Poesia Animo Fernando Pessoa
Eu que pensei:
" hoje não é dia de poesia"
bastou lembrar de ti
musa de apolo
amarga inspiração
medula óssea
costela mitológica de Deus
mulher inconformada
por ser feita de carne
e não de barro
como é feita
a poesia de Adão.
Mais do que arte / Plus que de l’art- poesia traduzida por Angela Viegas
Plus que de l'art, je l'appellerais sentiment
celui qui tout en aimant le monde, sur la vie s’est concentré
et qui sur la terre peint un tableau qui rend réel ce moment,
où la pluie chante la chanson que le vent lui a enseigné.
La nuée sombre par la foudre éclaircie,
balance en l'air sans le moindre signe de douleur
et vêtue de sa royauté naturelle, accepte ravie
la voix forte du tonnerre qui sait lui parler d’amour.
Et chaque goutte d'eau est comme un baiser sur la terre,
où le sol se sent comme un ventre enchanté,
germinant la semence dans les plaines ou dans les montagnes,
demeurant dans mes yeux comme un long baiser.
À qui dois-je remercier pour une telle beauté
pour pouvoir sentir que pendant la nuit tant de vie s’anime,
si le nuage cache la lune, le soleil l’illumine
et la pluie devient libre en tombant sur la feuille qui l’a capturée
Et le texte original:
Mais do que arte
Mais do que arte, eu chamaria de sentimento
àquele que amando o mundo, na vida se concentrou
e na terra pintou um quadro que torna real este momento,
onde a chuva canta a canção que o vento lhe ensinou.
A nuvem negra pelo relâmpago aclarada,
balança no ar sem o menor sinal de dor
e vestida da sua natural realeza, aceita encantada
a forte voz do trovão que lhe sabe falar de amor.
E cada gota de água é como um beijo na terra,
onde o solo se sente como ventre encantado,
germinando a semente na planície ou na serra,
demorando nos meus olhos como um beijo demorado.
A quem devo agradecer tamanha beleza
ao poder sentir que na noite tanta vida se acende,
se a nuvem esconder a lua, o sol a fará luz acesa
e que a chuva se liberta ao cair na folha que a prende.
“Se você fosse música, seria a minha melhor melodia,
Se você fosse poesia, seria a minha melhor rima,
E se você fosse a minha namorada, seria a pessoa mais feliz desse mundo.”
O que é uma bela poesia, se não, fragmentos melancólicos de um amor muitas vezes não correspondido.
A poesia pode ser um imenso texto
Ou conter somente uma linha
Não importa seu tamanho
Importa seu sentimento
Seu conteúdo
Importa, como ela toca
Camada por camada de nosso ser
Camada por camada descrita
Deste frágil ser que a escreveu
Que abriu sua dor
Sua mais profunda privacidade
Que tentou expor todo seu sentimento
Seu amor
Tentou transcrever em palavras
O que não pode ser descrito
Que não pode ser contido em um simples texto
Em vocabulário tão pobre, simples e inefável
Algo tão complexo e imenso
Estes são meus fragmentos
Que não traduzem e não possuem esta pretensão
Apenas reafirmam
O amor que ainda sinto
Que hei de sentir ainda
Por muito, muito tempo
Por você!
Que tornou este sentimento dentro de mim tão imenso
E que hoje, o que me resta
São textos, cartões e fotos de lembrança.
Cacos de vida
Hoje tão meus, estes
Pequenos fragmentos teus...
“Poesia
Os teus olhos amor, dizem as coisas mais lindas, neles busco a essência da perfeição. Mergulho nesse teu "AMOR" e somos poesia de coração.”
A poesia nasce
No coração do poeta
Para levar companhia
A vossa alegria
Faça chuva ou faça sol
Faça frio, ou calor
Ela está sempre disposta a diminuir a sua dor
O que seria da poesia
Se não houvesse um pensador
Na criação das palavras
Na plenitude do orador
No mais impetuoso medo
Deixando pra trás o rancor
Lhe fazendo um desejo
Pedindo paz e amor.
Poesia da Saudade
Hoje a saudade bateu forte
E não pude evitar
Caíram lágrimas dos meus olhos
Mesmo eu tentado cantar
Num lugar qualquer, minha princesa
E meu anjo do coração
Estão bem perto e tão longe
E sempre em minha oração
Nem tudo o tempo cura
Nem sempre é fácil entender
Que oque era tudo hoje é nada
Deixando um vazio, difícil de preencher
E assim vou seguindo em frente
Numa esperança desvalida
Mas o que seria de mim
Sem estas existências de vida
E para acalmar minha alma
Deus tem sido o consolo
Sei que ainda há lugar
Para o sonho de um retorno
Nem tudo está acabado
Enquanto houver fé e amor
E Jesus no comando de tudo
Lembrando, confie eu sou o salvador
Sou prosa... sou poesia
No silêncio da madrugada sou o caos e a bonança.
Sufocada por nova crise.
Dormindo feito criança.
Ora tempestade… ora calmaria.
Às vezes sou chuva tensa… chuva densa.
Às vezes sou sereno o mais sereno.
