Poemas sobre as Ondas
Por anda vagueias, alma traquina
Ainda sobre as ondas do mar
Ou jaz na areia
Exausta intensa inteira
Eterna menina
O perfume que sentes
E segues inebriada
Entre rios e mares e campos e vales
Banha-te de mil prazeres
E tu, alma travessa, não te contentas com nada
Arrisque fincar morada
Experimente um breve pouso
Vislumbre por um único instante o infinito
E eternizarás em ti a paz que anseias.
Se por um fio atravessas mil mundos
Numa piscadela alcanças a luz do fim do túnel
Ja é dia onde há pouco era escuridão
Acalma teu coração no sonhar
E seus sonhos realizar-se-ão.
Na beira do mar, as ondas beijam a areia
A brisa suave sussurra segredos das sereias
No litoral, a natureza em harmonia alardeia
E o horizonte se estende como uma tela cheia.
O sol se põe, tingindo o céu com cor dourada
E as estrelas surgem, uma a uma, na vastidão
O mar, dança e canta uma melodia encantada
E a paz se instala, abraçando o coração.
Ondula a notícia
De justiça,
Tal qual as ondas
Do oceano,
Que digam o sim
À história
Sem nenhum engano,
Ele não é meu,
E muito menos seu,
Ele é do povo boliviano.
Desejo o correto,
Que é devolver o mar
À quem é de direito,
E que ele venha inteiro.
Ao Grande Chefe a glória,
Aos libertadores a reverência,
Não descanso e nem deixo descansar
Quem insistir em dizer
Que a Bolívia nunca teve mar.
O verde dos teus olhos esparramados
No balanço das ondas do balneário,
O Sol brinda o amanhecer enternecido
No limite do amor ainda desconhecido;
O amor flechou, e fez dois apaixonados.
O teu lugar ao meu lado está reservado
Na rede para ver o tempo passar...
Há um amor para nos entreter,
E uma doçura para compartilhar.
O mar escreveu o nosso destino,
Traçou a poesia nas areias,
Porque com arte escrevo o que sinto;
Semeio flores no nosso caminho.
Porque a arte explica tudo:
o amor, a saudades e o afastamento
Para viver de dor e de alento;
E de puro entendimento de não tê-lo aqui,
Bem junto de mim neste momento.
A poesia segue solta
como as ondas do mar,
Poesia que se preze deixa
o amor se chegar,
Como fina dama ela sabe
se comportar,
E como cortesã ela sabe
o quê te dar...
Posso te amar
em todos os ritmos do Brasil,
Com grande competência
que ninguém viu,
E sequer nenhum ser humano ouviu,
Sou a prece que ao Pe. Cícero
você dirigiu.
A existência pode ser fugaz
- falaz,
O amor é que a torna audaz,
E esse teu amor dengoso
que você faz,
Você sempre acaba fazendo
com que eu vá atrás.
Camboinha, Camboinha, Camboinha,
Alguém tocou a campanhia,
Não me sinto mais sozinha,
Eu já tenho você e o Sol
para fazerem companhia.
Ilha dos Cardos
Há pausa até entre
as ondas do oceano,
Entre os humanos
nunca será diferente.
Ser flor simplesmente
na Ilha dos Cardos,
Um espírito que acende
como o gentil farolete.
Ter pacto com o Céu,
a Terra e o tempo,
com a tinta do sentimento.
Tornar-se carrilhão
no toque da ventania
e história pro seu coração.
O tempo está mudando
e as ondas quebrando
nostálgicas e fortes
na Ilha das Pombas.
Na embarcação antiga
poemas geográficos
abertos e alcance
sem caleidoscópios.
Razões do dia e da noite
cumprem a missão
de ordenar o coração.
Uma busca para aportar,
colocar os pés no chão
e esperar a chuva passar.
memória revisitada no barco
de pesca artesanal nas ondas
em plena Ilha dos Negros
enquanto liberto os medos
de como será o futuro
na heróica Baía do Babitonga
que o tempo nem conta
de tudo o quê o mangue suporta
de tudo o quê coração
precisa para a bater
e a gente continuar a viver
nas mãos a rede está
para capturar no teu olhar
indelével o mar de amor inabalável
Araranguá Poética
Ventos do Extremo Sul erguem
as areias, as conchas e as ondas,
poesia aberta pelas patas
das heróicas mulas dos tropeiros
ergueu-se e fez Balneário
Morro dos Conventos
por beleza, por agraciada natureza
por um povo cheio de grandeza
e foi escrita a Araranguá poética.
É no rio desaguando no oceano,
nas trilhas românticas
nas dunas bailarinas,
no penhasco poético,
nas falésias contemplativas,
no mágico Balneário Ilhas,
no farol do teu olhar me encontro
e na imensidão do mar
do teu amor eu me entrego.
Inscrição perpétua e sambaqui
trago em mim a vibração guarani,
xokleng me faço intrépida
e cerâmica poética do amor
eterno que passou e se perpetua
com a fé da tua gente originária
e com fé de quem veio de longe
e fez a primeira capelinha,
assim és a Araranguá infinita.
