Poesia Carinho Machado de Assis
ESTRANHO TROFÉU
Era noite...
Como se fosse andorinhas
eu vi um bando de corujas,
voando sobre minha rinha.
Sobre a qual, lá eu estava...
Peleando com a morte
... Disputando a vida
e a dádiva taça da sorte.
Mas não sabia que:
O troféu da vida querida...
Era o abraço forte da morte.
Antonio Montes
Castelo de Areia
Você sonha
Você Constrói
Você modela
Você rega
Até que o vento bate tão forte
que os grãos de areia se vão
Você insiste
até perceber que não adianta
continuar, porque sem uma base
a onda sem avisar bate,
E a muralha cai.
Assim é o talento do artesão
que esculpe em troca de pão
Sonhador e construtor
Mas não conquista seu tostão.
O vento vem e vai
A lagrima percorre a maçã
de sua face até não existir mais!
MEU PAÍS
Onde esta você meu país...
Aonde você esta!
Infectado pelos ratos
que não param de te roubar
todavia te surrupiando
e depois vão desviando
pouco a pouco para lá.
Onde esta você meu país?!
Você aonde esta...
Com facínoras comandando
só calhorda no comando
o que será do seu futuro
e das crianças o que será?
Perdesse a credibilidade
diante dos olhos seus
nada mais em ti é verdade
cadê o olhar do nosso Deus?!
Onde esta você meu país...
Você aonde esta?!
Na cede... Ninho de cobras
enrolando o paladar
seu tempero eles te roubam
só para expor o gastar.
Roubar agora é desvio
ponte aera da perdição
esperança perdeu seu pavio
apagando a nação.
Onde esta você meu país
você aonde está?!
Me diga p'ra onde você foi
pois preciso te achar.
Antonio Montes
PÁSSARO PRESO
Esse pássaro na gaiola
prendido por seu enrola
esta ali sem aceitar.
Todavia ele esta insistindo
e você não dá ouvido
o que ele quer, é só voar!
Essa grade que tu fez
satisfaz, somente a sua vez
e você, não quer escutar.
Passarinho esta diluído
todos seus dias em perigo
já não contenta em chorar.
Passarinho, passarinho...
Eu sou assim como tu
tosaram as minhas asas
e quando eu cai em casa
me proibiram de voar.
Minha vida é brasa em tino
comandada pelas farras
dos carrascos de passarinhos.
Antonio Montes
LOURO VERDE
Entre um papaco e outro
o louro verde lá do alto
esta fazendo curupaco.
Esse louro é todo verde
porque te chamam de louro
se o loiro para ti e sede.
Se seu verde é todo verde
podiam te chamar de verde
loiro não tem, em sua rede!
Mas esse louro fala e chora
se chega ou se vai embora
chora sem saber da hora.
Também dá tchau e assovia
desce do agora e do jirau
e gira ali todos os seus dias.
Esse louro todo verde
incomoda com toda aurora
em sua forma de bom dia.
Baila com sua algazarra
vê o sol, faz grande farra
saldando-o com alegria.
Esse louro, na moldura vista
silenciou-se em seu silencio
e na pintura do artista.
Agora na escassez dos seres
contem seu nome na extinção
nos louros gosto dos prazeres.
Esse louro... Quer café
... Pediu café!
Orou sua fé de pouca fé
e logo mais, pediu o pé.
Antonio Montes
ESPREITO FIM
A morto estava, morto
Com sua seriedade pálida...
Não sorria
não mexia nada!
A morte estava solta...
Corria pela vida
adentrava pelas banalidades
e loca... Carregava navalhas
sob dentes da sua boca.
Antonio Montes
BICICLETA NA VIDA
O menino da bicicleta...
Não se aquieta!
Sempre frenético,
pedala como se fosse um atleta
... Empina, rodopia...
Rascunha zero no chão
se cai, nem faz cara feia
e sai, aos abraços com o vento
nadando na emoção.
O menino da bicicleta...
Adora o seu, ie, ieh ieh,
rodando por ai...
Parece gente grande,
zanzando em suas contas
e sonhando com faz de conta...
Só quer saber de correr,
perde a hora dormir
perde o tempo de comer
... Passa o dia divagando
e quando chega a noite...
Já vai sonhando com o amanhecer.
O menino da bicicleta
parece adulto
zanzando sem hora certa
... Vai p'ra cima
vai p'ra baixo
igualzinho uma peteca.
Antonio Montes
"Colecionava um amontoado de farrapos
Que os anos me trouxeram com desdém.
