Poesia Completa e Prosa

Cerca de 17332 poesia Completa e Prosa

⁠Eis o corpo - adoecendo de seu proprio Eu
Escuridão, relogio parando; tudo o que sofreu
É digerido pelo verme [quando morreu]
Vomita toda a podridao, mágoa e todo o ser que há pouco comeu
Resta o que, entao?
A nao ser as efemeras lagrimas ali derramadas
As lembranças jamais lembradas
Somente a auto-decepçao
Por nao ter cuidado, amado ou falado
Por ter afugentado-se de qualquer emoção
E o verme segue seu belo rumo
Em busca da nova morte, em busca do novo túmulo
Do novo sofredor que passou para o meu mundo
Outra especie amargurada de tudo

Inserida por joaogch

⁠No mais frio espaço existente
uma alcateia tenta correr
liderados por todos os lobos
Fazem o Ser então sobreviver:
- Aquele que mais a frente está
Traça um caminho abstrato
Em que o Ser pra algum lugar irá
Traça as lembraças de um retrato
Que o Ser para sempre lembrará
Quando naquele dia estavam os dois
Os dois sob a luz de um nublado luar
Achando que para sempre iria durar
O amor que ninguém jamais quis amar.
- Já o que estava mais pra trás
uma infeliz notícia tinha pra dizer
Que o caminho à frente se ofuscará
A alcateia vai dar a meia-volta, volver
Ou o Ser então, gravemente se machucará
Com a imagem daquela pessoa, aquela mesma
que com ele estava ao luar
Que encontrou um novo amor,
que encontrou alguém para amar.
- Dois lobos irmãos são os que tomam o meio
Sentem o Ser tocar, sentem o Ser morrer
Sentem o que é o amar
que o Ser nunca conseguiu ter
Porém, no vazio do frio ninguém brinca
Abaixo do zero, uma estaca em seu peito finca
Os irmãos sentem a dor
Os irmãos sentem o pavor
E eles também sentem a angústia
Quando a morte exala o seu odor
- E por fim, existem aqueles
aqueles que que beiram as laterais
Cada som do bárbaro frio que chega neles
Para o Ser, tornam-se fatais
A lástima de cada um de seus pais
Tempos que já não são normais
As luzes que já não brilham mais
Relações que já ficaram banais
Nenhuma delas essenciais
Para o Ser, tornaram-se fatais.
A alcateia então percorre
sua jornada centenária
Assim então o Ser morre
Essa jornada foi um porre
E os lobos são de uma mente imaginária

Inserida por joaogch

⁠Pobre homem novo
em seu deserto pessoal
Oasis pegando fogo
Fogo que queima o espiritual
Droga de miragem Infernal
O ideal que é imaterial
Torna-se utópico, no final
Um Demônio de areia
Sua mente incendeia
Em um trauma eternal
Areia movediça
Buraco negro mental
A mente não dá justiça
Para um pobre ser mortal
A mente é submissa
E o pobre homem já não é excepcional

Inserida por joaogch

⁠Ardentes sons chuvosos são os que rasgam meus tímpanos
o que falar para uma pessoa que vive em ímpares?
Já não vivo mais sobre a harmonia dos outros humanos
Melodia da vida tocando em tons menores
Belas vidas acompanhando seus compassos
Claves de Sol iluminando suas vidas
Enquanto eu, tropeço a cada passo
Nem Clave de Fá é a base para a minha
Orquestra vazia tocando em uma artéria
no lado mais escuro da inexistente matéira
a passagem era bela, agora só é velha
assim como uma paixão, só é deletéria
quasi niente - Chego ao fim do espetáculo
Só restam os batimentos, Acapella do Oráculo
O tempo acabando: o violão parou
a tuba parou
o cello parou
a Bossa Nova acabou
Não restam batimentos, nem Acapella do Oráculo

Inserida por joaogch

⁠Universo paralelo
Transcendendo a teoria das cordas
o que segura o universo
É na verdade um mar de rosas
Rosas murchas, espinhosas
Infelizmente frias, e também dolorosas
O princípio da incerteza
Dita-me com clareza
A exímia beleza
do não saber onde estou
com a velocidade em que estou
com o amor que Tu manifestou
Gato de Schrördinger
Revirando-se na caixa
Ele não sabe o que vê
Ele não sabe o que acha
Se o Universo irá morrer
Ou ainda há de viver
Viver como um ser
sem outro que se encaixa

Inserida por joaogch

⁠sentimento gasto
sentimento raso
escolhas que já fiz
escolhas que agora faço
o destino em um traço
um futuro tão escasso
caminhos que já andei
caminhos que agora eu passo
o coração mental
sem seu marcapasso
agora que torto o compasso
o céu em mormaço
nublando nosso abraço
"não desistirei mais"
sentimentos de aço
segure em meu braço
coração caiu no abismo
coração em pedaços
sentimentos em estilhaço
escolhas que nunca mais farei
que hoje ainda faço

