Poesia Livro
Um poeta clichê , tem seu valor
Mesmo jogado e empoeirado
Do seu âmago ao leitor
Da solidão de um dia ser folheado .
“Não creio na construção sadia de uma humanidade longe da espiritualidade. Nem creio que alguém se torna melhor lendo cartilhas, para mim sentimentos são itens espirituais.
Para ser inteiro, não divorcio o corpo do espírito. Somos corporificação daquilo que os olhos não vêm, a melhor parte dos dois mundos.”
"Se em cada segundo escrevesse uma palavra para você, no final de um dia teria composto um livro sobre nós dois."
(07.11.2004)
Oração do Leitor
Nossa Senhora da Livraria;
Dai-me forças para não comprar mais livros;
Livrai-me da tentação das ofertas;
Perdoa-me por manter uma pilha sem fim;
Concede-me tempo para eu ler,
e assim dar vida aos personagens em minha mente.
Amém.
...E no fim nada foi real, não passou de um sonho qualquer, ou melhor, pesadelo, enfim, acordei, mas nem sei quem sou, onde estou e quem são vocês.
Deveria estar feliz, mas preferia voltar onde estava, ao menos em meus pesadelos eu os conhecia, conhecia a mim mesmo.
Nem ao menos me lembro como era andar, foram anos aqui deitado, anos em inércia, maldito seja aquele que não optou por encerrar isso, maldito seja...
[...]Quem sou? - Foi minha pergunta ao acordar e ver aquelas pessoas ao meu redor. Em primeiro momento, desespero e medo, seguido de aflição, impotência e talvez alivio em saber que estou vivo.
Bem, vivi anos em minha mente, apenas eu e minhas alucinações, como vou me recuperar disso? Ainda culpo aqueles que não me deixaram morrer quando queria, ainda os culpo.
As pessoas me olham estranho, apareci inclusive no jornal local, foram 4 anos em coma profundo, pelo menos para eles, pois em minha mente criei um universo todo, uma rotina, tinha até um trabalho para odiar, droga! Tinha amigos lá e provável nunca mais volte os ver![...]
Eu clamei a Deus uma mente e coração menos insanos, mas a minha fé mostrou-se abalável, me tornando o fiel mais descrente do mundo.
[Quote do livro]: Dezesseis, A Estrada da Morte
Seria aquela, a tal liberdade que eu tanto ansiei? Uma liberdade livre de maldade.
Em meus pensamentos, sequer havia espaço para me lembrar do inferno que nos fizera fugir.
[Quote do livro]: Entre o Céu e o Inferno
Do céu sorvi a ventura;
Do inferno, o esquecimento;
Voei planícies distantes;
Ansiando comprometimento...
Do inferno tive a brasa ardente;
E a insanidade que maltrata;
Do céu tive o amor resplandecente.
Da lucidez que retrata;
Do fogo conheci a dor;
Da água, o amor;
Abaixo o beijo da morte;
Que por pouco não me levou;
Do amor tenho o céu;
Que assim, me curou;
Do ódio, o inferno;
Que infindavelmente, será meu pavor;
Céu, Inferno [...] Paraíso!
[Epílogo]: Entre o Céu e o Inferno
Analogia sem você...
(Nilo Ribeiro)
Peguei a via mental
e me encontrei com você,
sei que não é normal,
mas alivia meu sofrer
sinto imenso vazio
sem você por perto,
soufogo comfrio,
casa sem teto
você está longe,
sinto tua falta,
sou templo sem monge,
caderno sem pauta
saudade que tortura,
noite de solidão,
sou quadro sem pintura,
pecado sem perdão
no escuro do quarto,
sozinho na aldeia,
sou toquesem tato,
praiasem areia
aflição que aguça,
rio de lágrima,
sou caminho sem bússola,
livro sem página
placa sem sinal,
luz sem escuridão,
estória sem final,
clima sem verão
coração sem pulso,
marido sem esposa,
floresta sem urso,
lobo sem a Loba
queimateu gelo,
frustra meu vulcão,
sou homem sem modelo,
cantor sem canção
pedra sem brilho,
árvore sem fruta,
saio do trilho,
perco a conduta
distante do desejo,
atormenta a dor,
sou boca sem beijo
e beijo sem amor
poeta sem rima,
estrofe sem verso,
sou rua sem esquina,
planeta sem universo
navio sem mar,
flor sem perfume,
sou noite sem luar,
sou vela sem lume
pé sem calçado,
andarilho sem caminho,
teatrosem tablado,
afago sem carinho
me tornei um nada,
manhã sem alvorada,
namorado sem namorada,
um ninguém absoluto,
tarde sem crepúsculo,
hora sem minuto
sem a tua presença,
sou visão sem imagem,
diante da tua indiferença
sou correio sem mensagem
urso não foi feito para Loba,
nem pobre para a burguesa,
não há nada que resolva,
basta-me admirar tua beleza
uma viagem de fantasia,
como os versos desta poesia
eu me sinto assim,
comvocêlonge de mim...
