Poesia de Sigmund Freud
Os tormentos causados pelas censuras da consciência correspondem precisamente ao medo da perda de amor, por parte de uma criança, medo cujo lugar foi tomado pelo agente moral.
É inerente à natureza humana ter uma tendência a considerar como falsa uma coisa de que não gosta e, ademais, é fácil encontrar argumentos contra ela.
Mesmo coisas que parecem completamente esquecidas estão presentes, de alguma maneira e em algum lugar, e simplesmente foram enterradas e tornadas inacessíveis ao indivíduo.
As mesmas impressões que esquecemos deixaram, todavia, os mais profundos traços em nossa vida psíquica, e se tornaram determinantes para todo o nosso desenvolvimento posterior.
O amar em si, na medida em que envolva anelo e privação, reduz a autoestima, ao passo que ser amado, ser correspondido no amor, e possuir o objeto amado, eleva-a mais uma vez.
A intolerância dos grupos é quase sempre, de modo bastante estranho, exibida mais intensamente contra pequenas diferenças do que contra diferenças fundamentais.
O superego surge, como sabemos, a partir da identificação com o pai, considerado como um modelo. Todos os aspectos de tal identificação compõem a natureza da dessexualização ou mesmo da sublimação. Parece então que, quando uma transformação deste tipo acontece, ocorre ao mesmo tempo uma difusão instintual.
O medo frente ao desconhecido, ao diferente, é menos produto daquilo que não conhecemos do que daquilo que não queremos e não podemos reconhecer em nós mesmos.
Sintomas revelam-se como representações convertidas de fantasias que têm por conteúdo uma situação sexual.
O valor da transitoriedade é o valor da escassez no tempo. A limitação da possibilidade de uma fruição eleva o valor dessa fruição.
O psicanalista se autoriza a clinicar quando se coloca na posição de sujeito, que além de fazer análise, caminha para além das descobertas freudianas e de seus dissidentes.