Inserida por joaogch

⁠o que odeio é a paz
a paz, não a guerra
a paz é uma maldição
uma maldita que enterra
meus sonhos, emoção
a finita emoção
efêmera emoção
zero emoção
interior em paz
um grito lá atrás
ele não aguenta mais
ele não quer sofrer mais
ele não quer não amar mais
mas o grito ja traz
consigo a emoção
infinita emoção
eterna emoção
eterno looping
mas que maldição

Inserida por joaogch

⁠E Hoje

Desde a primeira vez que lhe vi
Me apaixonei
Pelo seu olhar encantador
Seu sorriso maroto
Seus cabelos cacheados
Sua voz grave
E seu cheiro tão deliciosamente particular
Depois fui lhe conhecendo melhor
E o amei
Pelo seu jeito de ser
Uma mistura de tímido com extrovertido
Pela sua inteligência
Pelas suas ideias progressistas
Pelo seu caráter
E hoje
Só sei que quero passar
toda a minha vida a seu lado

Inserida por Sheilatinfel

⁠ASSIM SOU EU

"E quando de mim
Alguém te perguntar
Diga apenas assim...
Que sou a poeta,
Que conjuga o verbo amar
Em todos os tempos
Em todos os modos
Em todos os versos,
Em cada coração
Em cada pessoa
Em cada vida,
Porque o amor
É tal qual a poesia
É como a luz dos olhos,
Tem que irradiar
Em cada olhar
Tem que brilhar
Como a luz do dia
E a luz do luar"

Inserida por Zilda2023estrela

⁠Nas Asas do Gonzagão


Pernambuco não poderia imaginar
Que a partir do dia da Santa Luzia
Januário José e Ana Batista
Atrairiam olhares para Exu, em melodia


Foi quando o pequeno Luiz nasceu
E com o seu dom alegre e festeiro
Depois da farda militar, seguiu o seu destino
E lá foi ele para o Rio de Janeiro


De Gonzaga à Gonzagão
Com artistas famosos fez parceria
Repertório "Danado de Bom"
Exu já não era mais monotonia


O moço simples conheceu a Europa
A sua vida e talento invadiram a literatura
E todos souberam da ardência da seca
E da vida nordestina que era pura bravura


Descobriram que não há luar como no sertão
Que no relógio marcando seis, o sertanejo ajoelhado
Suplica, à virgem, força para resistir ao peso da cruz
E que para todo mundo tem um "psiu" angustiado


Nos seus versos, o amor perdido dói mais
Quando para os braços do xodó não se poder voltar
Ôxi, que amargo de jiló tem a saudade
Adeus Januário. Deus ilumine o seu regressar



O sonho da água farta para a sede, gado e plantação
No sertão, vem na esperança com a flor de mandacaru
Banana, maxixe, batata, mandioca e buchada
É Fartura e benção na feira de Caruaru


Que difícil resumir a importância do Gonzagão
Deste brasileiro amado, que virou o rei do baião

Inserida por Gracaleal

⁠Quem és...

Quem és, esta menina?
Quem és, esta mulher?
Ela, que com um sorriso fascina,
Ela, que sabe bem o que quer.

Nos floridos campos, passo a procurar,
Nas flores de todas as estações,
Em uma foto cativou com seu olhar.
Me fez sentir a melhor das emoções.

Quem és ela, que envergonhada fica sem jeito,
Tão eloquente e vibrante canceriana,
Ela és a dona do sorriso perfeito.
Ah... Menina, mulher chamada Ana.

Inserida por AlexandreDeSantis

⁠Pode haver algo estranho no reino
isso foi há muito percebido
nem se precisou de algum treino
bastou ouvir o zum - zum do zumbido
Zumbido de vozes desafinadas
ásperas e em palavras mentirosas
sobre a vida de quem não sabe nada
e espalhou fatos com língua saburrosa
Prejudicou de alguém a imagem
e nem se sabe qual foi a razão
talvez confundiu a camaradagem
pensando ter conquistado um coração
Que gente feia e mal amada
vive à cata de fofocas, de enganos
e por detrás de história mal contada
inventa outras por debaixo dos panos

Inserida por neusamarilda

⁠A CAPIVARA E A VARA

A capivara é um ser pensante
Sabe onde procurar abrigo
Come mato para sobreviver
Sem dúvidas, tem a felicidade consigo

No profundos da floresta onde cantam os sábias
Ao lado de um tronco de uma árvore está a vara
Que, por sua vez, não pensa, não come, não sente
Não vive como a capivara
Seu propósito não é condizente

