Poesia de Cora Coralina aos Mocos

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As rosas vermelhas representam amor, respeito, alegria, são as ideais para se oferecer a alguém, que esteja apaixonado, pois, as rosas vermelhas trazem, com elas, um certo encantamento...

Tem um pensamento de Winston Churchill que sempre me leva a não lamentar as "garrafas quebradas" pela vida afora: 'ATRAVESSANDO O INFERNO, NUNCA PARE OU OLHE PARA TRÁS...SIGA SEMPRE" - é mais ou menos isto.

Certa vez... faz muito tempo... me vi face a face com a Realidade e a achei tão cruel e desalentadora que tive o máximo cuidado de evitá-la.

⁠Eu acredito que a amizade verdadeira pode salvar, curar e resgatar almas perdidas e corações partidos. Ter pessoas que nos apoiam, que lutam, que choram, que riem e sorriem conosco, é o melhor remédio para qualquer tristeza.

Olhares trocados

Há tempos que tão te via
Fiz de tudo para te encontrar
No momento que te encontrei
Pensei em te beijar

Por ser tímida
Tenho reputação a preservar.
Dei uma freada nos pensamentos
Fomos conversar

Prestava atenção no que você dizia
Sentados frente a frente
O café quente!

Olhares trocados...
Imaginando o que o outro sentia!

o tempo
o tempo vai passando
como cavalo mal domado
não tem taipa nem alambrado
que segure este maleva
os segundos ja se encerra
num upa barbaridade
levando a juventude
da velhice a eternidade

Aproveito meus 50
como se fosse meia régua
Cosa loca cho égua
meio seculo se passou
mais um ano se findou
o tempo nunca perdoa
seja nobre seja atoa
todos na mesma parelha
a chegada no partidor
o criador é que sabe
quem fica mais poquito
ou quem vai pra eternidade.
Ivens@breu

A magia da Vida!

⏳01/031956 - É o COMEÇO do meu tempo,
Pequenino e breve intervalo,
entre 🎛️ da Vida e O
início do fim.....🎚️
Ao cair, último Grão do Sopro do Vento.

Geilda Souza de Carvalho
02/07/2019
# D A.Reservados.

um amor que me consome e não me dá nada de volta.
jogo minha essência e tudo de mim no lixo quando não posso expor pra você o que sinto.
criei um amor que corrói meu peito enquanto devora minhas células.
minhas lágrimas já sabem o caminho que devem percorrer e que elas vão se secar sozinhas.
eu poderia dizer que o motivo da minha dor é você, mas seria mentira, porque a culpa é só minha.
inventei um amor, te construí na minha mente e preguei seu sorriso no coração com meus ossos.
agora dói pra tirar.
não posso te obrigar a me amar e suas intenções são boas, mas não me abrace mais.
não pegue na minha mão ou beije a minha bochecha porque é cruel comigo provar um petisco quando eu quero o banquete todo.

eu não ligo de ter
entrado na sua lista,
porque é só mais um nome,
assim como você é pra mim.
você é só mais uma boca.
você é só mais um.
– desculpa se eu não
me joguei aos seus pés.

te ensinei
como brincava de amar
você desistiu
na primeira regra.

[e a gente
nem precisava correr]

me dobrei pra caber no seu coração
até que percebi que eu caberia perfeitamente ali
se você não tivesse guardando o espaço pra outra pessoa.
por que você me deixou entrar se não queria que eu ficasse pra sempre?
– achei que ocupava seu coração. não, só ocupei espaço.

Folha Morta

A manhã de outono, varrida pela ventania, anunciava o inverno que daqui a pouco chegaria, o salgueiro quase desfolhado, um estranho "Ser" parecia, já era tardinha e sua última folha caia.

Outrora verde, macia, agora, sem vida, sem cor, a última folha morta, do salgueiro se despedia, sem destino certo, levada pelos ventos, perdida entre prados e cercanias, uma nova história escreveria.

Nessa viagem que a vida é, nas breves paradas, transformada, muitas coisas viveu, a folha morta, da chuva o besouro protegeu, um casulo em sí, a lagarta teceu, com outras se juntou, o ninho da coruja se formou.

Folha morta largada ao léu, entre a terra e o céu, se fez leito pro viajante errante que sua amante deixou, amanheceu o dia, o vento que nada sabia, pra longe a levou, a folha morta, do salgueiro lembrou.

