Poemas sobre Relógio

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Eu me acostumei a guardar os sonhos no armário.
A andar calçada ao caminhar.
A adiantar o relógio.
E a sufocar meus gritos.
Normal. As regras. As normas. E os principios.
Tudo metódicamente planejado.
Sempre.
E agora, não sei.

Caminhar de mãos dadas com a sua me assusta.

Ponteiros

Somos de um mesmo relógio,
Você marcando segundos eu marcando horas.
Às vezes nos cruzamos, e por um segundo somos um só.
Você parte enquanto eu aguardo tua volta.
É assim sempre, 1440 vezes por dia.
E dai nossos ritmos tão diferentes?
No fundo somos movidos pelas mesmas engrenagens,
E juntos, nos fazemos sentir controlar o tempo.

Quem tem apenas um relógio, está sempre certo. Quem tem dois, está sempre em dúvida!

- Essa não é minha. Mas como é ótima e eu não sei o autor, peguei um pouco emprestada. Apesar de não ser minha... É ótima!

Tempo...

O tempo parece não passar, o relógio não obedece...
O meu coração aflito de tanto esperar, será que essa hora irá chegar?
Sabe o que me dá vontade? De dormir e só acordar depois que tudo isso passar...
Mas não é possível, encarando meus problemas, minhas dores.
Vontade de gritar, de chorar... a vontade de estar perto é bem maior.
Esse tédio em que fico é uma tentação terrível.
Pra quem pedir ajuda?
Pensando bem, não posso pedir ajuda à ninguém.
De novo vem o tempo... é só ele que cura todas as feridas, só ele que ajeita nossas vidas... é... O TEMPO!

Ah, quem me dera eu poder governar estes ponteiros nervosos do relógio, e conseguir me concentrar no querer do tempo, superando a distância que se segue as minhas vontades.

Queria eu navegar na imensidão deste mundo, vencendo a espera do que não se sabe , acompanhando esse rítimo imprevisível que limita os meus desejos, o meu eu, o meu tempo.


Muitas vezes me vi sentada em um grande fila coordenada pela tal paciência, esperando que tudo aconteça sem pressa, na minha angustia de avançar me senti barrada pelas conseqüências da pressa que de tão sórdida me induzia a avançar, prosseguir, mas o meu coração na sensatez da razão me inclinava para o perfeito, o certo e o provável daquilo que se conquista a seu tempo.

Me tornei mais vulnerável a espera, mais sensata nas decisões, mais sábia ao lidar com situações difíceis e ilógicas, sem ter que me envolver a opiniões alienadas e conclusivas de pessoas que mal conhecem o agir do tempo e me apeguei a preciosa esperança que me faz entender que o tempo é o amigo intimo da paciência que traduz minhas vontades e me faz vencer a distância daquilo que tanto almejo ter e ser...

O relógio não te espera. A vida corre rápida.
Você só tem esta vida: Não está feliz,
não terá outra chance. Acorda, viva e não apenas exista!

O Relogio só tera sentindo se você olha-lo
Você prescisa mais de um relogio do que do calor humano!
Você só percebe que prescisa do relogio quando não o vê na parede,
e só percebe a ausência o humano quando não o tem mais ao seu lado...

Sinto medo, medo toda vez que olho para o relógio, pois toda vez que olho para ele, vejo que cada minuto a mais que ele marca, é um minuto a menos que vivi com você.
Nossas vidas correm contra o tempo, cada minuto que passa quando estamos afastados, é um minuto que deixamos de viver, e um minuto mais próximo do final, e cada minuto que passamos ao lado do outro, é somado aos minutos que já vivemos, e é o minuto onde o tempo para, e passa a ser uma coisa relativa.
O tempo que vai demorar para eu voltar a te ver de novo, me assusta mais ainda, pois fica a incerteza da questão, será que viverei até lá, será que iremos voltar a nos reencontrar, o nosso futuro só pertence a Deus, mas o nosso destino depende só de uma palavra sua... Sim.

Quando soar o relógio do tempo que se foi,
foi-se somente o tempo...
não nós dois.
Ultrapassaremos a morte
e seremos ainda
você e eu!!!

O tempo passa
Passa a cada lento movimento dos ponteiros do relógio mesmo que não desejemos
Impossível deter ou retardar
Seja com dor ou prazer
Seja com felicidade ou tristeza
Desdenhando de nossos desejos
Cadenciando seu próprio caminho e ritmo
E ele passou

Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário
Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra
E na verdade nada muda

O menino que me pediu R$0,10
É um homem de idade no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vende-os por açúcar, prendas de quermece

A placa do carro da frente
Se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso
E quando o faço nem noto

Outras flores e carros surgem no meu retrovisor
Retrovisor é passado, é de vem em quando do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde, próximo, seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu

Retrovisor nos mostra o que ficou
O que partiu, o que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi
Calçadas e avenidas
Deixa explícito que se for pra frente
Coisas ficarão pra trás
A gente só nunca sabe que coisas são essas

relógio que não me deixa esquecer
que no ano passado
o tempo passou voando
(graças à Deus)
e agora quem quer voar
na sua frente sou eu
rumo à felicidade
sem tamanho
(por pura pretensão de ser feliz)
porque felicidade é não ter medidas
e nem "peso" nas costas
e nem grandes volumes
a serem arrastados
à longas distâncias
nem dar uma polegada de importância
àquilo que não vale a pena
nem ter uma grama a mais de raiva
ódio, mágoas ou qualquer outro sentimento
pequeno e mesquinho
é transbordar a jarra
em litros de amor e perdão
é abraçar e beijar a população em massa
num grande afeto
é percorrer kms de distância
em busca dos sonhos e das pessoas que amamos
é sonhar nas alturas até passarmos do azul do céu
porque ele não é o limite
é amar além das profundezas do coracao
onde falta ar, mas tem a iluminação da nossa alma
é ultrapassar a velocidade da luz
para socorrermos aqueles que necessitam
é mergulhar de cabeça em objetivos
que valham a pena
pra não ter gasto desnecessário de energia
é acumular esta energia
e utilizá-la com lazer e prazer, conscientemente
é ser bastante grande para agradecer
à Deus todos os dias e momentos
de nossa preciosa vida!!!

