Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada

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Tu pensas que estou aqui para brincar
foca-te naquilo que eu vou-te contar.
Enquanto danças não consegues pensar
porque o teu mal é parar pa escutar.

Inserida por TiagoSuil

Desemprego

Desempregos, desempregos,
Expandiu. Expandiu,
pelos quatro cantos do mundo!
Homens ou as máquinas? Máquinas!
As máquinas apropriaram dos trabalhos
dos seus espaços, dos seus sonhos
agora tornaram dona do seu sono
e dos seus passos...
Sem máquinas... Sem café, sem pão
sem roupas, e até sem compaixão.

Desempregos, desempregos,
sob as margens da vida.
Brota como se fosse,
erva daninhas, paridas, ou bombas...
A matar de fome que toma a felicidade
que tromba com a esperança
que explode e arromba...
A vergonha de quem se toma.

Inserida por Amontesfnunes

⁠PANTERA NEGRA


Nela tudo me encanta:
Seu caminhar sedutor, sou sua mata.
Seu sussurro feroz é como ouvir Milton Nascimento...
Seu olhar de caçadora (caçadora de mim), que não espanta a caça: só dá o bote certo.
Sua cor preta tão reluzente, que distingue em meio as tigresas.
Sua boca: que preza! Me deixa comido (mas ainda sinto fome)
Tem um bom faro,
Que me encontrou.
Eu inverti a Cadeia Alimentar:
Fui caçar a Pantera Negra.
Até o eu-lírico do Milton,
Que só falta falar a língua dos anjos, tentou resumir:

"Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim"

Inserida por Machadodejesus

⁠Não é porque adora dias cinza
que é cinza por dentro.

Você mesma acredita não ter graça,
acha normal ser quem é.
Pensa que, o que tem de bom,
outros também têm.
Mas o que é ruim
(e todos têm algo ruim),
você amplifica.

Se digo que é alegre, você nega.
Se digo que é brilhante, contesta,
diz que seria arrogância concordar —
e eu nunca discordei tanto.

Quando questionaram seu brilho,
aí, sim, você acreditou.
Te viram triste, chorando,
e você se culpou.
Fez parecer que é sempre assim —
mas não é.

Não é porque está triste agora
que é essencialmente triste.
E não é porque não brilha para todos
que você não tem cor.

Por isso, quando a chuva cair,
o cheiro da terra subir
e um sorriso nascer —
porque adora dias assim,
lembre-se: essa é você,
tão alegre e colorida,
vendo luz onde outros só veem cinza.

Inserida por lucasmoretto

De forma poética
Passo uma idéia patética
Pro papel, busco inspiração, olho pro céu.

Um tonel de solidão
Em todos os cantos
Cada qual na sua função
Escondendo os prantos.

Letras tortas, papel reciclado
Falo de poesia sem sentir
Faltam sentimentos em todos os lados
Ódio ou frieza, não sei distinguir.

Inserida por brunoleitao

A flor do poeta

O néctar, a sua alma mais profunda
O pólen que germina em palavras
inspiradas nas tenras folhas esvoaçantes
os mistérios, dos perfumes das pétalas

As cores, o amálgama da beleza,
solidão misturada em fantasias
O caule que a brisa dobra
são sentidos que a poesia abriga

No outono, a flor do poeta
canta folhas secas, nostalgia
A sedução não é mérito da primavera
é o ocluso na bela flor da poesia.

Inserida por MariadaPenhaBoina

À Hanna

Hanna possui milhares de "amigos"
tem a Tina, a Lene,
talvez a Celine, Dora e Deusa também
é interminável a lista, impossível falar de mais alguém

Hanna política, artista
toca flauta transversal erudita
em perfeita melodia
mas, somente quando lhe convém

Conheço Hanna de touca
com sorriso cativante e olhar meigo
não é lá boa boca

Hanna é bem do tipo
não é do ambiente boa bisca
joga cartas com o amigo do amigo
e tira proveitos disso

Hanna necessita de estar em evidência
como não tem lá muita inteligência
só faz pacto com a demência.

