Poesia Carinho Machado de Assis
TE BEIJO A ALMA...
A tua distancia é tão perto de mim...
Habitas em minha alma e na minha essência...
E eu sou a tua sombra cativa...
Sabes, compartilhas comigo a minha solidão.
Na orvalhada cristalina das manhãs
Envolvo teu amor e contigo invento maravilhas...
Percorro teu corpo e por ti me encanto...
...e posso amar-te sempre loucamente...
Apenas no meu pensamento!
E me visto de paixão... De desejo e de ternura...Te beijo a alma..
A noite mansa deixa comigo o perfume de todas as saudades...
E acordo de manhã devagar... Ainda sentindo o aroma
De nossa loucura!
Fotografias
Mais um dia.
Menos um dia.
O que rouba mais sua alegria?
Não vivo mais como vivia.
Não vivo como gostaria.
Pessoas tristes são doentes.
Se tratam com poesia.
Pessoas tristes são viciadas.
Se drogam com melodia.
Eu gosto de noites frias.
Queria ser.
Droga! Eu queria.
Se eu pudesse ser, eu seria.
Cinco horas da manhã.
Mais um hoje que ontem era amanhã.
Droga! Mais um dia.
Psicodelia. Sons, imagens, fotografias.
Eu já senti, eu sentia.
Bocas cheias, mentes vazias.
Mentes cheias, bocas vazias.
Te amo.
Amor à família.
Ilusão. Agonia.
Droga! Menos um dia.
Ou seria...
Mais um dia?
Sem os nossos educadores
Versos não escreveria,
Sem os orientadores
Essas palavras alguém não leria,
Sem estes instrutores
Ninguém recitaria,
Sem nossos professores
A poesia não existiria.
DISCORRER
O que tem pra vida
assim toda ida...
A diva querida,
ou a época perdida?
A estrada do dia
aplicação do conceito
o viver na alegria
o sorrir com respeito.
o gargalhar do deboche
escorrego da rua
o fincar no enfoque
d'essa vida só sua.
O que tem para vida
que vai aonde quer
uma vida da vida
ou o feito que quer?
Antonio Montes
GALHOFA
Bola de meia
bate esta cheia
não póca com ar
nem pula na areia.
Tempo de outrora
com béti com taco
menino d'agora
não corre no saco.
Peteca de pena
voando no ar
em tarde serena
na rima a rimar.
Menina pequena
com cinco marias
pedras sem trena
na calma do dia.
Antonio Montes
Quem não sabe ler um olhar, tampouco saberá o alfabeto do amor interpretar...
luciano Spagnol
Cerrado goiano
Procurar a palavra
certa
pensamento após sentimento:
desvario.
Encontrar a rima
perfeita
em meio a tanta prosa :
encanto.
Perder a poesia
passageira
num tropeço de ternura:
nuvem .
Apenas ecos da poesia e
pingos de chuva
a tamborilar .
De que cor é a saudade?
POPULAR
Uma lagrima no rosto
uma fome pede ajuda
o seu olhar de desgosto
é o mal gosto de Judá.
No lixo, mãos tremula
perambula o que comer
mal vistas em seu tema
odiadas por você.
uma lagrima pede alento
na mais cruel decepção
estenda sua mão ao tempo
tenha um pouco de paixão
Estique seus sentimento
que os santos, solidarão
não deixe, mal ventos
arrastar seu coração.
PITACO
É meu peixe...
Fique frio enquanto nada
pois nada poderá te afogar no rio.
Mas cuidado...
Cuidado com toda essas água
que no dia da deságua, será estio.
Nesse dia, não de rabanada sobre o ar
pois agora poluído, o ar pode matar.
SONETO DOS AUSENTES
O alvo do meu amor, vai além
Duma saudade na vida vivida
Da ação da chegada ou partida
Sou aquele que do amor advém
Sinto no coração e é sem medida
Até porque, ele que me mantém
No fado, sonhos que nele contém
Pois, são curas pra qualquer ferida
Se há tristura, há alegria também
Junto e misturado, n'alma perdida
Por isso, dele eu sou sempre refém
Vários são os ausentes, e na dor parida
Outros, lembranças, que o afeto detém
Porém, todos histórias de vida repartida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
SONETO DA FAMÍLIA
Família é assim, muda só o endereço
Se complicada, simples é a tradição
No sangue é o amor, o amor é união
Mas o que mesmo conta é o apreço
No fado a certeza a favor do coração
Nos traços, esboço do fim e começo
Nos problemas, garantia no tropeço
Nas brigas, e arrelias é irmã confusão
Família em família tem direito e avesso
A emergência numa quase legislação
É nome, é sobrenome e de vital preço
Tem pai, mãe, avós, tio, primo e irmão
Tem sim, tem não, tudo nosso adereço
Distante ou próximo é sempre ocasião
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
SONETO PRA MIM MESMO
Viva a vida, não se sinta largado
O amor no coração é muito mais
Tire a tristura, não olhe para trás
O caminho por Deus é marcado
A vida é de momentos, de sinais
Se passou, deixe lá no passado
O que derramou esta derramado
E a felicidade nos trazem os ais
Se é o sábio popular, é sagrado
Saudades são os nossos cais
De chegadas e partidas, legado
Então, as quimeras são cruciais
Encare a realidade, diga obrigado!