Tentei me encontrar
Em meio a imundicie que é
A podridão do tempo.
Cheguei a odiar e querer fazer daquilo
O meu lugar preferido
Mas me enganei.
Me sufoquei diante dos trapos
Em cada canto daquele quarto,
Não me via mais em lugar algum
Nem mesmo dentro de mim.
Sorte a minha, pensei em fúria
Tristeza, destreza de ser quem eu era
Apesar de toda aquela mesquinhez
Lembrei que tinha alguém
Em algum lugar
Que se importava com tudo aquilo.
Família é o nome que se dá
Ao que traz paz e aconchego
Que destrói a dor e o desespero
De ser só você por você mesmo.
O amor que damos e recebemos
faz com que o tempo pare de uma só vez,
para que a gente aproveite bem o passeio
E deixe de colecionar pedaços
Que nunca te farão inteiro."
me transborde!
me consuma!
me abuse!
mas antes...
me acalme.
tome um café comigo.
diga que tudo vai ficar bem.
só então faça oque tiver que fazer!
FERRÃO DE MARIBONDO
No pedaço do serrado
andava eu, desconfiado
e o maribondo me ferrou.
Um contra gosto à mim, imposto
me pegou marcando posto
com seu ferrão me marcou.
Tudo aqui, tornou-se fato
acusar já é disparato
mesmo o que, o vídeo mostrou.
Sabemos, sabemos...
No comando é só desvio
há eles isso é pavio
p'ra ganhar o seu amor.
Antonio Montes
DORMIREI CONTIGO
Dormirei contigo,
sim, em pensamentos pode ser...
Mesmo que eu não te tenha em meu lençol
mas, se você está comigo!
Assim, toda meiga como flor
O meu amor terá a cor...
Do majestoso amanhecer de sol.
Antonio Montes
AOS TOMBOS
Balngo-bango, maribondo
na carreira eu me arrombo
sobre poeira e aos tombos
na fumaça me escondo.
Eu vou por ai aos pombos
em ditongo, orangotango
dança o tango no losango
cozinhando ao fogo brando.
Se não dê, parto pro cano
espatifando os tímpanos
vou seguindo assim os planos
como faço com os anos?
Antonio Montes
VIVER DA CIDADE
As cidades vivem...
Em seus edifício, suas casas,
ruas ruínas, esquinas, frios e brasas...
Suas mãos entrelaçadas suas tranças
com suas, esperanças e suas sinas
... Olhares tristes e felizes
de suas, adoradas crianças.
As cidades vivem...
Seus dias de glorias
dias de luzes, noite de escuridão!
Com seus barulhos seus entulhos
seus gritos, lixos e seus caprichos
suas caretas, alegrias e suas dores,
seus pânicos, medos e horrores.
Vivem dias de angustia, dia de cão
vivem também... Dias de doutores!
Dias de promessas e dia de oração
... Vive um dia de cada vez!
Uma semana, um ano, um mês...
Tudo aquilo, que carregam em sentimento
um momento, para cada um de vocês...
As cidades vivem acordadas
e acordam dormindo...
Vivem dias de feriados e trabalhos
seus pés descalços, seus sapatos
seus olhar franco... Risos, largos e falsos,
vivem o manhã de planos e sonhos
vida de enfado, pesadelos medonhos
vivem as horas e os dias que vem vindo.
Antonio Montes
DORMINDO ACORDADO
No rascunho rascunhado
rascunhei todo condado
sem nunca sair do lugar...
Em sonho, sonhei deitado
voando solto e alado
com sentimentos ah voar.
Com olho abertos sonhando
dormindo estava acordado
com os sonhos ah me levar.
Me encontrei alem do mar
nos braços que estavam cá
sem pensar em acordar.
Antonio Montes
A beleza, está nos olhos, de quem enxerga com a alma.
A alma,são como flores, que perfumam e alegram o jardim da caminhada chamada Vida.
Lágrima...
