Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Desta Pátria romântica
onde é terra da única
heroína de dois mundos,
vivo para acender
os luzeiros do Universo,
e a escrever poesias
só para levantar multidões.
No teu tempo você vem
e teus olhos lindos
me pertencem além
da razão que a própria
sempre desconhece
quando o coração
está no centro da questão.
E quando você chegar
nós dois não teremos
tempo para pensar,
como o luar e as perseidas
fazem festa no Universo
para um amor que
está escrito nas estrelas.
Ninguém resiste
o teu charme sedoso,
Respiro ares
do teu charme fogoso,...
Despertada
carinhosamente cetim,
você nasceu para mim,
és vigoroso.
Quando amor é capaz
de grande revoluções,
Os teus olhos
reconhecem e fascinam,
Sublimes corações
em plenas florações
Sedentos de bem querer,
e plenos de intenções...
A tua boca e tuas mãos
Formam uma bela esquadra,
Navegarão no meu corpo,
E farão um vagaroso ruído;
Meu amor, não te nego,
Não serás resistido
- pressinto
Com toda a beleza
terás o meu corpo
dos pés a cabeça.
Os dois extasiados a curva,
Seremos a nossa imensidão,
Só um grande amor é capaz
de trazer essa iluminação;
Os nossos caminhos
deslindados a fio
- só nos fará bem
Juntos não sentiremos frio,
só viveremos de arrepios.
Tens a posse do meus cais,
Tens a posse da minha boca,
Quando tivermos os nossos
corpos coladinhos
Ficaremos com gosto
de quero mais,
Nos amaremos demais,
Amo cada loucura de amor
que você me faz,
o nosso amor é uma
navegação em paz.
É noite de Lua Cheia
que atravessa
o quê restou do Cerrado
que pelas
mãos dos Homens
foi quase destruído,
e em nome do lucro
será esquecido
no absoluto do mundo.
Em noites de Lua Cheia
e em dias de Sol,
Ter visto uma arara
sobrevoando o Cerrado
em liberdade
foi um dos primeiros
gigantes sentimentos
que desfrutei
plena como brasileira.
É numa noite de Lua
como está que medito
sobre a minha Pátria
capturada por homens
de espírito mesquinho
que fizeram além
do Cerrado todo o lugar
de respirar desaparecido.
Em noites de Lua Cheia
como esta sinto
a nostalgia do Cerrado
como quem escreve
um soneto de amor
repleto e profundo
que resiste miúdo,
todo triste e encolhido.
Da vida nova e do Ano Novo
ninguém que escapa,
nem mesmo por intriga
ou mau tempo que os adie;
Porque o quê é do Homem
nem mesmo o bicho come.
Nos sinais do Universo
ainda busco caminhos
como nômade que
faz a sua tapeçaria
com a luz das estrelas
e te deseja sem retórica.
Por aqui tem esperança
porque ainda há muita
poesia viva em abundância
e ainda amo a minha Pátria,
e escuto bastante música
romântica sem me importar
com o quê de mim pensem.
Da Centaurus A puxo o fio
da meada e do prelúdio
que iremos nos encontrar
numa bonita noite de luar,
não sei se é por pressentimento
ou mesmo até válvula de escape,
o apelo da imigração continua vivo.
E neste corpo bonito fico imaginando
o mapa de todas as minhas rotas...
Poema primogênito,
eco gutural ao vento,
da guitarra o lamento
de todo o mês feito
de memória e de mar.
Da memória nunca
vai apagar porque
não faz pacto
de rendição:
a vida ensinou
do que é justo não
se deve abrir mão.
A Bolívia e o Chile
continuam sem
o mar e com a tal
lei longueira que
não permite o povo
na vida se emancipar,
a história ainda não
voltou ao seu lugar.
Não existe
cultura
de prevenção,
passaram
três anos
sem nenhum
tipo de indenização
ou reconstrução;
e assim Mariana
escorreu entre
os dedos
e o lucro
falou mais alto
do que tudo,
e em Brumadinho
eles repetiram
os mesmos erros
soterrando o povo
de rejeitos e fazendo
o Governo correr
sem parar para
tentar nos salvar.
Os estragos foram
feitos e já era
tempo dessa cultura
de desleixo mudar.
Porque quem mexe
com mineração
tem a obrigação
de fazer um plano
de contingência
para não mergulhar
a população na
lama por causa
da incompetência.
Neste interstício silencioso
entre nós talvez fruto
da tua vontade ou do destino,
Tenho pensado em versos
ainda mais lindos para
não ser como as espumas
do mar em desatino,
Para a tua chama acender
e no coração permanecer.
O ambiente anda frio onde
a defesa da vida para uns
tem sido uma grave ofensa,
Dou graças pelos teus lábios
lindos diante dos meus olhos
para me apartar do que
não compensa e furta sonhos.
