Valentim, Rayane Emanuelle

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Cordel da EJA

Muitas são as dificuldades encontradas por quem constrói o universo da Educação de Jovens e Adultos.
Para os alunos que estão recomeçando com todos os desafios, o preconceito do desnível, os conflitos de concepções, a luta contra o cansaço, a merenda não muito agradável mas um desejo no coração.

Para os professores, o último expediente, tentam manter o sorriso nos dentes para esconder o grande enfado. Ajustam a paciência para aquele aluno exaltado, pega na mão de dona Maria pra ela não escrever errado, mesmo que no curso de matemática para isso não tenha lhe preparado,
ouve até comentários de seus próprios colegas que professor da EJA é um tanto folgado, não sabendo eles que pra ajudar no recomeço exige é serviço dobrado.

Para o gestor é um tanto complicado, mediar os conflitos dos alunos ditos como “os danados”, justificar a falta de água e do material dourado é cobrado de todo lado, professor, aluno, vigia até do secretariado.
E a coordenadora por essas horas está rodando pra todo lado, botando aluno pra dentro, planejando caso a caso, tentando marcar uma reunião que inclua todo o professorado.

Mesmo com tudo isso, é um grande prazer participar pra valer da segunda chance da vida desse alunato semi-alfabetizados, da BNCC escanteados mas no meu coração, sempre amados!

Rayane Valentim

Erros comuns na Educação Infantil
1. Usar as datas festivas como base para o currículo
2. Desrespeitar a liberdade religiosa
3. Subaproveitar as aulas de Arte
4. Estereotipar os personagens
5. Obrigar todos a participar
6. Usar as festas como única maneira de socializar a aprendizagem
7. Enfeitar a escola no lugar das crianças
8. Poluição visual na disposição de informações na sala de aula
9. Distribuir alfabeto distante da visão do aluno
10. Não disponibilizar um alfabeto no verso do crachá do aluno
11. Colocar temas de personagens ao lado de calendários e alfabeto
12. Utilizar livro como único recurso e principal para o processo de ensino e aprendizagem.
13. Fazer lembranças e comemorações no dia comercial dos pais e mães.
14. Incentivar o aluno a se referir ao professor ou professora como Tio e tia.
15. Tratar dos indígenas apenas no “dia do índio” e de forma preconceituosa, como se os mesmos fossem lendas, homens e mulheres distantes da sociedade contemporânea.
16. Tratar do racismo apenas na semana da consciência negra, tratar escravizados como escravos.
17. Não incluir a participação da família na rotina do letramento do aluno;
18. Não permitir locação de livros;
19. Não enviar livros todas as sextas feiras e não fazer a socialização da leitura em sala de aula na segunda feira.
20. Não dispor nas salas de aula de um local de faz de conta;
21. Não dispor de estantes que possibilitem que o aluno autonomamente assimile a rotina de guardar as atividades em suas pastas, com seus nomes.
22. Fazer o crachá ao invés de permitir que o aluno o produza;
23. Enviar o aluno até a biblioteca como forma de castigo ou para o canto de leitura;
24. Solicitar silêncio na hora da brincadeira, ou na hora do compartilhamento de ideias ao invés de solicitar concentração;
25. Não ensaiar a leitura antes de fazer a contação para os alunos, de maneira a desconstruir a fantasia da literatura.
26. Julgar o gênero de alunos e alunas por meio de comentários nos corredores, que não adicionam em nada e incentivam o bullying na escola.
27. Comentar com o aluno que a farda ou tênis ou lanche está fora do padrão.
28. Ser racista ou preconceituoso por qualquer que seja o motivo: sujeira, necessidades especiais educacionais, cultura, religião e outros.
29. Não utilizar música na rotina escolar;
30. Não escolher uma música para ser o toque da escola;
31. Não dispor as produções dos alunos, a percepção dos pais;
32. Desconsiderar a psicomotricidade ativa de crianças pequenas solicitando que fiquem quietos a todo instante.
33. Erros ortográficos em cartazes, atividades, agendas e outros.
34. Imprimir desenhos prontos para que aluno apenas pinte.
35. Apontar erros nas produções artísticas dos alunos.
36. Se incomodar com caligrafia mais do que com o entendimento da relação fonema grafema.
37. Desenvolver psicomotricidade exclusivamente através da prática de cobrir.
38. Não criar situações diárias de uso da leitura e escrita, mesmo que o escriba seja o docente.
39. Não anotar o dia, o mês, o ano, a cidade e o nome da escola no quadro e se assim faz, não pede ajuda do aluno.
40. Não ter calendário na sala;
41. Não ter relógio na sala;
42. Não fazer auto avaliação diária na roda por meio de expressões;
43. Escrever com letras minúsculas na educação infantil;
44. Falar no diminutivo;
45. Reproduzir palavras erradas das crianças porque acha fofo;
46. Fazer relatórios rotulando as crianças.
47. Escolha dos personagens principais crianças que estão em conformidade com padrões estabelecidos pela mídia como bom e bonito;

Inserida por rayane_valentim