Poesia Carinho Machado de Assis

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QUANDO MORTO

Claro que os animais,
com alma ou sem alma
quando morto, suas almas,
não nos assombram...
Nem nunca irão nos assombrar!
Pois vivos, são ininterruptamente,
assombrado por nós.
Nós os assombramo-los
o tempo todo, todo tempo...
Com nossas ações, nosso dividir
e nossas ganâncias para com eles.
Os animais vivos...
Vivem o mártir o flagelo
a prisão sem condenação
noites longas de escuridão
e dias muitos amarelos.
Muitos das vezes
eles vêem a óbito amarrados,
fechados, engaiolados
e tudo isso é claro...
Sem nunca terem sidos, condenados.
Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

DEPORTAÇÃO

Eu vou me candidatar! É... E se eu ganhar...
Não vou aceitar imigrantes clandestinos,
zanzando por aqui, no meu lugar.
Se eu ganhar...
Mandarei expulsar, as areias e as pedras
as chuvas, que cruzam as fronteiras, todos
os dias... As enxurrada as encosta dos morros
o temporal com trovoadas os relâmpagos, os
degelos, e também as labaredas dos fogos.
É... Eu vou me candidatar, e se eu ganhar...
As águas dos oceanos, que fiquem por lá
não quero leito de rios, cruzando p'ro
lado de cá. Não quero, voar de águia imigrando
ou voou de falcão, peneirando no meu ar.
Não quero, tempestades de chuvas de lá...
Nem assopro de tufão ou ciclone, cruzando
a cerca da minha nação. Se eu ganhar!
Não quero lua de lá, com seu lençol de prata,
prateando o lado de cá! Nem esse sol de lá...
Atrevido! Olhando meu torrão tão belo, com
esses seus raios amarelos, todos descabidos...
Cruzando a minha fronteira sem nunca
bisbilhotar. Se eu ganhar...
Mandarei expulsar, as chuvas e os temporais,
o anoitecer e o amanhecer que não tiverem
passaporte, assim também, como os rumos
do sul, e do norte. Se eu ganhar...
Deportarei as estrelas de lá, esse tempo
dividido, que por aqui apareceu, e essa
velha estação do ano, filha de outra nação,
essas religiões e os afoito de Deus.
Deportarei as doenças de lá, as curas e os
remédios com, essa dama da foice que nos
visita pelos momentos baixos dos dias...
E pelas altas horas das noites.
Deportarei as modas as poesias as musicas...
Deportarei as artes cênicas o humor o riso
a alegria, vindos de outras terras, pousando
em nossos dias. Se eu ganhar... Deportarei
os pássaros e o arco-íres esse céu que
também cruzou o mar, com o seu azul incrível.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TOQUE DE BELÉM

Aquela palhoça,
toda oca, tem poça...
Poça de chuva
parreiral de uva
ouriçado ao vento,
tem viola, na sacola...
E o nego toca.

Aquela palhoça, choça...
Tem minhoca e tapioca
_ Tem xerem? Tem...
_ Tem o toque de Belém...
Blem, blem!
E também galinha choca.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Fixa-me,
Como fixo-me em tua direção!
Sorria e brada, ativamente!
Assim diz meu coração.

Você basta,
Não és metade de nada e de ninguém!
Não és o acaso,
Nem miragem,
Para chamar-te de seu maior bem!

Tal como sonhos doces,
Que cultivam-se às vezes sem querer.
A poesia veio como se fosse,
Não querer nada além de ser somente você!

Porque tu és intensidade,
Menina!
Tu não anseias metade alguma de ninguém,
Porque já és completa de verdade!
Um coração de um em 100.

Que te transborde,
E somente te faça sentir e sentir a reciprocidade!
Que tu vens e trazes sempre linda,
Em teu fixo olhar que as vezes julgo:
É de verdade?

Porque já te imaginaram num quadro,
Mas, és irredutível para caber numa moldura.
Já te imaginaram numa canção,
Mas, nem todos sabem ler uma partitura!

Já te imaginaram num Outdoor,
Mas, logo de ti se esqueceria.
Já te imaginaram até em um curta,
Mas, em poucos minutos falar de ti não caberia!

