Poesia Completa e Prosa

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FANTASIAS

Ah, se tu chegasses
nesse instante chamado agora,
sem nada dizer me calasse a boca
de uma forma muito louca
com sua boca a me beijar!

...E vestisse a minha pele
com tua nudez a me roçar...
Bem passiva eu ficaria
Escrava de um só dono
Sussurrante, latejante,
rouca...

Sem nada pedir
Tudo entregar, tudo aceitar!
Eis meu devaneio mais profundo,
pertencer-te neste mundo,
tirar-te das minhas fantasias.

Me entregar sem reticências
( Inocente indecência)
Ao meu homem
Ao meu amante
Ao meu senhor.

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

CONSTRUÇÃO

Quero ser assim
Tal qual passarinho que constrói seu ninho
Um graveto por vez
Cada qual com seu tamanho
Uns fortes
Outros delicados
Pedacinhos de galhos que pareciam perdidos
Juntos viram ninho

Quero ser assim
Tal qual colcha de retalhos
Com tantos pedaços
Remendos
Que cresce aos pouquinhos

E sua beleza é trazer em si
Pedaços que não eram seus.

Inserida por elis_barroso

ITINERÁRIO

Hoje eu escolhi o caminho mais longo.
e deixei ser apenas um cisco
o objeto da minha distância.

Hoje eu quis ter asas e romper setembro.
como icaro querendo morada no sol .

Mas como fugir daquilo que levo por dentro?
se sempre me perco entre prédios famintos ,
engolidores de gente.

Com suas sombras gigantes
e suas solidões geométricas.

Inserida por moisesjdecarvalho

Outrora me debati em perdição
Como irmão
Lhe dediquei o mais puro amor
Era pouco não havia calor

Pouco depois em devaneio e prosa
Me esclareci em versos
E clara como verdade
Descobri meu amor

Perfeição
Em meio a tanta sinceridade
Eu amor de tenra idade
Me enamorei como menina

E em loucura e chacina
Fui aos poucos me tornando vazio
E perdida em concessões
Me vi sem vida

Tudo era você
Tudo era para você
Tudo em vida
Que em peleja só teve ida

Por enquanto em força quente
Eu ministra de vontades próprias
Me vi em rasteiro diário
Já não era eu

Era um trapo em aceite escancarado
Que um tudo um farrapo melindrado
Fui secando
De generosidades

Hoje sou pedaço
Fragmento de alegria à procura de um sorriso
Me exauri
Sou um ar viciado
Que balança calado
Prestes a cair
Me seguro em podre
Um amor magoado
Que nem em dia sem medida
Reza e deseja a despedida
Fruto de meu maior valor

Inserida por Lupaganini

Cai em buraco
Era tão fundo
Que nem cavaco
Dava conta de puxar

E lá era escuro
Mas tão escuro
Que por mais maduro
Não conseguia enxergar

Minhas roupas rasgadas
Meu corpo surrado
Mostrava mesmo
Que era fundo o danado

Nada cooperava para a saída
Nada gelava minha investida
Que quente ficou
Quando o desequilíbrio fincou

Debati daqui
Debati dali
E fui amolecendo meu couro
Que me falaram vale ouro

E não abra mão
Mas eu coração de peão
Força de leão
Subi num cavalo alto

Me vesti de virtudes
Não me enamorei de vissitudes
Olhei horizonte afora
E a bondade de quem me namora

De longe a olhar minha vida
Não me dou audácia de meter
Falou calmamente
Estarei aqui quando você entender

Que o direito é direito
E não faz sofrer
Que o buraco fundo
Te faz tecer

Grandes correntes te amor
Grandes colchas de ternura
Enormes rotas para fugas de amarguras
E a gente vai e volta

Volta e vai
Até que com puxão continuo
Saímos da deflagração com mimo
E fortaleza de farol

Enxergando tudo de longe
Sem prejudicar
Sem se abalar
Sem vangloriar

E segue estrada
A certa não a errada
E vai na certeza que quem ama cuida
Nada esconde

