Poesia Felicidade Drummond
Do que adianta você pensar em mim e não me deixar saber!? Por mais declarações, momentos e delícias de ser o pensamento bom de alguém.
Realmente não é preciso estar perto para estar junto, mas é preciso estar dentro, estar de coração, querer estar. Se não houver profundidade, não adianta a extensão.
Que dia o coração vai ser a melhor forma de expressão? Que dia o “jeito de ser” e a alma que nos faz florescer vão ser capazes de nos descrever? Que dia as pessoas vão compreender além do que os olhos podem ver?
Por mais leve que se tente ser, todo mundo tem seus dias de fúria. Respeitar sim, sempre. Mas ser bobo jamais!
Se tem uma coisa que me seduz, é educação. Acho que me apaixonei pela atendente da padaria. Gente educada é outro nível!
E, diante das belezas que encantam os olhos, ela escolheu aquela que encanta a alma, que toca o seu coração, que lhe faz sorrir. É isso que vai buscar até o fim.
Um amor que seja leve. Um amor que seja mútuo. Um amor que seja simples. Um amor que seja dois. Um amor que seja nós. Um amor com amor, apenas!
É que devemos nos cobrar menos e nos permitir mais. Nunca estamos prontos, somos sempre possibilidades.
E tenho dito: um “quero lhe ver hoje” vem carregado com mais certezas e vontades do que um “para sempre”.
E nessa caminhada sigo levando as lindezas daqueles que me acrescentaram. Não nego, estou sempre pagando por excesso de bagagem no requisito: amor.
Talvez a questão não seja se perguntar o porquê você não tem ou merece certas coisas, mas sim, como você consegue perdê-las enquanto as possui.
Apetrechos na maioria das vezes são inúteis sem serventia a não ser que possamos derreter e converter em poesia
Se a literatura não der certo, eu viro dizimista da Igreja Universal. Dou até testemunho na Rede Record.
Mais amor por favor ! É o que o poeta clama, para uma geração que aprendeu que o amor só se faz na cama.
Sempre tive certeza de onde pretendo chegar. Se vai ser na lua ou em plutão, ou se vai ser na Azerbaidjão. Não importa quão longe. Já cansei e esperei acabar as tempestades e o calor abrasador da vida. Já bebi algumas águas, às vezes até insalubres, para sobreviver a tanta inundação. Já comi coisas insossas ou insipidas da problemática tentativa de não ser um jabuti lesado ou uma anta sem o pensar. Hoje colho flores das mais bonitas num vaso honroso com um chá e livro na minha cabeceira. Não me atenho à passagem do tempo sem concluir o esperado pelo certo. Já que a vitória chega no limiar da vontade de Deus.Hoje uso meu processador para construir ideias e encorajar outros andarilhos deste sol escaldante e céu sem luar da desesperança. Hoje, uso meu filho para perpetuar meu nome na Terra, com o legado de fazer a meditação de vasta observância e culturalização. Não pretendo interpretar meu pensar aqui para não tolher sua percepção. Só digo que aqui é apenas a sombra da minha imaginação. Não denoto aqui, apenas conoto a lição da reflexão. Cuidado com a má interpretação para você não ser considerado um doutor em ignorância de conhecimento e criação. Não uso aspas aqui pois não preciso destacar o que não é a literalidade do escrutínio da minha realização. Se não entendeu não procure saber na ânsia da curiosidade o que é apenas uma conotação do que todos verão quando vir à tona o dito limiar em questão.
Pensamentos remotos me remetem ao passado, fazendo-me perceber que nada é por acaso, mesmo que caso pareça premeditado.
Há coisas que fluem como rios, outras que esperam como pontes. A vida das coisas se pende por um fio se te calas.
Falando de forma concreta o poeta necessita d'uma ponte de ligação entre ele e a lua para regressar à Terra de quando em vez e sentir-se mais seguro em relação ao mundo.
Minhas palavras ao seu ver podem ser pesadas ou torturantes, mas é apenas minha forma de liberar tudo de ruim que tenho dentro de mim em forma de poesia
De pura inquietude sou feita, vontade de lamber o mundo como fosse uma tigela cheia de mel melecar as mãos e os beiços no sentido mais simples da palavra lábios de mel.