Poemas sobre a Seca
SETEMBRO
Se o amor chegar agora,
tem uma primavera brotando
em mim.
Se é com a seca que o ipê floresce;
É com a dor que a gente cresce.
Para que chorar se existe amor.
A questão é só de dar.
A questão é só de dor.
*Água sobre a cidade*
Num tempo, São Paulo seca.
Agora, encharcada...
Como se as águas conscientes,
Morando nas profundezas da terra,
Entendessem o seu lugar
para retornarem sempre:
Ora amigas.
Ora bravias.
Matando a sede,
Enchendo casas,
... Ruas
... e as próprias almas!
junho/04
🎤Não interessa o quão forte é a época de seca, quando chega a época chuvosa, a época de seca terá de dar caminho para a chuva cair
Para você que entendeu, -eu profetizo que a tua chuva vai cair em nome de Jesus Cristo.
Eclesiastes 3:1
Bíblia
A seca é monstro invisível
devorador de sustança,
devora adulto e criança
d'um jeito que deusmilive,
poca coisa subrevive
na terra dexano um rasto,
o seu devorá é vasto
feito fogo no grotão,
morre gado e criação
pro farta de água e pasto.
Sou vaqueiro aboaidor
sou roceiro matutino
entre a seca e a dor
sou arrojo do destino
pra dizer por onde for
sou 100% Nordestino.
No chão de terra seca e sofrida,
No Nordeste a luta é diária, tão sentida.
A pobreza bate à porta com vigor,
Mas o orgulho nordestino floresce, com amor.
Erguemos nossas mãos calejadas,
Na busca de um novo amanhecer, cheias de esperanças renovadas.
Nossos passos firmes nas estradas áridas,
No peito, a força que não se intimida.
Entre canaviais e mandacarus,
Resiste o povo com garra, mesmo nas agruras.
No sertão, a seca que castiga e desafia,
Mas o sorriso nordestino transborda de alegria.
Nosso forró é a dança que contagia,
Embala corações e traz melodia.
No arrasta-pé, esquecemos as agruras,
Celebrando a vida com festa e doçuras.
Somos cordelistas, contadores de histórias,
Versadores da vida, da graça e das glórias.
Nas rimas e nos versos, a expressão sincera,
Do amor pelo Nordeste que nos espera.
Pois mesmo com dificuldades, jamais nosemos,
Somos destemidos, guerre que não tememos.
Alegria e resistência são nossas bandeiras,
Somos nordestinos com toda a fidalguia.
Nordeste é sinônimo de superação,
De um povo valente, de persistência e ação.
Apesar da luta, somos felizes e vaidosos,
Orgulho pulsante em nossos corações amorosos.
Do sertão ao litoral, nossa cultura reluz,
No batuque do maracatu e no frevo que nos conduz.
Somos nordestinos, da poesia à culinária,
Resplandecendo em cada gesto e artesania.
Então brilhe, nordestino querido,
Com esperança e fé, em seu caminho atrevido.
Lute pela sua terra, com amor e fervor,
Seja feliz e orgulhoso, meu nordestino, com todo ardor.
As ladainhas desentoadas,
o latim mal sabido,
a batida seca da máquina de costura,
as linhas de bordado,
os papéis de seda e os velhos riscos de ponto cheio,
cheio de amor, cheio flor e ramos de tudo que é cor.
A janela e a roseira branca.
Oh mãe! Oh minha mãe!
ENQUANTO O ARROZ SECA
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Todo mundo tem um amigo `arroz de festa’. É aquela pessoa que está presente em todas as festas e eventos que pode e acaba ficando conhecido por isso.
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Você imagina o porquê da associação com a palavra `arroz’? Disse Onário que, isso provavelmente é uma alusão ao fato de o arroz estar presente em quase todas as refeições.
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Peço: não leve ao pé da letra as palavras de Onário. Com certeza ele desconhece o drama por que passa o povo brasileiro.
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02.05.2024
A gota de esperança que havia em mim caiu em terra seca e evaporou.
Mas ainda me resta o silêncio que grita alto em noite estrelada.
Sufocando dentro do meu peito um ponto final em uma história sem começo.
Olho pelo retrovisor do passado e percebo que é preciso focar no horizonte, acelerando em busca de quem sabe um novo sonho.
Tempo tempo que corre com o vento e não volta mais.
Adriana Paulino
Misericórdia, graça e luz!
É que Deus é maravilhoso,
Ele já secou minhas lágrimas hoje
Tem secado sempre.
Ele segue realizando milagres e atende todas as minhas orações.
Ele me vê e isso é grandioso,
Mas a verdade é que ele sempre esteve a me olhar, agora eu sei que cada não doloroso era para meu próprio bem pois os planos DELE são muito melhores que os meus.
NORDESTINO.
Somos de boa conduta
terra de povo valente
mesmo na seca bruta
não arrega da semente
se não sabe dessa luta
não fale nada da gente.
Eu sorri para o amanhã
Ao ver que a dor trouxe mais amor.
Da terra seca brotou flor
Para embelezar o novo dia.