Não arrepende
Não mente
Como demente a simular
Que o amor não gera tristezas

Gera a nobreza
A gentileza de entender o acabar
A ternura do formar
E a alegria do compartilhar

24/01/18

Inserida por Lupaganini

Paixão


Engraçado como em nossas vidas transgredimos nossas próprias regras.
Temos valores arraigados em nosso psique que permeiam toda a nossa trajetória de vida.
Acontece que nosso cérebro é ardiloso e nossas imagens de pensamentos mudam.
No decorrer de nossas vidas vamos nos desenvolvendo sobre vários aspectos,entretanto existem evoluções que nos leva a uma consciência sofrida. Nesse decorrer, os valores mudam,as vontades mudam,assim, a análise muda , a utopia passa a fazer parte de um cognitivo distante.
Se não vivemos nossas vontades mais íntimas, transgredimos em um velado sofrimento. Tudo tem que ser averiguado dentro de uma tremenda responsabilidade porque uma vez vivida certas intenções, nos debatemos com o livre arbítrio e com consequências que permeiam essas atitudes. Impensadas ou não, existem seguelas irreparáveis em nossas mentes.
Analisemos a paixão: Sentimento extremamente prazeroso que segundo psiquiatras, passa .Desta forma,sendo um sentimento passageiro não podemos tomar nenhuma atitude estando sob o seu efeito . Entretanto, acabada a paixão , se existe persistência no sentimento temos o amor e esse basicamente é paltado pelo equilíbrio. Assim , só teremos a concepção correta se a paixão se transformar em amor e se estivermos plenamente envolvidos em una relação, ou seja,se estivermos livres para ela. Desta feita, só chegaremos ao amor se a paixão passar e,para que ela passe precisamos vive-la mesmo que em pensamento e ,se ela passar estaremos aptos ao amor .
Todos os conflitos da paixão terão sido vividos e suas cicatrizes desenvolvidas.
Assim o segredo para se viver bem tanto a paixão como o amor é saber distingui-los para distinguir suas limitações e os dissabores advindos de suas audácias.

Inserida por Lupaganini

Não me venha com Abraços empoeirados de infidelidade
Isso me amassa o coração
Faz meu ar em falta
Já não tenho idade

Não tente calçar-me sapatos apertados
Sua dedicação que sufoca
Me finca uma cobrança diária
E me custa alto preço

Entenda a leveza que existe na doação
Ela é nuance
E se muito falta
ah ! É vida em remoção

Não me venha com nós
Arremates grosseiros em linha fraca
Que ao primeiro suspiro
Se arrebenta e me mata

E se ficar pesado
Pode ir estarei firme
Posto que a vida é pluma
E não um estado cansado

Não sou de reticências
Posso até usar vírgulas por quantos as renovacoes
Só se fazem com pontos finais e grandes saltos

Inserida por Lupaganini

Vento suave e frio que me embala, relento.
Esse escuro céu do momento, nubla-me,
traz-me ao que recordo seu alento...

Invade em mim uma nostalgia,
arregalo os olhos, olhos sem euforia
Vejo um passado que voou cinzento,
voou nas asas desse tempo.

Pra nunca mais voltar,
o que já foi por vir enganchou-se
lá em meus pensamentos, em papéis.
Pra ficar, alojou-se lá.

Vento que me embala, com suavidade,
faz em meu sangue
Pulsar saudade.

Inserida por lucas_santos_19

Mãe, são teus todos os dias!

Nos anos que percorre,
Quando a lida não tá fácil,
No acolher de teus braços
Teu amor me socorre...

Quanto já sacrificaste?
Por teus filhos enfrentaste?
Raivas, horas de sono perdidas
Dores do parto e da vida...

Mãe, inspiração da poesia,
São teus todos os dias!

Em teus olhos há segredos
Que espero descobrir...
Quantos silêncios guardados,
Só para não me ferir?