relógio que conta
as horas em que eu uni
minhas mãos em prece
uni-me ao coração
e orando ou rezando
o nome pouco importa
o que importa é por quem eu fiz
este gesto de amor e caridade...
começando por mim
me agarrando à fé
agradecendo ao Pai
por tudo sempre
principalmente pelo dia de hoje
por ter acordado
pra vida, talvez
e se não foi desta vez
que seja amanhã então
uma outra hora quem sabe
desde que eu acorde
talvez no plano espiritual!!!

relógio que conta
o quanto a vida pode ser
florida
encantada
doce
serena
tranquila
fascinante
maravilhosa
feliz
alegre
linda
singela
vejo-a da janela
e tudo de bom que couber nela
e a vida será sempre bela!!!

Relógio que conta
Que já passou da hora
De começar a se transformar
No melhor que conseguir
De começar a transmutar
Os pensamentos e a energia
De observar a natureza
E compreender que ela muda a cada instante
Que nada e nem ninguém permanece o mesmo
Que aceitar as mudanças torna as coisas mais fáceis
E principalmente nos ajuda a evoluir de todas as formas
Espiritualmente, moralmente e intelectualmente falando
Então que venham as benditas transformações
Aquelas de dentro pra fora
Que nos transformam em lindas borboletas
Quando vamos de encontro ao Pai
E assim podemos visitar muitos jardins
Especialmente os que moram dentro dos corações
Aproveitemos então a doce existência
Assim como as borboletas provam do néctar das flores
Benditas sejam as oportunidades das reencarnações
Pois, uma posso vir como borboleta e na outra como flor
Ou como um espirito preste a se tornar luz divina um dia... ainda há tempo...
Meu relogio biológico por aqui funciona
Mas o que conta é o relógio de Deus!!!

RELÓGIO

Sou as horas que anda, que anda
Segundos, sem fim, sem dimensão
Vou levando verás, agridoce ilusão
Sonhos, e o teor na sua demanda

Sou o tempo, a correr, indagação
A realidade adestrada da varanda
Do viver, sem fingida propaganda
Minutos no vai e vem da emoção

Ninguém pode parar meus anos
Nascem e morrem, sem medida
Desse modo, acertos e os danos

E não há rebelião pra hora corrida
Há vida, tudo passa, sem planos
Então, não desprezais minha batida...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, fevereiro, 03
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Domingo de inverno

A chama do candeeiro guarda silêncio
enquanto os ponteiros do relógio
musicam as horas tardias
As noites dominicais
são sempre monótonas

O cortinado encandeia o clarão da lua
e matiza de cores sombrias
as velhas paredes do quarto
As noites invernosas
são sempre enfadonhas

Apanho um bloco de rascunhos
preenchido de frases mortas
e rabiscos sem sentido
A poesia nem sempre
surge na forma de versos

Confortado num velho cobertor de lã
versejo em pensamentos
sentimentos de tristeza
Os domingos de inverno
sempre inspiram melancolia

relógio que conta
a história da mulher
aquela que é feminina
ou feminista
por direito seu
por puro e belo prazer
por amor-próprio talvez
por amor a todos também
não desfaz de ninguém
inclusive dela mesma
não vive a esmo
tem sempre um propósito
divino e maternal
ela é especial à sua maneira
trabalha a vida inteira
tem seu lugar ao sol
e à sombra e água fresca
porque ela merece
com respeito e igualdade
não a leve na brincadeira
porque ela é séria
cheia de amor e alegria
não perca seu dia
achando que vai tirar
a sua plena felicidade
tudo tem sua hora
e nossa hora
um dia há de chegar!!!

relógio que nos mostra
a ferrugem em nossos pensamentos
sentimentos e atitudes
carcome até um sorriso amarelado
ou uma foto velha do passado
as memórias e lembranças
que por um motivo já se foram
antes enferrujassem os ferros do ditado:
"que quem com ferro fere, com ferro será ferido"
e deixemos de lado nossa ignorância
de pagar na mesma moeda
que ao meu ver
também anda enferrujada
não anda valendo nada
com esta atitude descabida
então lubrifiquemos
com as virtudes de Jesus
trabalhando sempre em prol do próximo
e de nossa melhoria espiritual
tiremos as ferrugens da alma e do coracao
só o amor deve nos devorar
da cabeça aos pés!!!

relógio que marca
o tempo de vida que me resta
o que ainda presta
será que vale a pena
levar uma vida como esta
não nasci com estrela na testa
nasci pra fazer a festa
tem quem sempre contesta
e também protesta
levo uma vida honesta
eu diria um tanto modesta
faço parte da floresta
e tudo Deus me empresta
os corpos das encarnações
passadas e desta
e tem quem ache que sou besta
a loucura me infesta
a dor
a alegria
a fé
a felicidade
tudo manifesta
e eu ainda tenho que engolir
gente indigesta
que a alma molesta
são atitudes que todo mundo detesta
inclusive eu!!!