Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
A poesia não é um modo de libertar a emoção, mas uma fuga da emoção; não é uma expressão da própria personalidade, mas uma fuga da personalidade.
Um dos méritos da poesia que muita gente não percebe é que ela diz mais que a prosa e em menos palavras que a prosa.
São necessários anos de leitura atenta e inteligente para se apreciar a prosa e a poesia que fizeram a glória das nossas civilizações. A cultura não se improvisa.
Em poesia, trata-se, antes de mais nada, de fazer música com a própria dor, a qual diretamente não importa.
A palavra quando é criação desnuda. A primeira virtude da poesia tanto para o poeta como para o leitor é a revelação do ser. A consciência das palavras leva à consciência de si: a conhecer-se e a reconhecer-se.
Entre o pensamento e a poesia há um parentesco porque ambos usam o serviço da linguagem e progridem com ela. Contudo, entre os dois persiste ao mesmo tempo um abismo profundo, pois moram em cumes separados.
A poesia não está nem nos pensamentos, nem nas coisas, nem nas palavras; ela não é nem filosofia, nem descrição, nem eloquência: ela é inflexão.
A poesia não nasce das regras, a não ser em parte mínima e insignificante; mas as regras derivam das poesias; e, no entanto, são tantos os géneros e as espécies de verdadeiras regras, quanto são os géneros e as espécies de verdadeiros poetas.
Sempre se admitiu que a poesia participava do divino porque eleva e arma o espírito submetendo a aparência das coisas aos desejos da alma, enquanto a razão constrange e submete o espírito à natureza das coisas.
Se a música tem um número maior de amantes do que a poesia, ou a arquitetura, ou a escultura, tal não deve ao fato de ser mais espiritual, como se costuma dizer, mas sim devido ao fato contrário: é mais sensual.
Os poetas mentiram pra mim, Roberto Carlos mentiu para a gente. O amor não é manso assim. Ele pega, invade e devora a gente.
Houve o tempo do estar sempre juntos
Feijão com arroz
Goiabada com queijo
Café com leite.
Tempo de conhecer
Tempo de apenas ser
Houve o tempo da dor,
Das lágrimas
Separações
Voltas e mais voltas
Promessas e mais promessas
Esperanças revividas
Houve o tempo de querer içar as velas,
Desejo de partir
Olhar perdido no horizonte.
Amores desfeitos
Promessas não cumpridas
Esperanças perdidas.
Houve o tempo do laço e do abraço,
Laço afetivo, abraço da alma,
Olho fechado,
Corpo suado.
Tempo de querer
Tempo de sorrir.
Agora chegou o tempo de ir
Romper o laço
Dividir em duas partes
Como duas fitas,
Tentando não perder nenhum pedaço.
Tempo de chorar...
A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede.
O homem vangloria-se de ter imitado o voo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam.
Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
As obras-primas devem ter sido geradas por acaso; a produção voluntária não vai além da mediocridade.
É menor pecado elogiar um mau livro sem o ler do que depois de o ter lido. Por isso, agradeço imediatamente depois de receber o volume. Não há vida literária plenamente virtuosa.
O progresso dá-nos tanta coisa que não nos sobra nada nem para pedir, nem para desejar, nem para jogar fora.
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