Poemas Pássaro
O CANTO AO PÁSSARO DE FOGO!
Hoje, lembrei-me de ti
Do teu nome indígena:
Olhos de Fogo!
Em vida passada
Alguém te gritava...
Em um dia de explosão
e tempestade!
E teu bailar
fez tremer os montes,
E teu passo seguro
fez correr o mal!
E teu voo incandescente
flecha flamejante,
constante...
Foi lembrado para sempre...
A riscar a Via Láctea
O céu da noite!
...
Vai! Não percas mais
a tua força...
É hora de partir!
Pois quando retornares...
Serás o próprio Sol!
................................
Vai!
Que teu grito
seja ouvido!
Tua lenda
Tua marca
Tua dança
Tua canção
escutada!
Teu legado deixado ao mundo
Este simples canto:
- Olhos de Fogo!
Cabelos de nuvem...
Menino de Lama!
Ao vento sul despido
Vai viver a tua lenda
Curar o Mundo
Vai Bendito!
O pássaro voou e viu lindas paisagens, sentiu a brisa, os abraços das nuvens, a aurora raiar, o beijo das estrelas, as plumas flutuar e ai vê quais as razões de voar, cantar e ser livre.... E um dia tudo que conhecia fora desfeito, suas asas não alçavam o vôo e seu canto se faz em lamentar...
Esse pássaro não vive em gaiola e sua prisão está em não saber o que de mais lindo tinha, seu voar...
Lindo pássaro, o amor não deve ferir, a vida não deve punir, a fé não deve faltar e o vôo deve seguir.
Seguir nem sempre é ir, e sim tão apenas voar, o vôo é ir onde? ...para onde tens que chegar, chegar não é terminar a jornada e sim completasse do que veio buscar, a busca pode ser traiçoeira mais a jornada jamais será...
O ninho é lugar onde se fica e volta a voar!
Peguei minhas asas bati sem parar, voando sem medo de me machucar.
Sou pássaro livre e multicolorido.Sou por essência o amor vivido.
Nildinha Freitas
Façamos como um simples pássaro
que só pousa quando sente-se seguro,
onde é bem vindo, se sentir-se amado,
sem precisar omitir seu lindo canto
com o receio de ser aprisionado,
não foca no medo de cair,
aprecia sua liberdade de voar,
vai pra onde precisa ir,
pra onde quer
e quando sente falta, sabe voltar.
Queria voar em um céu azul
Como um pássaro branco
Eu não tenho motivos para tentar
Mas ninguém tenta se importar
Então por favor
Solte minhas asas
E me deixe voar
Vento leva minha jangada,
vou voar como pássaro,
mergulhar como golfinho,
trazer o sol mais perto,
a lua mais distante,
como um astronauta sem rumo,
perdido no espaço a busca do inicio.
Pássaro chamado amor
Pássaro encantado
Por que andas tão atormentado?
Você voa pela Terra
E espalha sementes na atmosfera
Vive cantando encantado
Enquanto o mundo dorme lubridiado
Pássaro que possue penas coloridas
Essas cores tocam almas com feridas
Essas feridas abertas por falta de amor
Esperam alguém que não cause tanta dor
Pássaro encantado que se chama amor
Por que nossos irmãos do Planeta Terra colhem tanta dor?
Continue a voar pássaro chamado amor
E de semente em semente a esperança, amor e solidariedade vão transformando os corações que sobreviveram a tanto horror!
O alpiste com que alimentamos o pássaro preso na gaiola é como que fosse o pagamento pela renúncia da sua liberdade submetido à humilhação do cativeiro, mas que nada o compensa, pois ele já tem o campo como morada e o céu sem limite de espaço para voar.
Há um modo profundo de se ser que fica vivo por baixo de todos os vernizes que nos aplicaram e que nos impede de avançar pelo caminho mais curto já desbravado, balizado e pavimentado?
Há coisas que nos trazem boas e ruins recordações pelos insondáveis caminhos que provocam uma forte inquietação nos alicerces dos nossos sentimentos, estimulando-nos o plasma do delírio, no sentido de tudo querer dizer, ficando tais sensações desses tempos vividos e sentidos em nossas vidas.
Podem me chamar de ingênuo, mas é assim que imagino o meu jardim cultivado de flores raras: quanto mais colorido e perfumado, mais belo será o mundo em que vivemos. E é através da simplicidade que conseguimos o belo que nos enche os olhos e nos leva ao enlevo da vida.
Às vezes, decidimos embalados pelo aplauso alheio e não convictos de que conhecemos o templo da nossa alma, o museu de nossos sentimentos, agindo por emoções de nossas verdades que se escondem por detrás da porta cerrada, muitas vezes sobre os sacrifícios dos mais fracos, vantagem que não nos vale a pena usufruí-la quando obtemos.
Triste pássaro negro,
Já o vi mais feliz a ponto de rir.
