Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
AOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
No vai e vem desta vida
Devemos raciocinar
E prestar justa homenagem
A quem vive a nos ensinar
Embora não cobrem nada
Tampouco sabem assinar
Mas creiam, são professores
Quando o assunto é amar.
Eu falo dos animais
Bichos de estimação
Cachorro, gato e roedores
Tem até quem tem leitão
Coelho, mico e iguana
Nos amam de coração
É só ver os seus semblantes
Nos olham com devoção.
O primeiro dessa lista
Com certeza é o cão
Cachorro, cadela e filhotes
Não importa a condição
Nos ensinam muitas coisas
Por nós, tem adoração
E não pedem nada em troca
Só um pouquinho de atenção.
Outro animal querido
Esperto e inteligente
Às vezes é preguiçoso
Outras vezes impaciente
Por ser muito mimoso
Até dorme com a gente
Eu falo do amigo gato
Que vive sempre contente.
Agora é a vez dos roedores
Lampeiros e peludinhos
Tem todo tipo de raça
Gerbil, hamster e porquinho
Porém são muito sensíveis
Pequenos e dentucinhos
Embora serem tão pequenos
São gigantes no carinho.
Como disse o poeta
Não importa o bichinho
Iguana, leitão e mico
Coelho e cordeirinho
Tem gente que tem um pato
Outros tem o seu peixinho
Bichos de toda espécie
Que não nos deixam sozinhos.
Mas nem tudo é amor
O que se vê nos caminhos
Eu jamais ia esquecer
Dos mais lindos passarinhos
E da maldade do homem
Que prende os pobrezinhos.
Bichinhos que vivem livres
Felizes sempre a cantar
A ninguém fazem maldade
Felizes pra lá e pra cá
Cantam e nos alegram
Vivem a se doar
Tomara que o homem aprenda
Ao bichinho respeitar
Que joguem fora as gaiolas
E deixem eles voar.
É como diz o começo
Da nossa reflexão
No vai e vem dessa vida
Escutem a petição:
"Cuidem de todo bicho
Selvagem ou de estimação
E lembrem de São Francisco
E tratem-no como irmão..."
Seja
o romance
que você
deseja,
porque só
ficará
do seu
lado quem
desejar
o mesmo
romance
que você.
RAZÃO PARA AMAR
Para mim tu és mais que um rosto lindo,
Que um sonho de uma noite de luar,
Que um desejo carnal,
Pois preenches o meu vazio existencial.
Sem ti sou uma escuridão solitária,
Um livro sem conteúdo,
Uma andorinha sem asas para voar,
Um artista sem liberdade para criar.
És tu que me completa,
Que me desperta para sonhar,
Que me faz existir,
És tu a minha razão para amar.
a arte de
renascer
só se dá
a partir
das cinzas
de nós
mesmos,
outra vez
feito
em cinzas,
renasço,
as dores,
no
renascimento,
cessam...
cessam no novo ser..
**Renascer
lembrei...
sorri...
sorri feito bobo!
lembranças são assim,
colocam sorrisos bobos
no rostos das pessoas...
lembrei...
ri...
ri como um louco,
eufórico!
lembranças são assim,
fazem as pessoas gargalharem
assim do nada...
lembrei...
chorei...
chorei feito criança!
lembranças são assim,
desmancham as pessoas
em lágrimas..
**Lembranças
queria sonhar com a realidade, mas só sei acreditar no sonhar,
queria passo a passo caminhar, mas só sei abrir as asas e voar..
As mãos vão esticadas
na altura dos olhos,
há sombras e jogos;
Recordo o gesto da Lua,
quando decidi ser tua,
a potência dos desafios
e a audácia dos sonhos.
As nuvens insurgentes
encobrem o azul
profundo do Universo,
A brisa da noite
balançando o arvoredo
me faz sentir viva,
e esbanjo expectativa.
O silêncio companheiro
inseparável mima
a previsão com sabres
do Sol rompendo sutis
a escuridão no trajeto,
é para os teus braços
quentes que me projeto.
O barulho dos motores
dos carros na vizinhança
desconcentram o transe
e a luz ainda não voltou;
por você o meu peito agita,
és a minha história bonita
e desta orquestra a melodia.
