Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
O coração deve ser nossa bússola,
Precisamos saber ouvi-lo e sem pressa,
Pois ele sempre sabe aquilo que nos fará bem.
De tanto procurar, achei
Eu tô meio sumido por aqui
Achei quem sempre quis
E sei que sente falta de mim, aqui ou ali
Mas achei quem pode limpar a merda que fiz
É que eu enjoei das discussões com Deus
Após o grande retorno
Abri os olhos e percebi que não sou ninguém comparado a ele
E que não seria nada sem eles
Eu enjoei de muita coisa
Por conta do grande retorno, claro
Eu tinha medo dele voltar e mudar meu pensamento
Mas ele não mudou, apenas achou
Ah, o ser humano é curioso
Amamos falar que os outros erraram
Talvez até devessem mudar
Mas a gente não percebe o nosso erro
E aí, quem nasceu primeiro?
- Oliveira RRC
Minha maior vingança
é que tudo o que
me irrita no outro,
aperfeiçôo em mim.
Se você me rasga, vou dar
curativos a outros
e a você, só o fim.
Tudo o que eu queria
que fosse diferente,
revoluciono em como sou.
Mando embora o que machuca,
mas machuco de volta somente
virando cada vez mais o oposto
do que me sufocou.
E sufoco nem sempre
é sobre gente que aperta:
às vezes é sobre gente
que não soube segurar.
É seguindo em frente
que a lição foi dada,
é melhorando para quem chegar.
De vez em quando há vozes e risos,
De vez em quando há silêncios momentâneos
E em certos dias há silêncios profundos,
O subjetivo que caracterizam você nada mais é do que a foça daqueles que te atribuíram.
Há pessoas que esperam acertos e esquecem dos próprios erros. Vou levando a minha vida assim no caos destes sentimentos, deixando do lado de dentro das portas fechadas o meu próprio avesso.
AS FLORES DO MAL
De João Batista do Lago
Vago-me como “Coisa” plena
pelo labirindo que me cidadeia
meus passos são versos inacabados
há sempre uma pedra no meio do caminho:
tropeços disruptivos que me quedam
na dupla face das estradas
espelhos imbricados na
memória experencial dos meus tempos
Vago-me como “Mercadoria” plena
atuando no teatro citadino a
comédia trágica dos atos que não findam
um “Severino” ou um “Werther” autoassassinos
transeuntes de suas identidades
perdidas pelas ruas das cidades
onde me junto e me moro nos
antros cosmológicos de experiências e memórias
Vago-me como o “Amor” sempre punido
tonto e perdido no meio da sociedade
donde me alimento do escarro possível
onde “sujeitos” sem experiência e sem memória
negociam os amores vendidos na
fauna de “humanos” prostitutos
segredados nos prostíbulos das igrejas:
lavouras de todas as flores do mal
Eu e minh’alma
De João Batista do Lago
Aqui, diante um do outro,
eu e minh'alma nos olhamos
‒ com olhares narcísicos.
Acima de nós um espírito que nos contempla
admirado e intrigado e esperando o primeiro verbo…
Quem, diante de nós falará a palavra inicial – ou terminal! ‒
num afeto magistral de dois entes que se amam, mas se destroem ao mesmo tempo,
na nave que nos segreda a milionésima parte dos nossos átomos
que nos tornam unos e indiferenciados?
A fogueira do tempo queima-nos diante da divinal espiral
que nos empurra para cima
fazendo com que dancemos os enigmáticos sons
que nos saem dos mais profundos átomos
que nos enfeixam de vida e morte,
como se vida e morte existissem!
Eu diante da minh'alma sou eu e minh'alma.
Sou único…
sou uno!
Sou apenas alma.
Sou apena eu.
Somos o átomo universal na cadeia infinita do universo
que nos produz como carnes e verbos
oferecidos aos lobos que se nos desejam alimentar.
Ó grande espírito que nos espreita,
se nós – eu e minh'alma –
tivermos que furtar o fogo para ajudar a toda humanidade
a superar seus atributos infernais,
assim o faremos.
