Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
Não é porque a sociedade formatiza algo como lícito que se torna legal de fato, pois nem tudo convém mesmo quando permitido o seja.
POLITICAMENTE CORRETO é um dos movimentos mais neuróticos e perturbadores da homeostase de uma sociedade.
Com sentimento de gratidão nos despedimos do ano que se finda e de boa vontade adentramos ao ano que se inicia.
Pessoas orgulhosas e teimosas permanecem cegas diante de si mesmas perdendo a vida real e o real da vida por uma vida fantasiosa.
Assim como as tatuagens e piercings não transformam as pessoas em marginais, ternos e gravatas não transformam as pessoas em éticas, honestas e decentes.
É melhor sermos odiados pelas mentiras contadas ao nosso respeito do que sermos amados pelas mentiras que tenhamos nós mesmos contado.
Nos contos de fada da vida real muitos príncipes viram sapos e voltam a morar na lama, pois não reconheceram as oportunidades que a vida lhes apresentou e nem os valores do outro.
Muitos humanos se orgulham de serem racionais mas vivem praticamente em estado vegetativo, inferior ao irracionais, sem consciência nem de si mesmos.
Homens e mulheres são dois seres completamente distintos, é raro haver sintonia absoluta. No mínimo, temos uma disparidade de aceleração de partículas. Cada um vai de zero a cem num tempo diferente. Além disso, a desaceleração para a reentrada na atmosfera também é diferente. Alguém deve ter feito isso de propósito!
Amizade é como uma casa construída aos poucos e com paciência, mas tem que ter chão, alicerce e consistência, pra durar pra sempre, ainda é como jardim, que precisa cultivar e adubar e até retirar as ervas daninhas. Amigo é pra aconchegar, agasalhar, beijar e bendizer. Ao amigo a gente oferece o que tem de melhor no coração, e quando não tem, finge.
Não deve haver satisfação alguma no fim, nem mesmo pela possibilidade de um novo recomeço. O fim é algo lamentável, como a morte de um sonho, e não deve haver orgulho em colecionarmos esqueletos, dentro ou fora do armário.
Reconhecemos o fracasso, sucumbimos ao egoísmo, ao individualismo e não fomos humildes o suficiente para cedermos, para descermos de um falso pedestal que nos coloca acima do outro, quando somos exatamente iguais, todos sujeitos aos mesmos erros e paixões.
A família é a célula que estrutura a sociedade, não o casamento. Este é uma instituição legal, um contrato de sociedade humana, regulado pelo estado. A família é a união verdadeira, motivada por interesses reais, muito além das paixões passageiras. O dever de casamento é uma imposição cultural ou religiosa, mas está mais do que provado que contrato, verbal ou escrito, não sustenta um relacionamento.
As Escrituras Sagradas representam um conjunto de livros apócrifos, escritos, traduzidos e mantidos mediante reprodução por cópia, por homens e, portanto, está sujeita a erros de tradução e interpretação. A fé é que dá à Bíblia uma condição de sacra, permitindo que seja interpretada como revelada por Deus. A fé tem esse dom incrível de permitir um elo entre a realidade humana e a divindade, imaginária ou não.
Um país sem terremoto, furação, maremoto, avalanche ou tsunami, tinha que ter os políticos que tem, afinal não existe lugar perfeito.
As nossas crenças precisam ser individuais e privativas e não apenas socioculturais. É preciso crer com ceticismo, porque em tudo temos descrença e desconfiança, do contrário aceitaremos os falsos milagres, as falsas profecias e os falsos profetas.
Não creio em um Deus que esteja à nossa disposição para fazer tudo o que queremos, em troca de pagamento aos seus pretensos representantes. Se Deus existe, só ha um lugar onde ele possa estar e é dentro dos nossos corações.
Como eu faço para ver o “big bang” ou a grande explosão que teria dado origem ao universo? Na ciência não se admite a crença: uma experiência precisa ser provada em qualquer tempo ou lugar.
Tudo o que você lê no mundo exterior são informações, a verdade só vai existir dentro de você, quando for capaz de processá-las, transformando-as em conhecimento.
Se deixarmos de lado a discussão da fé e a religiosidade, poderemos observar que as igrejas prestam algum tipo de serviço social, como outras entidades sem fins lucrativos e clubes associativos. A construção do local de reunião e a contribuição para manutenção das suas atividades básicas não representam um desperdício, ao contrário da remuneração dos dirigentes, isso sim é jogar dinheiro pelo ralo. As igrejas se tornaram um negócio lucrativo, com a mercantilização da fé. Mas nem pense em mudar isso, essa praga já se alastrou por todo canto e tem raízes em todos os poderes. A liberdade de culto e de expressão tem um preço, e muitas entidades religiosas, antes sem fins lucrativos, agora não passam de empresas geridas por alguns gatos pingados.
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