Poemas Nordestinos
Já faz mais de duas horas
Que um cordel quero fazer;
Eu não sei no que vai dar,
Mas ousado eu sei ser
E espero obter sucesso
Nesse meu novo entreter.
Cá estou, em uma cama de hospital
internado há quatro dias;
só sabendo a data de vinda
e nem fazendo ideia da de ida.
Tento ser forte, mas a dor vence
a cada furada carne à dentro.
Remédios já não fazem efeito,
o jeito é rezar e pedir sossego...
O caso é grave,
mas não me faz medo;
porque pra tudo tem um jeito...
Mas o jeito que pra tudo tem
Não é jeito que eu gostaria.
Mas é como diz um velho ditado:
Se não tem tu, vai tu mesmo!
Firme forte vou levando, de barriga.
Que é pra não passar fome,
nem de noite, nem de dia.
Meu sofrer só Jesus Cristin sabe;
Mas minha vitória, todos saberão.
A vida é cheia de obstáculos,
É por isso que virei atleta,
que é pra passar com facilidade.
Cordel do Fogo Encantado
Um rei de berço ministra qualquer civilização. Um rei de fé luta com seu povo. Um rei de terras anda pelo mundo. Um rei de gerações passa sua corôa. E todos são exemplos de amor nesse cordel que chegou ao fim.
Vou sentir falta da figura shakespeariana de Bel. Dos gritos cômicos de Patácio. Do seu filhinho nidinho, o prefeito mirim. Dos personagens santos, Clara e Francisco de Assis. Do profeta que poderia existir na vida real, principalmente ao leste da África. Desse amor de novela que está bem longe da atualidade.
Cordel Encantado, me encantou como " O Cravo e a Rosa". Porém, mais envolvente. Mais rica em histórias e estórias. Um multipluralidade de contos como muitos de nossa literatura dentro de um contexto e suas civilizações, movidos por fé, união e amor. Chorei e choro com essas cenas. Uma pena serem vistas com tanta ênfase numa novela e não na vida real.
O fim de um vicio televisivo e o final de 4 reinados de amor.
Damião o roceiro do Sol(poesia de cordel 2006)
Damião vivia bem
Em Minas Gerais
Pois dele se esperava ser um grande capataz
Defensor dos oprimidos
Nas terras dos Generais
Todos na fazenda eram paus mandados
Faziam o que não queriam
Para não serem condenados
A cada tarde traziam dois
Para serem castigados!
Ele escreveu a carta:Fica agora como justo
Os roubos do Senado
Pois reuni o povo Para o nosso liberado
Enquanto o senhor diretor vive na cadeira sentado
Nosso povo todo dia
Vive sendo castigado
Ao Mestre.
Falar da literatura
Tem que ter sabedoria
O cordel é uma cultura
Que é feita com maestria
Você tem a desenvoltura
Que parece partitura
dos versos da poesia.
A arte da poesia
Já foi de grande valor
Cordel divertia o pobre
A lírica, o doutor.
O habito da leitura
Uma maquina do tempo
Capaz de levar o homem
Nas asas do pensamento
A boa leitura enriquece
De amor e sabedoria
A vida fica mais leve
Quando se tem poesia.
Cordel da segurança
“Se liga aqui nessa idéia que vai te arrepiar
Clica aqui é rapidinho e o prêmio você já vai ganhar.
Deposita duzentinhos pro seu dinheiro nós multiplicar,
Dinheiro facinho que você ganha do sofá sem sair do lugar.”
Mas se cair nessa conversa sem dinheiro vai ficar
É um papo espertinho que o criminoso usa pra te roubar.
Nesse mundo digital cibercriminoso está pra tudo que é local.
Rede pública é cheia de marginal, é um clique e pode dar adeus
Pra sua vida pessoal, financeira e até espiritual.
Vão ser tantos problemas que você pode parar até no hospital.
Vamos ser mais espertinho e olhar todos os sinais,
Se tem erro na escrita já não é bom sinal.
Se a página não tem o cadeado de segurança
Corre de lá pra não se dar mal,
É bom olhar com cuidado pra não ser prejudicado
Se tem dúvidas sobre o site vamos procurar que sabe,
Corre lá no amigo ou conhecido pra saber se o site é inimigo.
Pesquisa direitinho para sua compra chegar certinho.
Não divulgue senhas de cartões para não sofrer decepções.
Se tiver tudo certinho pode sentar e respirar tranquilo.
Na matéria de cordel
Observo a maestria
Encanto me com versos
Lendo a cada dia
Inspirando meu ser e
Abraçando a poesia.
Se desconhece a cultura
nossa porta está aberta
quem quiser literatura
o cordel é quem te flerta
se for falta de ternura
o nordeste tem a cura
que já vem na dose certa.
Cordel minha terra.
Eu sou filho do mato
Da terra da cultura
E quem não a entende
Sem ter desenvoltura
E fala do nordeste
Nem sabe da fartura
Lembra de pouca chuva
Poeira, chão rachado,
Mandacaru e palma
(Coroa de frade) espinhado
Caatinga, capoeira
(Unha de gato) estirado
Se chove o ano todo
Estrada é agonia
Buraco em buraco
E todo carro chia
Vamos falar do tempo
Tudo logo esfria
Mas assim é que é bom
Neblina no distrito
Nem dá pra ver escola
Fica logo aflito
As crianças na chuva
De bota faz bonito
Já vi frio de quatorze
Sensação térmica 8
Tem quem acha, é quente
Vigi, povo afoito
Tem aquele que treme
Só levanta no açoito.