Em nós – eu e minh'alma –
não há sentimentos de pudicas verdades…
O universo é o espaço e o tempo
que precisamos para gerar nos ventres cosmológicos
os sãos sujeitos de nós mesmos:
a trindade agora é perfeita…
é única…
é una
– eu, minh'alma e tu, ó grande espírito!
Entendido pois está o mistério:
Somos tão somente o verbo atômico universal.
ABORTAMENTO
De João Batista do Lago
Quando eu morri, um deus qualquer me pariu!
Na casa onde parido fui havia duas dimensões:
primeira delas o ventre-rio solitário e escuro;
na segunda parição tive por casa o mundo,
e sem me cortarem o cordão umbilical
vadiei pelos aposentos ‒ já ali sujeito obscuro!
Na primeira casa naveguei todos os sonhos.
Na segunda casa fui jogado para “Outros” monstros:
qual casa, então, devera seguir!?
Hoje percebo a casa que me é original:
hei-me aqui parido como filho primogênito,
expurgado para sempre para a mundidade do mundo.
Nenhuma outra casa existira; fora tudo ilusão
Sou-me de mim a única casa repleta de eus
Todos os meus aposentos revelam-se: meu Corpo
NECROFILIA
De João Batista do Lago
E esta carne que se me apodrece
a alma, o espírito e os ossos,
que fará de mim?
‒ Me danará pó
na consciência de todos
os condenados de miserável sorte!?
‒ Terei então dado a resposta do que sou:
antropoema nascido da vagina do universo,
sacrário que me guardará no ventre
do meu eterno retorno do mesmo;
Serei, então, o épico do humano
na minha própria comsmogenia
enterrado no sarcófago
da minh’alma errante e vagabunda.
INFANTICÍDIO
De João Batista do Lago
Minha barriga está cheia!
Preciso urgentemente defecar
as tradições que degluti
e que me foram impostas
pelas tradições de todos poderes…
Estou empanzinado!
Necessito cagar velhos poemas
não posso deixá-los crescer:
se os parir como alimentos
serei algoz; cometerei infanticídio
QUERENDO PELA VIDA TE QUERER
De João Batista do Lago
No meu coração
Há um mundo de paixão
Guardado só pra você
Querendo pela vida te querer
Viajar contigo as emoções
Entre versos e canções
No meu coração
Há um campo vasto de ternuras
Sensato, sublime e puro
Capaz de suportar todas as dores
E assim alcançar teu porto seguro
Contigo viver instantes de amores
No meu coração
Há um jardim de flores
Pronto para o aconchego
Ao raiar de cada dia
Fazer do meu coração
Tua eterna moradia
Autorretrato
No retrato que me traço
Às vezes tô no avesso
Pontilho branco e preto
Às vezes me pinto de mar
De amar amarelo
Um girassol na multidão
Em formato de castelo
Do meu mundo faço sol
Mesmo em dia cinzento
Quem nasceu para ser luz
Não importa a cor do tempo
Mesmo sem perceber
Leva o sol sempre por dentro
E no fim eu sempre sei
A força que tenho nos passos
Não importa o caminho
A esperança está comigo
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 13/12/2019 às 08:40 horas
Manter créditos para autoria original #Andrea_Domingues
No mundo tereis aflições,
Nos alerta a palavra de Deus.
Mas a Bíblia também nos diz
Que o Senhor tem cuidado dos seus!
Então pra que tanta preocupação?
Descansa Nele o seu coração!
O Senhor do universo tudo vê,
E Ele fará o melhor para você.
Se deixar Deus conduzir a sua vida,
Mesmo que pareça não haver saída,
Poderá ver um milagre acontecer!
Creia nEle e deixe que Ele cuide de você!
MONOTONIA
Eu ligo a TV e o tédio invade a sala,
Eu abro um livro e a amargura exala das páginas.
Eu ouço música e a solidão de não ter um par para dançar me apavora.
Tudo que resta são noites de angústia sem fim,
Sofrendo sozinha,
Calada e contida.
É possível ser só na multidão?
É possível ser triste na alegria?
Acordo sem querer acordar,
A luz do dia já não me traz alegria,
Queria ficar no escuro em meio à apatia e ali fazer minha moradia.
Dormir e morrer,
Morrer e dormir
Qual a diferença?
Se já morri a mil vidas atrás.
