Poesia de Pureza
O filho vem.
O tempo passa.
Ele nasceu pro mundo —
do ventre pra fora,
de dentro do peito.
A vida pulsa na rua.
Preparar, educar,
deixar voar,
ensinando a abrir as asas
e a entender a direção do vento.
Todo filhote tem seu próprio destino.
Todo pai tem seus dias contados —
na vida e na tutela.
É tempo de deixar crescer.
É tempo de deixar que ele
faça seu próprio caminho.
Trama
Os pontos, ligados por tramas.
O fio faz roupa,
faz tapete voador,
corda de amarração.
O fio é forca —
no suicídio,
ou na punição.
O fio é cordão que alimenta
a vida em formação,
a informação.
O ponto é a partida.
O corte, a separação.
O choro, a notícia:
chegou nova estação.
As cores da paisagem
há cores na estação.
O trem partiu no horário
levou você,
ficou partido o coração.
Toda parte é só metade,
toda partida, solidão.
Sinto tua falta,
mas preciso — com razão —
abrir de novo o coração,
achar outra parte,
partir
pra nova estação.
Tudo é movimento
a água vira vapor,
vira gelo que espera,
vira rio que leva e lava,
vira chuva que cai e rega.
tudo é transformação.
fases,
estados,
o mesmo corpo em transição.
a matéria muda —
não se perde,
se refaz.
a essência escorre
pra nunca mais
ser igual.
A terra, o barro
a mão divina molda o homem.
o homem moldado
cria com imaginação:
faz o tijolo,
o artefato,
o vidro,
a edificação.
a casa que acolhe,
o muro que cerca,
a ponte que atravessa,
a plataforma que eleva.
do pó que vira forma,
do gesto que vira chão —
Deus sopra essência,
o homem faz invenção.
e assim,
a terra respira arquitetura:
matéria que sonha
em cada construção.
POeMA DE SEGUNDA
A semana começa.
O dia termina.
O tempo voa.
Sexta chegou —
e o tempo foi pouco.
Sábado passou,
domingo é sala de espera pra segunda.
Tudo recomeça.
A roda gira:
tempo, trabalho, tropeço e o vôo.
E a vida?
Bilhete de ida
pra um tempo qualquer
Pra uns, curto.
Pra outros, um pouco mais.
No fim,
somos só isso:
passageiros do tempo,
com hora marcada.
O Congresso Nacional custa R$ 10 bilhões por ano aos brasileiros para funcionar três dias por semana. Se os parlamentares trabalhassem remotamente, quanto custaria?
Benê Morais
Qual é o poder que o poder tem?
Quando o político assume o poder,
não quer entregá-lo a ninguém.
Benê Morais
Se não vês Deus no brilho inocente de uma criança,
ou na luz mansa do sol que nasce,
não o verás em nenhum outro lugar.
Poema
Memórias e Arrependimentos
Nunca vou esquecer de como,
Arrependi-me das minhas escolhas.
Nunca vou esquecer de como,
Vivi para os outros, sem forças.
Nunca vou esquecer, quando mais precisei,
Não tive apoio, fiquei sem amparo.
Nunca vou esquecer que as pessoas
Só veem a utilidade, sem reparo.
Nunca vou esquecer de quando precisei
De ajuda com algo importante.
Nunca posso ser ajudado,
Sigo só, cada instante.
Arrependo-me por ter escolhido
Viver dessa forma, sem alegria.
Hoje, minha vida é um lamento,
De outrora, só nostalgia.
Quando o Medo Chegar
Quando o medo bater à porta,
E as sombras se alongarem à noite,
Lembre-se do brilho da aurora,
Que dispersa toda a desdita.
Caminhe, mesmo com a alma tremendo,
Pois a coragem não é ausência de temor,
É avançar, mesmo vacilando,
É encontrar força dentro da dor.
Nos momentos de maior incerteza,
Quando o coração parecer falhar,
Respire fundo e siga em frente,
Há um novo horizonte a desvendar.
E se o caminho for árduo e tortuoso,
Lembre-se que a jornada é o prêmio,
Cada passo é um triunfo grandioso,
Continue assim mesmo, um passo de cada vez.