(Nilo Ribeiro)
Penso em toda dualidade
que pode conter uma lágrima,
ela pode vir de uma felicidade,
ou da tristeza que molha esta página
mas não quero assim abordá-la,
é da sua forma que quero falar
quero por outro prisma poetizá-la
descrever seu jeito de derramar
esta delicada gota,
percorre um caminho pequeno
nasce nos olhos, morre na boca,
admirá-la me deixa sereno
não que eu seja insensato,
ou duro simplesmente,
mas ela é linda de fato,
e vê-la me deixa contente
ela está carregada de mistério,
e também de muita personalidade,
chora-se quando está sério,
chora-se quando tem saudade
as lágrimas podem homenagear,
podem representar a dor,
por tudo, pode-se lacrimejar,
até mesmo pelo amor
existe lágrima na calma,
existe choro na emoção,
ela vem quando machuca a alma,
ou quando aperta o coração
a lágrima não tem disfarce,
é nítida, clara e transparente,
quando ela desliza pela face
reflete o que a alma sente
lágrima para desabafar,
lágrima para aliviar a dor,
lágrima para extravasar,
lágrima para saudar o amor
lágrima, não é só tristeza,
para os olhos, é limpeza,
para a alma, é pureza,
para o amor, a grandeza
quando esta poesia nasceu,
uma lágrima logo apareceu,
e pelo meu rosto escorreu
lágrima, de mim, você faz parte,
na minhapoesia, você é a arte
...É
Sabe aquela menina que sonha absurdos de felicidade ao contemplar o pôr do sol?
Pois é... Sou eu.
Talvez, no fundo eu acredite mesmo que a felicidade
está lá...escondidinha entre o entardecer e no surgir da lua
no céu de breu...
REBULIÇO DE TEMPO
Oh meu espelho... Não precisava ser
tão duro! na sua pureza tão pura!
Quando sobressai, da sua tela escura,
mostrando-me como sou, fazendo rebuliço
de sentimentos em mim, empurrando-me
sobre o tempo para assistir o meu fim.
Oh meu espelho! todavia tens a mágica
de fazer o tempo escorregar pelas lacunas
dos sonhos e as vezes, até repugnar-me de
mim mesmo! Mostrando-me, de como eu era
n'aquela foto amarelada a qual está como
rede, pendurada na parede... A mesma foto
que as aranhas, telham as suas telhas, e fica
assim como se estivessem representando
as telhas da minha vida.
Falem o que quiserem falar, mas o meu
espelho é... O vermelho da sinceridade!
Ou quem sabe... O sinistro da obscuridade!
Todas as vezes que olho nele, ele mostra-me
o que meus olhos não querem ver...
As rugas da derme, as verrugas do tempo
essa carranca que desbanca o meu alento...
Mostra-me que outrora, eu era assim
como verde... Tinha ar e tinha sede...
Todo dia eu era visitado pela alegria!
Hoje tal qual como estou, assim desprovido
do amanhã. Com passos curtos pela
estrada da vida, eu estou murchando...
Murchando como se fosse folha a secar
exposta sob o ar.
Hoje o tempo que eu almejo, é o mesmo
que repugno-me, uma espécie de amor
e ódio... É meu espelho, te confesso... Que,
o mesmo tempo que eu preciso
para seguir adiante, é o tempo que você
me esboça acabando comigo,
criticando-me triunfante e triturando-me diante da esperança.
Antonio Montes
PERFIL
Aquela foto no seu perfil,
me viu...
Me viu radiante, como o céu
transbordando a cor do anil...
Sem rugas, sem nuvens...
Nevoou meus sentimentos,
enfunou meus costumes...
E soprou aos ventos
todo tipo de azedume.
Aquela foto no meu perfil,
te viu... Te viu no ontem,
radiante no horizonte do
futuro e hoje, aquela foto,
em nosso perfis, decidiu...
Que nada é seguro, e
de repente... Sumiu!
Antonio Montes
SIMPLES ASSIM...
Chega um dia em que tudo chega ao fim
Até mesmo o amor que damos e que não ganhamos
Palavras duras atiradas à esmo
A margarida que não veio
A lágrima que não deixou de vir
O dedo que não tocou a face
A boca que não beijou os lábios
A rima que faltou ao verso.
...Tudo,
tudo nesse universo tem um fim
se não for cultivado,
se não for cuidado,
se não for retribuído.
Amores...
Amizades
e até poesia.
Cultiva-se poesia pelo caminho
Aduba-a
Beleza carece de beleza
Gentileza de gentileza
Afeto, de afeto.
De outra forma, com o tempo, deforma
e o que era para ser eterno
um dia foge pela porta aberta.
Porta que não foi trancada pela indiferença
Pelo presente prometido e não cumprido
Pelo carinho negado.
Não vale à pena cultivar flores em chão de cimento
Elas morrem
e as sementes,
ah,
elas são levadas pelo vento
e caem na senda do ontem.
A vida é assim meu bem...
... O que um dia vem,
um dia pode ir.
Simples assim!
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