Pelas mãos indígenas, africanas,
europeias continentais e açorianas,
encantadoras prósperas e artesãs,
que enfrentaram o mar e por ti
se fizeram herança na lavoura,
na cultura na pesca
e na memória afetiva,
e por tudo isso e muito mais:
és a minha Araranguá poética.
Absolutamente ondas
de fúria só deixam
a todos nós ainda
mais desamparados
no momento em
que todos deveriam
estar reconciliados,
Não sou autora da frase
"Informar não é um delito",
Aqui segue sendo repetido
para quem sabe seja
daqui para frente entendido:
Quem informa anda
sendo preso e perseguido.
Talvez este poema faça
mais do que todos nós
juntos não conseguimos,
Libertar de vez cada
preso de consciência
seja civil ou militar,
Pois até quem cuida
do dom da vida
tem sido preso
e incompreendido;
Vencer o próprio ego
se faz necessário
para viver em paz:
Não sei e talvez nem
ninguém sabe o quê
aconteceu em Ramo Verde,
Só sei que 'La Abuela Kueka'
retornou para o lugar,
Do General que está
preso injustificadamente
não canso de parar
sobre ele perguntar;
Só que que vou escrevendo
até o sol da justiça raiar,
Não vejo o porquê
de espezinhar os filhos
que um dia deixaram
uma Pátria sejam
quais forem os motivos,
porque desta Terra
somos todo peregrinos,
por isso creio no destino
e seus sinais místicos.
Não há nada mais
Sagrado no peito
Do que essa liberdade
De um oceano inteiro.
As ondas acariciam
As douradas areias,
Cantam as aves
No firmamento,
E reverenciam as sereias.
Não há mais tempo,
Em nem maneira
De conter as correntes
Da fé que nasceu perfeita.
O guerreiro sentou
Na praça na paz,
O quê está escrito
Ninguém mais desfaz.
Imaruí Profunda
Nos braços do vento
que balançam as ondas
do mar de Laguna
para Imaruí deixo
levar este poema
repetindo a trajetória
de quem chegou
para ficar nesta parte
da Região dos Lagos.
Teus farrapos foram
acompanhados
para chegar nesta
freguesia que hoje
virou cidade erguida,
e me recordei da tua
gente originária
que vivia por aqui.
Cachoeiras, lagoas,
ilhas e trilhas vou
revivendo com
leveza um passado
nada fácil resultado
de um massacre
conhecido e orando
continuo piedosa
por seus mártires.
Só sei que minhas
letras têm igual
leveza das asas
de maruim que
dizem que te nomeia,
E o descanso
da tua lagoa que é
a maior do Estado,
e por ti o meu
coração continua
ainda hoje apaixonado.
Bem antes de mim
o meu sangue
cruzou o oceano,
as estepes podem
ser vistas nas ondas
dos meus cabelos,
as montanhas
na altura do olhar
das caravanas
o meu passo calmo
e o imperceptível.
Luar de Ramadã
que pode ser
visto nos teus
olhos lindos,
os sonhos não
podem faltar,
e o nosso apego
e o zelo para tudo
o quê dizem
ser impossível.
O reflexo do Luar
já pode ser lido
pelo destino
nas palmas
das minhas mãos.
O meu véu tecido
pela Via Láctea
regressará
entre as ruínas
de Merv e de tudo
aquilo que trago
e sempre calo,
intrigando alguns
e é reconhecido.
A Rota da Seda
tenho escrita
na silente poesia
e no coração a tenda
para o mundo abrigar.
Sou filha do mar
espalhada nas ondas,
Mãe de muitas pérolas
e poesia de amor,
A sua madrepérola,
a inspiração e pendor.
Yañı Qapı
As ondas do mar
brindam Yañı Qapı,
Tudo o quê tinha
entre nós encaixe,
Nada mais vai embaralhar,
o destino vai nos encontrar.
Quebram as ondas do mar
em ritmo da Salsa gloriosa,
Balançando está a magnífica
Orquídea do Espírito Santo.
Parte de mim também é por
destino centro-americana,
Que você me ama o meu
coração não se engana.
Deste mar sou a sua sereia
absoluta sou poema
e poesia latino-americana.
Você está chegando com
o seu jeito todo discreto
ocupando o meu Universo.
Foi beirar o mar
Fez companhia as ondas digitarem
sobre a areia
Foi uma palavra sobre outra
Fez verso com areia
Foi o som da rima quebrar
Fez espuma pensar
Foi leitura no rosto
Fez a azul o pano de fundo
Foi uma palavra...
Foi uma palavra...
Sobre a outra
Foi beirar o mar
"Quem nasce em terra e tem alma de mar
por mais que se nega não nega amar
as ondas se entrega,o azul lhe carrega
pro fundo do mar"
Um riso pra esquecer
Um gol pra se gritar
O sol já vai nascer
Mil ondas pra pular
Um voo de beija-flor
Flutuando no ar
O tempo me contou
Que tudo vai passar
"Já procurei encontrar através das ondas do mar,
o que meu coração ainda não conseguia esquecer
além do horizonte "