Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
O recordar, mora numa casinha lá no cimo da cabecinha de um corpo que vive em comunhão de sentimento com o próprio pensamento.
É na infantilidade do meu pensar, que eu reconheço que ainda não perdi a alma de menino, a verdadeira.
Até hoje, ainda não consegui descobrir o mistério do silêncio, do olhar e da fala dos humanos. Só sei dizer, que os únicos seres de sangue quente que conheci ao longo do meu atribulado viver e souberam ler e entender as palavras não ditas pela boca dos meus olhos, foram os cães que tive e amei.
Eu nunca seria um ser humano consciencioso, se não fizesse perguntas a mim próprio antes de responder aos meus semelhantes.
Um poeta, necessita mais de inspiração e simplicidade do que regras estabelecidas por quem, se calhar, nem o era, não o é, e nunca o será, naturalmente.
Escrever, por vezes, torna-se um martírio sobretudo quando, sem querer, dizemos o que somos, sem maldades, nem filtros.
Tantas vezes dizemos coisas desacertadas, só porque tivemos preguiça de acertar o relógio do nosso pensamento e emoções.
A solidão, por força da sua presença constante na vida da gente, acaba por tornar-se uma amiga inseparável.
Quando a imaginada ficção se torna realidade nua e crua na vida da gente, de que vale duvidar da verdade?
Quando se quer tapar o sol com uma peneira, é bruta asneira que vai dar em tormenta, porque a peneira derrete ou rebenta.
É mais fácil amputarem-me as pernas que cortarem a raiz do meu pensamento e calarem a razão de eu ser assim.
Se eu amanhã não tiver a esperança noutro depois, é sinal que o meu hoje anda de mal comigo e não me dá futuro.
Porque será que os carniceiros dos talhos dos corpos e carnes que abatem no mundo, aventesmas com ares de loucos profetas, sempre renegaram o apelo sentido dos poetas?
Se eu dissesse que tenho à venda o meu destino a custo zero, seriamente estaria a fazer publicidade enganosa.
Quase sempre os olhos são o melhor espelho da alma, sobretudo após a ressaca de uma noite de vaporizações e euforias etílicas.
Enquanto houver cavadores de terras e mares, abrir-se-ão novos horizontes no espaço sideral prometido como redenção.
Quando vemos, ouvimos e lemos, mas ignoramos os males da sociedade, sem escrever sequer uma letra ou articular uma só palavra, ficamos a pertencer irremediavelmente ao clube dos mais covardes da história do mundo.
Se o meu destino tivesse sido de luz e ouro, nunca eu poderia ter escrito aquilo que gravei na escuridão da pedra rija e negra do meu ser.
Prefiro ouvir uma história mal contada por não saberem dizer melhor, do que uma história bem contada só para iludir o parceiro.
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