Outrora batiam forte suas asas,
Hoje velho corvo, nem sabe voar!
Triste pássaro negro!
Com ansias por uma vida cruel.
Ovelha desgarrada! anda dissoluto;
E com olhos de pássaro triste.
Triste pássaro negro!
Teu olhar traz o presságio
De uma violenta dor abstrata,
Triste pássaro negro!
De dor em dor, anda sem amor
E pairando sobre a desgraça.
Imagine um pássaro experimentando a liberdade de um vôo, pela primeira vez, apósfugir de uma cômoda gaiola. Imaginou? Pois é esta a sensação de final de curso. Asensação de liberdade (pelo que passou) versus o medo (do que há de vir). Foi durante operíodo de vigência deste curso que sai do ninho e dei o meu primeiro vôo. Cai, algumas vezes, cortaram as minhas tenras asinhas, mas, aquele a quem me chamo de Pai(Deus) sustentou-me, tal como o lírio dos vales, e disse-me: “Ide!”. Fui. Mesmo com asensação do medo que eu sentia do ‘bicho-homem” eu voei e experimentei: lágrimas,tormentos, pavor, alegrias, amores, vida, sonhos, e, finalmente, a morte. Mas, tal comoo lendário Fênix, que renasce das cinzas, continuei e continuo a voar.
Autoria: Cláudia Valéria/ Kakal (@claudia.valeria.kakal)
No campo a vida é serena
o menino vira pássaro
solo fertil de felicidade
No campo a vida é solitária
a terra é seu maior amigo
e o tempo não tem relógio
No campo a vida é madrugada
gotas de orvalho banham as mãos
aroma verde seduz a alma
@zeni.poeta
BICHO SOLTO
Se de verdade eu te amo,
não devo cobrar reciprocidade.
Pássaro feliz não tem dono
e só fica onde está à vontade.
Debruçar sobre a janela,
ouvir pássaro cantar.
Manhã de primavera
faz o coração com a vida se encantar.
Manhã de primavera
traz flores para os caminhos perfumar.
Debruçar sobre a janela,
ouvir o riso da criança, contemplar
o amor, abraçar a esperança.
Manhã de primavera
faz o sonho acontecer, a poesia escrever que de amor somos feitos.
Permita - se amar.
Permita - se ver o sol nascer.
Permita - se em todas as estações,
florescer.
Debruçar sobre a janela
é observar o tempo
para sentir saudade.
Um canto de pássaro,
a chuva fina que cai.
O dia fresquinho,
o sol já se despedindo.
O cheirinho do bolo,
do café, da mãe, do pai.
Na memória do meu coração,
guardei esse tempo.
As brincadeiras, as incertezas,
as tristezas, as risadas também.
Guardei com carinho, cada jeitinho
daqueles que me fizeram tão bem.
Debruçar sobre a janela
é absorver o amor,
esquecer a dor.
Ser paz.
Ser o sorriso que faz serenar o olhar
de quem ao nosso lado sempre estará.
Podem as estações passar, o amor em mim sempre florescerá.
Debruçada sobre a janela,
observo o tempo passar
colhendo as rosas que hoje
começaram a desabrochar.
(acróstico)
Forma o pássaro da manhã
A lua em sua prosa
Deu poesia ao talismã
A nuvem pintada de rosa
Pássaro azul,
Você pintou o céu com seu pequeno corpo?
Eu vejo pouco de ti enquanto o sol brilha sobre mim...
Rajadas de vento sussurram em meus ouvidos...
Você... é tão magnífico.
Pássaro azul,
Como está ai em cima?
Os anjos ajudaram você nos primeiros dias?
Diga-me o dia em que seus olhos brilharam ao ver o horizonte,
Quão rápido você foi?
Ainda mais que o trem que apostei corrida?
Pássaro azul,
Posso voar com você?
Eu quero sentir o cheiro do oceano antes de atingir o solo,
Você já comeu nuvens?
Eu vou sentar na praia e esperar por você aqui.
Nenhum pássaro do mundo,
Onde quer que nasça
Ergue voo sem antes
Laborar sua carcaça
Inda que não seja hoje
Amanhã é o dia da graça.
Versos do meu irmão
Samuel Dantas @soulsirius
Lembro com ternura do meu balanço amarrado ao galho da mangueira.
Voava como um pássaro.
Enrolava a corda e rodopiava como pião.
Com a leveza dos meus sonhos e muita imaginação, vivia grandes momentos!
Naquele tempo eu não preocupava com o tempo e nem para os limites do mundo.
O balanço que era meu universo hoje é só um verso que nos uni.
Agora balanço na saudade, voo no tempo, rodopio e ultrapasso os limites da imaginação.
No azul que pinta o céu, na nuvem branca algodão
Na clorofila que faz o verde, no voo do pássaro, no clarão.
Vejo o quadro mais perfeito do autor da criação.