As tuas mãos afastam o mal,
Com justiça me corrigiram.
Pequenas doses de dor, pra evitar
Dores futuras e pesar...

Mãe, inspiração da poesia,
São teus todos os dias!

Trabalhou duro pra manter o pão
És meu exemplo de motivação!
Rosa que exala o mais doce perfume
A ti, as alegrias!

Tuas palavras de sabedoria
Ousadamente me aconselham
Qual direção a tomar:
Se fico cá ou vou pra lá...

Mãe, te amo e muito obrigado!
Pois, por incontáveis motivos,
És Mãe, a inspiração da poesia...
São teus todos os dias!

Inserida por lucas_santos_19

PARTIR P'RA EXISTIR

Eu vou sair por ai...
Vou daqui, e vou sumir!
eu , vou, partir...
Vou existir! Vou existir!
sem mim, sem ti.
Em fim... Antes que,
chegue a minha hora,
vou embora...
Vou embora desse mundo,
vou-me ir disso aqui!
Vou viver sem apavora,
de tudo que me faz ouvir.
Eu vou partir,
mesmo sem rir
Eu vou partir, p'ra existir.
Vou lhes tirar da tomada,
desequilibrada
desligar-te dos volts dos choques
e se a bússola não dê norte,
então pego o meu capote
e vou existir, longe daqui.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ACABADO

Sem dinheiro, estou solteiro
absolvido do meio...
Vou marchando,
sob o peso do meu arreio.
Sem dinheiro... Sou um jogo,
um jogo desprovido dos ouvidos,
entre sopapo, e sinal destecido.
Sem dinheiro...
Sou um tiro p'ra escanteio
passos descalços,
sentimentos baixos
imprensados, sob peso de saco.
Sem dinheiro, sou...
Barriga colada nas costas
fome comandando um tic-tac
de uma fraca horta.
Sem dinheiro...
Vou pelo caminho em passos fracos
ventos espanando minhas lagrimas
galgando a minha sombra,
que a tarde se distancia de mim...
Levando meu saco de esperança
me aproximando do fim.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

No Canto q’Flor
Quero-te sempre bem amor
Seja lá no canto que for
Clássico, lírico ou rock and roll
Meu coração é instrumento rico
Toca igual pistão pelo vento miragem
Meu espírito é fogo é corisco
Ah, é amigo mais selvagem
Meu sentir é eclético
E meu coração motim
100% à favor de mim
Cá fé poético sem fim..

Inserida por SoniaMGoncalves

Rotina
“Bom dia,
Mais uma manhã se inicia,

O sol no céu e a polícia na periferia.

Helicópteros sobrevoando e as crianças pra escola caminhando.

Seis da manhã vocês não querem nem saber

O que pode acontecer? Só Deus pode saber.

Na prece de cada um “que eu não seja mais uma vítima, amém”,

A culpa é do governo que não enxerga o que há além,

Há amor e luta, sobreviver aqui é maior loucura.

O bandido vende seus bagulhos pelas de cem, mas os políticos lá do Plenário lucram também.

A TV ensina que somos maus: as pessoas de cor, os gays, os favelados etc e tal.

Não nos querem nas praias, não nos querem na Zona Sul,

Mas se eu der calote, chego até em Istambul.

Polícia, pare de nos matar porque é moda! Na hora cês não pensam, mas tudo que vai, volta.

Polícia do Estado é o veneno. Por que fazem isso com a gente? Não compreendo.

Tô cansado, tô exausto de ser tratado desigual por ser favelado.

As pessoas daqui não merecem seu respeito? Tô cansado de ignorarem nossos direitos.

Parem de nos matar, eu imploro, só queremos respirar!”