Viver ou existir é paradoxal. Todavia, duas são as persecuções na vida: objetivos e proposito.
Quem vive por seus objetivos, é como quem vai a igreja como pedinte: interpreta Deus. Daí, vai lá pra angariar uma benção oportunista, que satisfará durante um tempo a sua querela ou queixume;
decerto que os objetivos são coisas que queremos para breve ou que almejamos realizar a certo tempo, e sempre ao sufrágio de alguma "benção" da vida, seja pelo esforço ou "graça"; já o propósito, é aquilo que nos define.
E sendo assim, o propósito é como o ato de ir a igreja para exercer a "gratidão" por sublimação do Divino; uma pauta das convicções que regem a existência; e ante a luz reveladora da perseverança, viver o louvor do reconhecimento e consciência das finitudes materiais; a sapiencia de coisas que a morte não vai jamais mitigar. Eis então que o propósito refoge a alma das coisas deste mundo.
Cuida, pois, vijiarmos as persecuções de perto; e espiar atentos, em qual delas mais nos empenhamos.
(Victor Antunes)
Faz-me ouvir a tua voz, ó Deus.
Faz-me, ó Deus, sentir a beleza do teu olhar.
Resplandece, ó minha alma, o brilho do olhar do teu Deus, Senhor.
Ó beleza imensa,
a ti anseia minha alma e todo o meu ser.
Busco-te nos campos dos lírios,
nos pastos serenos,
no silêncio onde tu repousas,
onde o amor habita
e a fonte eterna jamais se apaga.
Pai, em Nome de Jesus, eu declaro que creio no Sacrifício de Jesus na cruz para me salvar, e na Sua ressurreição. Por isso, eu te peço perdão pelos meus pecados e que o Mesmo Sangue derramado na cruz cubra toda a minha vida e me purifique de todo pecado e injustiça.
Eu confesso Jesus como Meu Único Senhor e Salvador e recebo o Teu Espírito Santo em meu coração para que, a partir de hoje, eu me transforme na pessoa que tu desejas que eu seja.
Endireita os meus caminhos, Senhor. Escreve o meu nome no Livro da Vida e me faz um participante da Tua Herança Eterna.
Em Nome de Jesus, quebro todo o vínculo que eu tenho com as trevas para aceitar Jesus como Meu Único Senhor. Amém.”
Pobre e miserável é o meu coração,
que custa entender o poder do perdão.
Mas, com Ele, sinto que há cura na reconciliação.
Pela manhã saio antártico, à noite volto aquático. Eita, clima doido esse de São Paulo, meu Deus!
Benê Morais
minha dopamina cacheada I
ainda que me drogue
eu não mudaria meu vicio
continuaria dopado
viciado, em tal sentimento.
um cão preso em canil
com sua vontade de fugir.
e ainda que o joguem ossos
ele não morde com vontade
mas com saudade, de seu viver
de tal desejo infantil
admito que o vejo correr
livre.
e me lembro de tal dia
que eu parecia correr
como um cachorro no cio
direto pra você
enquanto tento não enlouquecer
dopado de dopamina.
dopado de você!
Queremos tudo sem oferecer nada
Queremos respeito sem respeitar
Queremos amor sem amar
Queremos cuidado sem cuidar
Queremos abraços sem abraçar
Queremos proteção sem proteger
Queremos abrigo sem abrigar
Queremos visita sem visitar
Queremos comer sem plantar
Quremos ajuda sem ajudar
Queremos falar sem ouvir
Queremos ser visto sem vê
Queremos passar sem estudar
Queremos vencer sem lutar
Queremos viver sem sofrer.
Quando olho para retrovisor da vida percebo o quanto Belchior estava certo ao afirmar que:
"Apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos
e vivemos como os nossos pais."
A mídia capitalista coloca burguesia contra periferia, periferia contra burguesia, hetero contra gay, gay contra hetero, branco contra negro, negro contra branco, escravo contra escravo...
Políticas afirmativas foram feitas para reparar, mas a mídia usam para separar.
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