Pois o passo dado, não volta atrás!
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
VENTO SOLTO
Aquele vento solto no chapadão
alargou-se pelos campos e na larga,
não alisou nada!
Balançou poste, derrubou placa
acalentou caminhões...
Tanta força, tanta força!
que até os olhos do motoqueiro
arrancou da cara.
Sabe aquele poço que estava,
sobre a margem direita da estrada...
Mudou-se para, margem esquerda
e transformou em chuva...
Toda a sua água.
Aquele vento solto no chapadão
causou danos, desconcertou coração...
A tudo que foi feito com as mãos.
Antonio Montes
REFLEXO
É o cachorro perseguindo osso
é o pássaro pulando atrás da fruta
é o vento doido no mês de agosto
é o bruto testando a força bruta.
É a espuma do mar sempre persistindo
é o lobisomem namorando a lua cheia
é a saudade tirando o todo o sossego
é o desespero da mulher feia.
é a morte amável e amiga de adeus
ao mesmo tempo inimiga da vida
pensamentos dos outros não seu teus
são todos tortos em causas perdidas.
Os pensamentos sim, são mesmo torto
irmãos de todos os infelizes aleijados
em vida têm enjoou, vômito e aborto
orgulho, vontades e desconfiados.
O galho da rosa não tem somente flor
tem caule com casacas e também espinho
o mundo é uma precisão de paz e amor
para encontrar-se com meiguice e carinho.
Antonio Montes
MENINA NA RUA
Menina pela rua,
presa em seus sentimentos
vê o sol em seu tempo
preso em sua janela.
Em seu sonho sem dono
nunca acha a razão
no peito triste, seu coração
chora o seu abandono.
Seu arco-íris é quadrado
pelos ferros da vida
saudade,todavia é doida
em seu mundo de entalo.
Escora-se, em suas esperanças
no passo a passo dos sonhos
seu caminho, ficou medonho
desdê o tempo de criança.
Antonio Montes
NO CAMINHO
É no caminho que eu me distraio
É no caminho que ouço os pássaros
É no caminho que eu sinto a falta
É no caminho que me falta a fala
É no caminho que bate o cansaço
É no caminho que sinto o mormaço
É no caminho que passa a multidão
É no caminho que enxergo a solidão
É no caminho que sopra o vento
É no caminho que me esbarro com o desalento
É no caminho que penso em tudo,mas vejo o mundo
com tanta grandeza que a minha tristeza se envergonha de existir…
ACORDA, POPULAÇÃO!
EI, VOCÊ QUE ASSISTE FAUSTÃO!
VOCÊ ESTÁ SENDO VÍTIMA
DE MANIPULAÇÃO,
DA GRANDE MÍDIA, DA TELEVISÃO!
FAMÍLIAS BURGUESAS
ESTÃO NO PODER,
CONTROLAM A MÍDIA,
CONTROLAM VOCÊ.
NOTÍCIA POLÊMICA?
ENTÃO PRESTE ATENÇÃO!
BUSQUE OUTRAS FONTES
DE INFORMAÇÃO.
TECNOLOGIA IDEAL
PARA PROPAGAR CULTURA,
MAS O QUE MAIS VEMOS
É SÓ COISA NULA.
SENSACIONALISMO,
FUTILIDADES,
PRA DIVERSOS GOSTOS
E VÁRIAS IDADES.
LOGO, ENTÃO, POR ISSO
ABRO MÃO
DE PERDER MEU TEMPO
COM TELEVISÃO!
Fecha-te ó porta
Não me preocupa se tens cadeado ou tranca
És gigante e inabalável
Mas tua grandeza não me espanta
Quantos sonhos tu esconde aí dentro?
Sei que muitos planos tu oculta
És porta que não tem chave
Não se abre diante a bravura
Tens um tempo para que se abra
Não demora e tu se fecha
Logo nasce uma nova porta
Que nos surpreende com maior grandeza
A vida é feita de portas
Algumas abertas e outras fechadas
Pra cada uma delas existe exata hora
Encanto da vida pra uma alma inveterada.
Eis o mundo dominado por irracionais
Tem animal solto exercendo poder
São as criaturas alimentadas por dinheiro
Devorando quem não deseja se submeter
Animais vestidos cheios de brio
Movidos pelo instinto da ganância
Defecam em cima dos mortos
Executados por sua arrogância
Eis o mundo perfeito para os tolos
Território marcado por quem arrota mais alto
O rei daqui é quem tem o maior bolso
Para levar o que lhe é ofertado
São os humanos desta triste geração
Que entregam o poder a irracionalidade
Humanos iludidos por pouco cifrão
Que apaga a visão de sua mórbida realidade
Sou marginal da vida
Filho de dois loucos que deram certo
Projeto mal feito que ainda vive
Em meio aos torvos desta geração
Sou máquina de escrever sem algumas teclas
Ando curvo com a coluna ereta
Filho de deus
Corrompido pelo pecado
Sou dívida que não se paga com dinheiro
Suspiro frente à nefasta morte
Que ávida me espera
Mas ainda não me alcança
Salto o abismo sem asas
Não voo, mas sei nadar
Se me afogar foi de tristeza
Por não entender o que é amar.
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