Já te fizeram equação,
Mas, você não pode ser definida!
Já pensaram em ti até como teoria,
Mas, você fica melhor sendo vivida e sentida,
Não refletida!

Porque assim és!
Um pedaço de céu e além mar.
Que se escreve ao por do sol num dia qualquer,
Só para ter a graça de sorrir ao lembrar!

Quem sabe se por isso,
Exista beleza a mais na nostalgia.
O poeta te imaginou eterna,
E assim te fez nessa poesia!

Inserida por elizeu_monteiro

NOSSAS ALMAS SE ABRAÇARAM...
COM O MESMO AFETO QUE UMA MÃE ABRAÇA UM FILHO...
E DESDE ENTÃO NUNCA MAIS SE SEPARARAM...
MESMO OS CORPOS DISTANTES PERMANECEM UNIDAS...
TAL QUAL O PARASITA A ÁRVORE...
QUE SE LARGA... MORRE...

Inserida por robsonlemes

DORES DA VIDA

A dor passa pelo quarto,
pela calçada da velha rua...
pela praça do abstrato
de uma vida toda crua.

Passa por entre os dentes
e pelas famílias dos outros
pelos meus e seus parentes
e o futuro d'aquele garoto.

A dor passa pelo seu corpo
na viagem do além
trespassando cães e loucos
e o sopro dos santos também.

Passa lá pelos jardins
campos de guerra e concentração
por aqui e pelos confins
d'aquela triste paixão.

A dor passa pelos trilhos
dessa vida toda torta
passa por aquelas janelas
e pelos trincos dessas portas.

Pela cama da saudade
nos quatro cantos do mundo
por mentira e por verdade
e por aquele amor profundo.

No frio da noite, a dor
passa pelos vagabundos
no lixo o choro do horror
no escuro olhos do mundo.

Passa a dor n'aquele voou
e na carreira da ambulância
no choro que hospital chorou
e no tapa dada à criança.

A dor passa pelos ventos
com a arte da poluição
pelo verde todo sedento
e pelas válvulas do coração.

Passa lá pela atitude
e ao ataúde fúnebre
necrosando a velha saúde
com bactérias e febre.

Passa, a dor já a cavalo
pelos ventos do destino
careta moldando embalo
em artimanha de menino.

A dor passa pela juventude
de um viver e tempo passado
pela vaidade, liberdade, grude
e sentimentos desconfiados.

Passa, querendo voltar
ao alicerce de todas as linhas
aos bilros de todas as rendas
e aos novelos das contendas.

A dor passou pelos currais
mourões chibata de couro
passou pelo povo de ontem
e hoje, passa de novo.

Quanta dor passa calada...
Sem suspiro choro ou vela
seca sem nem uma lagrima
dor minha d'ele ou d'ela.

A minha dor, passou e passa
assim como passa a sua
passa triste ou com graça
com belo sol ou com lua.

Antonio Montes.

Inserida por Amontesfnunes

Um país entregue a corrupção
Quem vende o país governa
Vai preso aquele que rouba um pedaço de pão
O povo omisso fica calado
E ainda os reelege na eleição
Clamam por justiça
No dia do voto se vendem por qualquer tostão
Tem muita gente culta que repete essa frase
Só que se vende mais caro, por algum benefício ou cargo de sua intenção
Esse é meu Brasil, caminhando rumo ao abismo
Com ele vai a sua nação.
Eu apenas me pergunto
Nossas crianças que futuro terão ?
Com esse exemplo de educação
Não respeitam uma fila
A furam e ainda acham que tem razão
Nem sequer dão uma descarga
É o branco contra o negro
O heterossexual contra o homossexual
o homem contra a mulher
O católico contra o evangélico
O rico contra o pobre
E vice-versa e o país sendo roubado por uma mídia corrupta em conluio com banqueiros
Sob regime de crime organizado por politiqueiros.
Nossa Amazônia
Já está nas mãos dos estrangeiros

Inserida por Coachescritor

Nada de torturas,
coração dilapidado,
alma anestesiada,
sentimento blindado !