Sou alegria.
Sou melancolia,
Ora sou paz total.
Ora, guerra mortal.
Sou prosa… sou poesia.
Nesse mar de variação… vivo inteira o meu dia a dia…
Fiz de mim poesia
fiz de mim canção
fiz de mim paixão
fiz de mim teu chão
então me pisa paixão...
(Cicero laurindo)
Eu e você.
somos mais que rima,
mais que poesia.
Juntos formamos o acordes
de uma linda
canção de amor.
Sede
Quero uma poesia que penetre em minh’alma,
E me faça por entre lágrimas
Sentir o gosto do riso:
– Nada foi perdido!
Quero mais que uma poesia,
De amor, – não quero poesia
Sem lâmina, sem sabor,
Sem cheiro, sem sangue,
Sem o pulsar de coração,
Sem elementos de vida,
De esperança. (Quem sabe apenas
Um ponto – o silêncio,
Menos suspiro e reticência
– ataque fulminante).
Quero mais do que palavras,
Quero o abraço que faça-me
Perder o fôlego, me sentir ofegante.
Quero licença poética,
E quebrar a censura, e ser livre
Para poder mandar alguém
Para onde eu quiser,
E também ser mandado
Ao bel prazer.
Quero o “vá ser livre”,
E “vamos sermos livres juntos”
(E que a liberdade não nos separe),
Quero a vírgula fora do lugar,
Só para confundir
E ser confundido.
Quero poder falar na forma
Que eu quero e bem entender,
E dizer que a gramática
Não me contaminou
Por inteiro,
– Quero ser critico
Da minha própria pessoa!
Quero uma poesia
Que sinta a minha dor,
E chore comigo,
Como se hoje fosse
O último dia,
– Hoje já passou…
Amanhã quero um conhaque,
Um cigarro qualquer,
E uma mulher,
Que não viva me fazendo
Juras de amor,
E minta todos os dias
Me amar.
Quero sentir o perigo da rua,
Da curva da poesia,
E da amada.
Embriagado, quero
Mais que poesia,
Muito mais do que poesia.
– Hoje vamos nos divertir!
– Até chegar no espaço!
– Fecha os olhos.
– Esquece esse mundo.
Palavras soltas,
Sem dono,
Em busca de serem encontradas.
Quem sou...
Eu nasci poesia
e a vida em verso me fragmentou.
Fui flores e também espinhos,
soluços e canções nos caminhos.
Fui prece e desalento.
Palavras de blasfêmias ao vento.
Daquele que me amou fui apenas
a nota da canção que ninguém cantou.
Ela é romance e poesia
Ela é recado de paz para o coração
Ela é doce, mas detesta drama
Não procura briga com ela
Porque ela vai te deixar falando só
Ela nasceu para ser calmaria
Não nasceu para ser tempestade.
*Quem Ela É!*
Ela é sol que raia na plenitude da escuridão
É céu é sol é Mar é chão
É poesia é chuva no sertão
Seus olhos brilham como luz
Seus cabelos Ruivos
E sua boca linda seduz
Ela fala com voz de silêncio
Ela é diferente
É Rio é Mar é água corrente
Daquelas que seduz a gente
Sobre ela eu tenho muito a falar
Eu poderia falar tudo ,
Poderia falar que ela é uma princesa,quem sabe uma Deusa talvez Justificaria a sua beleza
Princesa?
Deusa?
Não! Não tenho certeza
Certeza sim de uma coisa eu tenho
Uma mulher igual a ela não se encontra por aí,
Ela pode ser tudo
Mais para mim será meu eterno colibrir!
Toda vez que me perguntarem o que é poesia,
Eu vou responder, é armadura de meus sentimentos e a coragem de minha lealdade.
AMOR QUASE SIDO (soneto)
Amores vem, vividos, amores vão
Na poesia voam e, na alma fundido
No tempo, o que é, e foi permitido
Nas palavras, dissertando o coração
Ama eu, ama tu, ele, ela, repartido
Lágrima, sorrido, a dura decepção
E num sempre porque, indagação
Nuns ficamos, outros nos é partido
Mas sempre desejado, imaginação
Onde? Quando? E é sempre sabido
Que dele quer, dele se tem emoção
E nesta tal torcida o amor é provido
O amor é sentido, sentido é a paixão
Sem porque nem como, os quase sido!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
rastro
onde passamos
alguns deixam vaidade...
outros deixam pegadas, eu...
deixo poesia e amizade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
CERRADO EM PRECE (soneto)
Cerrado é a candura do tardar do dia
Quando a poesia dos sinos, em trova
Choram o clamor do donzel ave maria
Canonizando ao encanto a boa nova
O sertão de alma sempre em prova
De messe varia no chão em teimosia
Toda a glória, resignação que renova
Do sereno à sequidão que então ardia
Da tua fulgência aos olhares é certo
Tua imensidão nos faz tão pequeninos
Céu de estrelas, em divinos pirilampos
E em uma prece a Deus Pai, decerto
Enaltecemos. Estes júbilos tão divinos
Da pluralidade de seus remotos campos
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, 14 de 2018
Cerrado goiano
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