Poemas sobre Alma
Vem pra mim, fica assim
Vem com tudo, vamos fundo
Vem faminta, vem com raiva
Vem com calma, vem com alma
Vem armada, me desarma
Minha amada, baixa a guarda
Fica louca, tira a roupa
Me aquece, me enlouquece
Seja amiga, me abriga
Vem comigo.
Vem...
Noites serenas,
poesia cantada à capela.
Desejo entoado em mantras
que ecoam no ventre das trevas.
Sorriso apagado.
Um momento de autoflagelo.
É o espelho da alma exaltando
as escaras de um mundo ébrio.
Alvorada. Desvairado disco.
Mais um equilibrista caminhando
na luz e na escuridão.
ALMA
Uma alma que só sentiu a dor aprende a se manter seguro de tudo e todos. Mas com o tempo ela só se exclui do mundo e sobrevive presa em sua mente. Se prendendo em sua mente nunca sentirá a parte doce da vida. Permita-se libertar dessa coleira que te aprisiona em seus próprios pensamentos. No início é doloroso, cada lembrança como um filme aparece, mas vale a pena sim acreditar.
No ser da alma
O tempo é o infinito
Está no início do fim
E no fim do início
A alma não se cansa
Até abrir a janela de seu ser
E na eternidade se encontrar
Para o céu seu coração conhecer
Em sua vasta existência fará escolhas
Amar a lua e apaixonar-se por suas fases
Ou ter a (des)ilusão de ter as estrelas para si
Não há lógica e nem ordem cronológica
Para o ser que vive é um mistério que seduz
Enquanto o que morre o desespero lhe conduz
Confluência da alma e o destino
Há tanta doçura nos teus olhos
Que me embriago dela sem perceber
Tua companhia me deixa tão leve
Me dá uma sensação de calmaria
E o que sinto não tem palavra certa capaz de descrever
Você aquele ímã que atrai o melhor das pessoas
Ou pelo menos é como um ímã
Que atrai o melhor de mim
Extingue minha raiva e ofusca meus medos
Cativa minha confiança
E às coisas que eu não queria
Começo a me permitir
Toda a tua gentileza de delicadeza
Me fazem sobre minhas próprias escolhas refletir
Não sei mais se vale à pena
Trancar-me pelo lado de dentro
Tem algo em quando estou contigo
Que me instiga a não desistir
Eu sei perfeitamente que você também tá fechado
E sei que se te alcançar eu tentasse
Talvez isso que temos
Corresse risco de não mais existir
E não quero perder por isso teu oceano
Ao contrário disso
Se permitires
Quero ir mais fundo
Onde dormem as melhores partes de ti
Os anos representam muito tempo
Se com a idade física a gente for se importar
Mas quem pode dizer a idade das nossas almas?
Ou por quantas vidas passamos antes do nosso caminho se cruzar?
A vida tem dessas manias
De deixar incógnitas que não têm uma solução
É como se todo conhecimento fosse pouco
Para tudo o que acontece formular uma explicação
Não existem acasos e nem coincidências
Existe apenas oportunidade que o destino cria pra nós
Pena que as vezes somos tão tolos
Que mesmo com a felicidade na nossa frente
Mesmo que não faça sentido
Escolhemos ficar a sós.
E de repente descobri o amor verdadeiro...
Tudo me parece novo..como se eu estivesse vendo agora, mas sempre existiu. e meus olhos agora estão apreciando o que antes não me parecia tão bom.
Meu amigo, o qual eu permiti que chegasse e fosse ficando... sua presença tão sutil e gentil se faz necessário em minha vida agora..
E eu já não sou mais a mesma pessoa que você conheceu e muito do meu novo ser eu devo a você.
A vida tem mais brilho, porque tudo é diferente, tudo esta no seu lugar, assim como eu e você.
Cabe a cada um se deixar levar, e eu quis muito isso, porque só me fez bem.
De vagar fui abrindo o caminho até chegar ,na sua essência, muito além da aparência E, hoje posso dizer que sei o que é amar!
Eu lhe agradeço por ter sido tão leve comigo, como a brisa que toca o rosto com delicadeza, e externou a beleza do verdadeiro amor!💓
Hoje quero um encontro comigo mesma.
Fechar os olhos e não pensar em nada.