Inserida por neusamarilda

DEPOIS QUE TE VI

Oi amor...
Estou lhes enviando o meu coração,
todo apertado,
N'uma caixinha de peito...
depois que eu te vi,
todas as vezes, que visualizo você!
ele pulsa satisfeito.

Oi amo, ao te ver descobri...
Que sem ti, não tem felicidade
e que meu coração,
não bate mais por mim,
e essa minha vida, virou saudade.

Depois que eu te vi...
O meu coração,
anda por ai, todo perdido...
Aonde quer que estou!
Ele esta contigo.

Tenho certeza, que eu estou aqui,
por esse vasto espaço...
Sem asa sem chão
vagando, remando até você!
apenas seguindo o desespero
d'esse coração que abraça...
Essa tensa e loca paixão.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Eu tenho um desejo intenso
Se realizar não consigo
Mas nele eu persisto e penso
E ele a vagar vai comigo.

Inserida por roberto5costa

SE ROBÔ EU FOR

Se eu me for, e retornar,
eu quero voltar robô.
Desse jeito assim...
prestarei socorro sem amor,
e ninguém vai odiar a mim
Porque... viverei sem viver,
trabalharei sem receber
não terei pensão nem aposento
nem saudades de você.

Assim, robô...
Não terei hora nem historia...
escadas, degraus nem gloria
não caberás honras em mim
nem minha foto na moldura
não terei dia feliz, nem infeliz
nem remédios para minha cura.

Se eu me for, e retornar...
Eu quero voltar robô! Assim...
Não terei lei nem salário,
doente não ficarei...
Nunca vou rir nem vou chorar
e nem vou entender do seu baralho.

Não sentirei dor nem sentimentos
Não terei que pagar água
aluguel, gaz luz e comida,
passarei pelo passado sem lembranças,
não reclamarei do tempo,
nem das malhas d'essa vida...
Não precisarei de chuva nem de sol
nem ventos pelo arrebol.

Quando eu voltar robô...
Nunca darei enfoque a lambança!
Não terei recordação da juventude,
nem nunca saberei se fui criança.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ETERNO

É certo que o homem,
chora quando nasce.
E se transforma,
quando começa a mudar.
E muda, muda para flor,
ou... Lobisomem.
Mas ao mudar...
Diz que é homem
... É homem, e se consome
em sua fome,
e diante, da sua fantasia,
de eterno lobisomem.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Eu voltei

Tentei me encontrar nessas voltas que a vida faz, encontrei-me em teu mundo. Pergunto-me, essas voltas foram todas em vão? Encontrei teu calor nessas voltas e, nessas voltas, encontrei meu refúgio! Pergunto-me, essas voltas foram todas em vão? Fugi dessas voltas que me levaram a ti, mas entre outras voltas… reencontrei o teu ser e nada mudou! Ele está como sempre foi. Pergunto-me, essas voltas foram todas em vão? Caminhei vagamente por um tempo tentando não voltar por onde passei, mas essas voltas serão infinitas, mesmo que eu não volte hoje! Essas voltas me levaram de volta onde terei que voltar. Por tantas voltas que a vida faz, voltei por onde tu passas, voltei a mergulhar em teu oceano, voltei a enxergar teu olhar… essas voltas não foram em vão! Eu voltei por essas voltas para de volta te lembrar que nenhuma delas ocultou em mim o desejo de te amar.

Inserida por Kellpoetisa13

Em cena ela acena
Pois sim assim ela vai
A tal sentimental
De ramo em ramo
ama e derrama
Lírios e delírios
Filosofia :
Bordar e transbordar
Poeticidade
em toda a cidade .
Anoiteceu
E a noite teceu um amor
Só teu ...

