Ah, quem me dera eu poder governar estes... Cecilia sfalsin

Ah, quem me dera eu poder governar estes ponteiros nervosos do relógio, e conseguir me concentrar no querer do tempo, superando a distância que se segue as minhas vontades.

Queria eu navegar na imensidão deste mundo, vencendo a espera do que não se sabe , acompanhando esse rítimo imprevisível que limita os meus desejos, o meu eu, o meu tempo.


Muitas vezes me vi sentada em um grande fila coordenada pela tal paciência, esperando que tudo aconteça sem pressa, na minha angustia de avançar me senti barrada pelas conseqüências da pressa que de tão sórdida me induzia a avançar, prosseguir, mas o meu coração na sensatez da razão me inclinava para o perfeito, o certo e o provável daquilo que se conquista a seu tempo.

Me tornei mais vulnerável a espera, mais sensata nas decisões, mais sábia ao lidar com situações difíceis e ilógicas, sem ter que me envolver a opiniões alienadas e conclusivas de pessoas que mal conhecem o agir do tempo e me apeguei a preciosa esperança que me faz entender que o tempo é o amigo intimo da paciência que traduz minhas vontades e me faz vencer a distância daquilo que tanto almejo ter e ser...