Doce café frio
Acordei, infelizmente
Vou me arrumar, expediente me aguarda
Já orei, e pedi proteção a meu anjo da guarda
Logo cedo, sinto que todos me encaram
Trabalho... e mais um dia eu foquei no sorriso de todos
Esqueci do meu, como sempre
Pois eu nunca me priorizo
Sou insuficiente o bastante para isso
E eu deixo você considerar isso mais um clichê
Um adolescente querendo escrever por 'aê'
Até porque, todos nós somos clichês
Você sabe disso
A noite chega
Tomo mais um gole de café
Já frio
Porém, ainda doce
Eu convivo com pessoas que vivem me elogiando
Como se eu fosse incrível
Falam que me querem, e para sempre
Mas como sempre, me trocam por um rostinho bonito
Mentira
Coisa que como todos, odeio
Mas cismam em mentir
E minha vida acaba como uma velha roupa colorida, pois
O ciclo está para retornar
Leio mensagens de quem diz me amar
Mesmo desconfiado
Acabo sendo recíproco, ele retornou, o ciclo.
- Oliveira RRC
Na curva do horizonte
o infinito deságua
e caímos nos braços da ilusão
vestida de nuvens e imensidão.
Na reta da tarde
a noite se aproxima
incendeia o céu
e se veste de paixão e dor.
No silêncio da aurora
a alma descansa e sonha
com mares mais azuis
com o sorriso da eternidade.
Para que sofrer a desdita
tudo passa ou passará
na reta ou torta linha escrita
que só a você caberá
O que lhe foi destinado
nem assim será certeza
siga outro caminho traçado
e nele lute com destreza
Debaixo da luz da lua,
Estou eu observando esse lindo luar.
A lua me lembrou de você,
Ou pelo menos um pedaço seu.
Você sempre me iluminou.
E como você, a lua está longe,
Sem eu poder tocar
Sem eu poder beijar.
Você é como uma obra de arte
Que está presa no corredor de uma casa.
Que está presa á um simples homem.
Mas que foi feita pra ser admirada
Pra ser amada
Pra ser cuidada.
Um desperdício de um pedaço feito por Van Gogh.
Você é poesia rara
Desconhecida.
Nem William Blake poderia te descrever tão bem.
Não melhor do que eu.
Você é poesia que implora pra ser escrita
Poesia que tem que ser admirada
Poesia que tem que ser amada
Se não, não consegue viver.
Ela é a luz do meu coração
E minha maior inspiração.
Me faz feliz,
Me faz triste,
Não importa.
Apenas ela é quem me inspira.
Eu sou poeta, e você poesia.
Refúgio
Me leve para um lugar tranquilo
onde eu possa respirar
onde o sol nasce de manhã e por isso eu me sinto feliz.
Me leve para um lugar
onde dá vontade de sentir o vento
e não pensar mais em nada
só em quanto estou grata por estar viva.
Me leve para um abrigo de amor
onde eu amo e me sinto amada
onde não há dor
e se houver, que eu saiba que ela pode ser curada.
Me leve para um lugar
de esperança
onde eu possa crer
que vão existir dias melhores
e que a tempestade vai passar
é só acreditar.
Me leve para as montanhas
onde eu veja do topo que há vida
e que eu possa me jogar
sem medo de cair
sem medo de saltar
Me leve para os oceanos
onde transborda paz, esperança e amor
e que eu não fique só na superfície
que eu tenha coragem de mergulhar
lá eu vejo as estrelas, corais e mariscos
e quando eu subir novamente
possa ver de novo as estrelas no céu
com a certeza de que vale à pena
cada centímetro que se viveu.
Acredito nos recomeços e nos fins, acredito nas tempestades e nas bonanças, na chuva que lava e no sol que esquenta.
Acredito no que quando for pra ser será e também que se deu errado é porque era pra ser assim.
Acredito na verdade, mesmo que doa, na coragem de viver e lutar pelo que me faz feliz. Acredito em heróis disfarçados de pessoas comuns e em demônios de anjos. Acredito na ignorância de algumas pessoas pois isso faz bem ao ego delas mas também acredito na força de quem é do bem. E vocês em que acreditam?
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