos guardados.

-𝗳𝘂𝘁𝘂𝗿𝗮𝘀 𝗹𝗲𝗺𝗯𝗿𝗮𝗻ç𝗮𝘀.

Inserida por Lina_Fraise

⁠Mulher linda e sensual, não me negue um beijo.
Teu batom vermelho é da cor do meu desejo.
Pra que duvidar do amor,
ao ponto de guardar segredos?

Inserida por francisco_jose_11

⁠Não chore, princesa,
teus olhos são lindos,
da cor da natureza.
Teus lábios são doces,
escorrem framboesa.

Inserida por francisco_jose_11

⁠Flor do céu,
todas as abelhas do mundo
não têm teu mel.
Todas as flores do campo
no teu coração floresceu.

Inserida por francisco_jose_11

ALIMENTO PRECISO
Risco e rabisco
Pequeno cisco
Liberdade que arrisco
Alguém terá visto
Alimento preciso
Extirpar o siso
Perder o juízo
Diminuir o prejuízo
Guardando contigo
Olhar que é abrigo
Intérprete amigo!

Inserida por alfredo_bochi_brum

⁠”Grito a revolta que sinto, com as palavras que não digo.
Grito a revolta de todos os que foram esquecidos.
Grito a revolta de quem um dia foi oprimido.
Grito a revolta de todos os destemidos.”

Inserida por Ricardoheavenwood

Muitas vezes ...
fico olhando para o céu
querendo alcançar as estrelas,
quem sabe ...
elas também ficam olhando
para mim ...
querendo caminhar sobre a areia da praia
e mergulhar nas águas do mar ...

Inserida por MiriamDaCosta

Momentos difíceis existem para nos tornar
de rocha ou de ferro, de fogo ou de aço
alicerces ou ruínas ...
Eu me torno raíz de reflexões,
caule de versos e pétalas de poesia.

Inserida por MiriamDaCosta

Desde de que me lembro por gente
sempre fui meio assim
prefiro a companhia do MAR
do que a de ninguém.
E mesmo quando longe DELE ...
ELE sempre está dentro de mim.

Inserida por MiriamDaCosta

Eu acredito que em toda mulher,
mesmo na mais anciã,
permanece sempre no fundo da alma
aquela composição menina
escrita e gravada com as letras sentimentos
para a Poesia Pai.
Toda vez que o meu coração a declama
meus olhos jorram sobre o meu rosto
a mais sentida e profunda lembrança.

*Lembro do meu pai brincando e catando tatuí comigo
na Praia de Itaipu.

Inserida por MiriamDaCosta