Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Crie, invente, faça surgir. O amor que não te deram, o amor que te negaram, as palavras que calaram e que tu nunca pôde ouvir. O abraço que não veio, o regaço que na infância foi lhe dado em violência. Crie as palavras, cultive esse amor, invente um abraço, e entregue sem dor. Tudo o que lhe faltou, inventa. Tudo o que te negaram, não negue. Não se torne o monstro que tanto teme, não repita os erros de quem errou. Seja outro. Se te xingaram, não xingue os outros. Se te culparam, se te humilharam, se não te amaram. Tudo o que existe é o presente, na falta de amor, invente
A escrita é a impressão de um aspecto da alma, que ainda que seja esquecida, de algum modo permanece. Tudo aquilo que é perene passa em algum momento pela escrita. Mesmo Platão que era muito desconfiado dessa nobre arte, permanece justamente por causa dela. Porque é verdade, que quando não se manifesta aquilo que se gera na alma, parte do que há dentro se perde. E a escrita é uma forma de não deixar-se perder jamais.
Caminhei pela vida aprisionado em mim mesmo. Sempre que pude, me tranquei e dei a chave a terceiros. Mas sempre fui eu o carcereiro, assaltante e assaltado da minha própria liberdade. Por medo de voar, cortei minhas asas, com tesouras enferrujadas para que não crescessem mais. Por medo da responsabilidade, joguei as tesouras nas mãos de outros, e os culpei. Por medo de voar, não voei nem caminhei, estagnei num lago morto, e por pouco não me afogo.
Vinha. Aprecias o meu talhe? Segue a linha das pestanas. Repousa tua notabilidade na fronte. Surge em minha íris. Mancha-me os cílios e as sobrancelhas com teu enobrecido sossego. Deixa-me a centelha desse léxico inespecífico que novamente me cora e quase me descolore. Estende sobre a uva que pende ao lado o abraço vigoroso dos vinhedos o negrume inigualável dos meus cabelos longos e lânguidos e lúbricos. Faz-me ser o líquido alinhavado nessas quase folhas de ti – nenhum. Esconde e acarinha o furor desse espécime único faz-me debrum – porque só tu me sabes à distância da luz.Diário dos inícios.
O problema não é ser de direita, centro ou de esquerda, o problema é a ambição que pessoas assumem para si mascarada numa fantasia de fazer parte de um plano de poder que também pode ser nomeada por fanatismo. O fanatismo destrói com o patriotismo e arromba com o nacionalismo.
Quando forças políticas trabalham incessantemente pela destruição do apego afetivo da população em relação a cultura e ao Patrimônio Natural é para no futuro tratá-la como mercadoria.
Na cadência de meus versos, Registro a batida do meu coração, Assim vou dando ritmo a nossa paixão - nós somos pura sedução.
As estrelas no céu lembram o brilho do teu olhar, Te desejo com desejos de pantera macia, Como é bom te amar...
A rosa caprichosa faz de tudo para chamar a tua atenção, Fará tudo bem direitinho só para ganhar o teu coração.
Alimentar com aplausos comportamento autoritário de políticos é alimentar serpentes para nos picarem. Aliás, uma serpente não faz o estrago no mundo que se compare a um estrago de um mau político.
Não tenho mais vontade de falar com ninguém, Só tenho vontade de escrever versos para você, Só para te trazer - e me endoidecer...
Mordisco o canto da tua boca, Corro o risco só para tê-lo rendido, Faço versos ao pé do teu ouvido, Quero que este colo seja o meu abrigo.
Só para me endoidecer, Planejo te provocar, Desejo muito mais do que te ter, Sonho te entregar esse coração que deseja se apaixonar ...
A tua presença me aquece como o Sol, Faça do teu corpo o meu lençol, E conduza com as tuas mãos o nosso itinerário, O nosso amor é sacrário.
Os teus ais semitonados são convites adocicados para conhecer as nossas luxúrias. Eles provocam a reverberação de nossos amorosos pecados.
A tua voz não saiu da minha cabeça, Ao pé do ouvido conseguiste marcar presença, Não duvido de que um dia você volte outra vez, e permaneça.
Compartilhe a tua verdade oculta, Revela-me a magia íntima, Surpreenda-me com delícia - faça isso sem culpa.
Quero viver você, Quero mais do que me apaixonar, Viverei intensamente essa carícia que tanto falam que é do tamanho do mar...
Quero que tome posse com esse amor de bicho, O meu corpo é território, O meu abraço é o teu ninho, Os meus beijos são teu doce alimento.
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