Aquietar minha alma e ninar o
coração com uma canção de amor.
- Flavia Grando
Ode à chuva
Cavalgo com as nuvens em estradas de vento, trago boas novas à terras velhas, a frutos novos e a telha velha, centelha, um momento divino, como o sabor de bom vinho,
Quando menos se espera, apareço a espreita, pronto pra regar, curar, acalmar, refrescar, sou o orvalho, a chuva...
Majestosa harmonia,
acordes, grito d'alma
e inquietação,
emoção, bate coração,
nada é mais harmonioso
do que o som das catedrais,
a fé em oração ...
Tu Vens a Mim
Tu vens a mim
Como um rio que passa
E deixa suas águas em terra molhada,
Plantando vida num coração adormecido.
Tu vens a mim
Chegando de mansos passos,
Aprofundando-se em meu ser,
Cativando-me por ti querer.
Tu vens a mim
Para lançar fora o sorriso amarelado,
Que da minha face insistia em ficar.
E através do olhar do amor,
Do teu olhar, tu vens para eu te amar.
Tu vens a mim
Para me refazer, soltar o nó, criar laços,
Compor uma nova canção
Dentro da minha alma,
Do meu ser.
Tu vens a mim
Para mostrar que os sonhos não morrem.
Que uma nova direção,
Os rumos do coração possam,
Então, pousar.
Tu vens, finalmente, a mim
Tendo a límpida clareza que,
Nas tuas vindas,
Descanso o meu querer em ti, só em ti.
Porque tu és o amor
Que acaba de nascer em mim.
Tu é coisa rara
E nem se compara
Nesse bando de alma rasa
Que insiste
Que profundo é razão
Como é gostoso te amar
E como tu me faz sentir
Teu rosto colado
E o beijo calado
Pronto para me despir a alma
Sei não
Algo me diz
Que eu não sei de nada
Vem aqui me ensinar
Vem aqui
Cola na minha alma
Então o tempo passa, as marcas
de expressões aparecem...
Mas que não desapareça a juventude da alma, a vontade de crescer a cada dia.
Seja tão leve como a pluma que viaja ao vento e tão pesada como
a rocha que não é carregada por ninguém.
A Minha Alma I
A minha alma tenta se encaixar,
mas não reconhece o seu lugar.
A meu ver, não pretende ficar.
É que ela se fere ao flertar
com a vida
em uma conversa despretensiosa
ou assistindo a bela mulher que passa ansiosa
ou em qualquer despedida.
A minha alma não se acalma!
Minha alma é assim:
ela voa como um abutre
em círculos sobre mim,
olhos atentos espreitando a morte
e desejando a sorte
de ser livre, enfim.
O meu corpo não tem alma,
é minha alma que tem um corpo.
E, não fosse por ele,
estaria por aí, agora calma,
sentada em um galho torto
de uma grande árvore, sob um céu dormente.
Quem sabe?
Talvez tivesse se tornado outra lua
ou aberto uma rua
entre nós, entre todos. Em um segundo
ela teria achado um corpo que lhe cabe,
do tamanho do mundo.
É que minha alma não se acalma,
anseia o combate,
quer se lavar na lama
de Marte.
Minha alma é como um soneto
pulsante.
Intriga como um lugar incerto
e distante.
Instiga como o suave gemido
da amante.
A Minha Alma II
Minha alma não quer sossegar:
vive alheia e sem lugar.
É como se tivesse acordado
em um hotel medonho;
é como se tivesse vivido
no limbo ou escuro sonho.
A minha alma não se acalma!
Ela deveria ter baixado em um distante planeta
ou em um cometa,
mas a este corpo ficou presa.
E este corpo virou presa!
Minha alma não é um castelo
ou um forte, é o oposto:
é a bala do canhão que destrói a muralha,
a torre e mata.
Minha alma sangra em cascata
e nenhuma paz cultiva, insensata.
Grita como a tempestade
que a proa do navio invade
e que só não o afunda por piedade.
Vagueia a céu aberto
como um nômade no deserto
fugindo da verdade.
Minha alma carrega a dor de uma infantaria.
E a mim cabe sufocá-la no ser
e ser,
com angustiosa calma,
o carcereiro de minh’alma.
cada um de nós
sepultou na alma uma quantidade desumana
de dor e de mortos
tudo se decompõe
apodrece