Poemas Sombrios
e a sombra que escure o céu, a terra seca se abre esperando por água, meu coração renasce tão puro feito véu, de noivas indormidas de noites mal vividas.
e as nuvens vai passando e água na terra jogando, feito o rio desaguando no mar, meu coração vai lavando e pela vida vou te amando.
à sombra do meio dia se espera a noite,
uma noite escandalizando-se em estrelas, luas e segredos.
sem o enredo de um teatro vulgarizado.
à saudade da partida se espera a chegada,
a volta ou o nunca mais de um nunca a mais infinito,
e coisas se guardam na mente de anônimos apaixonados.
Olhos se fecham, corpos se entortam e um único gemido dilacera,
em cada um - uma espera.
"Na escuridão,
até a tua sombra pode te abandonar.
Por isso,
é fundamental depender principalmente de ti mesmo,
ou do todo-poderoso."
I. Entre a luz que revela e a sombra que protege
Nem toda luz é revelação. Há claridades tão intensas que cegam. Desnudam o que ainda não está pronto, queimam o que germinava em silêncio. E há sombras que não escondem, apenas resguardam. Guardam o que é semente, não o que é ruína.
Vivemos entre clarões e penumbras, mas o medo nos ensinou a preferir a luz mesmo quando ela fere. Aprendemos a temer a escuridão como se fosse sempre ameaça, mas esquecemos que nela repousa o mistério, e é no mistério que a alma respira. A noite, quando acolhe, não sufoca. Ela sussurra verdades que o dia, apressado, ignora.
A luz exterior muitas vezes ofusca a centelha interior. E a escuridão, por vezes, é o caminho necessário para reencontrá-la. Há silêncios que só se escutam no escuro. Há encontros que só acontecem longe da luz pública, no íntimo do não dito, do não visto, do que permanece em suspensão.
A sabedoria não mora na claridade constante, mas na dança entre os polos. Saber acender a própria luz sem negar a sombra é o princípio da lucidez. Reconciliar-se com o escuro é devolver à alma sua capacidade de habitar o tempo sem medo do invisível.
Poesia onde a luz e a sombra se entrelaçam a alma ao amor bússola conecta a direções do destino
Seus olhos dizia muitas coisa doces
Eu olhava te com meus olhos lassos que você desatou
Minha vida agora como a pluma que escorregar nos becos lamacentos dos ventos redemoinhar coração sangrado a ir por aí…
Hoje tão longe de mim mesmo me perdi dentro de você e nestas miragem de abismos e torrentes de tormento um vazio deserto que grita e eu tentando entender aquela filosofia, mas eu já tenho a minha loucura
Ergo o facho que arder na noite escura sinto a vida drenar de mim sinto espuma do sangue e a solidão a cantar cânticos nos lábios impuros
A vida estendida no varal como uma pausa no vendaval
e no arrependimento capturado na teia do tempo que tece fios de lembranças irreversível um sonho inalcançável deste amor inesquecível
As velas embaraça as sombras ao vento vulneráveis e iluminados pela poesia e guiados pela sabedoria do coração
SOMBRA...
Olhei para trás e pensei que tinha visto você que passava…
Ai percebi… que era apenas a sua sombra que ficou no passado e eu nem notava…
E PASSA...
Olho para trás e não vejo ninguém…
como companhia minha própria sombra
que fica nesse impasse entre o vai e o vem…
enquanto isso o tempo vai passando
e eu também…
*A Sombra do Passado*
Uma sombra silenciosa seguia uma mulher, lembrando-a de momentos esquecidos. Ela tentou fugir, mas a sombra a acompanhava sempre.
Um dia, ela decidiu enfrentar a sombra. Ao olhar para trás, viu que era uma parte de si mesma, carregada de memórias e experiências.
Ela percebeu que o passado faz parte de quem somos hoje. E ao aceitar a sombra, encontrou liberdade e paz.
A partir disso, a sombra se tornou uma companheira, lembrando-a de onde veio e para onde vai.
Caatinga
~ Conjuntura Ambiental ~
A Mata Branca…
À sombra da mais rubra flor amarela em brilho
Emana-se em vida ao proferir da época
Porquanto se quiseras verde estiveras cinza
De quando se fizeras cinza estiveras verde
Por consequente for do tempo estar
Revelando-se em essência o colorir em traço
À bruta pedra a se brotar em seiva
Implodindo em cores a ascender ao tom
Entoada na macambira, no umbuzeiro, no mulungu,
Na umburana, na catingueira, na faveleira, no umburuçu, na flor roseira do mandacaru,
Na carreira ligeira da cobra corredeira, do tatu, do teiú, do calango, do preá, do caititu, no voo rasante da coruja buraqueira, do carcará do nambu…
Do bem-te-vi,
Quem bem te quis te ver por lá…
Na caatinga a se pronunciar…
Bem-te-vi feliz por estar
Emoldurada num cenário de riqueza, força, vivacidade e beleza…!
Nebulocoginição
Que vejo eu, se ver é só ideia vã,
Reflexo vão da mente, sombra escura?
Se tudo quanto é mundo se me espelha,
Será o mundo real? Ou só figura?
Quem me afirma que há pedra, céu e chão,
Se tudo é sonho feito em consciência?
Talvez o Sol se apague ao meu fechar,
E Deus, talvez, em mim só tenha essência.
De que me serve a carne e seu quebranto,
Se não sei se é de mim, ou de um invento?
Pois posso ser apenas leve encanto,
Imagem ou curto pensamento.
Só não me segue, e não compactua com meus ensinamentos quem quer viver na sombra
Mulher de impacto irradia sua própria luz
Ela se destaca!
Ah o sonho...
Que está a sombra da realidade
Fazendo do tempo e da distância
Um simples pretexto para trair a razão.
Há o sonho...
Que está a sombra da realidade
Fazendo do tempo e da distância
Um simples pretexto para trair a razão
Despertando energias capazes de viajar na velocidade da luz
Como as estrelas que mesmo a milhares de anos-luz
Aparecem todas as noites para iluminar as nossas vidas
Mostrando que nós somos todos movidos a energia cósmica
Os sonhos a esperança e as alegrias são as fontes desta energia
Como os raios do sol que ilumina nossas faces em um dia de céu azul de verão.
Quero ser a luz dos seus olhos, mesmo que eu seja apenas uma sombra.
Desejo ser uma fonte de felicidade e alegria para você, mesmo que minha presença seja discreta em relação à sua luz e brilho.
Em cada gesto, um abraço sutil,
tua presença ilumina a sombra do dia,
as palavras que dançam nas costas do vento,
trazem a suavidade de um lar que nunca se esquece.
Teus olhos,
janelas de ternura
e verdade,
transmitem a essência de um amor que pulsa,
como as estrelas que adornam a noite silenciosa,
agradeço-te, coração que habita em meu ser.
A tarde cai serena, o sol já se despede,
E a sombra longa esvoa sobre o chão que pisei.
Em cada brisa fria que a alma, triste, sente,
Um pensamento aflora que o tempo não desfez.
Debaixo da sombra
do arvoredo os
passarinhos ouviram
o canto da minha
alma dizendo...
Tamo...Te amo...Te amo...