Sempre o progresso
Por razões misteriosas, o progresso não desiste.
Infiltrado para sempre no insosso cotidiano,
Recompensa os audazes, o passado não resiste,
Uma década, agora, se completa em um ano.
A miragem perigosa, sob o manto igualitário,
Equipara pouco a pouco num medíocre conjunto,
O pascácio e o sábio, o magnata e o proletário
Nivelados são por baixo, mais por falta de assunto.
E a fonte milagrosa da eterna juventude
Pode parecer piada ou remédio indolor.
Nem o cético lhe nega sua principal virtude,
Ser agente do futuro: micro e computador.
Submergidos pela onda, a terceira ou a quarta,
Alvin Tofler batizando é manchete garantida.
Abandona-se o escriba para redigir a carta,
O Excel e companhia alicerçam-nos a vida.
Houve caixas milagrosas no passado bem recente.
Quem se esqueceu do rádio, da TV, do gravador,
Para trás ficaram todas na mudança de ambiente,
Pois convergem, se agrupam rumo ao computador.
Um Spinoza, ou um Sartre, ou um Kant, ou quem quiser,
Órfãos de identidade rumam junto pro arquivo,
E de lá apenas saem ao comando de um qualquer
Que ao digitar o Google, dará prova de estar vivo.
Será que pensas na mesma velocidade que eu?
Perguntaste quando e onde quisera eu
Se havia eu encontrado o tal egípcio
Não sabias tu que de frente ao espelho estava o homem das plantas
Da alquimia do futuro
Da química e da física dos nossos corpos.
Dos sonhos que busco
Ouço a sua acalmada voz
Da música que deixo de ouvir
Faz de cantar o hino do seu suspiro
Da luz que me rodeia ao entardecer
O seu reflexo eclode diante a mim
O toque na inquietude da noite
É um arranhão dos seus desejos
Um zumbido que se torna indesejável
Ele próspera na escuridão
Toda a doçura das suas palavras
São agora preces sussurradas
Que agora estrangulam o meu coração.
Existem os animais humanos. E existem os animais não humanos, que se dividem em várias espécies diferentes, cada uma delas com o seu jeito de ser e de viver.
Alguns animais não humanos gostam de caçar, alguns outros gostam de água, outros fogem da água... Alguns são dóceis, alguns outros são engraçados, outros são umas feras ... Uns voam, alguns se arrastam, outros pulam... Uns lambem, outros mordem, alguns outros lambem e mordem... Uns amam dar risadas, outros dão coices... Alguns deles latem, outros bramem, alguns outros relincham... E por aí vai.
Com a espécie humana é quase a mesma coisa, alguns de nós latem, outros relincham, alguns outros bramem, e rebramem, ... também. Cada um de nós, humanos, parece carregar um pouco da natureza de algum animal não humano dentro de si. Alguns de nós, por exemplo, adoram nadar, parecem peixes. Outros são bem molengos, parecem patos. Já outros são como preguiças em figura humana. E há aqueles que têm um jeito de lombriga, gostam de receber tudo de mãos beijadas, sem esforço algum.
E você, qual animal não humano tem a ver com o seu jeito de ser? Qual deles você puxou?
Eu creio na meiga canção que sopra da aurora
E que ecoa na última lágrima de despedida
Eu creio com a mesma fé das árvores
Que se alimentam das horas
Vi a sabedoria dos céus contemplada na fala do analfabeto, onde a humildade permanece intacta, sem a soberba do conhecimento, sem o achismo dos que não experienciaram nada além de si mesmos.
Quando eu era criança, meu pai lia um livro pra mim. Ainda lembro uma frase desse livro. Na época, eu não entendia o significado. Mas agora entendo. "Se você realmente ama alguma coisa deixe-a livre. Se ela voltar, sempre será sua. Senão nunca foi sua."
Essa história de "sou um livro aberto" é papo furado! Eu não sou um livro aberto e nem tenho intenção de ser. Não porque eu tenha algo a esconder, mas porque não me interessa esse tipo de exposição. Sou um livro fechado, privado e a poucos dou a oportunidade de me lerem.
O inimigo por sua vez apenas disse, todo o resto foi realizado por ambos, tudo pelo poder de uma palavra, ele simplesmente gerou desconfiança, deixou no ar uma expectativa de superioridade, uma proposta de algo ao qual não se tinha acesso, disse o que ganhariam, mas omitiu o que perderiam.
Seria muita hipocrisia dizer que a minha vida é um livro aberto. Minha vida não é um livro aberto, não porque eu tenha algo a esconder, mas porque não é a todos que eu tenho interesse em mostrá-la.
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