De touca na cabeça
Cachecol no pescoço
Doze meses tem o ano
E vale o esforço
Um quarto é de sol
Chuva no resto moço
Já consegue decifrar
Com quê foi revelado
Nada é melindroso
Não está disfarçado
Pra não ficar nervoso
Já volto arretado.
Se a pergunta vem no ar,
a gente para pra escutar.
Do cordel, vamos falar,
e a curiosidade saciar!
Do livro: "Cordel de primeira viagem: estudantes em sua estreia literária pelo sertão encantado da cultura nordestina"
O poeta do autêntico cordel
com a água da cultura mata a sede.
Ao chegar no barraco do saber,
põe no chão o bisaco e arma a rede.
Conhecimento com ele sempre vem,
mesmo assim, se esforça,mas não tem
uma placa do YouTube na parede.
Cordel Bíblico
A Parábola do Filho Pródigo
Na Biblia está escrito
Sobre a bondade de um pai,
Fala de um amor bonito
Pelo filho que se vai !
Após receber a herança
O moço sumiu no mundo,
Desperdiçou com gastança
Se tornou um vagabundo!
Faminto e já padecido
Pra casa ele retornou,
Cabisbaixo e arrependido
E o bom pai lhe abraçou !
Com alegria foi recebido
Se alimentou e agasalhou,
O filho estava perdido
E o seu pai o achou !
Lucas 15:11-32
Cordel Beiradão
Vou a contar a trajetória de um rei
Que marcou os interiores uma geração
Me fez ter orgulho da minha infância
Cantando o seu lindo Beiradão
Um som alegre uma poesia bela
Do cotidiano nossa cultura singela
Tua mensagem ficará na memória
Da minha Amazônia e muito além
Quanta luz esse caboclo tem
Me identifico com sua história
Por que ele me faz sonhar
Ele não é um rei feito Zeus
Talvez seu castelo seja uma sedia
Esse rei é simples como eu
Nascido nas beiradas desse rio
O seu nome é Hadail
O curumim que ouvia Teixeirâo
No Amazonas ganhou respeito
Fez fama e não teve jeito
Virou o rei do Beiradão
CORDEL NA SALA DE AULA
Ajuda o aluno aprender
Se falar da sua vida presente
Retratando o seu lugar
De uma forma diferente
Ele vai ter interesse
De conhecer essa gente.
Imagine que beleza seria
Falar de cada lugar
Da sua rica grandeza
Descrevendo cada lar
Cada um se conhecendo
E com certeza se empolgar.
O bom é com ele construir
Falar da sua história
Se aprende com brincadeira
Nunca mais sai da memória
No final construa o livrinho
Será uma bela vitória.
Mostre ao aluno a importância
Do cordel na literatura
Imagine se ele aprender
Essa forma de cultura
Amanhã com certeza
Terá melhor desenvoltura.
Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/
Cordel de Natal:Foi por amor
Foi por amor que Deus o enviou,
Nosso Deus um dia viu,
Que o homem se afastou.
E como andava longe,
Ele um dia planejou.
Enviar seu filho amado,
Para o homem se voltar.
Mandando um anjo,
A falar com Maria,
Que na sua barriga iria carregar.
Uma criança tão linda.
Com o nome de Jesus,
Para o homem salvar.
Cordel do preguiçoso
Preguiçoso é bicho mala
Arredio e aletrado
Só arruma encrenca
Um tremendo safado
Tem a cara doCapeta
É doidinho por uma treta
Faz-se de abestado.
Entra e sai ele apronta
Com quem vê na frente
Vive na mordomia
A labuta não enfrenta
Trabaiá é uma agonia
Seja noite seja dia
Preguiçoso ninguém aguenta.
Wilamy Canreiro) Zé dos Sonhos
05 de maio de 2021
Cordel do preguiçoso!
Preguiçoso é bicho mala
Arredio e aletrado
Só arruma encrenca
Um tremendo safado
Tem a cara doCapeta
É doidinho por uma treta
Faz-se de abestado.
CORDEL DO PREGUIÇOSO!
Entra e sai ele apronta
Com quem vê na frente
Vive na mordomia
A labuta não enfrenta
Trabaiá é uma agonia
Seja noite seja dia
Preguiçoso ninguém aguenta.
Cordel Pedagogia
Um dia disse a minha mãe:
Eu entrei na faculdade
Ela não acreditou
Falou que não era verdade
Mas depois que eu provei
Pude ver sua alegria
Que não durou muito
Pois também contei no mesmo dia
Que o curso que eu escolhera
Era o de Pedagogia
Eu ouvi ela falar
Filho deixe de agonia
Professor trabalha tanto
Não tem hora, não tem dia
E, ainda, no fim do mês
Tá com a carteira vazia
Retruquei: mãe deixe disso
Essa é a minha vocação
Pois sei que quem ensina, aprende
Com sua própria lição
E não há nada mais lindo
Isso eu pude aprender
Do que ver alguém sorrindo
Depois que o ensinou a ler
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