Inserida por brunodacham

VIDA ALHEIA



Vivia a tua vida
Não a minha


Sonhava teus sonhos
Esquecia dos meus


E assim vou deixando
De voar, para preso ao teu lado ficar
Por vezes até tentava voar

Voava...
Não ia longe
Talvez com medo de me perder
Ou de nunca mais querer voltar


Até que um dia, resolvi voar...
Fui longe, conheci a liberdade


Tomei outra rota, uma nova direção
Achei os sonhos perdidos
Ou esquecidos no tempo


Nunca mais vou deixar de voar, voar...
Não veja como ingratidão
Fiz o que dizia meu coração

Inserida por carlospoeta64

esses dias de tédio
em que se tem tempo –
tempo só se arranja quando
não se tem
quando sobra desse jeito
a gente repete os assuntos
o ônibus chega rápido
e os trajetos ficam curtos
– de repente
readaptar-se à própria casa
como foi lá? bom
rever os gigantes, os mínimos
dedicar a eles igual dose
de carinho ou indiferença
usar as roupas que ficaram
meses dobradas no armário
com cheiro de sachê
nessas tardes sem compromisso
esticadas com rolo de macarrão
tudo é longo
nada dura

Inserida por pensador

UM CONTRAPROGRAMA

1
esta montanha invade a cidade
e à sua margem penso
não no silêncio, na astúcia
e no exílio (que já foram
tentados a contento) mas
do lado de dentro
mesmo que impossível
extraviar-me no alheio

2
o alheio: não o outro
do morro ou o rosto
da rua, mas o que
ainda despercebido pulsa
e sobreviverá ao tempo
porque o fim disto
– desta cidade – não é
o de todas as coisas.

Inserida por pensador

O sonho da tulipa

A viagem mais profunda
em mentes frágeis e oriundas
Com pensamentos vagos e alelos a percepçao da realidade
Os sonhos eram belos,assim como o amor de um cão com o seu dono.
Machucaria-se se acordace rapido
A Plenitude de sorrisos vistos no sonho mais belo
Tudo éra falso
até o sol,que era rosa pela manha
e sinza pela tarde,expressando uma longa viagem dentro de si.
Os seres que habitavam aquele lindo planeta azul eram em distintos em diferentes cores
Mas todos enchergavam em cores da alma
Seus coraçoes batiam na mesma frequencia
Na noite que chegaria,todos se aqueceriam com o amor
mas ela nao chegou
nem a noite
nem o afeto
nem as sinzas
nada existia
assim como a tulipa que sonha,e a harmonia sonhada.

Inserida por FabioRodriguez18

Eterna espera...

Cavalguei no tempo sentindo o vento no rosto...
Levei anos e dores para a ti chegar
Ouvi pedras no estalar melodioso das carências
Quais lamentos que vem de um lugar distante... .
Entre mim e as palavras há um tinir de punhais
Nas lembranças dos olhos... Sutis tremores
O mar sempre ao fundo cauteloso ao sopro da terra
E este amor em eterna espera
Acho-te na imagem das lembranças do mar
E planto o vento... E o amar...
E ainda assim sonho com teu amor por um momento
Imagino-te... Amando-me com os olhos fechados no amanhecer infindo!

Inserida por celinavasques

LEVÍSSIMA

Leve... Levíssima leve
Leve a culpa breve
do bonde do tempo,
da linha que alínea e arrepia,
pegue e leve-me como for
avia! Avia... Espia a passagem
sem motor ou engrenagem
sem amor, sem calor.
Leve se for leve... Leve
a flor as pétalas do caminho
a poeira o pó dos paralelepípedos
os tipos e aerotipos múltiplos
os bullyings e seus insultos
os vultos do futuro caduco
os brutos... Marrucos malucos
e os eunucos da esperança,
judeus da dor...
O fungo dos frutos... E a
corda bamba, de uma criança.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

CELA DE SALA

Enclausurado em minha sala
eu vejo TV
vejo TV e me acorrento na tela
... Sou um preso dessa esparrela
que me atrela em cadeados
e correntes , d'essas mentes
que mentem...
Desses olhos que sentem, e
essas bocas que se dizem crentes.

Enclausurado em minha sala
recebe palmas do nada
e continuo preso...
Nessa cela espalmada,
entre quatro paredes e um ar
um sofá para imaginar...
E a vontade doida de voar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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