Ainda posso contar com
as noites de estrelas,
E de luar para me preparar
até conseguir caminhar
junto no mesmo passo
e a tua língua falar,
porque tudo em ti não
vai parar de me encantar.
O imaginário ondeia como
a Via Láctea sobre a duna,
E assim traçando a rota
para a dulcíssima fuga
para os teus braços
quando você der o sinal
serei a promessa até o final.
Ganimedes, Io,
Callisto, Europa
e a Lua tronados
na noite caída
de âmbar negro
anunciam o teu
desassossego
e os teus desejos,
As fronteiras têm
o apelo que não
tenho aos teus
olhos e ao peito,
não é preciso
falar nada para
quem conhece
a hora da retirada,
Você optou fugir
do meu amor,
saiba que por
cada fronteira
por onde você for
os meus versos
estarão mais
vivos do que nunca;
Sou a tua busca
encontrada,
o amor em verbo,
o silêncio que te
põe em chamas,
o impulso que
por ele grita o peito:
amor te darei jeito.
No teu silêncio
tenho a bússola
para me levar
pela península
das sete colinas,
e mil esperanças
todas meninas
de voltar o toque
do amor doce sentir.
Sem saber quais
serão os próximos
passos algo não
me permite mais
de te querer só aqui,
juntos precisamos
ir muito mais longe
e muito mais
além do horizonte.
No teu silêncio
por encontrar
motivos para ficar,
e se me cansar
poderei caminhar,
só o futuro irá dizer
se irei florescer
pelas tuas mãos
e vir me enternecer.
Te aguardo pleno
como o Willkakuti
aguarda pelo verão,
mas só a tua atitude
ou a falta dela
poderão me atrair
ou me deixar
sem rumo a seguir,
e ciente disso
não posso resistir.
Não faço idéia
do que ocorreu,
serena reafirmo
que a minha
parte foi feita
com a mais
serena certeza
no curso desta
noite imensa
de eclipse solar anular.
Para manter-me com
o mel das palavras
até você vir a mim,
do repousar ao despertar
sempre tenho-me valido
de tão fino erotismo
no mundo que colocou
o amor em olvido,
e se esqueceu de como
tão bom é o romantismo.
Por isso vivo mantendo
o meu coração ardente
tal qual fogueira que
não se apaga em noite
de luar e de estrelas
até quando o destino
colocar nossos passos
reunidos e alinhados
no astronômico caminho.
Não tenho mais olhos
para ninguém na vida,
apenas para os teus
que valem pelo poente
deitado sobre a duna
do deserto inaugurando
o fascinante Universo,
e me fazem te esperar
em prosa e verso
o tempo que for preciso.
Se você é apolítico,
não é nenhum defeito.
Perigoso mesmo
é ser apoético.
Se você é apoético,
os seus sonhos
não sobreviverão
ao quê é apocalíptico.
Para o poeta de verdade, o desprezo, o anonimato e a indiferença são combustíveis que colaboram
com potência na construção da sua obra imortal.
Ainda vendo você
como a miragem
de um paraíso perdido
em meio a primeira
Lua Cheia do ano
num rumo sem receio
que para nós antevejo.
Parece que foi
ontem que cruzastes
o meu caminho
com teus akhal-tekes
de fogo hipnotizados.
Busco por antecipação
fixar extensos territórios
que serão todos nossos,
Onde haverão pedágios
feitos de beijos, abraços
que vão transitar livres
nos recônditos espaços.
Ombros, quadris,
Norma et Regula que
em ritmos inequívocos
têm nos beijado e revela
em passos cadenciados
um futuro que nos espera.
Desta vez sem erro
me propus a jogar alto,
porque a felicidade
nos encontrará cedo
ou tarde livres do medo,
É só questão de céu
e mar aberto porque
de ti sei que já pertenço.
Você me traz para dentro
quando me distraio
com este mundo sombrio,
e me faz esquecer de tudo.
Como o Sol entretendo
a Lua Cheia no Universo,
me tocas do jeito certo
e ocupa o pensamento.
Você me seduz do alto
com encanto, salto
e este jeito macio
de se tornar a urgência.
Como Galáxia Circinus
me cobrindo de carinhos,
te quero meu e rendido
com toda a competência.
Você me coloca no peito
anjo lindo, bom e divino
sempre para me acalmar,
és ímpar para ser meu par.
Como fios convergentes
e Aglomerado do Esquadro
em breve longe do passado,
juntos estaremos lado a lado.
Nada desta tragédia humana
nunca nos vestiu, a carapuça
não nos pertence: prevenidos
preservamos o melhor da gente.