Inserida por elisangelabankersen

Se tenho mãos por que não luto?
se tenho pernas por que não corro mais?
mais o problema é que me inludem
com a Tv e os jornais.

a familia se reune
pra eleger corrupção
a verdade, já nao justa
primo distante da nação

e nessa festa pobre
o dj não paga imposto
a vergonha é vulgar
na batida de um som

é pra fazer revolução
e levantar uma nação
que na próxima ocasião
os seus filhos fazerão ''revolução''

Inserida por WilkisFreire

Quando cair levante-se o mais rápido possível
Quando quiser chorar,sorria
Se estiver a ponto de se matar, viva
Quando estiver a ponto de perder seus sonhos, agarra-os
Quando estiver na escuridão procure a luz
Se estiver desacreditado, acredite
Se estiver sem amor, ache-o
Quando estiver com medo, coragem
Se estiver triste, alegre-se
Quando estiver com dor, cure-a
Mas lembre-se que tudo depende só de você.

Inserida por Stella1018

ROGAI

Nossa Senhora mãe de tudo...
Mãe do mundo, alto e fundo!
Mão do pai, mãe dos rios
dos trilhos e dos filhos.

Mãe do povo da gente...
Dos sonhos dos amores,
mãe das dores e das flores
dos jardins e dos horrores.

Nossa senhora!
Mãe da procissão e precisão
da tarde do cedo, da oração...
Das pedras dos espinhos das lãs
dos caminhos, trilhos, procissão
Nossa senhora mãe do agora
mãe do passado mãe do amanhã,
das folhas e dos ungüento...
E do cheiro doce do hortelã.

Nossa senhora mãe de Deus!
Rogai pelo sol, pela lua,
rogai pelo cabelo da menina
que o vento farfalhou na rua...

Rogai pelos meus
rogai pelos seus
pelos indecisos demagogos
rogai, rogai...
Rogai pelos fariseus.
Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FEITO DE GADO

O que é feito d'aquele gado
tocado, lá no alto do sertão
piola, boiadeiro bravo
berrante tocando fado
estralo na palma da mão.

O gado que passou porteira
ploc-ploc, pelo chão...
Cruzou rios com piranhas
alvoroçou grandes façanhas
... Poeira amor e paixão.

O que é feito d'aquele gado
do sol quente pirambeira
lua fria escuridão...
Que passou pelos quatro ventos
curandeiros e seus ungüentos,
coloral pimenta açafrão.

O que é feito d'aquele gado
e do pasto secando no campo
d'aquele ar tísico no tempo
da distancia ao sentimento
das lagrimas enxugando encanto.

D'uma saudade adoidada
vivendo os sonhos do amar
d'aquela flor na estrada
do amor por quase nada
chorando além do mar.

O que é feito d'aquele gado
que passou pela corrente
do rio cheio de peixe
do rastos da estrela cadente...
do sangue brotando n'água
da fogueira conto de fada
da chuva nascendo semente.

O que é feito d'aquele gado
do sol escaldante do dia...
Da sombra d'aquele oitão!
Do segredo e da paixão,
que sentiu dona Maria...

O que é feito d'aquele gado
que embarcou nas quatro rodas
deixou p'ra traz, ribeirão...
Campo, bosque e a grande grota
deixou lá no rancho o seu João
vivendo a vida que gosta.

Inserida por Amontesfnunes

"DESPEDIDA"
"Bem ali, do meu lado, ali estava ela. Minhas mãos soavam frio, meu coração batia compassadamente;sentia
seu doce perfume e o cheirinho suave que vinha dos seus cabelos. Nós conversávamos e tentávamos não pensar que aquela era
a última vez antes da despedida. Parece que o trajeto foi mais curto e o tempo passou voando. Se pudesse congelaria
aquele momento. Nossos olhos se fintavam, nossos corpos se aproximavam, mas estávamos cada vez mais perto do fim. Quando
chegamos ao nosso destino, o silêncio tomou conta do momento, veio um nó na garganta, um aperto no peito e não deu para segurar as lágrimas da dor de como é se despedir de alguém tão importante para nós. Quando ela se foi, levou um pedaço de mim, deixando um vazio no seu lugar do qual jamais nada ou alguém poderá ocupar, foi a última vez, mas eternamente comigo,em meu coração, para sempre a guardarei."

Inserida por AdrianoLSilva

Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)

Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.

Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?

••
•••
(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)

Inserida por victordrummond