Nessas andanças, arrastada de lá pra cá, a folha morta seus pedaços, aos poucos perdia, não reclamava, ela sabia que outras vidas servia, lá no fim da tardinha, solitaria, em algum lugar se escondia.

Ela mesmo morta vivia, levada pelos ventos pra casa voltou, debaixo do salgueiro, em mil pedaços se deixou, adubando a terra, o salgueiro alimentou, na sombra frondosa sua história terminou.


Autor
Ademir de O. Lima

A rosa

Uma rosa
ainda que com espinhos
será sempre uma rosa!
Pois é na dor
das picadas
que está
sua essência.

Permita que a morte chegue e lhe encontre vivo, cheio de sonhos e realizações.

O triste será, se ela chegar e lhe encontrar morto em um canto qualquer,
sem esperança e sem fé.
"Bora' viver..

Sabe quando uma pessoa babaca se faz de esperta e perde totalmente a sua credibilidade?
É quando ela mente e depois que descobrem as suas mentiras, as sustenta apenas por orgulho, insiste em uma mentira que ninguém mais acredita.
Aquele que se usa de mentiras pra viver não vive de verdade, vive de aparências!

Vaso Chinês

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;

Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.

Flor de caverna

Fica às vezes em nós um verso a que a ventura
Não é dada jamais de ver a luz do dia;
Fragmento de expressão de ideia fugidia,
Do pélago interior boia na vaga escura.

Sós o ouvimos conosco; à meia voz murmura,
Vindo-nos da consciência a flux, lá da sombria
Profundeza da mente, onde erra e se enfastia,
Cantando, a distrair os ócios da clausura.

Da alma, qual por janela aberta par e par,
Outros livre se vão, voejando cento e cento
Ao sol, à vida, à glória e aplausos. Este não.

Este aí jaz entaipado, este aí jaz a esperar
Morra, volvendo ao nada, – embrião de pensamento
Abafado em si mesmo e em sua escuridão.

Beija-flores

Os beija-flores, em festa,
Com o sol, com a luz, com os rumores,
Saem da verde floresta,
Como um punhado de flores.

E abrindo as asas formosas,
As asas aurifulgentes,
Feitas de opalas ardentes
Com coloridos de rosas,

Os beija-flores, em bando,
Boêmios enfeitiçados,
Vão como beijos voando
Por sobre os virentes prados;

Sobem às altas colinas,
Descem aos vales formosos,
E espraiam-se após ruidosos
Pela extensão das campinas.

Depois, sussurrando a flux
Dos cactos ensanguentados,
Bailam nos prismas da luz,
De solto pólen dourados.

Ah! como a orquídea estremece
Ao ver que um deles, mais vivo,
Até seu gérmen lascivo
Mergulha, interna-se, desce...

E não haver uma rosa
De tantas, uma açucena,
Uma violeta piedosa,
Que quando a morte sem pena

Um destes seres fulmina,
Abra-se em férvido enleio,
Como a alma de uma menina,
Para guardá-lo no seio!

Luva Abandonada

Uma só vez calçar-vos me foi dado,
Dedos claros! A escura sorte minha,
O meu destino, como um vento irado,
Levou-vos longe e me deixou sozinha!

Sobre este cofre, desta cama ao lado,
Murcho, como uma flor, triste e mesquinha,
Bebendo ávida o cheiro delicado
Que aquela mão de dedos claros tinha.

Cálix que a alma de um lírio teve um dia
Em si guardada, antes que ao chão pendesse,
Breve me hei de esfazer em poeira, em nada…

Oh! em que chaga viva tocaria
Quem nesta vida compreender pudesse
A saudade da luva abandonada!

O Ídolo

Sobre um trono de mármore sombrio,
Em templo escuro, há muito abandonado,
Em seu grande silêncio, austero e frio
Um ídolo de gesso está sentado.

E como à estranha mão, a paz silente
Quebrando em torno às funerárias urnas,
Ressoa um órgão compassadamente
Pelas amplas abóbadas soturnas.

Cai fora a noite - mar que se retrata
Em outro mar - dois pélagos azuis;
Num as ondas - alcíones de prata,
No outro os astros - alcíones de luz.

E de seu negro mármore no trono
O ídolo de gesso está sentado.
Assim um coração repousa em sono...
Assim meu coração vive fechado.

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