O homem é um ser com alma
Assim como a capivara ele precisa sobreviver
Pega então a vara e sua coragem
E procura algo para comer

Entretanto falha em todas as tentativas
E a vara fica em vão
Abandonada pelo único que acreditara em sua capacidade de viver
Mesmo sem um coração

As profundezas da floresta já não estão em seu alcance
O canto dos pássaros não acalma a sua mente de fantasia
Agora só lhe resta o chão da estrada
E sua perpétua melancolia

Nos profundo dos lagos cristalinos
A capivara bebe das águas que a natureza lhe dera
Agradece à Buda, Jesus ou Espíritos da floresta
Pela maravilhosa vida que lhe propurzera

Em meio de suas preces sem sentido
A capivara abre seu olhos castanhos
E ao olhar para direita sua visão se transforma em pergunta:
O que aquela vara faz sem um dono, sozinha e sentindo culpa?

Inserida por esthesys

⁠BRINQUEDO QUEBRADO

Se eu fingir na hora de rir
E esconder meus anseios
Com um otimismo inocente
Conseguirei te conquistar

Sou um brinquedo quebrado
Não sou capaz de te entreter e amar
Nas prateleiras fico à mostra pro mundo
com um sorriso e coração costurados
Te esperando para meu bem querer

Inserida por esthesys

⁠BUSCA

Sigo os teus passos por onde tu andas,
mendigo um olhar, um aperto de mão,
sufoco a minha voz que fere ouvidos
que nunca ouviram o meu coração.

Nunca me ouves e eu vou dividido,
angustiado por não te alcançar.
Na verdade te seguem restos de mim,
implorando um sorriso, um pouco de paz.

Fito o teu semblante, teus lábios fugidios
que as esperanças em mim sepultaram.
Pela altivez com que disseste o "não!"

Não tens piedade e o meu vulto te segue
e os meus passos que nunca te encontraram,
são pingos de amor, esquecidos no chão!



(in “Moleque Atrevido” )

Inserida por touchegrs

⁠Sei que se me entederem tudo seria diferente, mas nada que eu lhes digo faz diferença, nada os contenta... A única coisa que me sustenta é minha câmera, com ela posso fotografar tudo e todas, isso me tira do tédio e carrega uma tranquilidade extremamente equilibrada;

Sou uma artista, eles não compreendem, posso ser jovem, posso ter pretensões, mas não quero apreensões em cima de mim..;

Vou fugir para bem longe, pois na distância do horizonte talvez eu encontre a famosa felicidade, a praticidade que eu nunca tive com essa tal cidade.

Inserida por NotoriamentePoesias

⁠deixo aqui um pouco da minha dor (e amor)
sentei no seu colo mesmo você não dando bola
o role acabando todo mundo indo embora
você me decepcionou muito não vou mentir
mas nem te odiar consigo, nunca foi fácil te amar
eu me odeio por que ainda te amo e isso é só uma das coisas que eu não consigo explicar
você nunca fez questão de responder minhas duvidas, e olha, cê me deixou com muitas...
você não é daquelas fácil de lidar, mesmo assim em algum momento me perdi ,e me permiti te amar e te consolar...
insta: @corvobranc0

Inserida por corvobranco


⁠Eu deveria ter partido
Quando minha mochila não pesava
E não me restavam opções
De nada
Eu deveria ter partido
Num dia sem planos.

Alexandra Barcellos
Árvore Mãe

Inserida por AlexandraBarcellos

⁠Dormindo -
A escuridão de uma longa estrada
Onde apenas o eco do bater das asas de Um louva-a-deus me acompanha
A lua se arroja pelas nuvens e manda um sinal
Quando, assim,
Numa sucção em vórtex
Ao ritmo de Chopin
Eu voltava a realidade;
Acordado -
O reflexo do sol sobre a água atrai minha atenção
Me disparo
E mergulho até o fundo do mar
Direto nos seus lábios,
Onde me encontro com a paz

Inserida por EXO_LYCO


Vou ao quintal
ergo minhas mãos sereno e elétrico
Emano o que sou ao céu azul
e desejo:
Que reverbere a minha história ao universo
e além dele!
A minha história...
O meu canto;
o meu caminhar
e o meu sonho!
E mesmo que não tenha dado nada certo
eu segui em frente e pra cima
eu fiz o melhor de meu caminhar
e de meu cuidado ao mundo!
-Se dependesse de mim
este mundo estaria coberto de jardins!-
Eu levei a bandeira
d´Aquele que veio antes de mim
e que batizava com fogo
eu segui adiante
não envergonhei
a Confraria do Fogo
da qual pertenço!

Inserida por bill_oliveira_william