Poesia Harmonia
Mais uma noite sem escrever mais uma hora sem pensar em palavras bonitas, será que eu me cansei de frases bonitas será que está na hora de criar algo verdadeiramente profundo .
Talvez isso aconteça quando minha alma e principalmente minha mente se aquietar de todo mal que a perturba e meche com a minha estrutura física e mental l .
EMOLUMENTO
Essas luvas que me enluva...
Me cala do frio
me salva da chuva.
Essas luvas, leva-me na lembrança
de quando criança
os ventos as tranças
as parreiras das uvas.
Essas luvas que me enluva
aquece meu medo
da gata que esturra
no cume da serra
aonde os ventas urram...
Essas luvas me empurram
na espuma da praia
pelas roupas de cambraias
e pelos ferrões de saúvas.
Essas luvas me alugam
corações sempre em duvidas
essas luvas, me usam.
Antonio Montes
UTOPIA
Ainda pequena, quantas e quantas
vezes aquela crianças, brincava de ser adulta
nesse sonho de brincadeira, se colocava
como dono de império
se vestia de rancor, dava ordens
dava chibatadas, prendia
xingava os ventos
as vezes maldiçoava o momento.
Em meio a essas brincadeira de adulto
... Se colocava como se fosse um tirano,
se maldizia em sentimentos,
e maldiçoava-se por ainda ser pequeno,
mas como pequeno...
Tinha lá suas brincadeira de época
... Bola de gude, amarelinho
sentados em roda com sua pedrinhas
... Cinco marias,
cavalo de cabo de vassoura, peteca.
Como criança... Chorava abertamente
se escangalhava em sorrisos
resmungava por levantar-se sedo
estava sempre aberta,
fazia artes inocente...
Não guardava segredos.
Cresceu... Deixou de brincar
e como adulto, adquiriu vergonha
só chora as escondidas,
deixou de se expressar aos ventos
os risos são minguado, curtos
quase nada carrega em sentimentos
sempre tem segredos em pensamentos
... Um deles é sentir saudade de ser criança
mas com vergonha, deixou de brincar
adquiriu carrancas de verdade,
e com pelos na cara...
Todo tempo, tenta se limpar.
Não é mais criança e tudo em sua volta
é moldado por planos e comando de voz
não leva mais seus passos aos ventos
ao contemplar as margens de sua estrada
tem medo do andar do seu caminho
seus passos, com os anos estão curtos
enquanto seu olhar limita-se ao espelho, ou
através de grades de suas quadradas janelas
suas rugas, te esperam na curva do tempo.
Antonio Montes
QUE BOM TE VER
Primavera, primavera...
quantas cores coloridas!
O mundo sempre te espera
com seu aplaudir de vida.
Suas flores sua época
com aromas e farfalhar
amores alados em festas
propagando vida no ar.
Sempre expande esperança
em sopro Mundo de dor
aos olhos de uma criança
é a rainha do amor.
Primavera, que saudade!
Que faz o teu existir
símbolo da felicidade
te agradeço, por vim
Antonio Montes
QUE CONTA
O cantar de galos das noites escuras
foi substituídos por:
Ladrar de cão
estalos de balas
e silvo de ladrão que:
Pula o muro
corre pela rua...
Ninguém se incomoda!
Ninguém segura!
Não é comigo!
Não é da minha conta!
E nem da conta sua.
Antonio Montes
REGADOR DE VIDAS
Regue de beijo o nosso amor
enquanto a régua do tempo...
Nos régua.
Regue a cor da nossa flor
depois semeie flores e pétalas
pelos jardins dessa nossa terra.
Siga regando a nossa dor
e faça colchão d’água
para os sonhos que nos afaga.
E na calçada da esperança
ande de braços dados com a fé
olhe para o céu?!
E encare essa vida brava de pé.
Antonio Montes
Oh! Minha bela garota.
Por que está distância?
Não vê?
Que meu amor por ti sempre continuarás
Mesmo que todos os sonhos de amor
Tentem nos distanciar
Meu coração
Por ti bateras
Tu és tão bela
Quanto o luar
Teu sorriso que vale mais que o ouro!
Tua felicidade, vale mais que a minha!
Mas por que se faz tão longe?
Talvez seja melhor sem você.
E isso tudo seja apenas um sonho.
EU-NINHO
Como um ninho de passarinho eu me alojei em tua vida, construindo pela delicadeza dos gestos e palavras. Quantos ovos me habitarão? Um emaranhado de fios de textura gravetosa, um nicho de encantamento para os olhos. Em todas as minhas gestações de eras, meu eu- ninho que te abraça, e te permite voar. Por saber, que a liberdade do nosso amor o sustenta.
grávida a floresta adormece em gestações de eras incontidas
para amanhecer em partos originando as avezinhas e flores
é uma sinfonia de vida que pulsa no afago do orvalho
sob a gentileza do manto das nuvens e do céu
-mas Iva, cotovia não é pássaro da nossa região!
-eu sei, eu sei, mas cotovia é pássaro que canta a esperança de forma tão melodiosa, e no meu coração tem cotovia desde menina.
COESÃO
Depois de um certo tempo
entre, capas e cantos...
Reluziram a ti, os encantos...
