Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
INCÚRIA
Um dia a conta chega
E a ficha cai
O chão desaparece...
O equilíbriose esvai
Há sempre um preço a se pagar
Há sempre um erro a se acertar
Tanta incúria
Recebe a fúria
No vindouro, amargura
Agouro de agora é alguria
A mágoa no peito perfura
Contorce a procura da cura
Cara é cada dose... cada dor
Cada angustia também
E cada passo rumo ao seu futuro.
É uma vida que se refaz e desfaz seu monturo
Duro é o caminho em que se volta
Ao pisar nas pedras de sua ruína
Quando a liça é puramente genuína
A colheita no interior é a paz
Há um ar de tristeza quando chove
Frio, saudade e muta solidão
É uma melancolia que nos absorve
Nessa úmida desolação
Estamos nos reinventado
Erguendo dos escombros
Não deixe o assombro
Pesar-lhe nos ombros
À sombra do tempo
Plantamos a esperança
Eu quero ir para a Lua
Como posso chegar lá
Não sei o caminho, posso tropeçar
Uma viagem eterna
Tenho medo de me perder
Uma linha reta talvez, não, talvez não
Uma estrada esburacada, sim isso parece correto
Talvez eu me perca muitas vezes
É mais difícil do que fazem parecer
Perdi o meu guia
Não me esqueço desse dia
O Pescador disse
Astronauta você vai vencer
Ganhei um novo guia
Não me esqueço da alegria
O super herói disse
Levante a cabeça e volte a correr
Assumi o papel de guia
Mesmo não sabendo chegar
Incrível o que o tempo faz
O Astronauta está a envelhecer
Subam a bordo tem espaço
Literalmente tem espaço meus amigos
No que eu puder ajudar eu vou
Só me diga o que fazer
Não abandone a nave Capitão
O Astronauta está mais velho
Mas não se engane por favor
Ele ainda precisa de você
A quem foi abandonado no caminho
Esta trajetória teve muitos altos e baixos
Um dia feliz o outro triste
Não sei o que te dizer
Tinha um gato gordinho nessa nave Astronauta
Deixei ele pular
Esqueci o caminho
Esqueci o que queria ver
E como posso chegar lá
Voltamos para o início
Talvez tenha me esquecido da tripulação
Vi sua memória morrer
Mas vou celebrar as pequenas vitórias
O caminho esta mais claro
A escada para a lua está a minha frente
Eu preciso me mover
Oi Pescador
Não te esqueci
Eu quero ir para a Lua
Não tenho mais medo de me perder
no poema cabe revolta
pela injustiça do cotidiano.
uma voz gritando por liberdade!
no poema-vida-real
a guerra martiriza
o terror destrói
e o inocente paga caro
sem ter culpa,
poesia não é só amor e flores
é dor e devastação.
Na minha noite mais escura,
esconderam-se a lua e as estrelas.
No fim da caminhada, no abismo profundo, vi uma luz; seu nome é Jesus.
Um dia me perguntaram por que meus poemas não falavam de amor
E eu friamente disse que esse tema eu não conhecia
Meu peito cheio de ilusão me inspirava
E com muito remorso eu escrevia
E quando eu encontrei o seu amor
Meu coração demorou a entender
A real felicidade por trás de amar alguém
E esse alguém corresponder
Então você chegou de mansinho
Tão calmo, gracioso e paciente
E eu fugi discretamente
Assim, sem desculpa, meio termo ou explicação
Mas a terra deu sua volta completa
E o destino nos colocou frente a frente novamente
E quando eu te vi não sabia
Com que sentimento me aguardaria
E com o passar das horas me vi querendo
Reparar o erro cometido
Te olhei indiscretamente e aceitei que te queria comigo
Aquele beijo me tirou do eixo
E eu não sabia sequer disfarçar
A vontade que tomou meu peito
De ao seu lado ficar
…E permanecer…
Desse dia em diante eu tive a certeza
Que o tempo coloca as coisas no lugar
Que poderiam passar mil anos, mas no momento certo eu iria te amar.
E te amo
Te quero
E espero
Espero que enquanto houver vida
Que não me falte oportunidades para escrever
Sobre essa mágica sensação
De estar amando você
Que os segundos se tornem dias, meses, anos e infinitos
Para que tenhamos tempo suficiente
Pra viver esse amor tão bonito.
