Poesia de Cora Coralina aos Mocos
Eu sou aquela mulher
a quem o tempo
muito ensinou.
Ensinou a amar a vida.
Não desistir da luta.
Recomeçar na derrota.
Renunciar a palavras e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos.
Ser otimista.
Creio numa força imanente
que vai ligando a família humana
numa corrente luminosa
de fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana.
Creio na superação dos erros
e angústias do presente.
Acredito nos moços.
Exalto sua confiança,
generosidade e idealismo.
Creio nos milagres da ciência
e na descoberta de uma profilaxia
futura dos erros e violências do presente.
Aprendi que mais vale lutar
Do que recolher dinheiro fácil.
Antes acreditar do que duvidar.
Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.
Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, nem querendo ser mais, que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espetáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas invisíveis.
Nenhum homem que tenha vivido conhece mais sobre a vida depois da morte que eu ou você. Toda religião simplesmente desenvolveu-se com base na trapaça, no medo, na ganância, na imaginação e na poesia.
O transe poético é o experimento de uma realidade anterior a você. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. É seu próprio olhar pondo nas coisas uma claridade inefável. Tentar dizê-la é o labor do poeta.
A CORA CORALINA
Cora- Coragem,
Cora- Poesia,
Cora- Palavra,
Cora- Protesto,
Cora- Justiça,
Cora- Paixao,
Cora- Mulher!
Na inquietação- Coralina,
Na procura- Coralina,
Nos combates- Coralina,
Nos Goiases- Coralina,
E de Cora Coralina
Veste-se a noite de hoje,
E de Cora Coralina
E o verbo que se fez verso!
Ave poesia, cheia de graça!
Nave Goias- Anhanguera,
BENÇÃO CORA CORALINA
Sobre o amor, e o desamor, sobre a paixão,
Sobre ficar, sobre desejar, como saber te amar,
Sobre querer, sobre entender, sem esquecer,
Sobre a verdade e a ilusão,
Quem afinal é você,
Quem de nós vai mostrar realmente o que quer,
O coracão nesse furacão, ilhado onde estiver,
O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais,
Sobre o porque de tantos porques,
E responder,
Entre a razão e a emoção
Eu escolhi você!
Quem de nós vai mostrar realmente o que quer,
O coracão nesse furacão, ilhado onde estiver,
O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais,
Sobre o porque de tantos porques,
E responder,
Entre a razão e a emoção
Eu escolhi você!
O Cão Sem Plumas
A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.
Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.
Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.
Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.
Minhas forças vêm do céu
pois é Deus o autor das minhas canções
Para que através de minhas rimas
cada palavra por mim proferida
invada os corações.
Quero te ver como eu te vi
te fazer sorrir,
Internet, tv, telefone não curam saudade
enquanto você faz seu role fico aqui só na vontade.
Vontade de te ver
te fazer sorrir
meu mundo só se acalma quando vc está aqui...
a química perfeita acontece entre nos,
é quando beijo sua boca
e ouço a sua voz!!!
Acho que te amava sem te conhecer
Sei lá se era destino, se era magia
Aparecia nos meus sonhos e depois sumia
Alimentando cada vez mais minha fantasia
Seio de Virgem
O que eu sonho noite e dia,
O que me dá poesia
E me torna a vida bela,
O que num brando roçar
Faz meu peito se agitar,
É o teu seio, donzela!
Oh! quem pintara o cetim
Desses limões de marfim,
Os leves cerúleos veios
Na brancura deslumbrante
E o tremido de teus seios?
Quando os vejo, de paixão
Sinto pruridos na mão
De os apalpar e conter...
Sorriste do meu desejo?
Loucura! bastava um beijo
Para neles se morrer!
Esse poema é pra Cora Coralina. Beijos=).
Esse mundo e perfeito maravilhoso e tudo mais.
Mais Tenho Que ir porque?
Não sei mais tenho que ir.
Bom não é um poema mais eu acho que ficou bom.♡
ATO DE GRATIDÃO
Agradeço ao Senhor porque me deu a vida;
Agradeço Senhor porque me fez sofrer;
Pois sofrendo aprendi a amá-lo muito mais;
Agradeço ao senhor pelas horas de encanto; de estesia de amor, de alegria infinita;
Agradeço ao senhor que me deu inspiração;
Agradeço ao senhor por minhas mãos ligeiras;
Por meus pés que se vão por veredas seguras;
Agradeço ao senhor pela luz dos meus olhos;
Por meu ouvido,por meu celebro,meus lábios;
Agradeço ao Senhor por essa maravilha;
Que ele, sábio, ele criou;-O corpo humano!
Agradeço ao Senhor por tudo quanto tive;
Agradeço ao Senhor por tudo quanto tenho;
Agradeço ao Senhor por meu labor continuo;
Porque como disse Jesus aos Judeus;
"MEU PAI TRABALHA ATÉ AGORA,E EU TRABALHO TAMBÉM"
Agradeço ao Senhor que nunca me deixou;
Agradeço ao Senhor pelo tempo que passa;
Pelo meu calendário, onde há tantos domingos...
E agradeço Senhor pelo instante da morte, quando eu chamada for para enfim descansar!
Autoria desconhecida.
Coração é terra que ninguem vê disse Cora Coralina.
E eu digo: Coração é terra de sonhos, quisera eu andar descalço.
Cora Coralina
Vila Boa de Goyas,
Olhos de janelas coloniais!
Pedras dos becos,
Percussão dos cascos de burros,
Acompanhando sussurros
E incontáveis segredos.
Lágrimas e sangue pisado,
Em noite de lua cheia.
Casa de Câmara e Cadeia,
Trajeto do enforcado.
Igreja da Boa Morte,
Do choro do fraco e do forte.
Serra sempre dourada,
Das areias de Goiandira,
Dos sons da viola caipira!
Procissão do Fogaréu,
Dourando o escuro do céu.
Eterno Rio Vermelho,
História passada no espelho.
Na ponta da pena, o coração.
É possível saber qual doce fazia
No momento da poesia.
Doces glaceados,
Pé-de-moleque, goiabada,
Doce de leite com canela
Ou com raspas de limão.
O preferido, de batatas!
Passas, cristalizados,
Ambrosia feita no tacho,
E o milho na oração!
Água pura do riacho,
Moeda de ouro de Drummond,
Metal das minas do sertão.
Velha menina inocente,
Alma aclarada de gente,
Coloridamente cristalina.
Sérgio Antunes de Freitas
Dezembro de 2024
Choro!
Sem ninguém perceber
Pois é choro da alma
Que ninguém pode ver
Choro!
Por não estar com você
Por sofro por ti
Sem ninguém perceber
Choro!
Não por você
Mas por aquilo que sinto
Sem você perceber
Choro!
Não por causa de dor
Mas choro por algo
Que alguns chamam de amor...
Na adolescência me disseram que opostos se atraem, só
Que na adultescência descobri que os dispostos é que se
Atraem, e que os opostos se distraem e depois se traem!
Guria da Poesia Gaúcha
VOCÊ TEME MUDANÇA
Por que prefere seguir lagarta e rastejar do que se
Metamorfosear, virar borboleta e conseguir voar?
Guria da Poesia Gaúcha
Será que merece ser chamado de Homem, o
Covarde, cafajeste que te pega, não se apega,
Que socialmente sempre te nega, que carrega
Coração de pedra, que se faz de homem gentil,
Mas que no fundo é só um imbecil, que sempre
Que pode vem, te come, não te assume e some?
Guria da Poesia Gaúcha
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