Ah Dr. Cuma me dói
Arrescordá meu passado
Meu sertão de chão rachado
Pela seca arrinitente
Fica tudo diferente
No tempo da sequidão
É fôia seca no chão
Casa veia abandonada
Vacamorrendo atolada
Na lama do cacimbão
Eu escrevo para não chorar,
Porque as lágrimas não conseguem
Mais me consolar ,
As lágrimas secaram
Essa dor no meu peito
Só aumenta a cada dia
Me imagino vivendo com você
Todos os dias
Eu escrevo, pois não consigo
Te falar, o quanto esse amor
Pode machucar,
Não, não machuque assim
Te amar normalmente
Não tem feito bem pra mim
Amor não foi feito pra ferir
É pra abraçar beijar e rir
Emoldurada pelo tempo
A folha caduca
Dos trabalhos da escola
Ficou seca,
Presa às memórias dos dedos enrugados pela cola.
Mochila velha vazia
Boca seca e uma obra toda pra acabar.
Escapulário enosado
Da mãe que mandou o filho rezar
Espírito de menino na terceira série
Lento nas contas, inerte na tábula
Olhar distante do quadro, virado pra janela
Sem a vontade de ninguém
Pé que afunda na beira da praia
Correndo pra longe do povo, que ocupa toda a areia
Deixaram todo o mar
Pra quem não sabe nadar
Santo chamado na desgraça e esquecido na prece
Deixado de fora do altar
De um nome gritado e lançado
A padroeiro do vazio
Rosto cansado do eterno aguardo
Nunca soube o que era, mas sempre esteve pronto
Pronto.
Pra alguém que pediu a permissão e nunca quis entrar.
Crônica da Linha de Fronteira Seca: Ponta Porã e Pedro Juan Caballero
A linha de fronteira seca entre Ponta Porã, Brasil, e Pedro Juan Caballero, Paraguai, é uma região única, repleta de histórias antigas e memórias culturais. Este território, que hoje une dois países, já foi palco de inúmeras rotas e caminhos antigos, cruzados por povos indígenas, portugueses, espanhóis e missões jesuítas.
A Formação Histórica.
Desde tempos imemoriais, a vasta mata e as grandes áreas de erva-mate nativa atraíram colonizadores, migrantes e emigrantes de diversos lugares. Os tropeiros e comerciantes viajantes que por aqui passaram deixaram suas marcas, e muitos decidiram fixar-se, dando origem a estâncias e fazendas que, cada uma, conta sua própria trajetória e história.
Lendas e Memórias.
As lendas locais falam de quadrilheiros e bandoleiros que cruzaram a região, mas também das patrulhas volantes, formadas por valentes da região, que expulsaram os bandidos. Essas histórias são contadas através de crônicas locais, lendas e causos de outros tempos, memórias de um passado que deixou gravado na história contos para serem contados.
A Riqueza Cultural.
A riqueza cultural e histórica da linha de fronteira seca é inegável. Cada canto dessa região guarda memórias de um tempo em que a fauna e a flora exuberantes eram observadas com admiração pelos primeiros exploradores. As missões jesuítas, com seu legado de fé e conhecimento, também deixaram marcas profundas na cultura local.
Conclusão.
Hoje, Ponta Porã e Pedro Juan Caballero são cidades irmãs, unidas por uma fronteira que, mais do que dividir, une histórias e culturas. A linha de fronteira seca é um testemunho vivo de um passado rico e diversificado, que continua a inspirar crônicas e contos, mantendo viva a memória de uma região única e cheia de histórias para contar.
Um poeta, justo e sofrido, jaz ao lado; flores enfeitam o caixão.
Sem pressa, o ar seca à sua volta. As flores, quase mortas, exalam o cheiro da tarde fúnebre.
O choro se entrega ao vazio, misturado ao álcool consumido antes do velório — tédio, dor e ódio.
Para os que ficam sentados, olhando aquela cena, não haverá mais poemas, não haverá mais questões.
Chorosa, pensativa e discreta, a amante incerta recorda os momentos de amor.
Não haverá mais beijos, nem paixão, nem ereção.
Tenebroso, rancoroso e coeso, o cobrador ileso reflete sobre a dívida que não será paga.
Não haverá pagamento, nem provento.
Ao lado do caixão, calada, os olhos da mãe se desfazem em lágrimas.
Seu pranto não é ouvido, mas sua dor apavora a solidão.
A filha, aflita, não compreende; cede ao impulso de abraçar a carne morta.
Sem consolo ou alívio, esta dor também a sufoca.
Cala-se o poeta ao som da tampa que fecha a urna que será enterrada.
Dentro dela, nada mais restará.
(...)
Engraçado esse tempo que seca tudo que não é regado.
Que não deixa florescer o que não é plantado.
Que faz escurecer o dia mais ensolarado.
[redes]coberta
estou seca
ressecada sem a seiva
a nutrição já não enseja
fazer parte de mim
amarelada desde o caule
fino trapo me desnuda
sou flor distante e muda
no chão deste jardim
estou seca
ressecada
ressequida
sem alma, corpo ou vida
pelas veias do meu ser:
a água sumiu do xilema
a fibra vedou meu floema
nunca pude acontecer!
resta-me agora a palavra
filha sou desta lavra
adubo transformado em brasa
desvendo em mim o poema
que nunca pude fazer…
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