Te amo hoje e sempre, Renato Leitão Cardoso.
O Bordado das Horas
Neste véu,
fragilmente bordado de horas
de impermanente textura que se fazem dias,
o silêncio é reposto por palavras
emudecidas por dentro...
Agora,
guardar a quietude extraída
das esperas...
Mistérios Infinitos de Ser
Somos instantes
preenchidos de sentires refletidos
na infinitude busca
de ser.
Assim,
somos sempre,
mesmo quando a distância
ancorada na dúvida,
não diz nada
da nossa (im)perfeição.
tenho dores na mente
traumas incuráveis
existe a exaustão e o desgaste
empurrando-me ao fundo do poço
e uma parte dentro do meu coração
busca resistência
vencer o invencível
para alcançar a paz
que minha alma deseja.
Quadro tão lindo
cheio de ternura e magia
Me recorda Maria Eduarda
Assim tão pequenina
debruçada sobre os livros
como se dali viesse
tudo que lhe fortalecia
E é claro que isso acontecia
Tanta imaginação voando
estacionando aqui e acolá
Fez dela essa menina encantadora
de palavreado manso e sedutor
Ah, minha Dudinha tão pequenininha
Mas de uma imaginação tão grande
que saudades a vovó tem
Dessa sua infantilidade inocente
que preenchia a vida da gente
Hoje já mais crescida
Está quase adolescente
se deixar,
trocas o livro pelo celular
Mas o que ficou na mente gravado
com certeza é subsídio lacrado
que te direciona para uma escolha eficiente
escrevo sem sentido algum
não tem fundamento
é rebeldia pura com as palavras
e as leis ortográficas
digo que sou poeta
e ao mesmo tempo não
apenas rasgo o verbo
gritando o caos da minha mente.
"Laços Invisíveis"
Duas almas, destinos entrelaçados,
Caminhos que se encontram, corações unidos.
Na trama da vida, um encontro precioso,
Nasce uma amizade, verdadeira e pura, sem medida.
Compartilhamos risos, lágrimas e sonhos,
Em momentos de alegria, em instantes de medo.
Ombros fraternos, onde chorar e repousar,
Um abraço caloroso, que nunca se desfaz.
A vida nos leva, por caminhos diversos,
Mas laços invisíveis, nos mantêm unidos.
Na distância, a memória nos abraça,
E o coração reconhece, a presença da graça.
Amizade, tesouro raro e precioso,
Jóia que brilha, em nosso peito, sem igual.
Não há palavras, para expressar,
O valor de ter, um amigo verdadeirar.
Então, aqui estou, com coração aberto,
Para te dizer, quanto você é querido.
Nesta jornada, lado a lado,
Juntos navegamos, no mar da vida, com amor e fé.
Amigos são páginas de uma história,
Escrita com risos, lágrimas e glória.
Um capítulo precioso, para sempre.
iniciar o dia
batalha vencida
chama acesa
seguir a trilha
o coração-desespero
vendo o tempo correr
nessa vida quimera
que um dia vai acabar.
Ainda há esperança?
Ahhh esperança!
Ainda estás aí?
Disseram: “é última que morre”
Agora olho pra esgoto e vejo que é pra lá que escorre.
Quase por fim de acabar, quase sem acreditar.
Cadê tu esperança?
Realmente tudo o que eu queria era ser inocente como uma criança,
ser adulto todo dia, como cansa!
Mas sim, conte-me,
ainda tens esperança?
busco inspiração
em qualquer lugar
observo as flores
balançadas pelo vento
é tanta alegria
que parece uma dança
que contagia,
entro na festa
vivendo poesia.
Trazias nas Mãos a Rosa do Infinito
Trazias nas mãos a rosa
Do infinito.
Plantaste em mim
A eternidade...
Um Voo Sem Ruflar de Asas
E sei que nada de mim
É para sempre,
Mas quero a minha
Passagem bem leve,
um voo sem ruflar de asas
No anonimato do mundo.
Carta à minha Mãe
Hoje senti muito a tua falta, mãe.
Ontem também.
Os dias passam, mas
não apagam o reflexo do teu olhar protetor,
no caminho dos meus passos;
não esconde em mim a emoção
da tua eterna lembrança,
dançando nos espaços do meu relógio interior.
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