Inserida por MariadaPenhaBoina

⁠Um resto de hora
varre os telhados
em despedida.

Como outros calendários
sucumbiram
em outros quartos de hotel.

Idêntica mentira: a noite
alonga o corpo da fera
no escuro das velhas ruas.

A viagem termina. O dia
fecha os olhos á própria água.
Devagar: sem protocolo.

Inserida por viviane_1

⁠Penduradas nos galhos
as maçãs prontas
serão mordidas.

As apressadas
apodreceram na terra.

Inserida por viviane_1

Me debrucei no papel,
Derramei o coração entre linhas,
Senti um aroma agradável,
Que cada palavra exibia,
E num leve sonhar o abraço da poesia,
Estava ali me confortando, e animando!

Inserida por ostra

Eu posso dizer com certeza,
Encontrei beleza
Nas reflexões.
Sempre que posso pego um vôo
Em um avião chamado poesia,
E chego a aterrissar num país
Chamado Imaginação.
Pois lá encontrei a inspiração
Uma DONA que nunca me ABANDONA.
E o meu Coração
Ela transformou em capital deste país,
Onde passo os meus melhores momentos!...

Então, me considero feliz!...

Inserida por ostra

⁠Quando estou calada,
sinto todas as letras ao meu redor,
algumas em larga caminhada,
formando frases de sonhador.
E eu, abraço todas elas com simpatia,
pois faço delas a minha poesia...

Inserida por ostra

Enquanto derramava o coração
em poesias, adormeci...
E quando acordei reconheci
teus versos escritos com emoção
na fronha do meu travesseiro!...
***⁠

Inserida por ostra

⁠Vou repetir minha frase:
"A grande faculdade é a vida,
os livros são as pessoas."
E com certeza, dois livros ficam
lado a lado na minha cabeceira, a Bíblia pra leitura e oração,
e tua poesia pra minha reflexão!...🤩

Inserida por ostra

⁠Eu espero que cada erro seu se transforme em verso
Que cada tristeza sua vire melodia
E que você aprenda a fazer um samba com a sua solidão

Inserida por prisavelar

⁠Corrida

Para onde e porque corre,
Sem rumo, sem direção,
Por pura satisfação,
Para aquietar a mente ou coração,
Pra esgotar toda energia,
99% da bateria,
e só sobrar 1% de poesia,
Corro enfim pra encontrar eumim.

Inserida por robertosim

Seusua

Sou seu, você é minhasua,
Sou sua música, você meuseu ritmo
Sou sua letra, você minhasua poesia.

Inserida por robertosim

⁠Nada

Nada de pensamento, no momento,
Nada de costas, ou apostas,
Nada de rima, puro movimento,
Nada de ritmo, melodia,
Nada de alegria, só poesia

Inserida por robertosim

⁠A vida é um hospital
Onde quase tudo falta.
Por isso ninguém se cura
E morrer é que é ter alta.

Fernando Pessoa
Quadras ao gosto popular. Lisboa: Ática, 1965.
Inserida por viviane_1

Estado Terminal

Com as mãos retalhadas pelo cabo da enxada,
o pai se despede do filho.

O coração cortado destino a nova cidade em busca
do canudo, o filho parte.

Sustentado pelo árduo trabalho da produção de mandioca
do pequeno sítio de seu pai.

Se aproxima a formatura, onde o desejo do pai ver seu filho
vestido de Doutor.

Dai a indiferença de seu filho que comentara na Faculdade
de que seu pai era um grande fazendeiro.

Já de regresso e Doutorado encontra seu pai no estado
terminal.

Uma massa tumoral instalou-se no corpo de seu pai,
não sendo possível salva-lo. Mesmo com a formação
acadêmica de medicina.

Inserida por harry001

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