Poesia de Desabafo de Vinicius de Morais
*OLHAR E SORRISO*
Como nos inspira,
O olhar de uma criança,
Que transmite pureza,
Plena confiança!
Ela não guarda mágoas,
Nem perpetua tristezas,
É livre para amar,
Não tem medo de se entregar...
Mas, o tempo passa,
Concedendo experiências,
Mudando o olhar puro,
Removendo a inocência.
O medo, que não existia,
Começa intimidar,
Afinal, já não é tão fácil,
Perdoar e abraçar.
Uma entrega irrestrita,
Não pode mais acorrer,
Alguém traiu a confiança,
E se de novo acontecer?
Então, começo a pensar,
Como é sincero o sorriso,
Que a criança carrega,
Refletindo tanto brilho!
Percebo que a simpatia,
Está atrelada ao olhar,
Uma visão tão pura,
Que não deixa a vida embaçar.
Como ela nos mostra,
O caminho da felicidade!
Conduz os nossos passos,
De volta à simplicidade.
A leveza da jornada,
É pela ausência de fardos,
Assim, podemos correr,
Sem sentir tanto cansaço.
*Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. Mateus 18:4*
✒️ Autor: Vanessa Ribeiro
Árvores desnudas
galhos esqueléticos
um dia cheio de folhas
folhas que o vento levou
galhos que um dia acolheram visitantes
pássaros que ali fizeram seus ninhos
pássaros saudosos
empoleiram nas extremidades dos galhos
hoje secos ,
cheio de cicarizes,
marcados pelas intempéries
Árvore amiga, sempre acolhedora
Árvore que lamenta
as atrocidades feitas
não só pelo tempo
Mas também pelas mãos do
homem,
insensível, arrogante, prredador
Ah, homem !
Sábio,
inteligente...
Ignoras que a natureza
nosso maior bem
Supre todas nossas necessidades
mas não supre sua ganância .
O preço é alto
Irreversível
editelima60
DIVERSAS FORMAS DE DIZER: EU TE AMO!
Adoráveis paisagens,
Recordam a tua grandeza,
Nos toma pela mão,
Mesmo em meio à pequeneza.
Tantos livros inspirados,
Por homens conectados,
A tua vida manifesta,
Forte poder interpreta.
Doces músicas divinas,
Já tocadas por arcanjos,
Acalenta nossa alma,
Removendo todo pranto.
Pregações permeadas,
Da unção do teu Espírito,
Tem o poder de nos tocar,
Nova energia entregar.
Olha o movimento,
Do corpo que se expressa,
Em dança, um instrumento,
Beleza que exubera.
Obrigada pela poesia,
Abre a cortina do valor,
Demonstra seu cuidado,
Quando atribui favor.
Teu amor se expressa,
Desde o céu está gritando,
E nos ouvidos sussurras:
Filho meu, COMO EU TE AMO!
Tatuagem
Fizestes dos meus sentimentos um grande parque de diversão.
Jogastes sem ressentimento com o meu coração desatinado.
Brincastes vai e vem, de pega e ioiô com as minhas emoções
Fostes leviano ao vadiar de o gato comeu e de lobo danado.
Fizeste-me tua escrava por puro prazer ou por pirraça.
Tatuastes a minha terna alma desavisada com o teu ferrete
uma marca tão corrosiva que me destroçou a carcaça
Ficou por dentro a cicatriz cravada como lembrete.
Golpeaste profundo um coração sonhador.
Feriste à frio, à ferro e fogo o teu aconchego
que ressentido, fechou-se submerso em dor,
tatuado na bagagem, com marcas do desaconchego.
"Assim quando tão menino,
ver o mundo me assustava,
porque quanto pequenino,
o crescer nos excitava.
Ao encarar e ver de frente,
o descobrir de algo novo,
se encantar com o diferente,
o esperançar, e o renovo."
Desajeitadamente eu deito e rolo!
Um dog doido dentro desse bardo.
Ah! Sabes que te tomo como musa
a cada linha, verso, pé composto
que posto para a ti dizer: te amo?
"Vivemos em clausura,
libertos porém,
pois não são chaves ou portas,
os grilhões do que nos detêm.
A alma quando se cala,
o corpo adoecido fala,
e o sangue já não mais pulsa,
exceto pela dor que nos expulsa,
de sermos o que sonhamos,
sorver o cálice do que gostamos,
violentados pela eterna impostura,
de vivermos em clausura."
Fazer aniversário
é bom, sempre será,
significa estar vivendo,
embora mais velho estará
Parabéns pelo seu dia
especial do nascimento
e tenha muita alegria,
festeje a vida a cada momento !
cartas para você II :
me perguntam sobre o que eu sinto
e eu pergunto se querem mesmo saber
parece estranho
difícil de entender
tenho poemas guardados
sobre coisas que eu gostaria de fazer
sobre sentimentos fraudados por você
MAZAMERA SEFREU
Olhei o horizonte
Era depois do paraíso
Quisera lá estar, não importava a distância
Quisera lá chegar a todo custo
Não me importava o prejuízo de correr rumo ao paraíso,
nem que para isso eu tivesse de ajoelhar
Haviam lá rosas
Tão belas quanto o brilho do teu olhar
Eram meigas e húmidas, parecia que as chuvas dos teus beijos acabavam de as molhar
Não sei ao certo
Se de concreto eram belas quanto tu
Mais que de concreto o teto do meu amor estava coberto
O ar era parecido com teu andar
Era lindo, lento, belo e louco de se acompanhar
Ah, belos pés os teus
Teu rosto é lindos de até os cowboys tiraram os chapéus
És tão linda, tanto quanto o céu
Tua beleza é rara, à ninguém mais Deus deu
Por ti eu caio, me rasgo, me rendo assim como colono se rendeu
Tu és normal,
Tua beleza é encantadora,
Deve ser por isso que Mazamera “sefreu”...