Foi-se as luvas as capas
ficasse, sob forte chuva de matraca.
Protegido por seus próprio tre, le, le
... Sob seus dedos de segredo
guarda os desafios do degredo...
Porque não surrupio?!
Porque não desvio?!
Se por outros oceanos...
Em sua caixa de planos...
tens guardado os anéis e ouros
da sua falta de respeito e coerência.
Terá seus dias de proteção confinado
e com os braços rodeados de devotos
voltarás para desviar a nação
os efeito de Ali Baba, lhes pertence
as lagrimas de novo, são do povo...
O que , que há!
Antonio Montes
ROENDO UNHAS
Em noite escura...
Urro de lobo
olhos de coruja
vulto nas sombras
figuras sujas.
Em mundo surreal
o medo urra.
Revoar de morcego
cochicho nos ouvidos
na bochecha um segredo
que contasse sem duvido
roendo as unhas dos dedos.
Antonio Montes
ROSA DE LATA
Sem cheiro sem suavidade
a rosa de lata...Empaca
e em sua cor opaca não emplaca...
Uma placa com sentimento
um nascimento mecânico
rosa triste sem planto
farfalhar de guizos
e agregação de desencanto.
A menina segue com seus olhos
ao mesmo tempo em que...
Desaba no chão frio o seu terror
e suas pétalas ao chilrear
farfalham mecanicamente seu tilintar.
Rosa de lata, oh rosa de lata!
Visualizam-te com desdém
a sua tímida rigidez
pétalas organizadamente contadas...
Uma, duas, três, e outra vez
todas moldadas a pancadas.
Muitos olhos olham e não vê nada
rosa de lata sem polens
sem fruto sem fada.
Seus orvalhos, sãos óleos
nem vida contem!
Desprovida de alegria...
Não tem ventos, nem partida
nem saudade na despedida.
Antonio Montes
SE TIVESSE
Se tivesse bicicleta, carro ou avião
Cristo teria fugido...
Mas n’aquela época,
Parapente ou asa delta,
não tinha não.
Não precisa ter fugido, só porque
foi beijado, mas mesmo assim a pé
ele deu no pé e sumiu.
Se perdeu no deserto, por dias e,
dias... Só o crápula o ‘viu.
É,fugir ele tentou... Mas voltou
com fome chupou uvas das oliveiras
e sobre a pedra chorou.
Bateu boca com Pedro
e logo após a meia noite
para os homens do Rei se entregou.
Cristo, Cristo!
Porque fez do amor um sofrer
hoje todos que amam choram
e mesmo assim...
Um dia o amor se dispersa...
E de uma forma ou de outra...
O amor vai embora.
Antonio Montes
SEM JASMIM
Lá vai Maria
de todos os dias
com moringa d’água
e sua alegria.
Ainda menina
com sua ródia
fazendo sua rima
vai à cacimba.
Maria sob o vento
atirou a esperança
hoje sem sentimento
não é mais criança.
Vejam seu jardim
flores pra ti
adulta, assim
não será jasmim.
Antonio Montes
SEM RUMO
Veio o vento...
E as placas de latas
se foram...
despencadas, derrubadas,
sobre o chão
como se fosse agouro.
Sem direção...
Sem rumo e sem destino
perigo! Perigo?!
Hoje, tornou-se abrigo
Para onde vai caminhão?
Antonio Montes
SEM TEIMA
O seu sorriso vale a pena
velo brilhar no seu rosto
com essa cútis morena
e essa boca que dá gosto.
É uma flor açucena
mulher meiga pequena
vento solto em agosto
rosa na tarde serena.
No gingo de duas margens
vais mostrando o seu tema
embeleza com sua imagem
olhos que te olham na arena.
O seu sorriso vale a pena
velo é felicidades
veja o meu amor sem teima
e venha viver de verdade.
Antonio Montes
SEM TELHADO
Não tem teto
nem telhado
não tem muro
nem passado.
Passa tudo todo dia
e com pesar desconfiado
vai levando agonia.
Não tem honras em seu convivo
nem é feliz com que acontece
tem vergonha de seu partido
e do roubo que encarece.
Gigantes assim pra que!
Pra surrupiar tudo do nada?
Aonde que esta você...
Que deu aval a essa estrada.
Sem teto sem tempo
de viver uma vida digna
vive a vergonha de um país
que seca a sua barriga.
Pra não morrer cata resto
ludibriando assim a fome
ainda vota na misera
que alega ser nessa terra
Politica de grandes homens.
Antonio Montes
"Ela gosta do campo,
da cidade pequena..
quem dera se
eu fosse Vinicius tu
serias Ipanema"
"Poesias a Ela"
PENÚRIA
Menina pobre
boneca de pano
cinco marias... Pode,
ter fé em seus planos.
Pobre menina
sem rima sem cheia
misera clareia
toda a sua teia.
Viaduto calçada
morada na ponte
não tem horizonte
não pensa em nada.
A fome se expande
no dia apos dia
menina seu bonde
não tem alegria.
Seus vôos são passos
pêndulos na calçadas
seus sonhos, embaraços
seu prato é fada.
Menina pobre
Pobre menina
mesa sem café
sofrer é sua sina.
Antonio Montes
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