Poesia de Pais de Pedro Bandeira
A poesia te busca na escuridão,
Estou no exílio, e só na imensidão;
Sem a tua companhia o ar é solidão,
Vivo procurando por tua atenção,
Um pedaço teu é do meu coração.
O coração erradio busca pelo teu colo,
Está na hora das nossas destrezas,
Desfrutaremos de todas as sutilezas,
Estrearemos o nosso espetáculo íntimo,
Com uso e fruição de todas as belezas.
A aventura que busco é a alegria
Renovada a todo instante e a dose
Equilibrada entre elegâncias
E as boas safadezas
- nossas -
Poéticas indecências,
Nirvanizaremos as nossas malemolências.
A abóbada celeste incita que eu escreva
Daqui do exílio tudo isso e mais um pouco:
Ela tem um pouco dos olhos do tripulante
Dos meus sonhos e desse desejo
Que se expande deliciosamente louco...
Surgiu um pedido
teu por poesia
Como um luminar
descido na terra,
Perfumando
a atmosfera íntima.
As tuas palavras
são um par de tentação
Plenas de provocação,
não temo ser tua,
E sei que não é vão;
irei mergulhar inteira
No teu coração.
Fazes o quê bem
queres de mim,
Bem, sabes que
estou em tuas mãos,
Estou sob o jugo
da tua sedução,
Dizer que estou aborrecida:
é o jeito que criei
Para ser atendida,
é o meu grito
Poético pedindo
para ser por ti aquecida.
Bem sabes que o teu
eu Dionísio
Pegou de jeito
a Atena distraída,
Ela estava adormecida, e se viu
de estalo renascida
Colhendo o lírio
mais precioso: o teu lindo amor
Para que não te
ponhas em retirada,
Ela te abrigou no Olimpo - protegido.
Para não se fazer
por ti esquecida,
Ela mudou o olhar
perante à vida.
A poesia não sumirá,
ela surgiu com a tua
Lira poética
que é capaz de fazer de Atena
Uma poetisa do doce
transe de ti - endoidecida.
Perfumada, arrepiada,
apaixonada, apimentada,
E nem por um instante
arrependida de pertencer à ti.
Atena, deusa vestida
de versos intimistas,
Despiu-se desavergonhadamente,
enluarou-se dionisicamente,
Lançou-se desejosamente
para satisfazer como um lírio branco
O teu desejo
ardente por poesia.
O amor de Atena e Dionísio
é cercado por todos os lírios:
poéticos, iriais, épicos, musicais, Espirituais - e infinitos...
Estamos construindo
a nossa poesia
Experienciando todo dia
Sabemos que nos viver
é sabedoria
O mais saboroso
do amor é livre
O nosso voo é
acompanhado
Sabemos que o nosso
amor é sagrado
Estamos nos conhecendo
pouco a pouco
Aprendendo um com o outro
Diariamente nos amar
nunca será pouco
Saber que você aprecia
a minha poesia
É a melhor forma
de me querer
Não deixa de ser
um jeito
De cumprimentar o dia
Somos dois anjos flechados
e ensolarados
Vivemos projetando beijos
O Universo mantém
os nossos corações Irradiados
Escrevo meus lamentos no papel,
Finjo que é poesia,
Ou algo parecido.
Vou mastigando meus sentimentos a contragosto,
Reprimindo as dores que apertam o peito
Por amar e não ser amado.
Tá aí o motivo de eu não gostar de matemática:
A soma do amor,
Em certas ocasiões, é injusta
E nunca resulta no que desejamos.
A tristeza virou poesia
Cada lágrima, uma nova canção.
E no lapso daquele absurdo
Renovei o meu coração...
Nesse mundo,
assim como é...
todo dia
a palavra perdida
mata a poesia da vida...
ou a poesia encontra
a palavra certa
para sobreviver...
Nesse mundo
árido e ruidoso,
a cada dia morre
uma poesia,
estrangulada
pela palavra errada
fria, vazia, desalmada...
Mas às vezes,
num sopro de lucidez ou milagre,
a poesia se ergue das cinzas,
encontra a palavra exata,
e respira vida...
Nesse mundo imperfeito,
há dias em que as palavras
se perdem
e a poesia se cala,
ferida...
Mas quando uma palavra
encontra o seu lugar
no coração do verso,
a vida volta a pulsar
em forma de poesia...
✍©️@MiriamDaCosta
A poesia, todavia,
traz alegria e tristeza,
se o sentimento
expressa o momento, com a certeza do tempo.
Acontecimentos
marcam, com lápis e canetas,
nos papéis da vida —
essa jamais obsoleta —
tratando de histórias vividas.
A Crueldade da Poesia
A poesia é uma fera que lambe o sangue que ela mesma faz jorrar.
Finge consolar, mas apenas prolonga o suplício.
Diz que salva — e salva mesmo —
mas do modo como um naufrágio salva o mar: afogando.
Ela exige do poeta o que o mundo não ousa pedir:
a própria carne transfigurada em verbo,
a memória queimada até virar luz,
a alegria ferida até soar como canto.
O poeta, escravo e cúmplice,
aprende a sofrer em métrica,
a chorar com ritmo,
a morrer devagar, para que o verso viva.
E quando a palavra enfim o liberta,
já é tarde:
a poesia partiu, deixando-o vazio,
com a alma exaurida e os ossos repletos de beleza.
Porque toda poesia é uma crueldade sagrada
e o poeta, o único animal que agradece
por sangrar com estilo.
A Crueldade da Poesia
A poesia me abriu o peito
e pediu meu sangue.
Quando a entreguei,
ela leu em silêncio, sorriu
e foi embora.