Havia pressa para chegar
Para agora parar.
Se páro, a urgência surge para libertar
Mais um degrau feito de ossos.
Os meus ossos
O meu coração e os meus músculos.
Todo o meu mundo.
Todo o meu corpo.
Tudo ligado, sem espaço.
Tudo coeso.
Carne viva, vermelha, sem cor.
Movimento sem corpo
Momento sem dor,
Cristalina ansiedade que agora chegou.
Sem propósito nenhum?
Se era urgente, chegou.
E aqui ficou. Vertical, do princípio ao fim.
Abriu-se dentro de mim. Espalhou-se.
Serei refém?
Agora é bom
Um movimento de cada vez.
Toma o teu tempo,
Agarra a carne.
Fio de cima abaixo.
E escorre-o a ver onde vai parar.
Lá dentro, como num túmulo, jazem flores vivas
Pétalas vibrantes
Cores desassossegadas
Nutridas por lágrima secas...
Olhos mudos
Garganta fechada.
Só o ar me dá a mão para não deixar fugir esta solidão.
Silêncio.
Quero ouvir. Só oiço o que está aqui fora
Por dentro nada.
Escuto atentamente.
Respiro. Respiro novamente com consciência do que estou a fazer.
E volto a escutar.
Sondo: varro tudo dentro de mim.
Nada.
Tudo sereno. Só tenho percepção do movimento do tórax: dilata, expande, e colapsa controladamente.
Fecho os olhos para melhor sondar.
E ponho-me novamente à escuta.
Espero.
Só a presença do nada aflora.
Fico na presença.
E escuto então: vem de dentro, das paredes interiores, a vontade de partilhar. Porque partilhar também é ser. Ser no mundo.
O mundo dentro de mim.
O ser que sou na presença desse mundo.
Só sou eu a ser presença.
A vontade de ir regressou até às suas origens.
E eu escuto novamente a presença desse nada.
Nenhum verbo serve.
Nenhuma acção...
A presença não é. Está!
Estar é consciência das paredes de onde nasce a origem.
Escuto novamente. O peito dilata, expande, retém. Para colapsar, de seguida, controladamente.
O que saiu, escapou. Existiu!
Sou, sem ser.
O que ser quando aqui sinto que sou?
Imponente.
Como caber?
Poder.
Como mexer?
Intrigo-me.
Como é que ali está?
E vivo. De todo o tamanho que ocupa Ser.
E ali está. Ali habita.
Ali faz parte.
Aqui é possível - desafio das leis das física.
Mas ainda luto com limites de tão absurda que é a existência para a conter dentro de mim.
Ouvir as negruras
Que seguram as minhas paredes.
Estou nessa presença
Sentir o que foi construído
Ruínas em cima de ruínas
Ruínas novas
Mostradas com vaidade de quem não tem nada para mostrar.
São olhos vazios que tudo engolem
Olhos absortos, viscerais
Olhos ligados ao coração
Olhos bombeados, angustiados
Apertados.
Dos escombros teimam em sair devaneios lúcidos.
Ruínas perdidas, caídas
Levantadas com fulgor de um último grito.
Sempre último
Sempre presente
Nunca ausente.
Grito sempre seguro por estas paredes nascidas
Nestas ruínas crescidas,
Fortes, levantadas, esforçadas
Ora presentes, ora ausentes.
Há Aqueles que veem somente o corpo.
Porque perdidos da alma.
Do mundo. E do mundo da alma.
Os abissais. Os fatiados e fatídicos. Aqueles.
"Viver e' viver.
Onde vives?.
Viver não e' morar!..
Onde moras?.
Morar e' ainda viver, mas aonde morar?.
Nem sempre moro no mesmo lugar, mas
sempre vivo no mesmo lugar.
Há muitas moradas e somente um viver...
Os outros viveres são sobreviveres.
Diante do inevitável, fantasiamos uma sobrevida.
Há ainda outro viver que e' aquele que transcende
o ser e reside no pensamento, depois de desgarrar
da certeza existencial e buscar acalento na poesia da vida.
No limiar do instinto desperta a intuição que funciona com
a liberdade do pensar.
_assim diz um viajante do tempo.
Simples Olho Castanho
Está de madrugada, não consigo desligar minha mente
Será possível que esse simples olho castanho vai meche com sentimentos destruídos?
Sentir meu coração bater mais forte, e o meu corpo arder, meu estômago com as malditas borboletas...
Essa sensação.. A quanto tempo..
Esse simples olho castanho, está ausentando o caos que existe em meu coração..
Garoto, por favor só me deixe olhar esses teus olhos que brilham com raios de sol
antes que a escuridão em mim não me deixe mais ver a luz do sol.
A dificuldade de uma confiança,
oprime a felicidade,
agoniza nossa alma,
oprime nossas mentes,
nos submete a infelicidade.
O passado é o culpado,
as nossas inseguranças,
os nossos bloqueios.
Amar...
Nos liberta da culpa,
da desconfiança.
Mas, amar...
Nos trás riscos,
é como um oceano revoltado
se você se debater de mais, morrerá.
Mas se ter a calma, viverá.
Amar não mata,
mata quem se deixa morrer.
Pensei que pensava meus pensamentos, até pensar que os pensamentos
que pensei não eram meus se pensados por aqueles que pensaram antes de mim.
Ao pensar assim me senti pensando fora das regras e agora o que vão eles pensar de mim?
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