O seu pensamento em mim
tem o aroma da primícia
do mais lindo amanhecer,
ele abraça, beija, acaricia,
e nos teus braços me coloca
muito além do anoitecer
e histórias de mil luares,
És a própria força do céu,
paixão bonita que tem
me feito enlouquecer,
o Sol, a Terra e Júpiter
estão em alinhamento,
e você que está vibrante
no meu pensamento:
Fazendo até transformar
o meu corpo em vinho
só para te viciar,
os meus versos em pão
só para te saciar,
e meus beijos em água
só para você beber,...
Não paro em hora alguma
de pensar em você,
de querer te encantar,
de erotismo te alimentar
e desta boca bonita
ser a canção tranquila
e a tua total êxtase mística.
Louca pelos lábios
mais lindos que
ainda deles ainda
não pude uvas furtar
e não paro de louvar,
(Todo o dia é um
novo dia que
estou a te beijar).
Uma constelação
inteira de desejos
nos meus quadris
que estão só
por ti a esperar,
(Todo o dia é um
novo dia que
estou a te cobiçar).
Você me disse
que faço o teu
coração bater
forte e veloz,
e fez o meu disparar,
(Forte vai ser
quando o teu
coração eu escutar).
Veloz será quando
o meu coração
estiver unido ao teu,
(E eu puder com
as minhas amáveis
mãos nele tocar).
Incrível será porque
a tua alma conhece
a minha e não
paramos de sonhar,
(Quando você chegar
nós dois sabemos
que iremos namorar).
Porque quando
você chegar será
como quem vê
na vida pela primeira
vez uma noite de luar,
(Não haverá nenhum
obstáculo e ninguém
há de nos segurar).
Nunca será demais
sonhar com mil
e uma noites de luar,
quero ser capaz
de inspirar poetas
melhores que eu
na América Latina:
para que a poesia
da espera venha
de fato valer a pena.
Para juntos nunca
mais padecermos
do desamparo
em meio ao frio
do mundo que pelas
mãos de muitos
o amor foi perdido.
Para a vida nunca
mais ser a mesma,
ser inconsequência
em total entrega
do meu coração
além da conjunção
entre Mercúrio,
Júpiter e Saturno,
longe do soturno
e dentro do fortuito.
Quero com você
não ter mais hora
de ir embora,
tocar as estrelas,
e ver o sol raiar
tendo os teus
braços como lar.
Quero amar você
e viver a poesia
sem linhas e sem
temer o futuro,
manter a chama
e embalar a paixão
além da solene
conjunção entre
a Lua, Mercúrio,
Júpiter e Saturno.
Viver a me derreter
por estes rítmicos
lábios de merengue,
não vou desistir
e nem deixar perder:
eu sei bem o quê
quero na vida com você.
O destino
conta com
a nossa
boa vontade,
e Todos
os Santos:
nas mãos
da sereia
oculta
está a concha
acústica
da História
que clama
pela verdade.
A justiça
e a paz
como
poemário
do jeito
que deve
ser em
nome
da grandeza
de todo
um povo
sempre
pede diálogo.
O capricho
político não
leva a nada,
a História
é muito clara:
boliviana
nasceu
Antofagasta,
por mais que
uns ignorem
e tentem
mudar o quê
foi escrito,
porque da
memória
ninguém apaga.
Anuncio a noite mais longa
da tua história e em rebelião
para quem disse
que iria me descobrir,
no fundo percebo que
não sabe por onde seguir.
Bem antes de te conhecer
venho compartilhando
toda a poesia deste mundo
com povos vitimados
por regimes autoritários
e tropas sequestradas,
e agora com teu silêncio
que mata muito mais
que mil bombas atômicas.
Não sou página para ser escrita,
não sou flor que se cheire,
não sou livro que se lê,
e sim uma alma infinita
que não será dominada
por ninguém e nem por você.
Para quem disse tantas coisas
antes da conjunção
entre a Lua, Saturno e Júpiter,
e alguns dias antes desta
noite de Lua de Trovão,
você vai cair na minha mão.
Os poetas do mundo
em algum momento
da vida declararam
que gostariam de ser
o café de um alguém,
mas não da maneira
que desejo ser inteira
para você que é dono
deste charme fogoso.
Um não se ausenta
do coração do outro,
guardo as tuas fotos
como o meu tesouro
revisitado a cada hora,
do nosso segredo
sou a flor amorosa.
Em nós está o afã
pelo jogo poderoso
onde nós sabemos
que os dois lados
serão vencedores;
e que quebraremos
todas as barreiras
do autoritarismo
e seus cúmplices.
Nem mais as luas
de Júpiter duvidam
que sou a sensual
Lua no teu caminho,
a canção de amor,
e a peça mais bem
pregada pelo destino.
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