Fiquei ali,
com o coração pingando,
verbo amputado, sem sentido,
entendendo — tarde demais —
que a poesia não consola,
nem o poeta, nem a musa.
Poeta não é herói:
ela o consome,
o destrói.
O galo não é despertador, é poesia,
Cantando o início de mais um lindo dia.
E o cheiro... ah, o cheiro! Café em brasa,
Se misturando ao perfume que mora na casa.
O bolo de milho, de receita guardada,
Era a ponte doce da vida adoçada.
Mas nada, nada superava o calor
Do abraço da Vó, feito de puro amor.
No colo macio, o tempo parava,
Tudo de ruim ali se apagava.
Saudade que pulsa, lembrança que fica,
Daquele tempo onde a vida era rica.
Na poesia, existe um propósito.
Escrevo incansavelmente:
Um refúgio que encontrei,
O ar que respiro
Nos dias turvos e densos.
As palavras tocam a alma
E derramam amor.
Um dia,
eu sussurrei à brisa
que queria escrever uma poesia...
Logo depois,
ela voltou para me arrastar
num vendaval de versos...
Certa vez,
eu confessei à brisa,
quase em segredo,
meu ( constante) desejo inquieto
de parir uma poesia...
Mal terminei o sussurro
e ela voltou feroz, decisa,
me puxando pelos pulsos,
me lançando inteira
num vendaval de palavras
que me cortavam e me curavam
ao mesmo tempo...
Um dia,
eu murmurei à brisa
que meu coração ansiava
por escrever poesia...
Ela ouviu.
E, suave como quem conduz um destino,
voltou para me tomar pela mão,
erguendo-me delicadamente
num bailado de versos,
onde cada sopro
era um convite para sentir
e cada palavra
um abraço do vento...
✍©️@MiriamDaCosta
Poesia: Segunda-feira de Silêncio
E de repente, do nada,
as mensagens se desfazem no ar.
Sumiram sem aviso, sem adeus,
levando memórias que custei a guardar.
Foram-se nossas conversas profundas,
as risadas bobas de madrugada,
os desabafos, as confissões cruas,
as palavras que curavam a alma cansada.
Ali estavam pessoas que já se foram,
vozes que hoje vivem só na saudade.
Cada linha era um pedaço de vida,
um retrato antigo da nossa verdade.
Tantos anos jogados no vazio,
como folhas ao vento de agosto.
E agora, o peito é um quarto escuro,
onde só resta o eco do que foi exposto.
Que dor, que tristeza me toma,
numa segunda-feira qualquer, sem sinal.
E tudo parece tão banal…
Mas pra mim, foi um final.
Só restam lembranças na mente,
teimosas, frágeis, quase ausentes.
Mas são elas que me mantêm de pé,
quando o passado insiste em dizer:
"Ainda estou aqui, mesmo que ninguém mais me leia."
Ler poesia pode até ser uma
terapia,mas não substitui uma
boa consulta psicológica pra
quem não tá de bem com a vida.
Minha Vida... Meu Lar
Meu campo é minha poesia
Ao som dos pássaros posso rimar
O verde da mata me inspira
Para nas sombras das árvores poetar
Em cada planta brota um verso
O campo vira cordel
Na Minha Vida... Meu Lar.
Poesia ao "meu" Pará
Sou filha desta amada Terra
De diversidade natural
Onde o vermelho de sua bandeira
Representa suas lutas
Trago no meu sangue suas culturas
Por ser filha desta amada Terra
Por ser filha do "meu" Pará.
Tens saborosa culinária
Desde o pato no tucupí até o tacacá
E suas frutas regionais
Admirada no Pará inteiro
Como bacaba, pupunha
E o açaí: o fruto negro.
Encanto-me com teus cantos
E me embalo em tuas danças
Como o xote, carimbó
E seus rítmos calientes
Que danço acompanhada ou só.
E suas lendas que fazem parte
Do imaginário popular
Como a lenda do curupira
Do boto e do guaraná
Faz reunir os amigos
Para na porta da casa contar
Contar suas lendas
Cantar seu hino
E fazer poesia ao "meu" Pará.
Poeta.... poesia.
Poeta também
Ora e chora
Explica e complica
Silencia e grita
Insiste e desiste, mas
Ama e não finge...
Primeiro dia do ano com poesia:
Sabe aquele sentimento que tu despertou há uns anos? Continua vivo e pulsando no meu coração. Você foi a melhor escolha que ele já fez, deve ser por isso que, quando se fala em amor, ele logo já diz seu nome.
A poesia é o que dá sentido a nossas vidas
A poesia vive em uma linha tênue
Entre a alegria
Entre a dor
As maiores alegrias são narradas em poesias
As Maiores desgraçadas são narradas em poesias
A eterna linha tênue que divide a poesia
Talvez seja isso que a torne tão incrível
Tão perfeita
Tão única.
O que seria a vida sem suas eternas desgraças
O que seria sem suas eternas alegrias
A vida é um peça, e nós seus eternos atores.
POESIA O CAMINHO DELIRANTE
Por necessidade sempre ando
por este caminho ao pé da montanha,
vejo o verde da manhã me perfumar de sua essência que exala romantismo, vida, uma fragrância conhecida...
Ah, reflito neste silêncio;
como eu queria parar o tempo bem aqui agora,
Poder lhe sentir, poder te olhar, beijar, depois de anoitecer, dormir nos braços da montanha sem acordar, é meu sonho, vai tempo, pare bem aí, faz essa noite perpétua...
Para que ninguém não me afaste de ti,
Para que não amanheça, converso com as estrelas sobre minha necessidade,
quem sabe elas atendem meu delírio ?..
Sempre no caminho da montanha eu vivo ...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
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