Era um casal,
no fim de um espetáculo
dançando uma música qualquer
que só tocava na cabeça dela,
no meio da multidão
que caminhava em direção
para casa, e não em um
novembro qualquer.
Todos olhavam
ninguém entendia
o que estava acontecendo
mas era diferente,
bonito de presenciar eu diria.
Mergulhar em si mesmo
antes de qualquer outro oceano.
E assim conhecer nossas marés,
todas as correntezas,
desde as mais caóticas
até as mais pacíficas.
Mergulhar em si mesmo
antes de qualquer outro oceano.
As armas de um poeta:
são uma caneta e um papel
E com elas conquistamos
o nosso próprio céu
O poeta é aquele
que escreve a voz da alma
Como se fosse um dom...
Aquele dom que acalma
Ele fala da vida
de sonhos e de alegrias
Pois se não falar dos mesmos
dele o que seria?
Ele tem o seu mundo
repleto de fantasias
Mas é lindo, é belo...
E você entrando nele
Sair jamais deveria
Nesse mundo ele toca
Sua alma e coração
Sua vida interior
É tudo luz, é canção
Como também ele grita
chora como criança
Mas depois é tão incrível...
renasce sua esperança
(MARQUES, Iraci. Mundo-poeta. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 56).
Sou atormentado
Por vozes que me descrevem
Sua solitude, eu apenas
Parasito em suas tristezas
E compartilho inseguranças
Alheias de mim.
Escura pele
Queima ardente
Ao revelar-se
(Confesse para seu espelho)
A verdade que há anos o consome.
Sentimentos são como cáries
Extraía-o antes de não suporta-lo.
Tua voz transmite
Cada palavra profunda
Que meu, peito aprisiona
Em mim te, ouvir chorar
Só afirma o quanto sou fraco
Homens escondem seus, sentimentos
Com medo de sua sexualidade
Porém a verdade é que o pavor
Da incerteza o consome
O tornando um compulsivo
Neurótico Falso Hétero.
Tu és, um diário
Conte-me então teus, segredos
O tambor da vida ecoa
Em batidas ritmadas,
Um samba de roda
Minha passista
Cairá na gandaia
Seu, riso é uma fogueira
Bronze tu, tens em sua pele
Mel perante teus, olhos
Minha Ventania em tempos chuvosos
Meu, acalanto tua simpatia
Pernas femininas são minha colmeia.
Diante ao exílio do frio
Nossos corpos se rastejaram
Para aquecer um ao outro.
Me observe como um felino!
Sedento pela sua carne
Salivando hipnotizado
Enquanto você, dança Seu, Odor Sequestra meus sentidos então seguimos o ritmo da música um som cortante de violinos solitários o Murmúrio.
Dos gatos livres perante
O regozijo De se acasalar.
Soneto à maneira de Camões
Esperança e desespero de alimento
Me servem neste dia em que te espero
E já não sei se quero ou se não quero
Tão longe de razões é meu tormento.
Mas como usar amor de entendimento?
Daquilo que te peço desespero
Ainda que mo dês - pois o que eu quero
Ninguém o dá senão por um momento.
Mas como és belo, amor, de não durares,
De ser tão breve e fundo o teu engano,
E de eu te possuir sem tu te dares.
Amor perfeito dado a um ser humano:
Também morre o florir de mil pomares
E se quebram as ondas no oceano.
Verdejar de uma esperança.
A paciência de quem espera.
O realizar de uma quimera.
Quem age sempre alcança.
Do alto de uma montanha ou do alto de um edifício.
Tanto pode ser fácil como também pode ser difícil.
Não importa a condição. Apenas recomece do fim.
Nessa vida, às vezes um 'não' lhe abrirá muitos 'sim'.
Vampiros
Somos vampiros sedentos
Uma sede irracional
Uma sede imoral
Sede que esgota a alma
Sede que seca a vida
Sede que destrói tudo
Quando saciados, não sentimos sede, até que, rapidamente, sentimos sede de sede
Então, seguimos vampirizando
Sugando tudo até que não reste uma gota
De atenção
De admiração
De respeito
De tudo que queremos do outro
E com isso nos revelamos, vampiros, viciados.
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